Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Material Agitador magnético Pipeta volumétrica de 25 mL; Barra magnética Bureta de 25 mL; Medidor de pH Balança Analítica (±0,0001g); Proveta de 10 mL Copo de 100mL para titulado; Balão volumétrico de 50 mL Pipeta Pasteur; Espátula Suporte universal; Conta-gotas; Pompete; Funil; Polarímetro; Vidro de relógio; Vareta Reagentes Glicínia; Solução aquosa de NaOH 0.1066 mol/dm3; HCl concentrado. Procedimentos Determinação da curva de titulação da glicina: 1- Preparar 50 mL de uma solução aquosa de glicina 0,1 mol/dm3; ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA 2- Calibrar o aparelho medidor de pH com as soluções que foram fornecidas; 3- Num copo de 100mL, colocar 25,00 mL da solução de aminoácido e adicionar, gota a gota, HCl concentrado (no nicho), até o pH ser aproximadamente 1,5; 4- Encher uma bureta com solução aquosa de NaOH 0,1066 mol/dm3; 5- Adicionar pequenos volumes desta solução ao copo que contém a solução do aminoácido, agitar convenientemente e fazer um registo de variação do pH com o volume de base adicionado; 6- Lavar e arrumar cuidadosamente o eléctrodo do aparelho medidor de pH. Distinção entre a glicina e a L-prolina: 1- Preparar 50.00 mL de duas soluções aquosas a 2% de cada um dos aminoácidos; Actividade Óptica: 2- Com a ajuda do docente, ler cuidadosamente as instruções de funcionamento do polarímetro; 3- Ajustar o “zero” do aparelho com água destilada numa célula de 2 dm de comprimento; 4- Encher a mesma célula, sucessivamente com cada uma das duas soluções de aminoácidos e determinar as respectivas rotações ópticas. Instruções dos medidores de pH Anatron 300 e WPA CD 720 Antes de proceder á calibração são necessárias 2 soluções tampão, dependendo da zona de pH pretendida. Geralmente utiliza-se as de pH4 e pH7. É necessário verificar-se a temperatura das soluções, uma vez que o pH varia em função da temperatura. ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA Calibração: 1. Introduzir o eléctrodo depois de devidamente lavado e seco na solução tampão pH7. 2. Ajustar a leitura do aparelho a 7.00, com o auxilio do botão «Call» ou «Buffer off Set». 3. Retirar o eléctrodo da solução pH 7, lava-lo com água e seca-lo. 4. Introduzir o eléctrodo da solução tampai de pH 4. 5. Ajustar a leitura do aparelho a 4.00, com o auxilio do botão «SLOPE». Depois da calibração, o eléctrodo deve ser lavado e seco e pode ser introduzido na solução que se pretende medir. Nota: Nunca deixar secar o eléctrodo. Quando não está a ser usado usado deve ser mergulhado numa solução KCI 3M. Resultados DETERMINAÇÃO DA CURVA DE TITULAÇÃO DA GLICINA: mglicina= ? GLICINA H3N+ CH2 CO2- M (glicina) = 1,0 x 5 + 14 + 12 x 2 + 16 x 2 = 75g/mol M=m n ,n=? C = 0.1 mol/dm3 v = 50 mL = 0.005 dm3 C=n v ,n=C×v,n=0,1×0,05=0,005mol ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA M=m n ,m=M×n,m=75×0,005=0.375gde glicina NOTA: À solução de 25mL glicina adicionaram-se gotas de HCl até atingir um pH de cerca de 1,5. Adicionaram-se 6 gotas e pH = 3.53 + 3 gotas, pH = 2.85 + 3 gotas, pH = 1.46 Procedeu-se, então, à titulação, sendo o titulado a solução ácida de glicina + HCl e titulante a solução de NaHO de concentração 0,1066mol/dm3, como objectivo de atingir um pH de cerca de 11,5 , 12 . Os valores apresentam-se na tabela de seguida apresentada: ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA A tabela apresenta os valores de variação do pH consoante o volume adicionado ao titulado. A verde esbaído apresentam-se as alterações na adição do volume, de 1mL para 0.5mL e para 0.2mL entre cada porção de Volume adicion ado Variaçã o do pH Volume adicion ado Variaç ão do pH Volume adicion ado Variaçã o do pH 1 1,51 21 2,6 33 8,47 2 1,56 21,5 2,64 33,5 8,67 3 1,62 22 2,67 34 8,78 3,5 1,64 22,5 2,7 34,5 8,9 4 1,67 23 2,74 35 8,98 4,5 1,7 23,5 2,81 35,5 9,07 5 1,72 24 2,81 36 9,12 5,5 1,75 24,5 2,85 37 9,23 6 1,78 25 2,9 38 9,33 6,5 1,8 25,5 2,93 39 9,41 7 1,83 26 2,94 40 9,5 7,5 1,86 26,5 3,04 41 9,57 8 1,88 27 3,1 42 9,64 8,5 1,91 27,5 3,16 43 9,7 9 1,94 28 3,22 44 9,74 9,5 1,97 28,5 3,31 45 9,83 10 1,99 29 3,36 46 9,89 10,5 2,02 29,5 3,45 47 9,93 11 2,04 30 3,62 48 10,07 11,5 2,07 30,5 3,8 49 10,13 12 2,1 31 4,04 50 10,2 12,5 2,12 31,2 4,33 51 10,3 13 2,15 31,4 4,61 52 10,35 13,5 2,18 31,5 4,99 53 10,46 14 2,2 31,6 5,62 54 10,56 14,5 2,23 31,7 6,34 55 10,59 15 2,26 31,8 6,95 56 10,68 15,5 2,28 31,9 7,28 57 10,79 16 2,34 32 7,69 58 10,93 16,5 2,34 32,1 7,86 59 11,1 17 2,37 32,2 7,96 60 11,26 17,5 2,41 32,3 8,11 61 11,42 18 2,42 32,4 8,15 62 11,57 18,5 2,45 32,5 8,24 63 11,7 19 2,48 32,6 8,33 64 11,8 19,5 2,51 32,7 8,36 65 11,89 20 2,53 32,8 8,41 66 11,94 67 12,01 ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA volume adicionado. A amarelo salientam-se as variações de pH mais importantes, sendo a primeira a mudança de ácido para base e a segunda a chegada aos valores pretendidos de pH, 11,5 ou 12. Em baixo apresenta-se o gráfico da variação do pH com o volume adicionado, apresentando (questão 1): - os pontos correspondentes aos valores de pKa1 e pKa2 da glicina (assinalados, aproximadamente, a azul) - o ponto isoeléctrico da glicina (a vermelho) PI = (pka1 + pka2) / 2 = (2.35 + 9.78) / 2 = 6.065 V NaHO = 31.7 mL (aproximadamente) - as regiões nas quais se pode considerar que a solução se comporta como tampão (a laranja) – O solução comporta-se como tampão em dois pontos da curva, em que o aumento de pH é mais lento. ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA 0 2 4 6 8 10 12 14 Curva de titulação da glicina Variação do pH Valores de pH DISTINÇÃO ENTRE A GLICINA E A L-PROLINA: Para uma solução de prolina a 5%, mprolina = ? 5g 100 mL x g 50 mL x = 2,5 g prolina Característica para as moléculas terem rotação óptica - ter um carbono assimétrico (esta ligado a 4 grupos diferentes o carbono, quiralidade). Actividade optica da glicina Não deve existir variação do campo. pKa2, pH=9.78 e Vadicionado = 44mL (aproximadamente) pKa1, pH = 2.35 e Vadicionado =16.5mL (aproximadamente) Volume de NaOH adicionado Pto. isoeléctrico ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA Está de acordo com o que pretendíamos observar. Como a glicina não tem centro de quiralidade não consegue rodar, dai não vermos diferença quando observamos no polarímetro. Actividade óptica da L-prolina Há variação, a parte esquerda ficou mais escura em relação á parte direita. ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA Aminoácidos Rotação óptica Glicina 0 L-prolina - 8.15 Rotação específica da glicina = 0 Cálculo da rotação específica da L-prolina: Através da lei de Biot: Em que: α - ângulo de desvio (°) l - comprimento do tubo polarimétrico (dm) c - concentração da substância em análise (g cm-3 ) - rotação específica da substância (º cm3 g-1 dm-1) ¿ ∝ l C ,l=2dm,C=? C prolina=m v = 2.5g 50mL =0.05 g/mL=0.05g/cm3 ¿ 8.15 2×0.05 ¿81.5 Conclusão .Questões: 1. (em cima) 2. Escreva as estruturas das formas de glicina que predominam nas seguintes regiões: a. a pKa1 ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA NH3+ – CH2 – COOH- - forma protonada (ácida, não ionizada) b. entre pKa1 e o ponto isoeléctrico NH3+ – CH2 – COOH- e NH3+ – CH2 – COO- forma protonada e anfotérica c. no ponto isoeléctrico NH3+ – CH2 – COO- - forma anfotérica d. a pKa2 NH2+ – CH2 – COO- - forma não protonada (básica, ionizada) 3. Sabendo que para a valina os pKa1 e pKa2 são, respectivamente, 2.32 e 9.62, calcule o seu ponto isoeléctrico. Sendo PI = (pka1 + pka2) / 2 PI = (2.32 + 9.62) / 2 PI = 5.97 4. Diga como poderia distinguir, por electroforese, usando um tampão a pH=6, os aminoácidos seguintes [NH2-CHR-CO2H]: alanina, arginina e ácido aspártico. Descreva o que se observa experimentalmente. Ponto isoeléctrico da alanina =6.0 Ponto isoeléctrico da arginina = 10.8 Ponto isoeléctrico do ácido aspártico = 2.8 ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA A electroforese, na bioquímica, serve para a separação de compostos que possuem carga, como aminoácidos, péptidos, proteínas e ácidos nucleicos, sendo que esta carga varia de acordo com o valor de pH do meio em que as substâncias se encontram. As cargas positivas e negativas serão separadas e dirigir-se-ão para direcções opostas. Experimentalmente, o papel de filtro a utilizar será absorvido com a solução tampão de pH=6, colocando-se depois as amostras de aminoácidos no mesmo, assentando-o entre os eléctrodos. Observar-se-ia que a alanina ficaria situada no centro, pois o seu ponto isoeléctrico é igual ao pH tampão. A arginina afastar-se-ia para o lado do eléctrodo negativo, uma vez que na solução tampão de pH=6 esta se encontra com cargas positivas. Já o ácido aspártico afastar-se-ia para o lado negativo, pois com ponto isoeléctrico = 2.8, numa solução tampão de pH=6 está carregado negativamente. As amostras dirigem-se para o centro ou para qualquer uma das extremidades do papel de filtro dependendo das substâncias a separar bem como do valor do pH tampão. … Concluindo: - os objectivos propostos inicialmente foram atingidos: . a curva de titulação da glicina foi efectuada com sucesso uma vez que os valores registados durante a titulação foram precisos e com pequenas variações de volume de NaHO na solução de glicina e HCl. . os valores pKa1 e pKa2 foram identificados no gráfico segundo a tabela apresentada, sendo que para pKa1 o volume adicionado = 16.5mL e para pKa2 o volume adicionado = 44mL. ESSUA – 1ºAno de Enfermagem - BIOQUÍMICA . foi possível determinar a rotação específica dos aminoácidos prolina e glicina. Para o primeiro a rotação específica tem um valor de 81.5, obtido através da rotação óptica de - 8.15, da concentração e do comprimento do tubo polarimétrico, calculado através da lei de Biot. - é importante salientar que na medição da massa de glicina necessária a balança se encontrava apenas com uma casa decimal, pelo que o valor 0.375g calculado previamente não foi o utilizado na realidade, mas sim 0.3g.
Compartilhar