Buscar

OBSTETRICIA FINAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fertilização e clivagem AULA 1 07/02 
Fecundação: interação do gameta masculino (n haploide) com o gameta feminino (n) dando origem a um 
novo ser (2n diploide). Ela ocorre na ampola do oviduto. Sua importância é perpetuar a espécie em 
indivíduos de reprodução sexuada, formar indivíduos geneticamente distintos combinando materiais 
genéticos diferentes. 
EVENTOS: 
1. Ligação do espermatozoide a zona pelúcida (camada de células que envolvem o ovócito – camada 
+ externa). Geralmente é espécie específica. As moléculas da zona pelúcida são reconhecidas por 
espermatozoides da mesma espécie. A ZP é composta por glicoproteínas como ZP1, ZP2, ZP3. A ZP3 
é responsável pela ligação sptz + zp. A ZP2 liga uma molécula a outra e a ZP1 liga as cadeias. Na 
fertilização interespecífica é unidirecional e ocorre em equinos e asininos, ovino e caprino, doninha 
e furão, lebre das neves e furão, bovinos domésticos e missão americano. 
Equino e asinino: jumento e égua fazem mula e burra que conseguem com mais facilidade gerar um 
indivíduo do que a jumenta, por isso o bardoto é raro. O cavalo e a jumenta fazem o bardoto. 
Do início da clivagem até a formação do blastocisto: no estágio mais avançado da gestação ocorre à 
necessidade de condições específicas que não ocorre por isso o indivíduo resultante é híbrido. Depois disso 
os ovos híbridos morrem em condições específicas. Quando ocorre sucesso fax diferenças marcantes 
(cruzamentos recíprocos). A falha não é por diferença da constituição genética (ovo x sptz) e sim por 
condições fisiológicas do trato genital. 
2. Reação acrossomal: o acrossomo é a membrana que protege e recobre a cabeça do sptz. Ele 
precisa entrar íntegro e ocorre logo após a ligação a ZP. É um processo de exocitose celular – 
células para fora para a digestão do acrossomo. São fusões múltiplas da membrana acrossomal 
externa com a membrana plasmática (MP) da região anterior da cabeça do sptz. Há a liberação de 
enzimas acrossomais. A penetração na ZP: motilidade espermática e + hidrólise enzimática. 
Somente os sptz que sofrem a reação podem penetrar na zp. Somente os sptz que sofrema reção 
podem penetrar na zona pelúcida. 
 
3. Ligação e fusão do colema: o ooema é a membrana que recobre o wovócito. O sptz reagido se 
funde a membrana do ovócito pela região pós acrossomal. A ligação e a fusão mediada por uma 
proteína chamada fertilina. Após a fusão, forma-se o cone de fertilização que é dividido em 2 
partes: 
Ligação apical: outros espermatozoides podem fazer, é uma associação da membrana acrossoma interna 
com a membrana do ovócito. Nesta fase não ocorre fusão. 
Ligação lateral: ocorre com apenas 1 sptz e ocorre a associação da região equatorial com a membrana do 
ovócito. 
Bloqueio a poliespermia: o oolema perde a habilidade de se fundir com outros sptz. Ocorre em 2 etapas: 
bloqueio rápido e bloquei lento simultaneamente. Evita estruturas poliploides e impede outro cone de ser 
formado. 
Bloqueio rápido: despolarização elétrica da membrana do ovócito (colema), influxo de cálcio ( -70mv para 
+20 mv), antes atraia o sptz e agora repele os outros sptz, aumento lento da permeabilidade de Na+. É 
temporário. 
Bloqueio lento: reação cortical é definitivo. É semelhante a reação acrossomal. A membrana do sptz libera 
grânulos que se fundem com a MP do ovócito liberando enzimas. 
1. Modifica os receptores espermáticos da ZP. 
2. Arrancam ossresíduos terminais da ZP3. 
3. Leva ao endurecimento da ZP. Morte dos que entraram e não fizeram o cone e nenhum entra mais. 
Poliespermia: é fisiológica em pássaros e répteis e em mamíferos ocorre de 1 a 2% por falha dos 
mecanismos de bloqueio. Ocorre a fertilização poliespérmica com formação de embriões poliploides. 
Ocorre a morte embrionária. Tem relação com inseminação tardia e ovócitos velhos. 
4. Fusão do material genético: núcleo masculino expõe a cromatina (DNA condensado para ficar 
dentro do núcleo) descondensação da cromatina. Cada pronucleo migra em direção ao outro. 
Posicionamento dos pronucleos no centro do ovócito e replicação do DNA. 
Ativação do ovócito: necessária para que se inicie o desenvolvimento embrionário. Resultam na ativação 
da proteína (ridiólise) e aumento de cálcio intracelular. O metabolismo de lipídeos faz a produção de 
mambranas. Aumento do ph intracelular de 6.8 a 7.2 ativando a síntese de proteína e DNA. 
Fertilização e clivagem AULA 2 14/02 
A clivagem ocorre imediatamente após a fecundação. A ovomorulina faz a compactação e arranjo dos 
blastômeros compactados, ela é encontrada onde os blastômeros fazem contato. As células do embrião 
compactado se dividem para formar uma mórola, ou seja, quando chega em 32 células é chamado de 
mórula. Isso tudo estará ocorrendo no oviduto. Na hora que ocorre a compactação e fica a estrutura única 
que não se consegue fazer a delimitação, se inicia o processo da cavitação no aglomerado de células e 
inicia-se a formação de uma cavidade que vai esparramar as estruturas para a lateral. As estruturas 
presentes na periferia serão as células externas (trofoblastos) e as células internas irão originar a massa 
celular interna (MCI). A MCI irá originar o botão embrionário (embrião) e o trofoblasto irá originar a 
placenta. A cavidade que se abre é a origem da blastocele/blastocisto porque a mórula sofreu a cavitação e 
inicio da blastocele sendo assim ela será chama de blastocisto. Começa a secreção de fluidos pelo 
trofoblasto, blastocisto inicial origina a blastocele. 
Trofoblastos: células especializadas e achatadas com microvilosidades formam a parede do blastocisto em 
contato com a zona pelúcida. Dará origem a porção embrionária da placenta e permite a aderência 
placentária e nutrição. 
MCI: células pouco especializadas pequenas e redondas e se dividem rapidamente. Ectoderma, 
mesoderma e endoderma. Dá origem a pele, pelos, músculo, sistema nervoso, esqueleto e órgãos. 
O que define a função de cada uma é a sua localização após a compactação. 
Transporte do ovo: o embrião se move no oviduto e forma-se a blastocele, ocorre o acúmulo de Na+ no 
interior (influxo de água), os ovos são transportados para o útero. Essa função é totalmente materna. 
Isso tudo ocorre protegido da zona pelúcida. Na etapa de eclosão a ZP evita a adesão do blastocisto a 
parede do oviduto. Essa estrutura é chamada de blastocisto eclodido. Adesão = gestação ectópica que 
pode causar hemorragia e risco de vida. Quando alcança o útero precisa eclodir (sair da ZP). Uma protease 
(estripsina) lisa a matriz fibrilar da ZP. 
Existem as particularidades em equinos: ocorre a retenção de óvulos no oviduto e eles ficam retidos por 
até 7 meses – degeneram. Somente ovos viáveis vão até o útero. Formato elipsoidal depois se torna 
esférico. Após a entrada no útero forma-se uma cápsula acelular entre a ZP e o trofoblasto, presente até o 
20º dia de gestação. Mórulas e blastocistos in vitro são incapazes de formá-la. 
Migração intra uterina de estruturas sem ser equinas. É estimulada pela liberação de estrógenos e 
prostaglandina. Migração e espaçamento são fundamentais para politocas. É raro em vacas e ovelhas. Na 
égua: cápsula acelular (10 a 13x por dia entre os dias 10 e 16, essencial para prevenir a luteólise, PGE 
produzida pelo concepto – contração do miometro). 
Reconhecimento materno: evita que dentro do ciclo ocorra a luteolise. É primordial que nesse momento o 
organismo fique ciente da presença do embrião para que não haja a luteólise. É necessária a presença de 
progesterona par manter o Cl, logo, a gestação. As espécies têm estratégias para garantir a manutenção do 
Cl. 
Aspectos hormonais: o período pré-implantação depende de interações maternas embrionárias, o embrião 
sintetiza uma grande quantidade de citocinas(fatores estimulantes de macrófagos), enzimas (proteases), 
prostaglandinas e hormônios (estrógenos). 
Ponto crítico: manutenção do CL e da produção de progesterona. Concepto previne a produção de 
prostaglandina, alteração e distribuição de prostaglandina. 
Reconhecimento materno nos ruminantes: produz uma proteína interferontau (trofoblastina) que é 
secretada pelo trofoblasto. É um hormônio parácrino. Nessa espécie a produção do interferontau é muito 
importante, assim como a etapa de alongamento que ocupa o espaço para mostrar a sua presença 
ocupando o corno gravídico. 
Ações do IFN: estabilização dos receptores de P4, inibição direta dos receptores de E2, inibição direta dos 
receptores de ocitocina, previne a liberação de prostaglandina, sintetiza inibidores de enzima para a 
síntese de prostaglandina. 
Reconhecimento materno nos suínos: é necessário ter no mínimo 4 estruturas para compensar a gestação 
da espécie, pois cada embrião provém de uma ovulação, então menos de que 4 estruturas não atinge o 
mínimo de CL. Ele faz a expansão para a ocupação uterina é mais rápida. O embrião libera concentrações 
de estrogênio que é importante nessa espécie para a manutenção da gestação. 
Reconhecimento materno em equinos: nos equinos não ocorre o alongamento, ele produz a uteroferrina 
que age antes da produção da prostaglandina começar para inibir a sua produção. No 12-13º começa a 
produzir a uteroferrina e no 14º dia a prostaglandina. No 16º dia já não existe mais vestígios. 
Posteriormente a movimentação serve para o endométrio não produzir a prostaglandina mantendo assim 
a gestação. Essa movimentação é orientada pelas dobras endometriais. Ocorre então a contração uterina e 
finalmente o alongamento das estruturas. 
Reconhecimento materno nas cadelas: ainda não foi descoberta. 
Aspectos imunológicos: é importante para evitar a rejeição pelo corpo da mãe. 
Obstetrícia aula 3 21/02 
Implantação: contato físico entre o trofoblasto e o endométrio, a duração varia de acordo com o tipo de 
desenvolvimento placentário. 
• Bovinos: de 11 dias a 40 dias 
• Ovinos: entre 10 a 20 dias 
• Equinos: a partir de 30 dias 
• Suínos: 14 dias 
• Cadela se gatas: 17 dias 
Expansão do concepto: ruminantes e suínos – alongamento. Depois que ocorre a eclosão ele já se expande 
para fazer a ocupação do corno gravídico. No equino ele se mantém esférico por esse fenômeno não ser 
tão importante quanto à migração. 
Implantação: ocorre depois de a estrutura estar alongada, é necessário o contato do trofoblasto com o 
endométrio, existem situações que será necessário o aumento da superfície de contato das estruturas 
precisa-se digerir o endométrio para fazer mais contato com o útero. Trofoblasto libera composto 
(colagenase, estromalisina) que vai digerir a matriz celular do tecido uterino para se assentar, e a partir 
disso a estrutura pode se fixar no útero. O blastocisto pode aderir à parede do útero. 
Placentação: é necessária que a placenta seja eficiente na comunicação entre o feto e a mãe, então essa 
estrutura precisa ser extremamente eficaz. É um órgão transitório, então as fêmeas na gestação tem um 
órgão a mais e depois que para de ser gestante ele não existe mais. Como função ela tem: suprimento de 
oxigênio e nutrientes, remoção de detritos metabólicos, produção de hormônios de crescimento, 
regulação do ambiente uterino e do feto. 
A placentação é a ligação do trofoblasto com o endométrio no útero materno, após a fase inicial as 
estruturas serão juntadas. No trofoblasto existem vilosidades microscópicas para aumentar a superfície de 
contato com as criptas da mucosa uterina. Dentro das vilosidades existem vilosidades bem menores que se 
chamam vilos e microvilos fazendo com que aumentam a superfície de contato materno fetal, fornecendo 
uma extensa superfície de intercambio. 
A forma com que a placenta é formada varia de acordo com a espécie, sendo elas divididas em categorias 
por espécie. Essa placenta pode ser avaliada em diversos aspectos. 
Classificação entre as partes: 
• Placentas adeciduadas: firme aderência do epitélio corial ao uterino sem lesão na parede uterina. 
Anexos fetais mão são eliminados durante o parto juntamente com o feto. Ela está presente nas 
éguas, jumentas, porcas e ruminantes. 
• Placentas deciduadas: dissolução prévia da mucosa uterina para união das porções fetais e 
maternas da placenta. Anexos fetais eliminados durante o parto junto ao feto. Ela está presente 
nos carnívoros, primatas e roedores. 
O numero de camadas maternas varia de uma espécie para outra. 
Camadas fetais: NUNCA VARIA 
1. Camada do endotélio dos vasos 
2. Mesenquima (entre o endotélio e tec. Fetal) 
3. Células do trofoblasto 
Camadas maternas: 
4. EPITÉLIO UTERINO 
5. TECIDO CONJUNTIVO 
6. ENDOTÉLIO DOS VASOS MATERNOS 
Classificação quanto ao numero de camadas: 
• Epitélio corial: apresenta as 3 camadas maternas. Equinos, suínos e ruminantes. 
• Endotélio corial: apenas o endotélio dos vasos separa o sangue materno do fetal. Carnívoros. 
• Hemocorial: o trofoblasto está livremente exposto ao sangue materno. Primatas e roedores. 
Sinepitéliocorial: sincício formado no lado materno do placentoma para unir a células do trofoblasto e do 
endométrio. Esse tipo de ligação na placenta dos ruminantes ocorre no placentoma apenas. É por isso que 
a vaca tem maior prazo para liberar a placenta. 
Classificação quanto a distribuição dos vilos placentários: ( onde ocorre a ligação da placenta e útero) 
• Placenta difusa: a maior parte do saco coriônico está uniformemente unida ao endotélio. Suínos, 
equinos e asininos. 
• Placenta cotiledonária: os cotilédones unem-se as proeminências endometriais. Formam o 
placentoma = único ponto de troca materno fetal. Ruminantes. 
• Placenta zonaria: vilos coriônicos ocupam uma faixa onde se unem ao endométrio, formando uma 
cinta. Carnívoros. 
• Placenta discoidal: uma área do cório com formato de disco se une ao estroma endometrial. A 
parte fetal da placenta fica em contato com o sangue materno. Primatas e roedores. 
Anexos fetais AULA 4 obstetrícia 07/03 
Nas espécies que põe ovo o saco vitelínico é extremamente importante. Nos mamíferos ele não é 
fundamental e é uma estrutura que se torna rudimentar com o tempo. A partir do momento que ocorre a 
expansão do mesoderma ocorre a formação do cório que é a estrutura externa da porção da placenta. 
As membranas fetais são formadas por cório, âmnio, saco alantoideano e saco vitelínico. 
Cório: é a porção que entra em contato com o útero. É o anexo mais externo, envolve o embrião e outras 
membranas, fusão do trofoblasto com a membrana interna de células do mesoderma. Seu folheto externo 
forma a placenta fetal. Protege e realiza trocas. 
Âmnio: é a cavidade que circunda o bebe. Camada mais interna que circunda completamente o embrião, 
contem o líquido amniótico, desenvolve a partir de dobras do trofoblasto em conjunto com o mesoderma 
avascular. As células secretam fluídos. 
Saco alantoideano: é formado pela evaginação da parede do saco vitelínico, faz acúmulo de excretas e 
trocas gasosas. Tem uma porção que se chama cório alantoide que é quando o saco alantoideano se 
encontra com o cório. 
Saco vitelínico: nos mamíferos: se desenvolve a partir do blastocele, fica ventral ao embrião, exerce função 
de placenta no inicio da prenhez, absorvendo os nutrientes do leite uterino, nutrindo o embrião, forma a 
primeira circulação, tem função hematopoiética até que o fígado exerça, se torna vestigial em algumas 
semanas e origina as células germinativas primordiais. 
Os líquidos fetais protegem o feto contra traumatismos, desidratação e variações de temperatura. 
Permitem o crescimento do feto e seus movimentos sem prejudicaro útero. Inibem o crescimento 
bacteriano, possui função laxativa para o feto e atua como receptáculo de nutrientes para o feto, evita 
aderência do feto com as membranas, promove a dilatação da cérvix, vagina, vulva durante o parto. 
Aumenta a lubrificação da vagina após o rompimento das bolsas, facilitando a passagem do feto. 
Líquido amniótico: é composto por enzimas, proteínas, frutose, lipídeos e sais minerais. Origem inicial: 
(aquoso) secreção do epitélio e urina fetal. Origem depois: (viscoso) saliva e secreção naso faringeal do 
feto. 
Os placentoma tem formato ovoide, 10 a 20 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura. A vaca tem 120 
placentomas e ovelha tem cerca de 80 placentomas. 
Placenta: órgão respiratório e de alimentação do feto, órgão de filtração, órgão de secreção interna e de 
imunoproteção. 
Nas espécies que põe ovo o saco vitelínico é extremamente importante. Nos mamíferos ele não é 
fundamental e é uma estrutura que se torna rudimentar com o tempo. A partir do momento que ocorre a 
expansão do mesoderma ocorre a formação do cório que é a estrutura externa da porção da placenta. 
O trofoblasto agora se chama ectoderma. O mesoderma está entre o disco embrionário e a blastocele. A 
blastocele vira o saco vitelínico. O saco vitelínico nas espécies domésticas não tem muita importância 
porque esse feto faz trocas com a mãe, já nas espécies que põe ovo ele é muito importante porque não 
existe troca com o meio exterior dentro de um ovo, então tudo que está dentro do ovo é necessário para a 
manutenção do animal. Nas espécies que não põe ovo ele se torna rudimentar. 
A cavidade amniótica é onde tem o líquido amniótico – que está em contato direto com o bebe onde tem 
células de descamação que fornecem informações de genética, alterações genéticas e cromossomiais pela 
amniocentese. As dobras amnióticas forma o saco amniótico que está cheio de líquido amniótico. 
As membranas fetais são formadas por cório, âmnio, saco alantoideano e saco vitelínico. 
Cório: é a porção que entra em contato com o útero, é a estrutura externa da placenta, importante no 
processo de implantação. É o anexo mais externo, envolve o embrião e outras membranas, fusão do 
trofoblasto com a membrana interna de células do mesoderma. Seu folheto externo forma a placenta 
fetal. Protege e realiza trocas e é a partir dele que ocorre a forma de comunicação do embrião com o útero 
materno, trocas gasosas. 
Âmnio: é a cavidade que circunda/recobre o bebe. Camada mais interna que circunda completamente o 
embrião, contem o líquido amniótico, desenvolve a partir de dobras do trofoblasto em conjunto com o 
mesoderma avascular. As células secretam fluídos. 
Saco alantoideano: é formado pela evaginação da parede do saco vitelínico (projeção abdominal), faz 
acúmulo de excretas e trocas gasosas. Tem uma porção que se chama cório alantoide que é quando o saco 
alantoideano se encontra com o cório. 
Saco vitelínico: antiga blastocele. Nos mamíferos: se desenvolve a partir do blastocele, fica ventral ao 
embrião, exerce função de placenta no inicio da prenhez, absorvendo os nutrientes do leite uterino, 
nutrindo o embrião, forma a primeira circulação, tem função hematopoiética até que o fígado exerça, se 
torna vestigial em algumas semanas e origina as células germinativas primordiais (entre a 3 a 4° semana já 
se torna rudimentar). 
Os líquidos fetais protegem o feto contra traumatismos, desidratação e variações de temperatura. 
Permitem o crescimento do feto e seus movimentos sem prejudicar o útero. Inibem o crescimento 
bacteriano, possui função laxativa para o feto e atua como receptáculo de nutrientes para o feto, evita 
aderência do feto com as membranas, promove a dilatação da cérvix, vagina, vulva durante o parto. 
Aumenta a lubrificação da vagina após o rompimento das bolsas, facilitando a passagem do feto. 
Líquido amniótico: É composto por enzimas, proteínas, frutose, lipídeos e sais minerais. Origem inicial: 
(aquoso) secreção do epitélio e urina fetal. Origem depois: (viscoso) saliva e secreção naso faringeal do 
feto. 
Os placentoma tem formato ovoide, 10 a 20 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura. A vaca tem 120 
placentomas e ovelha tem cerca de 80 placentomas. 
Placenta: órgão respiratório e de alimentação do feto, órgão de filtração, órgão de secreção interna e de 
imunoproteção. 
OBSTETRÍCIA AULA 5 14/03 P2 ENDOCRINOLOGIA DA GESTAÇÃO 
ESTROGENIO: possui função fundamental na preparação da gestação e está presente na fase 
proliferativa aumentando o epitélio uterino fazendo o crescimento dos ductos das glândulas 
endometriais preparando o útero para a ação da progesterona. É fundamental precursor da 
endocrinologia da gestação. Ele está presente em toda a gestação e tem importância no 
desencadeamento do parto. 
PROGESTERONA: hormônio da gestação faz a ramificação das glândulas endometriais, 
aumenta a secreção uterina durante a gestação, faz a manutenção da fixação da placenta e o 
reconhecimento da gestação garante o nível da progesterona alta. Sem progesterona a gestação 
acaba. Ela faz efeitos psíquicos para o animal apresentar comportamento calmo e associado a 
outro hormônio (prolactina) ele faz o efeito da carência, fazer ninho. É sempre produzida pelo CL 
no inicio da gestação e o papel do CL na manutenção da prenhez varia entre as espécies. 
PROLACTINA: produzida pela hipófise e pelo CL, quando o CL tem vida estendida virando o CL 
gravídico os níveis de prolactina são potencializados. Tem efeito luteotrófico. Induz o 
aparecimento e manutenção dos receptores para LH, estimula o metabolismo do colesterol, inibe 
a degradação da progesterona, efeitos psíquicos associados à progesterona levando ao 
comportamento materno e a conduta materna que é a preparação do ninho e os cuidados com 
neonatos. 
A partir de um momento na gestação é necessário uma fonte extragonadal de progesterona que é 
a placenta que começa a produzi-la. 
 A placenta produz hormônios que podem estimular a função ovariana, manter a gestação, 
influenciar o crescimento fetal, estimular a função da glândula mamária, auxiliar o parto. 
EQUINOS: são os que mais se diferem e que tem mais particularidades na endocrinologia da 
gestação. A movimentação até o útero demora de 5 a 6 dias e ela é possível pela produção de 
prostaglandina que atua estimulando a contração da musculatura tubárica e na fase uterina ela 
ajuda na migração da estrutura esférica dentro do útero. A movimentação dura mais ou menos 40 
dias. 
CÁLICES ENDOMETRIAIS: ocorre no inicio da placentação e do estabelecimento dos anexos 
fetais. Nos equinos o momento que as cavidades especificas dos anexos fetais começam a 
aparecer as células coriônicas (girdle cells) se multiplicam rapidamente invadindo o endométrio 
formando projeções e nódulos nas porções intermediarias na placenta. Elas começam a penetrar 
no endométrio formando os nódulos/placas dentro do endométrio que são chamadas de cálices 
endometriais. A partir do 30° dia elas começam essa formação de nódulos que irão produzir a 
gonadotrofina coriônica equina (ECG) que é produzido pela placenta da égua. Ele persiste por um 
período variável, mas normalmente desaparecem por volta do 130° dia por um componente 
imunológico. 
ECG: É feito a primeira detecção a partir do 35° a 42° dia dependendo da fisiologia da fêmea. 
Aumenta rapidamente. A duração desses cálices endometriais é de 130 dias. O genótipo fetal, 
tamanho da égua, e presença bilateral de gêmeos afetam os níveis de concentração do ECG. 
Esse ECG foi produzido com o objetivo final das células coriônicas fizeram para produzir o 
hormônio, e elas vão atuar na gônada para produzir os corpos lúteos acessórios/suplementares 
que serão novas fontes de progesterona a partir do ECGproduzido pelos cálices endometriais, 
logo a placenta com 70 a 90 dias também começa a produzir progesterona. O ECG é aplicado 
quando precisa induzir a luteinização consequentemente a ovulação. 
BOVINOS: Endocrinologia da gestação na vaca: o CL só regride 2 dias após o parto, ou seja o 
CL é fonte de progesterona durante toda a gestação. A PRODUÇÃO DE PROGESTERONA 
ENTRA EM DECLINIO POR VOLTA DE 20 A 30 DIAS ANTES DO PARTO SENDO VISIVEL A 
MODIFICAÇÃO comportamental. O estrogênio é inicialmente produzido pelas ondas de 
crescimento folicular no ovário que continuam ocorrendo na femea gestante. Sua concentração 
aumenta durante a gestação e diminui após o parto. A prolactina é basal e 20h antes do parto ela 
aumenta sua concentração e 30h após o parto ela cai abruptamente mostrando a importância 
dele no desencadeamento do parto. 
OVELHA: A concentração de progesterona é maior em gestações múltiplas devido a maior 
quantidade de CL. Em determinado ponto dessa gestação é fundamental a participação da 
placenta para que ela se mantenha. O estrogênio está presente em baixas concentrações e no 
momento do parto ele aumenta. Após o parto o estrogênio entra em declínio. A prolactina está em 
níveis basais na gestação e no dia do parto ela aumenta 20x ou mais para o desencadeamento 
do parto. 
CABRA: A progesterona aumenta em um platô se mantendo constante por um tempo, declina 
rapidamente durante alguns dias antes do parto. Fontes extragonadais não são suficientes para 
manter a gestação. O estrogênio tem uma concentração mais elevada comparada a ovelha, 
ocorre aumento gradual entre o 30° a 40° dia fazendo um pico logo antes do parto. A prolactina 
tem baixas concentrações durante a gestação e aumenta rapidamente antes do parto. 
PORCA: O NUMERO DE BEBES NÃO INFLUENCIA NOS NIVEIS DE PROGESTERONA. A 
progesterona permanece alta durante toda a gestação e o CL são sempre necessários para a 
manutenção da gestação assim como as cabras. Ela abaixa rapidamente logo antes do parto. O 
estrogênio se mantem constante durante toda a gestação e de 2 a 3 semanas antes do parto ela 
aumenta, declínio rápido no pós-parto. 
OBSTETRÍCIA AULA 6 P2 28/03 DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO 
No diagnóstico de gestação é possível melhorar o manejo, fazer lotes de animais gestantes e 
vazios e com isso os índices de reprodução será muito maior. É importante também para estimar 
o numero de crias e programar a venda desses filhotes. É chamado de feto a partir de parâmetros 
que levam a essa modificação. É baseado nas fases que a estrutura vai passar. Embrião: entre a 
fertilização e o início da ossificação, TEM COMO CARACTERÍSTICA A ALTA TAXA DE 
CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO. Feto: após o início da mineralização dos ossos. No 
momento do parto a femea dá luz ao FETO. 
Avaliação da idade gestacional: a menos que se tenha informações precisas sobre a data da 
ovulação e cobertura, o principal critério utilizado na determinação da idade dos embriões e fetos 
é baseado no tamanho e características gerais do desenvolvimento do útero e do feto. A USG é 
um complemento de ferramenta para o diagnóstico de gestação. Em equinos principalmente a 
perda gestacional é dentro dos 60 dias. 
No equino o DG é baseado na modificação na tensão uterina, é feito via palpação retal vendo que 
a tensão permanece mais tempo e observa-se uma assimetria entre os dois cornos. No bovino 
também tem a assimetria porem no equino é maior. Via palpação é possível no equino fazer 
diagnóstico de gestante entre 19 a 21 dias. 
USG: é um meio de diagnóstico mais preciso que a palpação, pois é possível fazer mensuração 
de tamanho, previsão de parto e de idade de gestação. Não faz mal nem pra mãe e fetos e é 
possível uma confirmação precoce de gestação, condições de ovários e útero, estruturas e 
condições vitais do feto (avalia a viabilidade fetal). É possível fazer o diagnóstico entre 9 a 15 
dias de gestação, ou seja, 10 dias antes do diagnóstico da palpação fazendo diferença na 
estação de monta (época) acelerando o processo de monitoração de cio. O diagnóstico precoce 
depende da prática do técnico e existe características que são possíveis diferenciar uma vesícula 
de 10 dias de um cisto, pois pode acontecer do animal ter um cisto uterino podendo confundir 
com gestação. Um diferencial para saber é que se for gestação vai crescer se for cisto não, 
e o cisto não apresenta duas estruturas hiperecoicas nos polos dorsal e ventral já a 
gestação apresenta. SE MEXER É EMBRIÃO. CASO DE DÚVIDA ESPERAR 2 DIAS E 
OBSERVAR CRESCIMENTO – SE CRESCER É EMBRIÃO. 
O coração é detectado no 24° dia quando se tem a viabilidade fetal. 
Em éguas quando a estrutura inicial está no assoalho da vesícula, o saco vitelínico diminui de 
tamanho mandando ele para o polo dorsal, iniciando a descida por volta de 35° a 45° sendo 
possível a identificação do cordão umbilical. 
Outra ferramenta em equinos é que a partir de 60 dias é possível fazer a detecção de 
anormalidades fetais, partes e órgãos do feto e fazer a mensuração (fetometria) que vai avaliar 
a estimativa de idade fetal e a saúde do feto. 
A avaliação de idade fetal é importante para estimar previsão de parto para e o proprietário se 
preparar: MEDIDAS IDADE APROXIMADA. 
1. Extensão da nuca à garupa (crown-rump) 
2. Da extremidade da fossa nasal até a extremidade da cauda. 
3. Extensão do rádio e da tíbia 
4. Diâmetro do orifício orbital (após 7 meses). Fatores raciais podem variar os valores. 
VACAS: é possível fazer o DG via palpação retal a partir dos 30 dias. É tardio porque antes dos 
30 dias a quantidade de líquido é muito pequena com uma pequena bolsa inicial, devido ao 
alongamento dos cornos gravídicos – ou seja- até que essa estrutura se torne bem grosseira não 
será possivel identificar a gestação. Em novilhas é possível um diagnóstico mais precoce porque 
ela possui o útero menor. 
• 35 dias – novilhas 
• 40 dias – vacas 
• 45 dias- teste de beliscamento 
Após os 60 dias continua fazendo o teste do beliscamento, balotamento (presença do feto), 
frêmito da artéria uterina média ( a partir de 80 dias). A partir dos 4 meses já consegue sentir os 
placentomas que variam em tamanho e número. A cérvix estará deslocada para a cavidade 
abdominal. 
USG: ela traz um adianto no DG. É possivel fazer com 25 dias a visualização do embrião. A 
partir de 30 a 35 dias é possivel fazer a identificação do batimento cardíaco garantindo a 
viabilidade fetal. Com 40 a 90 dias pode se visualizar cavidades formadas no útero, pois nessa 
fase o útero já está dividido parecendo uma colmeia, sendo completamente normais os 
compartimentos dentro da estrutura placentária. 
• Aparecimento das dobras uterinas = divisão do lúmen uterino. 
• Exame se estende as estruturas fetais = cabeça, membros e cordão umbilical. 
 A partir dos 70 dias inicia-se a não percepção dessas dobras uterinas virando uma estrutura 
única. No segundo e terceiro trimestre é identificado os placentomas que vão crescendo de 
tamanho ao avanço da gestação, já se identifica a membrana amniótica e alantoideano e fluídos 
uterinos. 
Fluido amniótico: reflexo ecogênicos (maior celularidade e viscosidade). 
PEQUENOS RUMINANTES: tem como característica para fazer o DG é a utilização do não 
retorno ao cio que mostra que está com a fase progesteronica prolongada e quem faz isso é a 
gestação. A USG é o método mais eficiente (30, 40, 50 dias) – acurácia entre 35 e 55 dias 
podendo acertar até 97%, numero de fetos com 98% de precisão, e a palpação abdominal com 
100 dias, a partir dos 40 dias pode ser usado o doppler analisando os batimentos cardíacos – 
acurácia entre 40 e 80 dias com 60% de precisão, após os 80 dias 90% de precisão. O USG 
nesses animais é transabdominal eentre 40 a 50 dias tem uma boa precisão para fazer 
diagnóstico de gestação com acurácia de 97%. 
PORCA: O não retorno ao cio é um bom indicativo de gestação (18 a 22 dias) a palpação retal 
entre 30 a 60 dias com 95% de acurácia. USG transabdominal por volta de 25 dias. 
CADELA: Não retorno a gestação pode ser indicativo de pseudogestação. A melhor forma é a 
palpação abdominal e USG para DG. O sucesso da palpação depende da prática, porte do 
animal, temperamento do animal, período de gestação, número de fetos no útero, condição 
corporal da mãe. O DG por palpação retal com 18 a 20 dias em cadelas pequenas e com pouca 
gordura, 23 a 30 dias na maioria dos animais. O sucesso da palpação abdominal é maior quanto 
mais avançado essa gestação for, pois o veterinário terá certeza que essas estruturas estão 
presentes no útero e são vesículas embrionárias. O ideal é ter a data da cobertura ou da entrada 
no cio para se situar dentro dessas informações e fazer o DG antes de 21 dias. O RX só pode ser 
usado em cadelas após 45 dias de gestação (por conta da radioatividade e por conta da 
mineralização óssea também) para fazer a contagem de fetos, em cadelas obesas com poucos 
fetos, partos prolongados ou distócico e retenção dos fetos no útero. Na USG pode ser feito o 
DG de 20 a 30 dias para saber estado geral e do numero de fetos. A partir de 35 dias pode se 
chamar de feto, pois se inicia a mineralização. Diagnóstico de quantidade de filhotinhos por USG 
pode acontecer de contar errado ou contar repetido, ou na sobreposição deixar de contar algum 
filhote. Já no RX a imagem é estática sendo menor a probabilidade de erro. 
Formulas para predizer a idade gestacional em cadelas: antes dos 40 dias: IG = (6x o diâmetro do 
saco gestacional) + 20, ou IG= (3x comprimento fetal) + 27. 
Após 40 dias: IG = (7 x diâmetro corporal) +29 
Para gatos pode ser feito após 40 dias IG = (11x o diâmetro corporal) + 21 
OBSTETRÍCIA AULA 7 11/04 P2 DETERMINAÇÃO DO SEXO ATRAVÉS DA USG 
Identificação do tubérculo genital dará origem ao pênis ou clitóris. O posicionamento do 
tubérculo indicará se é femea ou macho. 
No USG serão procuradas as estruturas marcadoras como o umbigo, cauda e membros 
posteriores. O TUBERCULO PODE ESTAR ENTRE A CAUDA E MEMBROS POSTERIORES 
QUE IRÁ ORIGINAR A VULVA ou ENTRE OS MEMBROS POSTERIORES E UMBIGO QUE IRÁ 
DAR ORIGEM AO PENIS. Essa é uma técnica utilizada em equinos e bovinos, mas em bovinos 
ela é de eleição porque é possivel fazer 59 a 68 dias de gestação à determinação do sexo. 
Em equinos é usada a técnica da identificação da morfologia da gônada: Nos machos será 
identificado de acordo com a ecoestrutura que será homogênea e só é possivel perceber a 
presença do mediastino testicular. É feito essa técnica entre 110 e 150 dias de gestação. NO 
CASO DA FEMEA PODE-SE DIFERENCIAR A CORTICAL DA MEDULAR, N O MACHO 
DIFERENCIA-SE O MEDIATINO TESTICULAR. 
PATOLOGIAS DOS ANEXOS FETAIS 
1. Hidropsias: se caracterizam por acumulo progressivo de liquido exagerado dentro dos anexos 
fetais, cuja quantidade normal em grandes animais é de até 20L. Pode ser no saco amniótico 
ou alantoide. O hidroalantóide é mais comum. Hidroâmnio está associado ao feto bovino 
bulldog. É maior a incidência em vacas e na maioria dos casos só aparece nos últimos 3 
meses. As causas não são totalmente conhecidas e muitos casos estão associados a 
malformações fetais: anencefalia, hidrocefalia, monstro duplo. Distúrbios hepatorrenais no feto 
– hidronefrose. Menos numero de cotilédones com a função normal. Está com frequência 
associada à presença de gêmeos e torções ou compressões do cordão umbilical. Os casos de 
hidroalantóide são progressivos e quanto mais tarde na gestação ocorrer à patologia, maiores 
as chances da vaca sobreviver. O volume do fluido do alantoide pode ser de 270L. 
Hidroalantóide: 85 a 90% dos casos. É possivel que animais oriundos de FIV tenham mais 
chances de desenvolver as hidropsias e problemas hepatorenais no feto. O hidroâmnion ocorre 
em 5% dos casos com feto congenitamente defeituoso. Casos de hidroâmnion e hidroalantóide 
ao mesmo tempo ocorrem em 7% dos casos. 
Sintomas: distensão abdominal excessiva (os animais no mesmo tempo de gestação que as 
outras vai se destacar diante as demais que estão na mesma idade de gestação), compressão de 
vísceras e vasos que vão causar alterações cardiorrespiratórias como taquipnéia, respiração 
superficial e taquicardia, diminuição do apetite, dificuldade de ruminação, para defecar e urinar, 
decúbito (em casos negligenciados), pode ocorrer abortos (alívio para o animal), desidratação 
intensa podendo causar a morte do animal, no final da gestação ocorre inércia uterina + dilatação 
menor da cérvix. O parto deve ser acompanhado. 
• Casos leves: até 80L. Atonia uterina. 
• Casos médios: até 150L. Abdome em forma de tonel, compressão e deslocamento dos 
órgãos abdominais e timpanismo. 
• Casos graves: + de 200L. Ascite, decúbito, distúrbios gerais, desidratação, choque e morte. 
Distensão exagerada do abdomem, dificuldade em palpar o feto, dispneia, taquicardia, 
anorexia, disúria, dificuldade de locomoção, edema da região ingnal e dos membros 
posteriores, decúbito prolongado e atonia ruminal, aumento progressivo do útero causando 
compressão de vísceras e vasos com alterações cardiorrespiratórias, digestivas, desidratação 
que eventualmente vai abortar ou morrer dependendo de quanto tempo irá demorar para 
identificar esse processo. 
Complicações: 
• Antes do parto: prolapso de vagina, paraplegia, hérnia abdominal, ruptura de útero, aborto e 
colapso. 
• Durante o parto: atonia uterina e parto distócico. 
• Após o parto: colapso, retenção de placenta, agalactia. 
Diagnóstico: inspeção: aumento do abdome, palpação abdominal ou retal dependendo da 
espécie e da idade fetal. Útero muito distendido sem sentir o feto na palpação, imagem USG que 
vai ser útil pra ver a presença do feto apenas. 
Diagnóstico diferencial: ascite (cavidade abdominal pendulosa no caso de ascite e no caso de 
gestação/hidropsia será aumentado proporcionalmente), gestação gemelar ou múltipla, 
hidrometra, timpanismo. 
Tratamento: varia da avaliação de cada caso: 
• Quadro leve: aguardar o parto ou abortamento. Prognóstico reservado. 
• Quadro grave: indução do parto/cesariana/eutanásia. Prognóstico: ruim. 
Casos de hidroalantóide são sempre acompanhados de retenção de placenta e retardo na 
involução uterina. 
Indução do parto ou abortamento: drenar o líquido lentamente. 
Ocitocina e glicocorticoides (dexamentazona 20 a 40 mg, fluometazona 10 a 20 mg). 
Na indução do parto ou punção: estabilizar o animal para prevenir o choque hipovolêmico. 
2. Molas: processos patológicos da placenta que promovem a morte do embrião, em seu estágio 
primitivo de desenvolvimento. O embrião morto é geralmente reabsorvido. Entretanto os 
anexos fetais continuam se desenvolvendo mesmo sem feto. É observado em bovinos, 
caninos e suínos. Etiologia não estabelecida (suposições: origem tumoral, traumática, 
malformação). O animal não apresenta sintomatologia e normalmente é descoberto na 
utilização do USG na rotina. 
• Mola cística: os anexos fetais após a morte do embrião formam uma bolsa com conteúdo 
líquido. Já foi descrita em bovinos, ovinos e carnívoros. 
• Mola hidatiforme: as vilosidades coriônicas sofrem degeneração e já foi descrita em bovinos 
e caninos. 
• Mola vilosa: origina-se de um crescimento exuberante das vilosidades do cório. É pouco 
descrita. 
• Mola hemorrágica: ocorre após a morte traumática do embrião e hemorragia intensa da 
placenta. 
• Mola carnosa: é uma fase de desenvolvimento da mola hemorrágica. O coágulo organizado 
toma um aspecto cárneo.Diagnóstico: exame repetido dos genitais, palpação retal ou USG – útero aumentado com 
flutuação sem perceber o feto. Quadro repetido mais tarde, no caso de corrimento hemorrágico 
durante a prenhez prolongada. 
Tratamento: recomenda-se o aborto terapêutico com prostaglandina (dinoprost 25mg IM ou 
cloprostenol 500ug IM), GLICOCORTICOIDES (final da gestação em 2 a 4 dias - dexamentasona 
20 a 40 mg, fluometasona 10 a 20 mg). Ovário-histerectomia e descarte. 
3. Gestação múltipla anormal - origem da multiplicação de embriões: fertilização única e 
bipartição natural dentro do organismos que irá gerar os genes geneticamente idênticos. 
Padrões de ovulação: 
• Ovulação sincrônica: uni ou bilateral com até 1 dia de intervalo. 
• Ovulação assincronica: intervalo 2 a 10 dias no mesmo período de estro. 
Cadelas: desenvolvimento de fetos de diferentes idades – superfetação. 
Sintomas: alterações funcionais devido à compressão dos órgãos e distúrbios metabólicos – 
aumento de volume uterino. Taquipnéia e respiração superficial por compressão do diafragma, 
perturbações digestivas por compressão e deslocamento das vísceras. Perturbações cardio-
circulatórias, principalmente edemas e transudações cavitárias por compressão de vasos 
sanguíneos. Enfraquecimento da gestante, associado a distúrbios metabólicos, que pode 
determinar um decúbito permanente. Alterações mecânicas no parto (insuficiência de contrações, 
atonia uterina e retenção de placenta). 
Evolução em ruminantes porca e cadela: abortamento é raro e exigência de retirada dos 
produtos que é frequente. Em equinos ocorre a morte de um ou ambos os produtos em 
pouquíssimos casos nascem os dois produtos mas com muitas alterações esses dois indivíduos 
como problemas endócrinos, em crescimento, articulações e etc.. 
Diagnóstico: em grandes animais é o USG de palpação retal e pequenos animais a palpação 
abdominal USG 25d e RX 45d. Fazer diagnóstico diferencial para hidropisia dos envoltórios 
fetais. 
Tratamento: sem perturbações no estado geral: aguardar momento do parto assistido pela 
chance de atonia uterina. Animais com perturbações no estado geral fazer a indução do parto 
(ruminantes fazer a indução ou abortamento induzido, pequenos animais e suínos pode fazer 
cesárea, animais debilitados o prognóstico é ruim). Os animais devem ser retirados da 
reprodução por ser hereditário. 
Em equinos: 
• 60%: 1 feto viável 
• 31% perda de ambos 
• 9% ambos fetos até termino (64,5% ambos natimortos, 21% um vivo e um morto, 14,5% 
ambos nascem vivos). 
 
4. Gestação ectópica: gestação extrauterina (rara). 
• Primárias: desenvolvimento em local extra uterino desde o inicio. 
• Secundárias: por ruptura uterina (2° metade da gestação). 
Evolução: ruptura uterina, feto na cavidade abdominal com ruptura do cordão umbilical, morte 
fetal e mumificação, aderência do feto ao intestino. 
Tratamento: animais de produção = descarte, pequenos animais = cirúrgico. 
OBSTETRÍCIA AULA 8 18/04 P2 AFECÇÕES DA GESTAÇÃO 
Morte embrionária: pode ser precoce e tardia. A precoce ocorre nos primeiros dias após a 
fertilização e a tardia durante o processo de implantação. 
Sintomas: repetição de estros em intervalos regulares ou não regulares (superiores). Os animais 
que apresentam morte embrionária se chama repeat breeder/ femeas que comem o embrião (no 
caso de animal de alto valor zootécnico é indicado a TE). Tirando os carnívoros os outros animais 
voltam a ciclar depois da perda embrionária. A morte fetal foi estimada entre 5 e 10% para as 
espécies domésticas. 
 As causas podem ser: 
• Infecciosas: toxoplasmose, campilobacter fetus, tritricomomomas fetus, VDB, herpes vírus 
bovino 1 , leptospirose, neosporose, parvovirus canino tipo 4, vírus da leucemia felina e 
herpesvirus felino 1. 
• Não infecciosos: entram o genético como aberrações cromossômicas numéricas ou 
estruturais, fatores externos como estresse, temperatura ambiental, deficiência nutricional, 
tratamentos hormonais, fatores maternos como falta de interação materno fetal (P4) e espaço 
uterino insuficiente. 
Morte fetal: o indivíduo é considerado feto quando apresenta as características da espécie a qual 
pertencence (término da organogenese). Absorção, mumificação, maceração, putrefação, 
abortamento. 
Morte fetal – mumificação: modificações do feto morto (2° ou ultimo terço), não expulsão do 
útero, processo asséptico (cérvix fechada), CL presente em vacas e éguas ou fetos vivos 
(pluríparos).É uma estrutura ressecada. 
Mumificação fetal: tipos hemáticos que ocorre em bovinos e papirácea nas demais espécies. 
Ocorre a reabsorção dos líquidos fetais e dos líquidos intersticiais do feto, endurecimento do feto 
e ressecamento da placenta que se torna de cor escura. 
• Tipo hemática: hemorragia entre a carúncula e cotilédone formando uma massa gomosa, 
vermelha amarronzada escura. É característica nos bovinos. 
• Tipo papirácea: feto e anexos com aspecto enegrecido e sem hemorragia prévia. 
Etiologia: torção uterina/cordão umbilical, alterações placentárias, traumatismo, administração 
hormonal em pequenos animais (P4). 
Sintomas: distúrbios passageiros como cólicas e indigestão, ausência de sinais externos e de 
estro, gestação prolongada (feto único), palpação do feto, ausência do frêmito da artéria uterina. 
Nas vacas ocorre o prolongamento da gestação entre o 3 e 4° mês. Nesse período não se 
observam sinais de cio e parto. Pode ocorrer o abortamento espontâneo. 
O período de gestação pode se prolongar: 
• Vaca: 3 a 24 m 
• Égua: 3 m 
• Ovelha: 9 a 24m 
Diagnóstico: por palpação retal vai apresentar ausência de líquidos fetais e placentomas, parede 
uterina colada ao feto, feto endurecido, orifício orbital, USG. O diagnóstico em pequenos animais 
é dado pela palpação abdominal. 
Tratamento: indução do aborto: em vacas PGFALFA + ESTRÓGENO e em égua fazer a abertura 
manual da cérvix. Ultima opção é a cesariana. Em pequenos animais é cesariana. 
Morte fetal maceração: processos séptico de destruição de feto retido no útero/cérvix aberta. + 
de 3 dias de evolução, amolecimento e liquefação dos tecidos fetais moles, permanecendo o 
esqueleto. Ocorre por abertura da cérvix e permanência do feto morto no útero com entrada de 
bactérias da vagina, que se multiplicam sob a temperatura corporal. É mais frequente em bovinos. 
Amolecimento a até liquenificação dos tecidos moles do feto, permanecendo integro apenas o 
esqueleto. 
Etiologia: infecções por trichomonas foetus, prolapso vaginal, aborto retido em via fetal, distocia. 
Sintomas: desconforto abdominal, corrimento vaginal d eodor fétido, anorexia e emagrecimento, 
temperatura se pulso elevados, septicemia toxemia, peritonite e aderências, redução ou parada 
da produção de leite. 
Diagnóstico: sinais, palpação, USG, RX. 
Tratamento: indução do abortamento, recuperação uterina, descarte, cururgico (OSH em 
pequenos animais). 
Prognóstico: função reprodutora, esterilidade, lesões do endométrio – ossos do feto, pode fazer 
aderência causando metrite. 
Morte fetal – putrefação/feto enfisematoso: alterações enfisematosas processo séptico por 
anaeróbicas (produzem gás). + de 24 a 72 horas de evolução. 
Etiologia: morte fetal no final da gestação ou por distocia que gera a penetração de bactérias 
anaeróbicas via cervical. 
Sintomas: distúrbio do estado geral e timpanismo leve, corrimento vaginal fétido, cérvix pouco 
dilatada, produção de gás no tecido fetal, queda de pelos e cascos do feto. 
Diagnóstico: sinais, palpação, USG, RX. 
Tratamento: retirada do conteúdo uterino rápida, fetotomia, cesariana, antibiótico sistêmico e 
intrauterino. Em cadelas faz a OSH. 
 
FISIOLOGIA DO PARTO – OBSTETRÍCIA 
Ectocia ou partonormal: onde não necessita de auxílio para expulsar o produto. As condições necessárias 
são que a via fetal permita a expulsão do feto e que o feto tenha a estática fetal ideal. 
A via fetal é o conduto formado por parte do aparelho genital pelo qual o feto transita durante o parto. 
A via fetal mole é constituída pelos cornos uterinos (multíparas), corpo do útero, cérvix, vagina, vestíbulo 
da vagina e vulva. 
A via fetal óssea é formada pelos ossos ilío isquio e púbis, sacro e primeiras vértebras coccígeas mais as 
articulações e ligamentos. 
Via fetal – composição: 
1. Sacro lombar: formada pela extremidade anterior do sacro até a ultima vertebra lombar. 
2. Articulação sacro ilíaca: ligamento da pelve com a coluna vertebral. 
3. Articulação sacro coccígea: ligados por meio de discos intervertebral e lateralmente por fibras 
ligamentosas longitudinais. 
4. Sínfise pélvica é fixada por ligamento que une o púbis ao ísquio. 
Pelvimetria: para ver a possibilidade de parto distócico – medidas das dimensões da pelve: 
• Largura – medir o diamtro ilíaco 
• Altura – medir o diâmetro sacro-pubiano 
Pequenos animais: interno – radiografia. 
Indireta ou externa: dedução dos valores dos diâmetros pélvicos por medidas formadas no exterior do 
corpo da femea: 1 2 
• 1-2: duas pontas do ilíaco externo 
• 3-4: duas pontas isquiático externo 
• 1-3/ 2-4 duas pontas: ílio isquiático (profundidade) 3 4 
Classificação dos tipos pélvicos: 
• Dolicopelvico – diâmetro sacro púbico (altura) é maior que o bi-líaco (duas pontas do ílio). 
Ruminantes e suínos. 
• Mesatipélvico – diâmetro sacro púbico é similar ao bi-ilíaco. Equinos. 
Classificação para cães: 
• Dolicopélvicos – ex: galgos. 
• Mesatipélvico – ex: dálmatas, pointers. 
• Peatipélvico – diâmetro sacro – pélvico é menor que o bi-ilíaco. Ex: pequinês. 
Estática fetal: disposição do feto no interior do útero durante a gestação no momento do parto (ou as 
relações do feto com a pelve materna com o útero). Quando avaliada pode diagnosticar partos distócicos 
planejando assim o tratamento da distocia – para possíveis problemas durante o parto. 
Anômala: comportamento específico da estática e posicionamento desse animal para que ele nasça de 
uma forma correta. 
Distocia: quando necessita de auxílio para expulsar o produto. 
Estática fetal é composta por: 
• Apresentação: relação do eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe (anterior ou 
cefálica, posterior ou pélvica) – parte mais comprida da femea com a mais comprida do feto. 
• Atitude: partes moles do feto com membros anteriores e posteriores (cabeça e pescoço) observar 
cabeça e membros se insinuam ao membro pélvico e essa atitude será classificada. Os membros 
tem que estar estendidos e não fletidos. 
• Posição: dorso do feto ou coluna vertebral com o dorso da mãe ou pelve – promovendo 
paralelismo. 
Corpo do feto ou maneira com a qual a cabeça com os membros do feto se inseminam no conduto pélvico. 
Situação eutócica: equinos – 99%, bovinos 95%, suínos 60%. Apresentação longitudinal anterior, posição 
dorso sacral e atitude estendida. Podem nascer em apresentação longitudinal posterior. 
Carnívoros – 60% apresentação longitudinal anterior, posicionamento dorso sacral e atitude estendida – 
podem nascer com membros flexionados. 
Parto normal: conjunto de fenômenos mecânicos e fisiológicos e endócrinos que culminam com a 
expulsão dos fetos e seus anexos para o meio exterior. Para isso deve haver: 
• Dilatação da via de explusão fetal mole e dura. 
• Desencadeamento das contrações uterinas. 
• Desencadeamento das contrações abdominais. 
Desencadeamento do parto – feto determina o início do parto. Ombro em pequenos animais passa, já em 
grandes não passa. 
Maturação do hipotálamo: primeiro fato determinante do início da preparação do parto hipotálamo fetal 
responde a hormônios placentários e fatores estressantes fetais como hipóxia, mudanças de pressão 
sanguínea, menor disponibilidade de glicose. Aumento plasmático - cortisol fetal devido à maturação do 
hipotálamo fetal. 
 
 
 Cortisol fetal 
Progesterona 
17α hidroxilase 1 
17α hidroxiprogesterona 
17α hidroxilase 2 
Androstenidiona 
 
 
 
 
Aumento de estrógeno faz ação direta no miométrio, aumento da resposta aocitocina, produz o 
relaxamento da cérvix por meio da alteração das fibras de colágeno e estimula a produção e liberação de 
PGFS. 
Principais PGFS formadas no útero: lise do CL, queda do P4, aumento a contratilidade – resultado em 
contrações coordenadas. 
PGE: durante o parto auxilia no mecanismo de relaxamento da cérvix e canal do parto. 
PGI2: prostaciclina é um potente vasodilatador relacionado à manutenção da perfusão vascular da 
placenta. 
Relaxina: produzida pelo cl e pela placenta, atua em ambientes com aumento de estrógeno, promove o 
relaxamento da sínfise pélvica, ligamentos pélvicos, cérvix, miométrio e ductos das glândulas mamárias. 
Prodromos/preparação do parto: sinais do parto próximos e afrouxamento das articulações e ossos da 
pelve (2 semanas), edema da vulva e vagina, modificação da secreção da glândula mamária. 
Liberação do tampão mucoso: 
• Éguas – relaxamento do ligamento do saco esquiático, inquietação sudorese, descida do colostro. 
• Pequenos ruminantes – afrouxamento dos ligamentos, isolamento do grupo, úbere aumentado 
com presença de colostro, descarga vaginal mucosa – tampão. 
• Cadela - queda de 1°C na temperatura corpórea (12 a 24h), falha momentânea nos mecanismos 
regionais da temperatura corpórea em resposta aos estímulos hormonais, inquietação e 
inapetência por causa do aumento da prolactina, comportamento de fazer ninho também por 
causa do aumento da prolactina. 
• Gata – queda de +- 1C na temperatura corpórea – evidente, inapetência, comportamento de fazer 
ninho, inquietação e miados, lambedura da entrada da vulva – tampão mucoso. 
• Porca – constituição de ninho, isolamento, inapetência/anorexia, ansiedade e agitação, edema de 
vulva e cadeia mamária. Aumento +- 1°C na temperatura corpórea de 12 a 24h. 
Fases do parto: 
1. Fase de dilatação da via fetal – insinuação. Inicio concomitante com as contrações uterinas até o 
rompimento dos envoltórios fetais. 
Equino – 1 a 2 Pequeno ruminante – 6 a 12 
Bovino – 4 a 24 Porca – 12 a 24 
Gata – 2 a 12 Cadela – 4 a 24 
 
Relaxamento das fibras da musculatura lisa da cérvix, útero e vagina. 
Contrações uterinas: 
Aromatase 
Estrógeno 
a) Insinuação das bolsas fetais. 
b) Dilatação da via fetal mole. 
Contrações da musculatura uterina: inicialmente são irregulares e com duração de 25 a 50 segundos, 
postura são rítmicas, enérgicas e com duração de 50 a 90 segundos. Na fase de expulsão permanecem 
ativas por até 120 segundos. 
2. Fase de expulsão do produto: inicia-se com o rompimento das bolsas fetais e completa-se com o 
nascimento do feto ou dos fetos. A fase explusiva = contração uterina e abdominal. 
Refluxo de Perguson – Harris: Compressão do nervo pudendo – SNC hipotálamo/hipófise/liberação de 
ocitocina e contração uterina. 
Expulsão do produto: sinais são a resposta da membrana cório alantoide, contrações uterinas e 
abdominais e movimentação do feto no canal do parto – resposta da membrana amniótica e expulsão do 
feto. Em femeas multíparas tem intervalo de descanso. 
• Égua – resposta da estrela cervical – alantocório. Nascimento envolto pelo amnion que se rompe 
com o movimento do fetoe o parto dura em média 20 minutos. 
• Vaca – resposta do córioalantoide do amnion na vagina, nascimento sem envoltos fetais e o parto 
dura 1 a 2 horas em vacas até 4 horas em casos de novilhas. 
• Cadela – podem nascer com ou sem membranas fetais, o intervalo entre nascimentos de 15 min a 3 
horas. 
Outras partes das expulsão: 
• Égua – tendência a partos noturnos, decúbito lateral durante a expulsão, não há de tempo entre os 
partos primíparas e pluríparas. 
• Vacas – parto pode ocorrer qualquer hora do dia, durante exposição várias posições: decúbito ou 
quadrúpede, isolada ou alternadamente. 
• Ovelha – cabra – par1 to a qualquer hora. 
• Porca – presença homem ou animais pode inibir o parto, que ocorre com + frequência no final da 
tarde e à noite. 
• Gata – parto noturno e isoladamente da fêmea. 
OBSTETRÍCIA DISTOCIAS P3 
Distocia: vem de ser um parto difícil, ou seja, que pelas vias naturais aquele animal tem dificuldade de 
nascer. Pode ser de origem materna, fetal ou ambos. 
• Distocia fetal: normalmente relacionada à estática incorreta malformação do feto. 
• Distocia materna: alterações de vias fetais ou ósseas ou tecidos moles, que levam a incapacidade 
da femea de expulsar esse útero. Pode ser alteração de pelve, vagina, vulva cérvix e útero – aí que 
está a importância de um exame ginecológico completo para prevenir esses tipos de situação. 
Podem envolver as vias fetais tanto óssea quanto mole. 
Quando é falado que os problemas na hora do parto podem estar presentes no canal de parto é pensado 
só onde o feto passa, porém o útero também faz parte dessas partes moles então a dificuldade de força de 
expelir o feto também pode ocorrer, acontece em todas as espécies porém é mais comum em cadelas e 
ruminantes e mais difícil de acontecer em ruminantes. 
O que causa a distocia de origem materna? As primeiras alterações estão relacionadas a via fetal óssea – 
anomalias pélvicas e as alterações de via fetal mole que envolve anomalias cervicais, vaginais e uterina. 
Distúrbios gerais que podem levar a casos de distocia: ambiente inadequado, idade genética da mãe, 
idade – animais mais velhos tem mais chances, deficiência nutricional, afecções sistêmicas ou metabólicas, 
doenças infecciosa que não causam abortos e sim distocias, alterações dolorosas que inibem o estímulo do 
parto levando à distocia pela inibição dessas contrações. 
Dentro de anomalias pélvicas temos os exemplos mais comuns dentre eles anomalias pélvicas – fratura 
não consolidada que são as piores, ou fraturas consolidadas que estreitam o canal de parto promovendo 
um rebaixamento, as osteodistrofias estão associadas a alimentação adequada, a pelve juvenil que é 
congênita e ela é menor a característica parcial. 
O diagnóstico da distocia é de origem as alterações pélvicas normalmente é feito na hora do parto, ou se 
for identificado algum trauma antes do parto pode se pré supor problemas na hora desse animal parir. O 
que pode ser feito para ajudar? Pequenos animais fazer OSH e cesariana e em grandes animais pode tentar 
fazer a estação do feto projetado, a cesariana para evidenciação de alterações estruturais de pelve ou 
fraturas e o ideal é descartar esse animal da reprodução para evitar possíveis traumas. 
O ideal é avaliar as chances do feto que se ele fosse muito grande seria um caso de distocia fetal, agora se 
a pelve for pelve juvenil já seria ideal fazer uma cesariana. 
Anomalias vulvares: adquiridas e congênitas – que poderiam ser evitadas no exame ginecológico na 
estação de monta. 
Enfermidades vulvares adquiridas: são os estreitamentos por cicatrizes que possam fazer com que haja a 
incapacidade de dilatação dessa estrutura. TECIDO CICATRICIAL NÃO TEM CAPACIDADE ELÁSTICA. Animais 
que apresentam tumoração é muito comum, inclusive durante a gestação longa de 11 meses um tumor 
pequeno no momento da inseminação ou TE em 11 meses ela cresce muito e surpreende. Na duvida: não 
deixar cruzar/inseminar ou monitorar. Edemas excessivos, vulva má posicionada e cicatrizes dependendo 
da sua forma, defeitos anatômicos que entram em qualquer um dos casos adquiridos podendo afetar a 
capacidade de elasticidade, estenose vulvar por algum motivo como exemplo devido a uma hipoplasia, 
fibroses e retrações cicatriciais, éguas submetidas à vulvoplastia, cadelas com tvt que fazem lesões 
enormes que acabam obstruindo a passagem do feto – dependendo do grau do TVT em 60 dias ela pode 
estar numa situação bem comprometida, ou ela tinha já uma lesão tecidual no momento da cruza. 
O que pode ser feito? se não tem passagem na vulva seja por uma retração cicatricial ou hipoplasia vulvar, 
falta de monitoramento – fazer a episiotomia para ajudar o animal a expandir a vulva de uma forma 
artificial e dependendo do grau de passagem pode tentar a lubrificação – mas tem que ser uma passagem 
pelo menos um pouco suficiente. 
Situações congênitas que podem ser evitadas: septação vaginal que faz a separação da vagina por tecido 
fibroso dificultando a hora do parto. Depende da forma com que o septo se apresenta – se for por tecido 
fino na hora da monta ele vá se romper, se for mais grosso poderá causar problema na hora do parto. 
Situações adquiridas: formações tumorais em qualquer segmento podem levar a um parto distócico, 
hematomas, recuperações cicatriciais, prolapsos e edemas que diminuem a luz da via fetal mole. Em 
primíparas a permanência do anel vaginal pode dificultar o parto e a monta dependendo da espessura e 
da composição desse anel. Em vacas podem acontecer dilatação insuficiente do canal vaginal são animais 
mais susceptíveis a prolapsos e edemas, já nas cadelas vai depender do porte do animal, quantidade de 
filhotes, numero de partos que podem levar a problemas distocicos. 
A maioria das distocias causadas pela via materna podem ser evitadas com exame ginecológico prévio, a 
não ser alterações internas que não é visualizado, mas as congênitas são visualizadas no exame 
ginecológico. Agora quando é distocia de via fetal não tem como adivinhar a estática fetal – caixa de 
surpresa. As alterações anatômicas sejam elas congênitas ou adquiridas se ele tivesse sido examinado 
previamente antes da cobertura ou monta tem como evitar que o animal passe pela situação pelo bem 
dele ou do produto que ambos correm risco de vida em um parto distócico. 
Os septos vaginais dependendo do posicionamento não atrapalham a cobertura, porém podem atrapalhar 
na hora do parto se ela estiver muito cranial – próximo a cérvix e fibroso. 
Essas alterações podem ser encontradas por vaginoscopia ou exame ginecológico prévio – na maioria dos 
casos animal que já entrou em trabalho de parto fazer o acesso vaginal ou tração forçada. Se não houver a 
capacidade desse feto sair pela via fetal é feito a cesariana. 
Anomalias cervicais ou corpo do útero: dilatação insuficiente normalmente se relaciona a níveis 
hormonais insuficientes daquele momento do parto – vacas mais propensas e o tratamento é a cesariana e 
nas éguas a cesárea é a ultima dos casos, retrações cicatriciais que é uma laceração de terceiro grau que é 
rompido desde cérvix vagina até períneo e tem sequelas que pioram na hora do parto, formações 
tumorais que podem dificultar, o obstruir e alterar a composição daquele tecido tornando – o mais fibroso, 
duplicidade cervical que no momento do estro relaxou e permitiu a entrada dos espermatozoides 
fertilizando e sem vaginoscopia só será descoberto na hora do parto que ela não tem como parir. 
Classificação dos níveis de dilatação insuficiente – avaliação via vaginal: 
1° Grau Membros posteriores e anteriores 
2° Grau Membros anteriores e só a mão ou pé 
3° Grau Não consegue nem ter acesso ao feto com dilatação 
de 2 a 3 dedos – ou seja – passagem insuficiente 
para o feto. 
 
Normalmente a dilatação insuficiente é secundáriaa tumores vaginais. Ele será identificado com muita 
contração, porém o esforço é improdutivo, pois o feto não se projeto dependendo dos graus de dilatação. 
Pode ser feito a dilatação Manuel respeitando a fisiologia da cérvix, pode ser feito a cesariana e em 
pequenos animais fazer a OSH, retirar a reprodução e se for de boa genética pode ser feito biotecnologia 
aplicada. 
Anomalias uterinas: distúrbios de contração é uma das causas mais encontradas de distocias de via 
materna, existem as femeas que contraem bem mas o feto está com a estática anormal e ele não vai sair 
então a femea entra em exaustão e tem femea que o útero não contrai que se chama atonia uterina. Cada 
tipo de causa tem um tipo de tratamento – o motivo pelo qual o feto não está sendo projetado afeta o 
tratamento. 
Tipos de contração: 
1. Ausentes – atonia uterina em alguns casos de útero grande, hidropsias. 
2. Insuficientes ou fracas – por si só não conseguem expulsar o produto. São chamadas hipotonias 
uterinas. 
3. Excessivas – que se chamam hipertonias uterinas. 
Ocitocina usada em excesso e em casos que não é indicada causa rompimento uterino. 
Atonias primárias – o culpado é útero que não se contrai mesmo tendo todo o preparo para o parto, pode 
ser causado por distensão uterina, deficiências hormonais, distúrbios metabólicos, obesidade, lesões 
emdulares, fatores hereditários, senilidade, debilidade, dor e doenças sistêmicas. Na fase ativa prolongada 
de expulsão vê-se somente o corrimento vaginal e o animal nem é projetado, a cérvix parcialmente quando 
for por problemas nos receptores de estrogênio ou totalmente dilatada e o feto pode não estar inserido no 
canal de parto. 
Atonias secundárias – a musculatura do útero entra em exaustão e não contraem mais, principalmente em 
distocias de origem fetal. A apresentação clínica é a mesma: ausência ou bebilidade d contrações uterinas 
após o período variável de contrações improdutivas, mas o que fez o animal chegar a aquele ponto é 
completamente diferente, então a intervenção dependerá dessa causa. Sintomas: ausência e debilidade 
das contrações. Histórico: contraiu e em determinado momento ela pariu. Causas: distocia de origem fetal, 
alterações na estática como anomalias, ninhada muito numerosa. Manifestação: relato de contrações e 
cansaço, esgotamento materno, bolsa fetal em alguns dos casos pode romper em alguns casos, fase de 
expulsão prolongada e expulsão de 1 ou alguns fetos. Não adianta fazer ocitocina nesse caso. Tracionar o 
feto de uma forma que ele consiga sair. 
Em casos de duvida que esse animal não consiga expor os produtos para fora ou casos que não respondem 
ocitocina pode ser feito cesária ou fetotomia – secção dos fetos em pedaços e retirada segmenta em caso 
extremo porque quando é feito essa secção a cada serrada no osso é feito o atrito que gera muita espirula 
óssea que fica presente no útero e depois esse útero terá que passar por uma lavagem. 
Raidiografia em pequenos animais vai dizer se a femea está em exaustão e quantos filhotes ela ainda tem 
que parir, mas a viabilidade fetal será feita apenas com a USG. A condição da mãe dos fetos será avaliada. 
Pode usar ocitocina ou outros fármacos que estimulam a contração uterina e pode fazer manobras 
obstétricas colocando o feto em posição correta. A cesariana pode ser eleita também, dependendo do 
proprietário e da resposta do animal à medicação. 
Fármacos que causam contração uterina: ocitocina, prostaglandina e alcaloides de Ergot. Em pequenos 
animais e bovinos pode associar o gluconato de cálcio com soro glicosado – doses dependente da espécie 
tratada. A contração só será induzida se tiver a certeza de que os fetos tem a condição de nascer. SABER O 
MOMENTO DE PARAR – O TRATAMENTO ESTÁ AJUDANDO OU NÃO?!

Outros materiais