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PROPRIEDADE MÓVEL PROFESSOR: DENIS DE SOUZA LUIZ www.denis-souza.blogspot.com.br AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE MÓVEL •É forma originária de aquisição da propriedade. •A ocupação ocorre quando alguém se apodera de algo que não tem proprietário, de coisa sem proprietário (res nullius e res derelictae). Ex: caça e pesca. OCUPAÇÃO OCUPAÇÃO •Ânimo de adquirir a propriedade por quem apreenda a coisa. •Que a coisa móvel apropriada seja sem dono, ou por nunca tê-lo tido, ou porque foi abandonada. •Que a ocupação não seja defesa em lei. REQUISITOS “Tesouro é depósito antigo de moedas ou coisas preciosas, enterrado, ou oculto, de cujo dono não haja memória.” Requisitos: •A coisa depositada deve ser antiga e preciosa. •Depósito tem de estar oculto. •O dono não pode ter conhecimento dele. Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente. Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado. DO ACHADO DO TESOURO Conceito: achado de coisa perdida por seu dono. Descobridor: pessoa que a encontra. Quem quer que ache coisa alheia perdida deverá restituí-la a seu dono ou legítimo possuidor / autoridade competente CC, art. 1.233. Res derelictae ou coisas abandonadas. Res nullius ou coisas de ninguém. DA DESCOBERTA DA DESCOBERTA O descobridor terá direito a uma recompensa (achádego). CC, art. 1.234. Não inferior a 5% + despesas de conservação Direito à recompensa e indenização somente é devido se o dono tiver interesse em recebê-la. A autoridade competente dará conhecimento da descoberta através da imprensa e outros meios de informação, somente expedindo editais se o seu valor os comportar. DA DESCOBERTA Decorridos 60 dias da divulgação da notícia pela imprensa, ou do edital, não se apresentando o proprietário/possuidor, a coisa será vendida em hasta pública. Deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do descobridor, pertencerá o remanescente ao Município em cuja circunscrição se deparou o objeto perdido. Sendo de diminuto valor, poderá o Município abandonar a coisa em favor de quem a achou. USUCAPIÃO DE COISA MÓVEL Ordinária - 3 anos Conceito artigo 1.260, CC. Extraordinária – 5 anos Conceito artigo 1.261, CC ESPÉCIES Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade. USUCAPIÃO DE COISA MÓVEL USUCAPIÃO ORDINÁRIA Obs: polêmica sobre a possibilidade de usucapião de bens furtados ou roubados pelo adquirente de boa-fé. STJ tem entendido pela impossibilidade da usucapião ordinária. Entretanto, vem a jurisprudência entendendo que há, sim, possibilidade de o adquirente de boa-fé usucapir o bem, desde que não una sua posse a da pessoa que praticou o crime. USUCAPIÃO DE COISA MÓVEL USUCAPIÃO ORDINÁRIA Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé. USUCAPIÃO DE COISA MÓVEL USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA Conceito: “Entrega da coisa móvel ao adquirente com a intenção de lhe transferir o domínio, em razão do título translativo da propriedade (CC, Arts. 1.267 a 1.268) Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. TRADIÇÃO Art. 1.268. Feita por quem não seja proprietário, a tradição não aliena a propriedade, exceto se a coisa, oferecida ao público, em leilão ou estabelecimento comercial, for transferida em circunstâncias tais que, ao adquirente de boa- fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono. § 1o Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir depois a propriedade, considera-se realizada a transferência desde o momento em que ocorreu a tradição. § 2o Não transfere a propriedade a tradição, quando tiver por título um negócio jurídico nulo. TRADIÇÃO Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria- prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior. •Ocorre quando coisa móvel pertencente a alguém é transformada em espécie nova pelo trabalho de outrem. •O problema que se propõe é o de saber a quem pertence a espécie nova, quando a matéria-prima não for do especificador e não se puder restituir à forma anterior ou tal redução se apresentar danosa. ESPECIFICAÇÃO Situações: a)Matéria-prima pertence em parte ao especificador e não pode ser restituída à forma anterior. A coisa nova será do especificador. a)Matéria-prima pertence em parte ao especificador mas pode ser restituída à forma anterior. O dono da matéria- prima não perde a propriedade. ESPECIFICAÇÃO Situações: c) Matéria-prima pertence totalmente a outrem e não pode ser restaurada a situação anterior. Especificador de boa-fé – coisa lhe pertence. De má-fé pertence ao dono da matéria-prima. d) Matéria-prima pertence a outrem e pode ser restituída a condição anterior: a coisa pertencerá ao dono da matéria- prima. ESPECIFICAÇÃO e) Matéria-prima pertence a outrem, sendo indiferente que possa ou não ser reduzida à forma anterior e que o especificador esteja de boa ou má-fé; se o preço da mão-de-obra exceder consideravelmente ao valor da matéria-prima, a espécie nova será do especificador. A aquisição da propriedade se dará mediante indenização no caso de boa-fé. dono da matéria-prima somente não indenizará o especificador se este estiver de má-fé. Ex.: a escrita, o desenho, a pintura, a gravura, a escultura, a impressão. ESPECIFICAÇÃO CC, arts. 1.272 a 1.274. Requisitos: •Mescla ou união de coisas diversas. •Proprietários diversos. •Da união não pode resultar coisa nova. •Impossibilidade de separação das coisas unidas. CONFUSÃO, COMISTÃO, ADJUNÇÃO Se de boa-fé: •Sendo a separação impossível, subsiste indiviso ficando cada proprietário com o quinhão respectivo. (Condomínio forçado) •O proprietário do principal fica com a coisa, indenizando os demais. CONFUSÃO, COMISTÃO, ADJUNÇÃO Se de má-fé o proprietário do acessório: •Terá o proprietário do todo opção entre pagar a parte que não lhe pertence ou renunciar ao todo, exigindo indenização cabal. CONFUSÃO, COMISTÃO, ADJUNÇÃO SUCESSÃO
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