fichamento anne riley visão estrategica

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 
 
Nicole de Mello Batista 
 
 
Trabalho da disciplina Visão Estratégica no Gerenciamento de Pessoas 
 Tutor: Prof. João Teixeira de Azevedo Neto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2017 
 
 
 
 
 
 
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Estudo de Caso : 
 
Anne Riley 
Dispensada 
 
 
REFERÊNCIA: SUCHER, S. J.; ANDREW S, P. Anne Riley: Dispensada. Harvard Business School, set. 2011. 
 
 
Anne Riley foi criada por sua mãe em Nova Iorque e sempre foi uma moça estudiosa e 
sem medo do trabalho. Destacou-se na escola, trabalhou desde os 15 anos e formou-se em 
uma universidade de alto nível, onde obteve seu diploma de Bacharel em Ciências da 
Contabilidade com foco em Finanças. 
Riley foi contratada por um dos maiores bancos de investimentos do mundo como 
analista, e tinha como objetivo fazer um MBA e se dedicar à carreira de PE. Ela trabalhou por 
três anos no banco de investimentos e, após receber várias propostas, aceitou um cargo de 
analista na Storrow, uma empresa promissora em diversos setores, com mais de $50 bilhões 
em ativos sob sua administração, e de grande prestígio. O processo de entrevista foi 
bastante desgastante. Além disso, Riley teve que se mudar para Chicago, onde ficava a sede 
da empresa. 
Havia 25 profissionais pré-MBA na equipe de analistas da Storrow, os quais foram 
contratados ao mesmo tempo e treinados juntos. Embora o salário fosse similar ao que Riley 
recebia no banco, o bônus representava um aumento significante, e ela planejava 
permanecer na Storrow por dois anos antes de fazer o MBA. Embora a economia estivesse 
em crise na época da entrada dos analistas, o setor de PE (Private Equity) parecia estar 
distante de ser afetado, e nenhum analista aparentou cogitar ser demitido. 
Eis que pela primeira vez na história da firma a Storrow anunciou despensas. Diversos 
analistas foram convocados a reuniões de portas fechadas. Mesmo após receber um e-mail 
de seu chefe a convidando para passar em seu escritório, Riley permanecia calma e 
confiante. Ao entrar na sala do chefe, avistou uma pasta vermelha e logo soube o que iria 
acontecer. Sentiu-se como se tivesse “levado um golpe”. O chefe, figura paterna e atenciosa, 
tentou prestar justificativas e amenizar a frustração. Ele salientou que a decisão não se ateve 
em mérito, mas no pouco tempo que os analistas no nível de Anne tinham de empresa. 
 
 
 
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Anne ficou desolada, tinha planos de permanecer dois anos em Chicago e temia não 
conseguir se manter financeiramente, já que encontrar outro emprego na época de crise 
seria difícil. Já se sentia abalada pelas semanas que antecederam a despensa, em que 
esteve mal de saúde e terminou um relacionamento de longa duração, parte por causa da 
distância já que ela havia se mudado para Chicago em função do emprego que perdera. 
Anne faz parte do típico profissional com perfil analista e planejador, o qual tem autodisciplina 
e prioriza o controle da situação, a tranquilidade, a segurança e a previsibilidade. Não se 
conformava com o fato de que seu planejamento não deu certo e que teria que estabelecer 
novos planos de ação. 
Riley ficou muito pensativa sobre o que a fez ser escolhida para sair. O que ela fez de 
errado. Por que o outro analista ficou e não ela. Riley começou a sentir raiva da empresa, 
sentindo-se frustrada, enganada e derrotada. Ficou preocupada em como o tempo curto na 
empresa poderia ser mal visto em outros recrutamentos. Já não dormia direito. O mercado 
contemporâneo, competitivo e desafiador, certamente é menos estável; os desafios são 
constantes e os colaboradores hão de ter habilidades de mutação e adaptação para se 
manterem motivados. 
Já menos conturbada, Riley aceitou o cargo na MAT, uma empresa que se 
concentrava em peças para automóveis e que havia sido gerenciada pelo grupo de gerentes 
da Storrow. Embora não fosse o trabalho que almejava, Riley procurou dar seu melhor e 
aproveitar ao máximo a oportunidade. Na Storrow havia todo um programa de treinamento 
para aprimorar as competências técnicas, com uma tutoria individual. 
A oportunidade de se desenvolver e crescer dentro da uma empresa é um fator 
determinante na retenção de colaboradores, os quais se sentem valorizados e motivados. Na 
MAT não havia essa tutoria, então, Anne teve que correr atrás para obter conhecimentos e 
habilidades na sua experiência ali dentro. Quando não estava ocupada, encontrava-se com 
pessoas de outras áreas para crescer e aprender. Ajudou em projetos para desenvolver a 
estratégia de vendas e definição de preços, a reformular a estrutura de comissão para 
vendas específicas, reorganizou os seis negócios da MAT centralizando-os e refinou os 
benefícios da MAT. 
Em agosto de 2010, Riley se matriculou no programa de MBA da HBS, o que a ajudou 
a esquecer um pouco da raiva. Conheceu outros alunos que foram dispensados e, no 
compartilhamento de experiências, além de se sentir mais confortável, percebeu que superar 
 
 
 
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uma dispensa também engrandece, faz a pessoa se sentir mais forte e habilidosa para a 
próxima batalha. Com Riley não foi diferente, após longo período de frustração, medo e 
desânimo, sentiu-se energizada novamente para participar de processos de entrevistas para 
PE, reconhecendo que não tinha nada a perder.