Buscar

Tópicos para Av1 História do Direito Brasileiro

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Por que o direito luso-brasileiro tem raízes romano-germânicas? 
O sistema jurídico português está filiado ao sistema da CIVIL LAW ou romano-
germânico, segundo o qual um sistema de direito tem que se basear na vontade 
de quem faz a lei (legisladores) prevendo situações futuras, sendo que ao juiz 
cabe tão somente aplicar as regras produzidas por este. Aqui a fonte mais 
importante do direito é a LEI. 
Há um outro sistema denominado COMMON LAW , cuja fonte mais importante 
do direito são os COSTUMES. 
 
Qual foi o primeiro documento legal internacional produzido sem a 
participação da Igreja? 
Em 1494 foi firmado o Tratado de Tordesilhas (ato inaugural da diplomacia 
moderna, já que foi o primeiro acordo entre Estados, sem a interferência do 
Papa) 
 
A famosa carta de Pero Vaz de Caminha, em que ele contou as proezas e 
aventuras vividas pela expedição chefiada por Cabral é comprovadamente o 
primeiro caso de nepotismo em nossa terra, pois além detalhar o descobrimento 
para Sua Majestade, aproveita para pedir favores para seu genro. 
 
O rei português procedeu à divisão do território brasileiro em 15 lotes de terras 
confiados a 12 donatários que ali exerceriam autoridade por sua delegação. 
Foram investidos de direitos sem, contudo, poderem vender os territórios 
recebidos. 
 
Para a colonização do Brasil Portugal adotou o sistema de capitanias 
hereditárias, plantation e o pacto colonial como seu sistema colonial econômico 
(assegurando à metrópole o monopólio do comércio colonial, conciliando 
interesses dos produtores brasileiros e os dos comerciantes portugueses. Os 
senhores de engenho conseguiam bom preço para o açúcar e os negociantes 
lusos ganhavam com o transporte e a revenda da mercadoria bem como por 
trazer produtos europeus aos colonos e, principalmente, com o tráfico de 
escravos.). 
 
Os donatários se reservavam direitos da cobrança de impostos sobre tudo o que 
fosse produzido na capitania, podiam fundar vilas, bem como doar lotes de terra, 
chamados sesmarias (utilizada para a distribuição das terras nas colônias 
portuguesas) ― para alguns a origem remota de latifúndios em nosso país. Em 
resumo, esperavam facilidades a serem oferecidas pelo governo para obter 
lucro. 
 
 
 
Dois documentos estabeleciam deveres e direitos dos donatários: 
1- A Carta de Doação, pelo qual o soberano concedia as terras aos capitães-
mores, com direito de juro e herdade (estabeleciam as dimensões territoriais de 
cada uma das capitanias, declaradas hereditárias); 
2 - O foral, fixando os direitos, foros e tributos respectivamente ao Rei e ao 
capitão-mor (regulamentavam os direitos e deveres fiscais e os privilégios dos 
donatários, além de estabelecer os tributos régios). 
 
À Coroa cabia o quinto do ouro e das pedras preciosas, ou seja, 20% do que era 
produzido, bem como o monopólio das especiarias. Aos donatários era proibido 
doar ou partilhar a capitania entre seus parentes. 
A necessidade de obedecer às normas emanadas do Estado fez com se aplicas-
sem ao país normas vigentes na metrópole, algo frequentemente considerado 
de menor importância, mas que integrava, como prêmio ou castigo, a população 
do Brasil no contexto geral do império onde vigorava a lei da metrópole. 
Nas monarquias da era moderna, o soberano era o centro do poder. A justiça, 
portanto, ao privilegiar a vontade do monarca tornava pública a justiça penal. 
As punições tinham como objetivo servir de exemplo pelo temor para os súditos. 
 
Desde a revolução de Avis se procurou chegar a uma codificação geral das leis 
do reino, buscando o ordenamento jurídico e tendo no Direito Romano seu 
referencial, se ocupando o Direito Canônico das matérias de cunho espiritual. O 
governo luso era fundamentado nas chamadas ordenações, sucessivamente 
Afonsinas (1446 a 1521), Manuelinas (1521 a 1603) e Filipinas (1603 a 1867). 
 
 
O livro V das Ordenações Filipinas previa uma série de penas: perda e 
confisco dos bens e multas, prisão simples e prisão com trabalhos forçados, 
galés temporárias ou perpétuas, desterro (condenação de deixar o local do 
crime) e o degredo (condenação de residência obrigatória em certo lugar), 
banimento ou exílio (degredo perpétuo), os açoites, a decepação do membro e 
as várias formas de pena de morte – morte natural (forca), morte natural com 
crueldade (com tortura prévia) e morte natural para sempre (com exposição do 
cadáver na forca), além da morte atroz (com cadáver esquartejado) 
 
O rei de Portugal lançou mão de medidas para auxiliar as capitanias que, como 
um conjunto, fracassaram. A América portuguesa carecia de uma forma mais 
centralizada de administração. Para isso foi criado o governo-geral. 
 
O governador-geral, atende às preocupações básicas do Estado português 
relativas à administração de suas terras americanas. 
Ao provedor-mor cabiam as funções de natureza financeira, ao capitão-mor, 
as relativas à defesa da colônia, e ao ouvidor-mor, àquelas pertinentes à 
Justiça, ou seja, os mecanismos básicos de controle estavam instalados em uma 
terra promissora. 
O ouvidor-mor exercia a justiça, observando que, naquela época, as pessoas 
não eram consideradas iguais perante a lei. Peões, índios e escravos se 
sujeitavam a penas muito mais severas que aquelas impostas a senhores de 
engenho ou a fidalgos, sendo-lhes permitido conceder anistia aos réus, e como 
prova de sua autonomia jurídica, caso houvesse discordância entre sua posição 
e a do governador, o réu seria enviado a Lisboa perante as instâncias superiores. 
 
O período de expansão marítima foi marcado pela ampliação do alcance do 
Direito português. A justiça da Corte passou a ser um tribunal de apelação 
denominado Casa de Suplicação, intérprete máximo do Direito português e 
criando jurisprudência. 
 
O Estado português tratou de regulamentar a exploração de riquezas e, para 
isso, instituiu a Intendência de Minas visando supervisionar as concessões de 
terra para a mineração e controlar as relações entre os mineradores. 
 
No ano de 1785, com a nomeação de Luís da Cunha Meneses como novo 
governador. Meneses entrou em conflito com a elite local, pois privilegiava seus 
apadrinhados e desrespeitava as autoridades e a legislação vigente. 
 
A fama do novo governador de beneficiar militares de origem portuguesa em 
detrimento dos oficiais nativos também gerava descontentamento no grupo dos 
Dragões Reais das Minas, do qual fazia parte o alferes Joaquim da Silva Xavier, 
o Tiradentes. 
Portanto, foram principalmente os conflitos de interesse, as tensões e as 
disputas em torno do poder local, agravadas pelo retorno da fiscalização 
metropolitana em um período de decadência na produção de ouro, que levaram 
os conjurados a planejarem para o dia da Derrama uma rebelião separatista, 
cujo objetivo era libertar a região das minas do controle imperial, iniciando a partir 
dali uma experiência de autogoverno. Desse modo, não houve qualquer 
pretensão de independência nacional no movimento dos conjurados mineiros. 
 
Como é sabido, o plano foi descoberto antes de ser concretizado e Joaquim José 
da Silva Xavier, o conjurado de origem social mais modesta, foi punido 
exemplarmente, com a decretação da sua prisão e morte, por enforcamento, no 
ano de 1792. 
Seus companheiros de conjura, ao contrário de Tiradentes, foram submetidos a 
processo, mas poupados da morte pela Coroa. Terminava, assim, de forma 
melancólica, o sonho de liberdade e de autonomia dos homens ilustrados de Vila 
Rica. 
 
Na colônia, assim como na metrópole, havia restrições à participação política 
daqueles que tivessem “defeito mecânico” ou que não atestassem sua “pureza 
de sangue”. 
Do mesmo modo, e pelos mesmos motivos expostos anteriormente, a origem 
social de cada um não era algo pessoal, mas uma questão de interesse público. 
Nesse contexto, aquelesque, em sua genealogia familiar, apresentassem 
vínculos sanguíneos com cristãos-novos, índios, mouros ou negros estavam 
impedidos de participar da vida política na colônia, uma vez que esta era uma 
prerrogativa dos membros das famílias mais nobres da região. 
 
Napoleão e o Bloqueio Continental Europeu motivaram a vinda da Família 
Real para o Brasil (1808), o que gerou a abertura dos Portos as Nações 
Amigas, Acordos com a Inglaterra (1810) e a Revolução do Porto (1820). 
 
Apesar do 07/09/1822 ser considerada a data da independência brasileira (e que 
hoje é comemorada como a data nacional do Brasil), a separação, ainda que 
parcial, já estava devidamente consumada para a grande maioria dos 
contemporâneos – para estes, a decisão de convocar uma Assembleia 
Constituinte, tomada no dia 03/06 e o decreto de 01/08 representava a 
emancipação. 
 
 
A Constituição de 1824 e suas repercussões: 
• seu texto foi outorgado; 
• adoção de um regime político monárquico; 
• divisão em quatro poderes: executivo, legislativo, judiciário e moderador, sendo 
este último determinante para a instauração de um regime semi absolutista; 
• voto censitário baseado na renda; 
• estabelecimento do Catolicismo como religião oficial do Brasil, sendo a Igreja 
subordinada ao Estado. 
 
 
Por que se afirma que o Código Criminal de 1830 tem feições iluministas? 
• a ideia de proporcionalidade entre o crime e a pena; 
• a impossibilidade da pena ultrapassar a pessoa do infrator; 
• a humanização da pena de morte, sem a tortura; 
• a proibição das penas cruéis, sem enforcamentos e decapitações, embora 
ainda tenha persistido algumas penas previstas pelas Ordenações Filipinas.

Outros materiais