Buscar

METODOLOGIA E PRÁTICA DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO teleaula

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

METODOLOGIA E PRÁTICA DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
É POSSÍVEL FAZER ALGUÉM AMAR A LEITURA?
E NA SUA HISTÓRIA, COMO VOCÊ SE CONSTITUIU COMO LEITOR E ESCRITOR?
Em se tratando de existência: 
A leitura, como todas as práticas de linguagem formam e transformam a subjetividade.
Quais as lembranças que têm da escola e do ambiente alfabetizador?
Seus familiares liam para você?
A escola contribuiu para despertar o seu gosto e sua competência pela leitura e pela escrita?
Em sua vida, quem foi o mais importante mediador na construção deste gosto e desta competência?
HÁ SEGREDO PARA FORMAR UM BOM LEITOR? 
Existe um segredo para uma boa leitura?
“O bom leitor não se faz por acaso. Quase sempre é formado na infância, antes mesmo de saber ler, através do contato com a literatura infantil e as experiências positivas no início da alfabetização” (CARVALHO, 2001, p. 11)
Estudos do início dos anos 80
Crianças que tinham contato com livros e revistas em casa antes do processo de alfabetização apresentavam mais facilidade em lidar com as demandas escolares. 
Compreensão de como são organizados, na escrita, os gêneros: o vocabulário adequado, formato, a sintaxe, a função social de cada um etc.
UMA PRIMEIRA VISÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO - MODELO MECANICISTA
Domínio de um código de transcrição: assegura-se apenas a inteligibilidade do texto; desconsidera-se a compreensão.
Ler = decodificar; converter letras em sons; a compreensão seria consequência natural dessa ação. 
Esses “leitores” são capazes de decodificar qualquer texto, mas têm dificuldades para compreender o que tentam ler = concepção mecanicista de leitura (baseada no Behaviorismo)
MODELO MECANICISTA X FORMAÇÃO DE LEITORES
Leitura como processo instantâneo: decodificação e significado. 
	
Erro do pressuposto: 
Para Carvalho (2001) é preciso mostrar aos alunos o que se ganha com a leitura, através de atividades que façam sentido, atividades de compreensão da leitura desde as etapas inicias da alfabetização.
“A leitura do mundo precede a leitura da palavra (...) Se for capaz de escrever minha palavra estarei, de certa forma transformando o mundo. O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim. Implica na relação que eu tenho com esse mundo”. (Paulo Freire – Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura – Campinas, novembro de 1981).
MODELO PSICOLINGUÍSTICO
É um processo de interação entre as estruturas cognitivas que o sujeito apresenta e as informações do texto: modelo descendente de leitura.
O leitor precisa de conhecimento para aplicar no texto.
Não se deve ensinar a ler por meio de práticas centradas na decodificação: leitura é processo e não somente produto.
Exemplo.
Girassóis vendidos por um preço recorde.
(É preciso conhecimento sobre o pintor Vicente Van Gogh, que pintou um quadro chamado Girassóis: isso é um conhecimento cultural específico)
LER = IV + INV
IV = informação captada pelos olhos (visual). Necessária à compreensão, mas não suficiente).
InV = informação não visual - conhecimento de mundo, conhecimento partilhado, frames etc.
Ler = o que o leitor sabe + o que o leitor retira do texto.
Fatores que afetam a leitura: 
Extensão da linha, tamanho da letra, qualidade e quantidade das ilustrações;
Fatores pessoais: interesse pelo texto, o nível de linguagem, a disposição física e emocional do leitor bem como o método pelo qual aprendeu a ler
O modelo dialógico de leitura é um modelo eficiente: o sentido se constrói a partir da interação entre leitor e autor do texto.
“Ler é como se deixar penetrar por uma substância que tem o poder de transformar a alma!” Jorge Larros
ALFABETISMO BÁSICO :As pessoas classificadas neste nível podem ser consideradas funcionalmente alfabetizadas, pois já lêem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo que seja necessário realizar pequenas inferências, lêem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo uma seqüência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. Mostram, no entanto, limitações quando as operações requeridas envolvem maior número de elementos, etapas ou relações.
ALFABETISMO PLENO :Classificadas neste nível estão as pessoas cujas habilidades não mais impõem restrições para compreender e interpretar elementos usuais da sociedade letrada: lêem textos mais longos, relacionando suas partes, comparam e interpretam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses. Quanto à matemática, resolvem problemas que exigem maior planejamento e controle, envolvendo percentuais, proporções e cálculo de área, além de interpretar tabelas de dupla entrada mapas e gráficos. PENSAR É TRANSGREDIR
“ Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. 
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. 
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. 
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. 
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. 
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. 
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. 
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. 
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança. 
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas, mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. 
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for. 
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer”.
 História da alfabetização no Brasil
A história da alfabetização no Brasil desde a República.
A Cartilha de Alfabetização como instrumento de concretização dos métodos de alfabetização. 
O método Paulo Freire.
Propostas contemporâneas para a alfabetização: Construtivismo, Sóciointeracionismo e o conceito de Letramento
UM POUCO DE HISTÓRIA
No Brasil Colônia – A Companhia de Jesus – fundada por Inácio de Loyola, utilizava a leitura e escrita, como a matemática, a filosofia e a teoria para evangelizar e moralizar nativos e gentios. 
A alfabetização era um processo útil aos interesses políticos e religiosos.
Mas até quando os Jesuítas foram úteis à Coroa Portuguesa?
ALFABETIZAÇÃO NA COLÔNIA
Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas e confiscou os bens da Companhia de Jesus.
Na faltade alfabetizadores para continuar a educação, foram contratados sargentos das milícias militares como professores nos colégios. 
O ensino no Brasil passou a apresentar um caráter autoritário e militarizado O Método consistia em: decorar o alfabeto e na aprendizagem forçada por castigos físicos cruéis. 
O letramento era elitizado.
E COM CHEGADA DA FAMÍLIA REAL, COMO FICOU A ALFABETIZAÇÃO NO IMÉRIO?
Muitos livros foram impressos, entretanto, a imensa maioria da população brasileira continuou analfabeta, a educação pública era um privilégio oferecido pelo Estado, não um direito dos súditos do Imperador.
Apenas a elite tinha acesso.
Houve a predominância do método Lancaster (educador inglês Joseph Lancaster) – cujos alunos auxiliavam o professor e os mais adiantados ajudavam os amigos com dificuldades.
E NA REPÚBLICA, HOUVE A CONCRETIZAÇÃO DE UMA UTOPIA?
O Estado passou a oferecer ensino público e gratuito para todos os cidadãos, garantido desde a promulgação da Constituição de 1891, onde todos passaram a ser considerados iguais perante a lei.
O discurso e a lei falam de democratização da educação, mas o que se observa é descaso e até mesmo lacunas quanto à alfabetização do povo, ao longo da história.
75% da população era analfabeta 
A grande parte da grande da população brasileira teve acesso ao mundo letrado? 
MAS O QUE É ALFABETIZAÇÃO?
Alfabetização é o processo pelo qual as pessoas aprendem a ler e a escrever. Entretanto, esse aprendizado vai muito além de transcrever a linguagem oral para a linguagem escrita. 
Alfabetizar-se é muito mais do que reconhecer as letras e saber decifrar palavras. Aprender a ler e a escrever é apropriar-se do código linguístico-gráfico e tornar-se, de fato, um usuário da leitura e da escrita. (CAGLIARI, 1989).
O segredo da alfabetização é a leitura.
Aprender a ler é aprender a decifrar a escrita e produzir significados nesta 
Interação.
NO PROCESSO DE LEITURA E ESCRITA
Ler e escrever: 
Relação cooperativa entre emissor e receptor.
Transmissão de intenções e conteúdos.
Escrever envolve:
Meta;
Planejamento
Fatores que determinam a forma de leitura:
Maturidade do leitor
Complexidade textual
Estilo individual de leitura
Gênero do texto
E A ALFABETIZAÇÃO AS CARTILHAS?
Processo de ensinar e aprender o conteúdo da cartilha, de acordo com o método proposto, o que permite considerar alfabetizado o aluno que tiver terminado a cartilha com êxito, ou seja, que tiver aprendido a ler e escrever, podendo, assim, começar a ler e escrever.
ALFABETIZAÇÃO PARA NÓS
Processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de usá-lo para ler e escrever, ou seja, o domínio da tecnologia da escrita. Isso inclui: o domínio do sistema de escrita tanto no nível alfabético quanto no ortográfico; a aquisição de habilidades motoras e a habilidade de manipulação adequada dos suportes em que se escreve e nos quais se lê.
É necessário elaborar propostas de alfabetização que valorizem a criança e seu trabalho.
LINGUAGEM PARA AS CARTILHAS
Expressão do pensamento e instrumento de comunicação, cujo funcionamento assume características especificamente voltadas para a situação de ensino e aprendizagem escolares.
As cartilhas eram livros esquemáticos que dificultavam a explicação e para solucionar o problema, foi criado o manual do professor;
A partir dos anos 50 aparecem os “exercícios de prontidão”, elaborados por psicólogos, baseado na teoria da carência sociocultural e a superioridade racial. 
LINGUAGEM COMO SIGNO CULTURAL
Há diversas formas de linguagem expostas em diferentes gêneros textuais que circulam na sociedade e o aluno precisa lê-las.
A língua, como um produto social da faculdade da linguagem, deve auxiliar o aluno a circular em sociedade.
LEITURA E ESCRITA NA CARTILHA.
Instrumentos de aquisição de conteúdos escolares, cuja finalidade e cuja utilidade se encerram nos limites da própria situação escolar.
TEXTO
Conjunto de frases, por vezes com nexos sintáticos entre si, constituído de palavras escolhidas de acordo com o nível de dificuldade adequado ao momento de aprendizagem.
PARA NÓS O QUE SIGNIFICA M A LEITURA E AESCRITA
Ler e escrever são produtos de um processo CULTURAL E DISCURSIVO
TEXTO
‘Texto’ vem do latim tecer e representa uma unidade significativa.
PANORAMA DOPROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
O segredo da alfabetização é a leitura. A escrita é decorrência do conhecimento;
Ensinar a norma culta ► inicia na alfabetização, porém é uma atividade secundária;
Na sociedade a variedade linguística deve adaptar-se ao contexto, a exigências do momento, do lugar e das pessoas com quem se fala.
PENSANDO NAS CARTILHAS:
Como era o ensino da leitura? 
De acordo com o método, teríamos:
1. a apresentação das letras e seus nomes, de acordo com certa ordem crescente de dificuldade. 
2. a reunião de letras em sílabas;
3. o conhecimento das famílias silábicas
4. a leitura de palavras formadas com essas sílabas e letra;
5. o ensino de frases isoladas ou agrupadas. 	
De modo geral, como era o ensino da escrita? 
Caligrafia e seu ensino; cópia; ditados e formação de frases, enfatizando-se a ortografia e o desenho correto das letras. 
O SEGREDO DA ALFABETIZAÇÃO É A LEITURA
Aprender a ler é aprender a decifrar a escrita.
O que é escrever? 
a) Colocar no papel conhecimentos acerca do sistema de escrita.
b) Devolver o texto escrito à forma oral de realização da linguagem.
Problema da cartilha: tudo gira em torno da escrita, mas apresenta uma concepção errada do que é escrita.
REGRAS PARA A DECIFRAÇÃO DA ESCRITA: O QUE PENSA ATUALMENTE
Conhecer a língua em que foram escritas as palavras.
2. Conhecer o sistema de escrita: distinguir um desenho de uma manifestação escrita.
3.Conhecer o alfabeto, as letras, reconhecer a relação funcional das letras: relação significante x significado.
4. Conhecer o princípio acrofônico. O nome das letras indica o som mais característico que ela representa no sistema de escrita.
Conhecer a relação entre as letras e os sons (princípio de leitura) e entre sons e letras (princípios de escrita).
6. Conhecer a ordem das letras na escrita e a linearidade da fala na escrita.
7. Há itens na escrita que não são letras: pontuação, acentos – desconhecê-los atrapalha o processo de decifração.
COMO SE CLASSIFICAM OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO?
Podemos classificá-los quanto:
a) à estratégia usada pelo professor;
b) ao ponto de partida da leitura.
Quanto à estratégia usada pelo professor os métodos podem ser globais ou não-globais.
- Globais: frases, palavras, sílabas e letras são apresentadas dentro de um contexto; são contextualizadas.
- Não-globais: frases, palavras, sílabas e letras são apresentadas soltas; são descontextualizadas.
MÉTODO SINTÉTICO
Método: 
O processo de análise da língua se dá das partes para o todo. As unidades significativas da língua – sons e letras – é que devem ser o ponto de partida.
Crítica. 
Como processamos do ponto de vista mental: percebemos os símbolos gráficos de forma global, ou seja, apreende o todo, dando-lhes significado, para posteriormente analisar suas partes. 
Os métodos sintéticos levam o aluno a perceber partes isoladas, sem significado, truncando sua percepção e compreensão.
MÉTODO DA FONAÇÃO
Método: Emissão e aglutinação de fonemas: b...a...bá.
Crítica. 
Em português, uma letra pode representar mais de um som.
Exemplos. Casa / saco /saci. 
MÉTODO DA SOLETRAÇÃO
Utilização do nome das letras e suas combinações: bê. Com a... Bá. 
Esse método era usado em uma época em que as exigências sociais em termos de leitura eram pequenas: não se preocupava em formar leitores.
A ideia é mostrar que as letras representam sons, juntam-se e formam sílabas e as sílabas formam palavras.
Queixa dos alunos: “Conheço as letras, mas não sei juntar.”(Carvalho:2005)
MÉTODO DA SILABAÇÃO
Método: Aprendizagem das famílias silábicas: ba be bi bo bu.
Crítica. Separa alfabetização e letramento já que acredita que a compreensão da leitura vem depois do processo de decodificação.(Carvalho:2005, 24)
MÉTODO IRACEMA MEIRELES:A CASINHA FELIZ E É TEMPO DE APRENDER
Método de fonação, global fonético porque parte da letra contextualizada. 
	Fonação: o aluno aprende a emitir os fonemas e a aglutiná-los. b...a...bá.
	Globais: frases, palavras, sílabas e letras são apresentadas dentro de um contexto; são contextualizadas.
	As letras aparecem associadas a figuras do universo do aluno, as figuras-fonema: facilidade na memorização.
	
Não exige esforço de memória porque as figuras-fonema minimizam a memorização. 
O aspecto lúdico deste método cria uma ligação afetiva forte entre alunos e letras, o que torna a aprendizagem muito rápida.
	
MÉTODOS ANALÍTICOS
Método: O processo de análise da língua se dá do todo para as partes. 
Ênfase à compreensão da leitura desde a sua fase inicial.
Baseado no conceito de que as unidades significativas da língua – palavras e
sentenças – é que devem ser o ponto de partida.
Tipos: 
Palavração
Sentenciação
Paulo Freire
Textos
Método Natural
	
MÉTODO DA PALAVRAÇÃO
O aluno aprende palavras. Depois que o aluno reconhece as palavras ele as separa em sílabas e usa essas sílabas para formar novas palavras.
	 As criança têm dificuldade de segmentar a cadeia de fala na escrita.
	
Críticas:
	Do ponto de vista mental: trabalha com elementos isolados e não favorece a compreensão de um texto; Ainda que haja um texto ele é usado como uma simples sequência se palavras
Do ponto de vista fisiológico: é cansativo e não desenvolve a amplificação da área visual. 
MÉTODO PAULO FREIRE:
PALAVRAS SELECIONADAS DENTRO DO UNIVERSO VOCABULAR DOS ALUNOS.
Método de palavração global não-fonético:
Palavração = o aluno aprende palavras e depois as separa em sílabas para com estas formar novas palavras.
Global = frases, palavras, sílabas e letras são apresentadas dentro de um contexto; são contextualizadas
Não-fonéticos = método analítico
Palavras, frases, textos
MÉTODO DA SENTENCIAÇÃO
Método:
O aluno aprende uma frase, visualiza e memoriza as palavras, que são divididas em sílabas.
	Aprende as sílabas e lê novas palavras.
Críticas:
Do ponto de vista mental: falha quanto ao desenvolvimento da compreensão, pois trabalha com frases isoladas.
Do ponto de vista fisiológico: a criança aprende a “recitar” as frases sem acompanhá-las com movimentos de olhos adequados e fazendo dessa forma associações incorretas entre o que diz e o símbolo que olha. 
TEXTOS OU HISTORIADOS
É uma ampliação do método de sentenciação: o aluno é apresentado a um texto lido pelo professor que depois destaca uma frase, uma palavra, até chegar às sílabas ou às letras para formar novas palavras.
MÉTODO NATURAL
É um método misto apoiado em John Dewey e outros que ressaltam a importância da participação da criança no processo de ensino-aprendizagem.
	
	A partir de um pré-livro com registros de conversas da classe sobre um tema, apresentam-se aos alunos palavras para a leitura das sílabas. Depois, o aluno usa essas sílabas para formar novas palavras e frases.
TEORIAS DO CONHECIMENTO E SUA RELAÇÃO COM A ALFABETIZAÇÃO
Qual a repercussão dessas teorias no processo de formação de leitores e escritores?
 Será que as expectativas e a concepção de aprendizagem que o professor apresenta podem influenciar na alfabetização do seu aluno?
TEORIA EMPIRISTA
Fundamento Filosófico
Para John Locke, todo conhecimento tem origem nos sentidos, vivenciados pelas experiências. 
Fundamento Psicológico
A aprendizagem acontece pelo treinamento e pela maturação das estruturas neurológicas. 
A criança deve ter estruturas nervosas e perceptivas prontas para interagir com o meio e extrair dele as experiências alfabetizadoras.
CONCEPÇÃO DE ESCRITA EMPIRISTA
Atividade motora que deriva da associação dos estímulos sonoro-auditivos e precisa estar de acordo com as regras da gramática normativa, fazendo com que a criança escreva a partir de um modelo, ou seja, de uma cópia apresentada pelo professor.
CRÍTICAS FEITAS SOBRE A 
ESCRITA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Não há reflexão sobre a escrita; não se criam hipóteses como as previstas pelo construtivismo.
	Não há lugar para as práticas discursivas que fazem parte da cultura das crianças que estão no processo de alfabetização. Escrever é uma forma de interação (OSWALD, 1996).
ESCRITA É CÓPIA E REPRODUÇÃO CORRETA DA LÍNGUA
A LEITURA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Atividade de decodificação ou decifração dos sinais gráficos em fonemas.
Mais importante que o significado do texto lido é a composição dos fonemas que formam as palavras, pois através da repetição sonora a criança aprenderá a ler.
CRÍTICA À LEITURA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Ler não é caminhar sobre as letras, mas interpretar o mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação.
Ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só ler. É também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo, escrevê-lo. 
LER E ESCREVER, DENTRO DESTA PERSPECTIVA, É TAMBÉM LIBERTAR-SE. LEITURA E ESCRITA COMO PRÁTICA DE LIBERDADE.
MATERIAL DIDÁTICO NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Cartilha e palavras previamente definidas pelo professor para a apresentação das dificuldades ortográficas em uma ordem crescente para as crianças.
Problema. Aprender a ler é aprender a decifrar a escrita.
AMBIENTE ALFABETIZADOR NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
É aquele em que as palavras, as lições, os textos já estão prontos, as crianças são concebidas como sujeitos passivos que deverão aprender de acordo com as apresentações feitas pelo professor. 
Cópias, ditados, caligrafia e vários instrumentos priorizam a forma em detrimento do conteúdo da escrita.
LETRAMENTO NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
A criança não participa de forma ativa no processo de aprendizagem: suas experiências culturais (não escolares) com a leitura e a escrita não são valorizadas pela escola.
Será que as competências exigidas aos leitores e escritores da atualidade são exercitadas neste paradigma empirista?
a) Como vamos contemplar a diversidade de gêneros?
b) Como o aluno vai aprender a decifrar a escrita?
A LITERATURA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA 
“Os alunos se imobilizavam nos bancos: cinco horas de suplício, uma crucificação. Certo dia vi moscas na cara de um roendo o canto do olho, entrando no canto do olho. E o olho sem se mexer, como se o menino estivesse morto. Não há prisão pior do que uma escola primária no interior” (Graciliano Ramos , 1980, p. 200). 
MOMENTO ATIVIDADE 
COLÉGIO GOTAS MÁGICAS DO SABER
AULA: ALFABETIZAÇÃO
TIA: DULCE
COPIE:
MARIA
X
X
X
CIRCULE AS VOGAIS
A B C F E G I J W P B O 
3) RECORTE E COLE AS
 LETRAS DO SEU NOME
4) COPIE E SEPARE AS SÍLABAS:
MARIA
CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA
Fundamento Filosófico
Conhecimento enquanto uma estrutura que parte de partes mais elementares para as mais complexas.
Fundamento Psicológico
O conhecimento é construído na interação com os objetos culturais através dos sucessivos desequilíbrios, assimilações e acomodações na estrutura cognitiva.
CONCEPÇÃO DE SUJEITO
Ativo e cognitivo 
– constrói conhecimento a partir dos desafios que lhe são impostos pelo ambiente.
Sua estrutura cognitiva muda a partir das mudanças neurológicas que sofrem maturação ao longo da vida
Teoria da psicogênese da escrita 
Assim como há fases de desenvolvimento da cognição, há fases comuns a todas as crianças no que se refere à aquisição da criança 
MUDANÇA DE PARADIGMA ALFABETIZADOR
Muda-se a lógica da alfabetização: 
A criança é um sujeito em permanente construção do seu conhecimento;
b) Não se considera que há erro e sim um processo de aprendizagem em andamento.
Rompe-se com a visão inatista ou empirista de conceber a alfabetização como ensinamento do código alfabético: identifica-se a natureza alfabética da escrita.
CONCEPÇÃO DE ESCRITA
A criança na concepção construtivista escreve refletindo sobre as suas hipóteses de construção da palavra. 
a) a escrita não é mais concebida como simples transcrição do sonoropara um código visual;
b) a linguagem não é reduzida a uma série de sons;
c) os programas de preparação para a leitura e a escrita não ficam centrados na discriminação das formas audiovisuais e auditivas: observa-se a natureza da escrita. 
Escrita como sistema de representação = aprendizagem é a apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, numa aprendizagem conceitual” (Ferreiro, 1989).
PARA QUE SERVE DIAGNOSTICAR AS FASES DA ESCRITA?
Precisamos didatizar essa informação.
Escolher atividades de ensino que estimulem a necessária construção de hipóteses pelo aluno de modo ativo e participativo;
 Para uma melhor compreensão da mediação desenvolvida pelo alfabetizador entre o sujeito (aluno) e o objeto (leitura/escrita), superando as contradições e limitações das posturas de alfabetização, à dinâmica processual no interior da sala de aula.
CONCEPÇÃO DE LEITURA
Quanto menor uma palavra, mais difícil será a leitura.
Hipóteses: Variação e quantidade mínima de caracteres
A criança precisa diferenciar letras, números, desenhos e palavras
CRÍTICA
O s processos de leitura e escrita são mais complexos que os conflitos cognitivos destacados na psicogênese: precisam ser trabalhadas dentro dos contextos discursivos em que são produzidas
MOMENTO ATIVIDADE
ESCREVA DA FORMA COMO SABE SEU NOME E O NOME DOS SEUS COLEGAS.
FAÇA O RETRATO DO SEU AMIGO AO LADO DE CADA NOME.
 ESCREVA OS NOMES QUE INICIAM COM A LETRA M.
 COM AS LETRAS DE FORMA, ESCREVA PALAVRAS SOBRE AMIZADE.
LETRAMENTO NA CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA
Conheça algumas críticas
Conhecer as fases da escrita não significa que a alfabetização circunscreve apenas elas.
Escrever implica, desde sua gênese, a constituição de sentido.
O diagnóstico deve ser feito, mas os processos de leitura e escrita são mais complexos que os conflitos cognitivos destacados na psicogênese: precisam ser trabalhadas dentro dos contextos discursivos em que são produzidas. 
Escrever é uma forma de interação com o outro pelo trabalho de escritura – para quem eu escrevo, o que escrevo e por quê ? 
Exemplos: 
a) Uma lista de palavras soltas para lembrar algo;
b) Pode escrever, ou tentar escrever um texto, mesmo fragmentado, para registrar, narrar, dizer... 
TEORIA SÓCIO-INTERACIONISTA 
Fundamento Filosófico
Para Karl Marx, a formação do sujeito deve ser analisada frente as condições materiais de sua existência. 
LINGUA E CULTURA
Fundamento Psicológico
O Ser Humano se constitui na Interação Sócio-cultural.
A partir dos estímulos recebidos, o nosso cérebro se transforma e ganha característica psicológicas próprias.
CONCEPÇÃO DE SUJEITO NA 
CONCEPÇÃO SOCIO-INTERACIONISTA
Nosso desenvolvimento e nossa aprendizagem acontecem na interação dos 4 planos genéticos:
Sociogênese – Influência da cultura
Filogênse- História da nossa espécie humana
Ontogênese – Nossa história pessoal
Microgênese – História de cada processo psicológico.
Somos sujeitos datados, históricos e nosso desenvolvimento depende das condições materiais de nossa época
CONCEPÇÃO DE LEITURA E DE ESCRITA SÓCIO-INTERACONISTA
O conhecimento é construído socialmente: não há uma única forma de escrever, pois a escrita revela dialetos e as variáveis linguísticas, tão comuns num país com amplitude continental como o nosso. 
Não há uma única forma de compreender os textos, pois eles são ricos em significados e dependem da subjetividade do leitor
AMBIENTE ALFABETIZADOR NA CONCEPÇÃO SÓCIO-INTERACIONISTA
Um ambiente em que os gêneros textuais e as possibilidades de produção textual para comunicação, registro, leitura e lazer são tão grandes que colaboram na formação do gosto e das competências necessárias para ler, escrever e oralizar.
Leitura e escrita fazem parte de práticas discursivas. São vivas e têm relação coma função social que apresentam na sociedade.
RELAÇÃO ENTRE SÓCIO-INTERACIONISMO E A OBRA DE PAULO FREIRE
Leitura e escrita como elementos transformadores de consciência e,
 portanto, da sociedade.
O homem é constituído pelas práticas materiais e culturais e dialeticamente também cria e transforma a cultura.
Práticas de leitura, escrita e oralidade são importantes elementos simbólicos para o desenvolvimento das funções mentais superiores.
MOMENTO ATIVIDADE
Vamos pesquisar a origem do seu nome? Pergunte à sua família quem escolheu seu nome e se eles conhecem algum significado. 
 Qual o primeiro documento que você teve em sua vida? Nele há seu nome escrito?
 Escreva seu nome para organizarmos o mural.
O LIVRO
Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. (...)o livro é uma extensão da memória e da imaginação. 
(...) Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objeto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria. 
Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Livro'
HÁ ALGUMAS FORMAS DE SE OLHAR A AQUISIÇÃO DA ESCRITA
Podemos entender o processo de aquisição da escrita pelas crianças sob diferentes pontos de vista: 
A escrita é imutável e deve se seguir o modelo "correto" do adulto; 
O trabalho de Emília Ferreiro: a escrita é um objeto de conhecimento, levando em conta as tentativas individuais infantis; 
A interação e o aspecto social da escrita: a alfabetização é um processo discursivo. 
EMÍLIA FERREIRO E O CONSTRUTIVISMO
O Construtivismo não é um método de ensino: o nome se refere ao processo de aprendizagem. 
Emília Ferreiro investigou os processos construção da escrita e outros especialistas é que se valeram das suas descobertas para desenvolver propostas pedagógicas inovadoras.
QUAL FOI A BASE DAS IDEIAS DE FERREIRO?
Para Jean Piaget - o funcionamento da inteligência e da construção do conhecimento são graduais.
 À medida em que a escrita evolui, a criança precisa assimilar e reacomodar seus esquemas internos (processo que leva tempo).
A criança raciocina segundo estruturas lógicas próprias, que evoluem conforme faixas etárias definidas. 
Representação do erro no processo da escrita É um raciocínio apropriado
 a essa faixa etária. 
POR QUE ‘CONSTRUTIVISMO’?
Construtivismo procura desenvolver práticas pedagógicas sob medida para cada degrau de amadurecimento intelectual da criança, pois as crianças constroem o próprio conhecimento e o erro faz parte do processo de aprendizagem. 
O construtivismo condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno.
COMO FERREIRO UTILIZOU A TEORIA DE PIAGET?
Elaborou um histórico da aprendizagem da escrita:
Identificou as fases da Psicogênse.
Acreditava-se antes de Ferreiro que aprender a escrever, seria um conteúdo ENSINADO: esse não seria um saber construído. 
Emília Ferreiro muda a pergunta: em lugar de “COMO SE ENSINA ?” passamos a perguntar “COMO SE APRENDE?”
CONTRIBUIÇÕES DE FERREIRO
A visão do processo de aprendizagem do ponto de vista da criança, mudando o foco do como se ensina para o como se aprende: que olhar devemos lançar à escrita da criança?
O erro passa a ser visto como um momento construtivo do processo de aprendizagem:
Qual é a lógica da criança no processo de aquisição da escrita?
 A necessidade de organizar o trabalho pedagógico tendo como referência o conhecimento da criança: o erro pode contribuir para a aprendizagem?
POR QUE O CONSTRUTIVISMO FOI INCORPORADO ÀS PROPOSTAS DO MEC?
Mudanças:
do foco educativo: do professor que ensina para o aluno que aprende; 
do método preconcebido para a construção do saber;
 do projeto de ensino controlado em etapas para a prática pedagógica construída no dia a dia com os conflitos cognitivosemergentes em sala de aula; 
da progressão previsível e justificada para a flexibilidade capaz de respeitar o tempo do aluno, valorizando o seu ritmo de aprendizagem e o contexto no qual está inserido. 
COMO O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ERA VISTO ANTES DE FERREIRO?
A partir de duas diferentes teorias de conhecimento:
A empirista: o conhecimento está fora do sujeito e aprender é pô-lo para dentro através dos sentidos, do ensino e da experiência. Para os empiristas é o ambiente que permite o aprendizado, que garante o conhecimento e se constitui no elemento mais importante no processo de aprendizagem. 
A inatista: trata a aprendizagem como um processo de dentro para fora.
O CONSTRUTIVISMO E A PRONTIDÃO
Como os métodos tradicionais julgam a prontidão das crianças para o aprendizado da leitura e da escrita?
Avaliações de percepção (capacidade de discriminar sons e sinais para pensar) e de motricidade (coordenação, orientação espacial etc.).
CRÍTICA. A prontidão é inútil porque aprender a ler e escrever é algo mais amplo e complexo do que adquirir destreza com o lápis.
Estimular aspectos motores, cognitivos e afetivos, são importantes, mas, vinculados ao contexto da realidade sócio-cultural dos alunos.
	O CONSTRUTIVISMO E A CARTILHA E OS LIVROS DIDÁTICOS
Críticas às cartilhas.
	a) A cartilha prevê etapas rígidas de aprendizagem, coisa que o construtivismo descarta. 
	b) A linguagem das cartilhas ("Bá-bé-bi". "Ivo viu a uva" etc.) é padronizada, artificial, distante do mundo conhecido pela criança.
	Críticas aos livros didáticos.
	Apresentação do conhecimento em sequências rígidas, prevendo uma aprendizagem de conceitos baseada na memorização.
Métodos tradicionais introduzem palavras simples e sonoras como babá, bebê, mas que do ponto de vista da assimilação das crianças não se ligam a nada.
Construtivismo: alfabetização ligada à escrita
A alfabetização é uma forma de se apropriar das funções sociais da escrita.
A capacidade da criança não está relacionada à classe social e sim ao maior ou menor contato com textos lidos e escritos. 
POR QUE ‘PSICOGÊNESE’ DA ESCRITA?
A evolução da escrita na criança é influenciada, mas não totalmente determinada pela ação das instituições educativas. 
Pode-se descrever uma psicogênese nesse domínio distinguindo etapas sucessivas e interligá-las em termos de mecanismos constitutivos que justificam a seqüência dos níveis sucessivos. 
“Um dos piores danos que alguém pode causar a uma criança, é lavá-la perder a confiança em si mesma”.
Emília Ferreiro
FASES DA CONSTRUÇÃO DA ESCRITA
A criança não compreende a relação entre o registro gráfico e o som das palavras. Se agarra a uma letra mais simpática para "escrever". Por exemplo, pode escrever Marcelo como MMMMM ou AAAAAA. 
Escrita icônica (desenhos). Início do reconhecimento do alfabeto.
ATIVIDADES DA FASE PRÉ-SILÁBICA
Sugestão de atividades desta fase: 
Trabalhar as diferenças entre letras, números, desenhos; 
Número de letras das palavras; letras iniciais e finais; 
Ordens das palavras num texto, tamanho e posição das palavras;
Nome das crianças da turma; os vários tipos de texto.(memorização global do nome, representação do objeto pela palavra escrita e identificação da palavra como unidade).
FASE SILÁBICA
A criança começa a relacionar os contextos sonoro e gráfico do registro. Atribui uma cada letra ou marca o registro de uma sílaba.
Já interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor silábico a cada uma (para ela. MCO pode ser a grafia de Mar-ce-lo. em que M=mar, C=ce e 0=l0).
ATIVIDADE DAS FASE SÍLABICA
A criança descobre que pode escrever tudo o que quer, mas não consegue ler o que escreveu. 
É indicado o ditado espontâneo para o educador saber quais são as hipóteses que a criança usa e atuar sobre elas.
A sala deve ter permanentemente os seguintes materiais:
Lista com os nomes dos alunos
Calendários móvel e fixo
Alfabeto móvel
Alfabeto maiúsculo e minúsculo
Fichas com os nomes das crianças (caixa alta, manuscrita e cursiva)
Relação dos aniversariantes
Cantinho da leitura (livros, gibis, revistas, jornais, figuras)
Cartaz com regras construídas coletivamente
Jornal mural
Caixa de textos e figuras
Cartazes com poesia, músicas, parlendas, trava-línguas etc ...
FASE SILÁBICO-ALFABÉTICA.
Mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas propriamente ditas.
Momento de transição
Acréscimo de letras e não omissão
EM SUMA
“Os erros não são dificuldades insuperáveis ou falta de capacidade das crianças e nem os acertos são obras do acaso. Tudo pertence a um processo de aprendizagem da escrita e revela a reflexão que o aluno põe na sua tarefa e na forma de interpretar o fenômeno que estuda”.(CAGLIARI. pág 145,2003).
ATIVIDADES PARA A FASE SILÁBICO-ALFABÉTICA
O professor auxilia a criança na sua pesquisa pela fonetização da sílaba.
Acontecem trocas, inversões e repetições de fonemas que não devem ser considerados erro, mas o processo de aquisição da escrita. 
Ex.: trocas: b/p- b/d- c/g
Rotação: n/u - p/b
Inversão: alma - lama
Repetição: ppai-papai
FASE ALFABÉTICA
É a transição entre as hipóteses anteriores e a escrita alfabética. A criança começa a perceber, discriminar e descrever os sons da língua (fonética), tentando escrever as palavras de maneira fiel a sua pronúncia
Já venceu obstáculos conceituais
Cada um dos caracteres da escrita representa um valor sonoro, menor que a sílaba.
Legibilidade da escrita
ATIVIDADES PARA A FASE ALFABÉTICA
Atividades de produção de texto para apresentar regras normativas da ortografia para as crianças.
A escrita pode ser uma conquista prazerosa !!
Quanto mais rico o ambiente alfabetizador em estímulos de leitura e escrita mais eficiente se torna o processo de formar leitores e escritores.
PARA DIALOGAREM
"Para aprender a ler e a escrever é preciso apropriar-se desse conhecimento, através da reconstrução do modo como ele é produzido. Isto é, é preciso reinventar a escrita. Os caminhos dessa reconstrução são os mesmos para todas as crianças, de qualquer classe social.”
 Emília Ferreiro 
LEV VYGOTSKY E A ALFABETIZAÇÃO
A TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL (SOCIOINTERACIONISTA) E SUA
 CONTRIBUIÇÃO PARA ALFABETIZAÇÃO
Ninguém nasce gostando ou com habilidades para ler e escrever. Essas Funções Mentais Superiores são construídas na interação social, através do contato com pessoas e objetos culturais.
Então, mãos á obra!
LEV VYGOTSKY E A LINGUAGEM
A linguagem desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do pensamento e na evolução histórica da consciência. 
“ a palavra liga um complexo sistema de conexões do córtex cerebral da criança e se converte numa poderosíssima ferramenta que introduz formas de análise e síntese na percepção infantil que a criança seria incapaz de desenvolver por si mesma (LURIA, 1985, p: 12).
Lev Vygotsky criou uma teoria sobre o desenvolvimento semântico e sistêmico da consciência e, segundo ele, as origens do pensamento abstrato e categorial devem ser buscadas nas formas sociais da existência histórica do homem, mais especificamente, na linguagem. 
A linguagem é uma forma de materializar o pensamento. Ela é responsável pela interação e, por isso, é social.
LIGUAGEM NAS ENUNCIAÇÕES, NOS DICURSOS E NAS PRATICAS CULTURAIS
Assim: 
A apropriação da leitura e da escrita deve ser pensada dentro de um processo de troca e compreensão de sentidos que se dão nas interações entre os diferentes sujeitos. 
Fazer uso da leitura e da escrita é também organizar a nossa linguagem na oralidade, no pensamento, fazendo uso das letras. 
CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DE VYGOTKY
O Desenvolvimento psíquico acontece a partir das interações sociais com elementos que foram a nossa cultura.
Funções mentais elementares 
 Funções mentais superiores
CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM DE LEV VOGOTSKY
Por entender que os homens se constituem como pessoas no seu contexto de cultura, o sujeito na perspectiva de um sujeito da sua história e da sua cultura, um ser histórico-cultural. Assim, ele participa,constrói e, na relação com a sua cultura, se constitui como pessoa. 
Os homens não são determinados pela cultura, mas autores de sua história, portanto, os percursos de desenvolvimento da vida são singulares e peculiares para cada pessoa.
A PRÉ-HISTÓRIA DA LÍNGUA ESCRITA
Brincadeira inaugura a capacidade de representação simbólica
FALA – BRINCADEIRA DE FAZ-DE-CONTA- DESENHO – ESCRITA E LEITURA
É o início do processo de alfabetização.
Compreende que representa com palavras, com o corpo e com desenhos.
Agora representa com palavras escritas 
A ONTOGÊNSE REPETE A FILOGÊNESE
O homem passou a andar bípede, liberou as mãos da marcha e começou a transformar a natureza.
VYGOTSKY E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA ALFABETIZAÇÃO
A criança, ao chegar à escola, traz consigo sua história e sua cultura. Isto deve ser considerado como algo relevante no processo de alfabetização. 
A ação educativa só tem sentido se estiver adequada a este sujeito, sua idade e seu contexto de vida. 
O que escrevo? Quando escrevo ?Como escrevo? Para quem escrevo? O que leio? Quando leio? Como leio? Para quem leio? 
É através do discurso da própria criança que esses elementos entram na escola. 
A proposta pedagógica deve estar organizada para dar voz e vez a esta criança. 
Dentro dessa perspectiva, os discursos orais que poderão se organizar em discursos escritos das crianças serão os conteúdos de trabalho do professor alfabetizador.
O SOCIOINTERACIONISMO E O LETRAMENTO
Há diferentes dimensões do aprender a ler e a escrever: ao lado da compreensão do sistema da escrita, seu funcionamento, seu caráter convencional e suas especificidades, importa poder colocar esse Conhecimento lingüístico a serviço de práticas socialmente contextualizadas. 
Mais do que assimilar um determinado saber, estar alfabetizado requer um rol de competências para a efetiva inserção no mundo letrado, o que, por si só, transforma a condição do sujeito na sociedade.
A DIMENSÃO DISCURSIVA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Smolka aponta a possibilidade de uma alfabetização numa dimensão discursiva. 
As crianças são sujeitos de sua história e de sua cultura, autores dos discursos orais e escritos, produzidos para se apropriar da linguagem na sua forma escrita.
Qual é a concepção de alfabetização do professor alfabetizador? 
Qual é a sua concepção de aprendizagem?
É necessário pensar que, ao aprender a ler e escrever, a criança aprende também a interagir com os outros usando uma nova forma de linguagem. 
Isto significa que a criança precisará refletir sobre o que escrever, para quem escrever, quando escrever e como escrever, uma vez que a escrita será mais instrumento de interação nas suas relações cotidianas.
ALFABETIZAÇÃO COMO UM PROCESSO DISCURSIVO
A compreensão da alfabetização como um processo discursivo pressupõe a organização de uma proposta pedagógica que favoreça:
Um trabalho com a oralidade;
A leitura e a escrita com função social;
A criança como um sujeito do discurso
TRABALHO COM A ORALIDADE: EXPLORANDO ELEMENTOS DA ORALIDADE
É referência de linguagem para a criança;
Possibilita explorar a organização do pensamento para, em seguida, trabalhar com a linguagem na sua forma escrita.  
Exemplos. Conversas, leitura de textos, debates e brincadeiras, explorando de forma intensa os elementos da oralidade. 
A LEITURA E A ESCRITA COM FUNÇÃO SOCIAL
Produção de textos nas suas formas mais variadas. 
Trabalho com textos reais, materiais reais e situações adequadas às condições escolares. Assim, a leitura e a escrita funcionarão com sentido e significado para as diferentes crianças. 
Textos reais = textos que fazemos uso socialmente, como, por exemplo, a propaganda, o livro, a música, a poesia, os jornais, avisos, as placas de anúncio, os bilhetes, as listas, entre outros.
MOMENTO ATIVIDADE
Vamos alfabetizar utilizando como os rótulos como material?
Vantagens:
Baixo custo
Fácil Acesso
Leitura informativa relevante para a crianças
Pesquisa pode ser feita pela própria criança
Entre outras
Objetivos:
Leitura Incidental
Leitura com todos os sentidos:
Identificação dos produtos
Classificação dos produtos
Conhecimento da Língua
Aumento do vocabulário
Conhecimento do sistema monetário e de medida.

Outros materiais