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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 14 – 19/11/14
Cisticercose 
(...) áudio
No complexo teníase cisticercose, se manifesta de duas formas. Teníase no homem. O homem é o hospedeiro definitivo. A cisticercose é a forma larval, nos tecidos dos seus HI (seja no suíno seja no bovino). 
Forma de infecção
O homem tem a teníase, tem o verme adulto. Ele contamina o meio, principalmente quando defeca em pastagens, ou se faz corretamente, mas o esgoto é despejado no meio, contaminando a água. Eliminado as proglotes ou o ovo, vai contaminar o ambiente, o boi ingere esse ovo, adquirindo a cisticercose. Vai acometer principalmente masséter, coração, língua, diafragma. Quando ingerimos o cisticerco, na presença da bile há o desencistamento, dentro do cisticerco há o protoescólex, que é vai dar origem à “cabeça” da tênia = escólex. 
No caso do suíno, o homem tem a tênia no intestino. É o mesmo processo. Há contaminação do meio ambiente pelo humano, o porco ingere, vai ter cisticercose. 
Quando nós ingerimos o ovo, fazemos o papel de HI. Pois o embrióforo vai cair na circulação, e pode ir para demais órgãos. O problema é se for para o encéfalo, causando a neurocisticercose. Até que se prove o contrário, quem causa neurocisticercose é o ovo da Taenia soleum (que acomete o porco). Quando se ingere o cisticerco na carne do porco, o máximo que vamos ter é uma teníase, não vamos ter cisticercose. 
Tipos de estágios larvais
A larva de cisticerco é uma vesícula cheia de líquido contendo um únioc escólex invaginado, denominado proto-escólex. Esse líquido é transparente, com um “núcleo” amarelo = proto-escólex. Esse cisticerco tem um período de vida, pode durar anos, mas não vai durar pra sempre. Para nos infectarmos, temos que ingerir o cisticerco viável. 
Cysticercus bovis (Taenia saginata), são observados em músculos bem vascularizados. 
Para saber se o cisticerco está viável, eu disseco o cisticerco, pego um pouco de bile do animal, coloco em uma placa, coloco o cisticerco em cima. Se ele estiver viável, ele vai desencistar, dá pra ver a olho nu. 
Taenia soleum – Cysticercus celullosae
É encontrado nos mesmos músculos que o cisticercus bovis. Tende a calcificar mais rapidamente que no bovino. 
Sobrevivência do cisticerco
Sobrevive a 100 graus por 1hora, por isso o cozimento tem que ser bem feito. 
Diagnóstico
Não temos relatos de sinais clínicos. 
Procedimentos na inspeção
Se não forem encontrados cisticercos no masseter, língua e coração, a carcaça é liberada. Cisticerco calcificado: a carcaça não é apreendida. Se um ou dois cisticercos vivos forem encontrados: a carcaça vai para o tratamento a frio. Três ou quatro cisticercos vivos: a carcaça vai para o tratamento de esterilização por calor e é destinada a produtos em conserva. Infestação maciça de cisticercos: a carcaça vai para graxaria, é transformado em farinha de osso e carne para ração animal. 
Exame sorológico
São bastante sensíveis, contudo há uma baixa produção de anticorpos pelos bovinos. Isso vai depender muito da taxa de infecção. No ELISA, eu preciso do cisticerco vivo. Esses exames sorológicos não têm aplicação na prática. 
Profilaxia
Saúde pública: envolve tanto a questão veterinária quanto médica. Quem vai tratar a teníase é a medicina humana. Os indivíduos devem consumir carne inspecionada. Evitar comer carne crua ou mal passada. 
Saúde ambiental: saneamento básico. Antigamente havia os banheiros, muitas vezes as fezes humanas caiam em algum lugar sendo que os animais tinham acesso. 
Saúde animal: imunização, principalmente fora do Brasil tenta se desenvolver a imunização principalmente de suínos. Manejo sanitário. Tratamento da cisticercose animal. Sulfóxido de albendazole = 7,5mg/kg, SC, 40 dias antes do abate (BARBOSA et al.; 2003). A droga não tem período residual, tenho que tratar o animal 40 dias antes do abate. Se ele se reinfectar, não vai ter tempo suficiente para o desenvolvimento de outro cisticerco. O tratamento não vai fazer com que o cisticerco desapareça, vai só ficar inviável. 
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Equinococose / hidatiose
Bem semelhante à cisticercose. A equinococose é chamada de teníase dos cães, Echinococcus granulosus. Um dos grandes problemas da hidatiose é a proximidade do cão de pastoreio com os bovinos. Cisto hidático. É uma das menores tênias, tem cerca de 3 a 4 proglotes. 
Aqui há uma vesícula de vários tamanho, à medida que o tempo vai passando. Pode atingir 10, 20, 30cm de diâmetro. Quando o HI ingere o ovo, o embrióforo (forma interna do ovo), desincista, cai na corrente sanguínea e vai para os diversos tecidos. Vai se fixar nos órgãos, desenvolver processo inflamatório. Membrana anista: é de tecido conjuntivo. Abaixo da membrana anista, há a membrana germinativa, de onde surgem cápsulas prolígeras, onde vão se desenvolver os protoescólex. Cisto hidático = areia hidática. Quando o HD ingere esse cisto hidático, o protoescólex vai dar origem ao novo verme adulto. Eu preciso de um cisto hidático viável, pois esse que tem o protoescólex. 
Formas de infecção
O cão, que é o HD, libera as proglotes com os ovos no ambiente, o ovino ingere, desenvolve cisto hidático. Quando o cão ingere esse ovino, ou outros canídeos silvestres, vai fechar o ciclo.
Quando o humano tem a possibilidade de ingerir o ovo, como no caso do cão com equinococose, podemos ingerir acidentalmente o ovo. Nesse caso o humano vai desenvolver o cisto hidático. Quanto ao humano ingerir o cisto hidático, não tem relato, pois o cisto é grande, não dá para comer sem se ver. Mas é provável que o humano iria desenvolver a equinococose. 
O maior problema é com ovinos, cães de pastoreio. Mais frequente na região sul do pais. 
Patogenia e sintomatologia
No HD geralmente é assintomático. Em infecções maciças, pode desenvolver uma enterite: diarreia catarral. No HI sintomas relacionados ao local e ao tamanho da hidátide, pode ocorrer compressões de outros órgãos. 
Diagnóstico
Clinicamente é pouco elucidativo, com sintomatologia pouco evidente. Laboratorial: pesquisa de proglotes nas fezes dos cães, contudo é difícil, as proglotes são pequenas e escassas. No abatedouro há inspeção. 
Em humanos: imagem, imunológico (ELISA). 
Tratamento
Nos HI, não há diagnóstico, não há tratamento. Para cães, praziquantel. No homem, retirada cirúrgica dos cistos, dependendo da situação se trata com albendazol e praziquantel. 
Profilaxia
Educação higiênico-sanitária. Tratamento de cães com anti-helmínticos. Não alimentar cães com vísceras cruas. Destino adequado de cadáveres e órgãos de animais com hidatidose ou suspeita. 
Não há relatos de hidatidose no cão*. Questão da biologia do parasito. 
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Habronemose eqüina
Causada por nematódeos. De acordo com a via de infecção o animal pode desenvolver quadros clínicos distintos. Se a infecção é via oral, o parasito vai para o local normal, que é TGI, vai desenvolver habronemose gástrica, geralmente é assintomática. Ferida de verão = habronemose cutânea: lesão granulomatosa dérmica. Eventualmente a larva é depositada na conjuntiva, levando a uma conjuntivite granulomatosa. Eventualmente na necropsia posso encontrar granulomas a nível de pulmão. 
Draschia megastoma: tem característica de penetrar a mucosa. Habronema micróstoma e Habronema muscae. Todos eles podem levar à habronemose gástrica e cutânea. 
Há uma predominância maior em equinos, embora possa acometer todos os eqüídeos.
Transmissão
O eqüino tem a verminose gástrica. Fêmea ovípara = são fêmeas que postam ovos, mas é um ovo que ainda não se desenvolveu. Fêmea ovovivípara: já põe o ovo embrionado = ovo larvado. No caso de Habronema a fêmea é ovovivípara. O ovo sai para o meio ambiente, vai ser ingerido pela larva da mosca. Quando o eqüino defeca, o bolo fecal é um estrato muito importante para o desenvolvimento da mosca. A moscarealiza a ovopostura no bolo fecal. Quando a mosca ovipõe, a larva da mosca ingere a larva do Habronema. Quando a mosca atinge a fase adulta, ela tem a L3 na probóscide, que é a forma infectante. Eventualmente essa mosca é ingerida, quando é ingerida vai liberar L3, dando um novo Habronema ou nova Draschia. O eqüino que tem a gástrica, não necessariamente vai ter a gástrica, e vice-versa. Na prática temos visto que quando o animal apresenta a cutânea, geralmente ele tem a gástrica, então tratamos as duas.
Habronemose gastrite
Gastrite catarral crônica. Geralmente é assintomática. 
Habronemose cutânea
Gera um processo inflamatório, vem uma reação granulomatosa, infiltrado eosinofílico, área de necrose e calcificação. Em exérese, encontro tecido endurecido, podendo ranger ao corte.
É uma ferida de difícil cicatrização. Ela não responde aos tratamentos convencionais. Causa prurido.

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