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Trabalho de Prescrição de Exercicios

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O que é Imuno-Oncologia
É a capacidade natural do sistema imunológico para detectar e destruir células anormais que podem provocar muitos tipos de cânceres. No entanto, alguns tipos de câncer são capazes de evitar sua detecção e destruição pelo sistema imunológico produzindo sinais que reduzem essa capacidade ou alterando sua estrutura dificultando o sistema imunológico de reconhecê-las e atingi-las.
A imuno-oncologia é um tratamento biológico que tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos pelo próprio paciente ou em laboratório. O sistema imunológico ajuda o organismo a combater infecções e outras doenças.
O tratamento imunoterápico restaura ou potencializa a capacidade do sistema imunológico para combater o câncer.
Como a Imuno-oncologia atua contra o Câncer 
Uma das razões pelas quais as células cancerígenas se desenvolvem é porque são capazes de "driblar” o sistema imunológico do corpo. Alguns tipos de imuno-oncologia podem marcar as células cancerosas tornando mais fácil para o sistema imunológico identificá-las e destruí-las. Outras imunoterapias estimulam o sistema imunológico a atacar as células cancerígenas com mais eficácia.
Benefícios das Atividades físicas durante o tratamento Oncológico 
Segundo a OMS, podemos definir a atividade física, como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso.
 1. Quais os benefícios de atividade física?
Inúmeros estudos demonstram que os mecanismos de regulação e de defesa do corpo que lutam contra o câncer podem ser estimulados pela atividade física. Alguns exemplos:
Reduz a quantidade de tecido adiposo – principal local de estocagem de toxinas cancerígenas;
Reduz o excesso de estrógenos e de testosterona;
Reduz a taxa de açúcar no sangue, consequentemente, a secreção de insulina e IGF;
Atua no sistema imunológico, alem dos benefícios já conhecidos por todos, como melhora do humor, da disposição e consequentemente melhora da qualidade de vida.
2. Quem deve ser o profissional a prescrever e realizar as orientações para a prática da atividade física no paciente oncológico?
O profissional mais indicado, é o fisioterapeuta, afinal é uma reabilitação física! E devemos estar atentos a todos os possíveis riscos deste paciente.
3. Pacientes em tratamento oncológico devem realizar atividade física?
O tratamento oncológico não impede a realização de uma atividade física (como por exemplo, caminhada). É até importante, para:
Manter ou melhorar sua capacidade física.
Melhorar o equilíbrio, diminuindo o risco de quedas e ossos quebrados.
Evitar o atrofiamento dos músculos.
Diminuir o risco de doença cardíaca.
Diminuir o risco de osteoporose.
Melhorar o fluxo sanguíneo.
Tornar o paciente independente para suas atividades cotidianas.
Melhorar a autoestima.
Diminuir o risco desenvolver depressão.
Diminuir as náuseas.
Melhorar o humor e o relacionamento social.
Evitar a fadiga.
4. Existe um momento ideal para a realização da atividade física durante o tratamento oncológico?
A atividade física pode ser iniciada desde o começo do tratamento, levando sempre em consideração as características individuais de cada paciente. A indicação do melhor momento, ira depender das condições clínicas atuais. Se o paciente estiver se sentindo bem, com exames controlados, é importante conversar com a equipe médica sobre o inicio da atividade física e, se não houver qualquer problema clínico, o paciente poderá iniciar.
5. Pacientes no pós cirúrgico se beneficiam com a atividade física?
Desde que não tenham nenhuma contra indicação medica, o paciente poderá usufruir dos benefícios da atividade física. Porem, neste momento a atividade de escolha deve ser muito leve, como por exemplo, uma caminhada em ritmo lento, duas vezes na semana.
6. Quais os cuidados que o fisioterapeuta deve ter ao prescrever a atividade física para o paciente oncológico?
Devemos estar atentos aos pacientes com número baixo de plaquetas, de hemoglobina, o profissional deve estar sempre verificando estes exames para adaptar as atividades de acordo com as condições do aluno/paciente.
Os parâmetros laboratoriais e de imagem são importantes para isso, o programa de exercício deve basear-se nas características individuais de cada paciente e levar em conta a avaliação clinica e os resultados críticos dos exames laboratoriais.
7. Quais são as precauções para iniciar a atividade física?
Certifique-se que seus níveis sanguíneos estão adequados.
Não faça exercícios físicos se estiver com anemia.
Se suas taxas sanguíneas estiverem baixas evite locais públicos.
Não pratique atividades físicas se o nível dos minerais no sangue, como sódio e potássio, não estiverem normais.
Se você se sente cansado e sem vontade de praticar exercícios físicos, tente pelo menos fazer 10 minutos de alongamento diariamente.
Evite superfícies irregulares e exercícios que possam fazer você se machucar.
Evite exercícios que provoquem muita tensão nos ossos, se você tem osteoporose, metástase óssea, artrite e lesões nos nervos.
Se você tem problemas de equilíbrio, prefira a bicicleta ergométrica à esteira.
Avise seu médico se ganhar peso sem motivo aparente, tiver falta de ar ao mínimo esforço, tontura, dores, inchaços e visão turva.
Observe a ocorrência de sangramentos, especialmente se estiver tomando anticoagulantes.
Evite piscinas com cloro se tiver feito radioterapia.
Se você estiver usando um cateter, evite esportes aquáticos e outros riscos que podem causar infecções. Evite também treinos de resistência que exercitem os músculos na região do cateter.
Atividade física deve ser prescrita, orientada, acompanhada por um profissional da área de saúde, de preferência pelo fisioterapeuta, e  o paciente deve ser reavaliado com freqüência.
8. A prática de atividade física ajuda a reduzir a fadiga?
Sim, a pratica regular de atividade física, por meio de exercícios aeróbicos, como a caminhada, associado ou não a exercícios resistidos, diminui a fadiga relacionada ao câncer durante o tratamento. A maioria dos pacientes com câncer percebe que tem muito menos energia do que antes. Durante o tratamento, cerca de 70% dos pacientes apresentam fadiga. Esse tipo de cansaço do corpo e do cérebro não melhora com o repouso. Para muitos, a fadiga é intensa e limita suas atividades. A inatividade leva à perda de massa muscular e perda de função. Um programa de exercícios aeróbicos pode ajudar a fazer você se sentir melhor, podendo inclusive ser prescrito como tratamento para fadiga em pacientes com câncer.
9. Mesmo a fadiga causada pelos efeitos da quimioterapia?
Sim. Dicas para reduzir a fadiga:
Estabeleça uma rotina que permita que você faça os exercícios diariamente.
Exercite-se regularmente.
Faça pausa entre as séries de exercício.
A menos que seja indicado o contrário, mantenha uma dieta equilibrada, que inclua proteínas, e beba cerca de 8 a 10 copos de água por dia.
Faça atividades que lhe dão prazer.
Use técnicas de relaxamento e visualização para reduzir o estresse.
10. Como devo iniciar a pratica da atividade física?
Embora haja muitas razões para ser fisicamente ativo durante o tratamento do câncer, o programa deve ser baseado no que é seguro, eficaz e agradável para cada paciente. O programa deve levar em conta os programas anteriores de exercícios que o paciente já costumava seguir antes da doença e também seus novos limites. Portanto, o programa de exercícios deve ser adaptado aos seus interesses e necessidades, iniciando sempre de forma lenta e através de exercícios leves.
Dicas para iniciar a atividade física
Comece gradualmente;
Faça regularmente (30 minutos de caminhada seis vezes na semana);
Tente atividades suaves;
Busque o prazer;
Caso sinta-se melhor, faça em grupos;
Não desista!!
A INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DO VÍRUS HIV
A infecção pelo HIV e a AIDS em um pequeno espaço detempo, tornaram-se uma epidemia mundial e juntamente com elas surgiram muitas dúvidas com relação ao envolvimento dos portadores do vírus HIV em atividades físicas. Assim, o propósito do presente estudo foi o de revisar a influência da atividade física em portadores do vírus HIV e da AIDS. A revisão de literatura mostrou que a atividade física deve ser prescrita levando-se em consideração o estágio da doença e o estado de saúde geral do indivíduo. Ficou evidente também que a atividade física proporciona diversos benefícios para as pessoas que possuem o vírus. O envolvimento em programas de exercício pode trazer melhoras na parte imunológica, no aspecto psicológico, amenizando os distúrbios de humor e os problemas de sociabilização e de auto-estima que surgem desde o momento do diagnóstico positivo, proporcionando uma condição e aparência física mais desejável. Concluindo pode-se dizer que os exercícios irão melhorar a qualidade de vida, possibilitando uma maior longevidade. Entretanto, deve-se estar atento quanto ao volume ou dose ideal de exercícios para cada indivíduo, de forma que eles tragam efeitos benéficos e não sejam prejudiciais a um organismo já debilitado.
Epidemiologia da infecção por HIV no mundo e no Brasil
Estima-se que, no fim de 2010, 34 milhões de pessoas estavam infectadas pelo HIV mundialmente. Isso representa um aumento de 17% na prevalência desde 2001. Em 2010, ocorreram 2,7 milhões de novas infecções pelo HIV.
Na América Latina, a incidência da doença tem se mantido estável: por volta de 100.000 novos casos por ano desde 2000. No Brasil, de 1980 até junho de 2011, 608.230 casos de aids foram notificados. Em 2010, houve o registro de 34.218 novos casos da doença e a taxa de incidência de aids no País chegou a 17,9 casos por 100.000 habitantes.
É importante notar que ocorreu um fenômeno epidemiológico: o aumento global do número de pessoas vivendo com HIV, que decorre não só do maior número de novas infecções mundialmente, mas também de uma rápida expansão do acesso à terapia antirretroviral, com consequente diminuição dos óbitos relacionados à aids e aumento da sobrevida. Calcula-se que o acesso mais amplo ao tratamento, em vários países do mundo, foi responsável por evitar 2,5 milhões de óbitos relacionados à aids desde 1995, 700.000 deles somente em 2010.
Além da redução da mortalidade, acredita-se que o acesso à terapia antirretroviral também tenha influenciado a ocorrência de novas infecções pelo HIV, uma vez que, suprimindo a replicação do vírus em grande parte dos portadores, possibilita-se a diminuição da carga viral comunitária. Devemos lembrar que a magnitude da detecção do RNA do HIV no sangue e no sêmen está diretamente relacionada com a taxa de transmissão do vírus e, portanto, com a geração de novas infecções. Por outro lado, não foi constatado o mesmo efeito do acesso ao tratamento de aids para outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), incluindo a sífilis, ratificando que o impacto na transmissão viral provém da terapia antirretroviral.
 
A redução da incidência da doença pode ser observada em 33 países do mundo, dos quais 22 na África Subsaariana. No Brasil, essa tendência também foi notada, porém apenas na Região Sudeste, onde, entre 2000 e 2010, a taxa de incidência caiu de 24,5 para 17,6 casos por 100.000 habitantes. Nas demais regiões, houve tendência oposta: a incidência aumentou de 27,1 para 28,8 no Sul; de 7,0 para 20,6 no Norte; de 13,9 para 15,7 no Centro-Oeste; e de 7,1 para 12,6 no Nordeste.
Com relação à proporção de gênero, no fim de 2010, 50% dos adultos infectados mundialmente eram mulheres, chegando a 59% na África Subsaariana e a 53% no Caribe, quando analisados individualmente. Já na América Latina, um terço (36%) era do sexo feminino. No Brasil, ainda se observam mais casos da doença nos homens do que nas mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. O aumento relativo do número de casos de aids entre mulheres pode ser avaliado a partir da razão entre os sexos –  número de casos em homens dividido pelo número em mulheres. Em 1989, a razão entre os sexos era de cerca de seis casos no sexo masculino para cada caso no feminino. Em 2010, chegou a 1,7:1. Todavia, entre jovens de 13 a 19 anos, já ocorreu inversão da razão entre os sexos, isto é, há mais casos de aids em  mulheres do que em homens.
No que tange à faixa etária, observa-se, no Brasil, maior incidência na população entre 25 e 49 anos de idade, em ambos os sexos. Entretanto, apesar de os jovens demonstrarem conhecimento relativamente maior sobre a prevenção da aids e de outras DSTs, nota-se uma tendência ao aumento da incidência da infecção por HIV nessa população. Um estudo recente realizado com mais de 35.000 jovens do sexo masculino, de 17 a 20 anos de idade, indica que, em cinco anos, a prevalência da infecção nessa população passou de 0,09% para 0,12%. Como fatores de vulnerabilidade para a aquisição do vírus, destacam-se o número de parceiros sexuais – já que, quanto maior esse número, maior a vulnerabilidade –, a coinfecção com outras doenças sexualmente transmissíveis e o fato de ter relações sexuais com outros homens. O estudo é representativo da população masculina brasileira nessa faixa etária e revela um retrato das novas infecções.
No que concerne à forma de transmissão da infecção por HIV no Brasil, na população com mais de 13 anos de idade predomina a transmissão sexual. Nas mulheres, 83,1% dos casos registrados em 2010 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 42,4% dos casos se deram por relações heterossexuais e 22%, por relações homossexuais – 7,7% deles eram bissexuais. O restante ocorreu por transmissão sanguínea ou vertical.
Apesar de o número de casos no sexo masculino ainda ser maior entre heterossexuais, há algumas modificações epidemiológicas, como o aumento de 10,1% de casos na população de homens que fazem sexo com homens (HSH) entre 15 e 24 anos. Em 2010, para cada 16 HSHs dessa faixa etária vivendo com aids, havia dez heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.
Atento a essa realidade, o governo brasileiro tem desenvolvido e fortalecido diversas ações para que a prevenção se torne um hábito na vida dos jovens. A distribuição de preservativos no país, por exemplo, cresceu mais de 60% entre 2005 e 2010 – de 202 milhões para 327 milhões de unidades. Os jovens são os que mais retiram preservativos no Sistema Único de Saúde (37%). Um modelo matemático, desenvolvido a partir dos dados da Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas Relacionadas às DSTs e à Aids da População Brasileira (PCAP), realizada com pessoas de 15 a 64 anos de idade em 2008, mostra que quanto maior o acesso à camisinha no SUS, maior o seu  uso.
Além do uso adequado e frequente de preservativo, outros métodos se mostraram importantes na prevenção da infecção pelo HIV: a circuncisão masculina adulta para diminuir a transmissão mulher-homem, o emprego de antirretrovirais como profilaxia pré-exposição (PrEP), uma vez por dia, para reduzir o risco de infecção pelo HIV em certas populações e, novamente, o tratamento dos infectados. Um estudo recente realizado pelo HIV Prevention Trials Network (HPTN) demonstrou que o tratamento de uma pessoa infectada pelo HIV com drogas antirretrovirais pode diminuir drasticamente a probabilidade da transmissão viral entre parceiros heterossexuais e sorodiscordantes.
Em conclusão, para acabar com a pandemia da aids, não basta apenas tratar a infecção pelo HIV, mas também prevenir que novas infecções ocorram. Nenhuma modalidade única de prevenção será suficiente. Em vez disso, uma combinação de ferramentas profiláticas cientificamente comprovadas poderá controlar a pandemia e, possivelmente, criar uma geração livre de aids.
Testagem para HIV
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito em laboratórios, a partir da realização de testes sorológicos e moleculares, ou durante o período de visita do indivíduo (consulta médica, atendimento em Centro de Testageme Aconselhamento, atendimento em domicílio, atendimento em Unidade de Testagem Móvel, organização não governamental, etc.), por meio de testes rápidos. No Brasil, o diagnóstico da infecção pelo HIV é regulamentado por meio da Portaria 29, de 17 de dezembro de 2013, que aprova o Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças. Uma vez diagnosticado como portador da infecção pelo HIV, o indivíduo deve ser encaminhado prontamente para atendimento em uma Unidade Básica de Saúde do Sistema Único de Saúde ou para um Serviço de Assistência Especializada.
Após suspeita de risco de infecção pelo HIV, deve-se considerar o tempo necessário para que o exame detecte a presença do HIV no sangue ou fluido corporal utilizado para o diagnóstico da infecção. A duração desse período depende do tipo do teste, da sensibilidade e do método utilizado para detectar o marcador, seja ele RNA viral, DNA pró-viral, antígeno p24 ou anticorpo. Por isso, é preciso estar atento a esse período em casos de risco de infecção recente e resultado negativo de sorologia anti-HIV. 
Testes sorológicos
Os testes sorológicos baseiam-se na detecção de anticorpos e/ou antígenos do HIV presentes ou não na amostra do paciente. Em adultos, esses anticorpos aparecem no sangue dos indivíduos infectados, em média de quatro a 12 semanas após a infecção.
Anticorpos maternos passam via placenta para o bebê, principalmente no terceiro trimestre de gestação, e podem persistir até os 18 meses de idade, interferindo no diagnóstico sorológico da infecção vertical. Portanto, os métodos que realizam a detecção de anticorpos não são recomendados para o diagnóstico de crianças menores de 18 meses, sendo necessária a realização de testes moleculares, como a quantificação do RNA viral (carga viral).
Os testes sorológicos utilizados no diagnóstico da infecção pelo HIV são o Elisa, a imunofluorescência indireta, o western blot, o imunoblot e o imunoblot rápido.
Reação de ensaio imunoenzimático: o principal teste utilizado no diagnóstico sorológico do HIV é o ensaio imunoenzimático, conhecido como Elisa. Nas últimas décadas, foram desenvolvidas quatro gerações de ensaios imunoenzimáticos. Os ensaios de primeira e segunda geração apresentam o formato indireto, ou seja,  os antígenos virais são absorvidos nas cavidades existentes das placas de plástico dos kits, onde o soro do paciente é adicionado a seguir. Se o soro possuir anticorpos contra o HIV, estes se ligarão aos antígenos (proteínas do HIV). Nos ensaios de primeira geração, os antígenos virais (proteínas) são produzidos em cultura e, nos de segunda geração, são produzidos por tecnologia molecular (antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos). Tal fenômeno pode ser verificado com a adição de reagente denominado de conjugado. Em caso positivo, ocorre uma reação corada ao se adicionar um substrato. O ensaio de terceira geração tem o formato “sanduíche” (ou imunométrico). A característica desse ensaio é utilizar antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos tanto na fase sólida quanto sob a forma de conjugado. Finalmente, o ensaio de quarta geração detecta simultaneamente o antígeno p24 e anticorpos específicos anti-HIV, sendo essa última também no formato “sanduíche”. Essa técnica é amplamente utilizada como teste inicial para detecção de anticorpos contra o vírus, devido à sua alta sensibilidade.
Imunofluorescência indireta para o HIV-1: fixadas em lâminas de microscópio, as células infectadas pelo HIV-1 (portadoras de antígenos) são incubadas com o soro que se deseja testar, ou seja, onde é feita a pesquisa de anticorpos. A presença dos anticorpos é revelada por meio de microscopia de fluorescência. A imunofluorescência foi muito utilizada como teste confirmatório da infecção pelo HIV na primeira década da epidemia, mas, atualmente, foi substituída pelo western blot e imunoblot.
Imunoblot/imunoblot rápido: neste teste, proteínas recombinantes e/ou peptídeos sintéticos, representativos de regiões antigênicas do HIV-1 e do HIV-2 são imobilizados sobre uma tira de nylon. Além das frações virais, as tiras contêm regiões de bandas controle (não virais) que são empregadas para estabelecer, por meio de comparação, um limiar de reatividade para cada banda viral presente. O imunoblot rápido é semelhante ao imunoblot, porém utiliza a plataforma de migração dupla, permitindo a detecção de anticorpos em menos de 30 minutos.
Western blot: este teste envolve, inicialmente, a separação das proteínas virais por eletroforese em gel de poliacrilamida, seguida da transferência eletroforética dos antígenos para uma membrana de nitrocelulose. O soro do paciente, onde se faz a pesquisa dos anticorpos contra o HIV, é colocado em contato com esta membrana. As reações antígeno-anticorpo são detectadas por meio da reação com anti-imunoglobulina humana, conjugada com uma enzima. Após uma reação de oxi-redução e de precipitação, as proteínas virais são visualizadas sobre a fita de nitrocelulose. Esse teste é utilizado para confirmação do resultado reagente ao teste Elisa, ou seja, é também um teste confirmatório da infecção. Tem alta especificidade e sensibilidade.
Testes moleculares: a detecção molecular de ácido nucleico se baseia na detecção e/ou quantificação do material genético do HIV (RNA do HIV no sangue ou DNA pró-viral em células infectadas) por meio da amplificação do ácido nucléico com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR) e detecção em tempo real de fluorescência emitida por uma sonda específica para uma assinatura genética do vírus. Os testes moleculares são especialmente úteis para o diagnóstico em crianças com idade inferior a 18 meses e na infecção aguda em adultos.
Testes Rápidos 
Os testes rápidos são ensaios imunoenzimáticos simples que podem ser realizados em até 30 minutos. Existem vários formatos de testes rápidos e os utilizados mais frequentemente são: dispositivos (ou tiras) de imunocromatografia (ou fluxo lateral), imunocromatografia de dupla migração (DPP) e dispositivos de imunoconcentração e fase sólida.
Desde março de 2006, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais vem implantando o teste rápido como diagnóstico da infecção pelo HIV no Brasil. Esta metodologia é utilizada no mundo inteiro e traz vantagens significativas quanto ao método laboratorial, pois são de simples realização, dispensando a atuação de profissionais especializados e de equipamentos de laboratório, permitindo o conhecimento dos resultados e assistência imediata aos pacientes.
A Portaria nº 29  de 17 de dezembro de 2013 normatiza o algoritmo para o diagnóstico da infecção pelo HIV utilizando exclusivamente testes rápidos – Fluxogramas 1 e 2 desta Portaria. A elaboração desta normativa está fundamentada na realização dos estudos de validação dos testes rápidos e de extensa discussão com diversos segmentos da comunidade científica e instituições governamentais. O algoritmo preconizado no país permite que o diagnóstico da infecção pelo HIV seja realizado sem que haja necessidade do uso de quaisquer outros exames laboratoriais para confirmação do resultado.
A utilização desta metodologia no Brasil está diretamente associada ao aumento do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV, principalmente em segmentos populacionais prioritários, como: gestantes, parturientes, pacientes com sintomas da Aids, populações vulneráveis, populações flutuantes, moradores de rua, dentre outros. Os serviços de saúde que terão esta tecnologia à disposição serão aqueles cujos estados julgarem necessários, respeitando as especificidades locais de cada realidade.
Tratamento Contra o HIV
Diagnóstico
Após receber o diagnóstico da infecção por HIV, o paciente deve marcar ou ser encaminhado para uma consulta com um especialista na área no Serviço de Atendimento Especializado em HIV/AIDS - SAE mais próximo, onde haverá uma equipe de profissionais, além do médico, para prestar os esclarecimentos e o apoio necessários.
Acompanhamento médico
O acompanhamento médico da infecçãopelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como aids.
Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente. Para isso, solicita os exames necessários e acompanha o tratamento. Tomar os remédios conforme as indicações do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento. Isso é ter uma boa adesão.
O uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que faz o acompanhamento do soropositivo. A equipe de saúde está apta a tomar essas decisões e deve ser vista como aliada, pois juntos devem tentar chegar à melhor solução para cada caso.
Exames de rotina
No atendimento inicial, são solicitados os seguintes exames: sangue (hemograma completo), fezes, urina, testes para hepatites B e C, tuberculose, sífilis, dosagem de açúcar e gorduras (glicemia, colesterol e triglicerídeos), avaliação do funcionamento do fígado e rins, além de raios-X do tórax.
Outros dois testes fundamentais para o acompanhamento médico são o de contagem dos linfócitos T CD4+ e o de carga viral (quantidade de HIV que circula no sangue). Eles são cruciais para o profissional decidir o momento mais adequado para iniciar o tratamento ou modificá-lo. Como servem para monitorar a saúde de quem toma os antirretrovirais ou não, o Consenso de Terapia Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada três ou quatro meses.
Determinada pelo médico, a frequência dos exames e das consultas é essencial para controlar o avanço do HIV no organismo e determina o tratamento mais adequado em cada caso.
Adesão ao tratamento antirretroviral
Aderir ao tratamento para a aids, significa tomar os remédios prescritos pelo médico nos horários corretos, manter uma boa alimentação, praticar exercícios físicos, comparecer ao serviço de saúde nos dias previstos, entre outros cuidados. Quando o paciente não segue todas as recomendações médicas, o HIV, vírus causador da doença, pode ficar resistente aos medicamentos antirretrovirais. E isso diminui as alternativas de tratamento.
Seguir as recomendações médicas parece simples, mas é uma das grandes dificuldades encontradas pelos pacientes, pois interfere diretamente na sua rotina. O paciente deve estar bem informado sobre o progresso do tratamento, o resultado dos testes, os possíveis efeitos colaterais e o que fazer para amenizá-los. Por isso, é preciso alertar ao médico sobre as dificuldades que possam surgir, além de tirar todas as dúvidas e conversar abertamente com a equipe de saúde.
Para facilitar a adesão aos medicamentos, recomenda-se adequar os horários dos remédios à rotina diária. Geralmente os esquecimentos ocorrem nos finais de semana, férias ou outros períodos fora da rotina. Utilizar tabelas, calendários ou despertador, como do telefone celular, facilita lembrar os horários corretos para tomar os remédios. Veja outras dicas que ajudam a manter a adesão.
Apoio social
Atualmente, existem organizações governamentais e não governamentais que podem ajudar o soropositivo a enfrentar suas dificuldades e a lidar com situações de estresse por conta da doença. São duas ações de apoio oferecidas: afetivo-emocional e operacional. O afetivo-emocional inclui atividades voltadas para a atenção, companhia e escuta. Já o operacional ajuda em tarefas domésticas ou em aspectos práticos do próprio tratamento, como acompanhar a pessoa em uma consulta, buscar os medicamentos na unidade de saúde, tomar conta dos filhos nos dias de consulta, entre outras. Ambos fazem com que a pessoa se sinta cuidada, pertencendo a uma rede social.
A troca de experiências entre pessoas que já passaram pelas mesmas vivências e dificuldades no tratamento, também conhecido como ação entre pares, também ajuda a promover a adesão, pois possibilita o compartilhamento de dúvidas e soluções e a emergência de dicas e informações importantes para todos.
O suporte social pode ser dado por familiares, amigos, pessoas de grupo religioso ou integrantes de instituições, profissionais de serviços de saúde e pessoas de organizações da sociedade civil (OSC).
Para quem recebe o diagnóstico de HIV, viver com o preconceito pode ser mais difícil do que viver com o vírus. O preconceito isola as pessoas, dificulta o tratamento e faz muitas outras evitarem o exame, com medo de descobrir se têm ou não o HIV. O apoio da família e dos amigos é essencial, mas a sociedade como um todo precisa despertar para a solidariedade e a garantia dos direitos da pessoa vivendo com HIV/Aids.
Exercícios físicos 
De volta às academias
Exercícios moderados melhoram a imunidade do corpo. Pessoas com HIV apresentam um risco maior de infecções pulmonares e os exercícios, neste caso, poderiam atuar diminuindo a gravidade e a freqüência destas infecções.
Contudo, existem evidências mostrando que atletas sob treinamento severo podem, na verdade, enfraquecer suas células brancas (responsáveis pela defesa do organismo).
Some-se a isto que a infecção pelo HIV resulta em um estado hipermetabólico (ou seja: mesmo sentado, descansando, o paciente ainda gasta mais energia que pessoas não-infectadas e tem-se o prato cheio para uma discussão: pacientes HIV podem ou não praticar exercícios? Com este dilema em mãos, pesquisadores no mundo todo têm se interessado em compreender como a prática desportiva afeta indivíduos HIV positivos.
Um estudo realizado desde 1990 mostrou que homens HIV positivos apresentavam melhoras no sistema imune após 10 semanas de exercícios aeróbicos e que a prática desportiva associou-se a uma maior sobrevida.
Outros estudos com indivíduos HIV+, incluindo pacientes com AIDS, mostram resultados igualmente encorajadores. Um estudo da International Conference, em Berlim, demonstrou que exercícios aeróbicos em indivíduos HIV+ associavam-se a estabilização da contagem de células T4. Este mesmo estudo sugeriu que os pacientes que se exercitam apresentam menos infecções oportunistas.
Os medicamentos para tratar o HIV não impedem a pessoa de exercitar-se, mas alguns destes remédios podem causar anemia, diminuindo a oferta de oxigênio no corpo. A anemia pode limitar a tolerância ao exercício, causando fadiga excessiva. Quando eram utilizadas altas doses de AZT, a anemia era um problema sério. Contudo, hoje em dia, com o uso de baixas doses de AZT combinadas com outros antivirais, a anemia tornou-se menos freqüente.
Ainda, algumas pessoas HIV+ apresentam uma doença chamada Neuropatia Periférica, que causa dormência ou formigamento nos pés, e devem tomar cuidado para não causar traumas em seus membros inferiores devido à falta de sensibilidade.
O aumento do metabolismo pela prática de exercícios realmente pode aumentar a perda de massa muscular, mas isto pode ser contornado aumentando a ingestão calórica e seguindo um programa de exercícios bem monitorado.
Estudos recentes têm mostrado que a prática de exercícios por pessoas HIV+ não apenas é segura e possível, mas também afeta positivamente vários sistemas do corpo. Estes benefícios foram observados segundo parâmetros psicológicos, fisiológicos e imunológicos.
O sedentarismo, associado a fatores psicológicos, contribui para a perda de massa muscular, fraqueza e fadiga extrema observada em algumas pessoas HIV+. Não se deve menosprezar a diminuição da ansiedade e da depressão observada em pessoas HIV+ com o advento de um programa de exercícios - parte devido à sensação de reinserção em um contexto social, parte decorrente da maior liberação de opióides e neuropeptídeos endógenos (ex: endorfinas) que ocorre durante a prática de exercícios aeróbicos.
Concluindo, são necessários ainda mais estudos para determinar se a prática de exercícios por si só melhora o sistema imune,mas exercitar-se com certeza melhora o humor e a disposição de um modo geral em pacientes HIV+.
Recomendações
A Associação Médica Americana sugere 1 hora de exercícios diários, 3 vezes por semana, cada sessão consistindo de 20 minutos de bicicleta ergométrica ou esteira com 60-80% da freqüência cardíaca máxima estimada para a idade. Após isto, 10-15 minutos de alongamento e 20-25 minutos de musculação.
Finalmente, antes de voltar para a academia, pessoas HIV+ devem ficar atentas às seguintes recomendações:
 Manter a atividade física é importante em qualquer estágio da doença, mas consulte seu médico antes de começar a praticar exercícios.
 De preferência, comece enquanto ainda está assintomático, ou seja, sem sintomas presentes.
 Indivíduos sintomáticos devem evitar exercícios pesados, intensos ou extenuantes. Faça sempre um bom aquecimento antes de exercitar-se.
 Alongue antes e depois dos exercícios.
 Não existem riscos musculoesqueléticos especiais (como torções, distenções, artrites, etc) para pessoas HIV+, mas conheça e respeite sempre seus limites.
 Os excessos podem ser mais prejudiciais que o sedentarismo, por isso não se recomenda exercícios exaustivos, extenuantes ou competitivos.
 Lembre-se de aumentar a ingestão diária de calorias assim que iniciar a prática de exercícios.
 Ainda não está claro quais alimentos possuem o melhor conteúdo calórico para pessoas com HIV, por isso, mantenha um hábito alimentar saudável e bem balanceado.

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