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Método de Irradiação de Alimentos

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IRRADIAÇÃO
DEFINIÇÃO:
O decreto Nº 72.718, DE 29 DE AGOSTO DE 1973, estabelece normas gerais sobre irradiação de alimentos. O Presidente da republica , usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no artigo 59, do Decreto-lei nº 986, de 21 de outubro de 1969, decreta: Art 2º Para os efeitos deste Decreto, entende-se como alimento irradiado, todo alimento que tenha sido intencionalmente submetido à ação de irradiações ionizantes, com a finalidade de preservá-lo, ou para outros fins lícitos, obedecidas as normas que vierem a ser elaboradas pelo órgão competente do Ministério da Saúde.
	
Esse processo impede a divisão de células vivas de micro-organismos e altera suas estruturas moleculares, como também, inibe a maturação de vegetais sem que haja alterações sensoriais indesejáveis e é indicado alimentos que não devem ser congelados ou que recebam tratamentos térmicos antes de serem comercializados (SILVA, ROZA, 2010; OMI, 2005).
MÉTODO DE IRRADIAÇÃO:
A irradiação de alimentos é um processo básico de tratamento comparável à pasteurização térmica, ao congelamento ou enlatamento. Esse processo envolve a exposição do alimento, embalado ou não, a um dos 3 tipos de energia ionizante: raios gama, raios X ou feixe de elétrons. Isso é feito em uma sala ou câmara especial de processamento por um tempo determinado. O alimento é tratado por raios gama originados do Cobalto 60 em uma instalação conhecida como irradiador.
O Irradiador consiste em uma sala com paredes de concreto, com 2 metros de espessura, que contém a Fonte de Irradiação (cobalto – 60Co). Um sistema de esteiras transportam automaticamente o produto para dentro do ambiente de irradiação e após a irradiação ele é remove de lá. Em casos de ser necessário realizar manutenções na sala de irradiação, a fonte é recolhida ao fundo de uma piscina, cuja água absorve a energia da radiação, protegendo assim os operadores.
A irradiação permite prolongar a vida útil dos alimentos inibindo por exemplo, a germinação de batatas, cebola, inhame e alho. Outra forma consiste em retardar o amadurecimento e senescência de algumas frutas tropicais como a banana, abacates, mamão e manga. Também é eficaz para matar as bactérias patogénicas presentes em carne vermelha e eficaz para prevenir ou retardar a deterioração microbiana da carne fresca. No entanto, o tratamento por irradiação não é eficaz para impedir mudanças nas carnes, como a oxidação dos pigmentos, e oxidação da gordura da carne causando mau sabor, devido ao oxigénio atmosférico. Grãos e cereais são tratados com baixas doses de irradiação para eliminar fungos, uma vez que alguns destes micro-organismos produzem micotoxinas. 
Quando a radiação de ionização atinge bactérias e outros micróbios, sua alta potência quebra as ligações químicas nas moléculas que são vitais para o crescimento e integridade celular. Com isso, os micróbios são eliminados ou não conseguem mais se multiplicar e causar doenças ou deteriorações. A quebra de ligações químicas com o uso de radiação é conhecida por radiólise. A radiação de ionização também quebra algumas ligações químicas no próprio alimento. Os efeitos das alterações químicas nos alimentos são variados. Alguns são desejáveis, enquanto outros não. Alguns exemplos de alterações no alimento são: alterações na estrutura de certos alimentos, muito frágeis para suportar a radiação, como por exemplo, alface e outros vegetais de folhas verdes ficam murchos. Amadurecimento e maturação retardado de algumas frutas e vegetais que prolongam sua duração para consumo, redução ou destruição de alguns nutrientes como vitaminas e redução dos valores nutricionais (o efeito é comparável à perdas na pasteurização por calor).
Dependendo da dose aplicada, a irradiação controla infestações de insetos no interior dos cereais, causa morte de esporos de fungos e diminui o volume de grãos e miolo de pão danificados. Já para alimentos de origem animal, controla micro-organismos como Salmonella, Escherichia coli, Listeria monpcytogenes e Sthaphylococcus aureus (VENTURA et al., 2010).
LEGISLAÇÃO
Segundo a RDC nº 21, de 26 de janeiro de 2001, que prevê o uso da irradiação como um meio de manter a qualidade do produto final, determina que o produto que será submetido a esse processo deve estar embalado ou a granel, sendo que as doses aplicadas devem ser controladas impedindo indução de radioatividade nos mesmos. As instalações devem estar licenciadas pelos órgãos competentes, com expedição de Alvará Sanitário, com autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear e cadastro no Ministério da Saúde. A empresa deve estabelecer e implementar as Boas Práticas de Irradiação e o Manual de Boas Práticas de Fabricação de acordo com a legislação.
Conforme o Decreto 72718, de 29 de agosto de 1973, somente será autorizado o uso da irradiação se a mesma não interferir na inocuidade do alimento, se os efeitos da irradiação sobre os princípios nutritivos são próximos dos alcançados com os métodos convencionais e se a sanidade e a eficiência da irradiação alcancem o que se pretende. A fiscalização destes requisitos deverá ser realizada por órgãos competentes mediante apresentação de amostras e de um relatório indicando a finalidade, fontes e doses de irradiação, descrição dos tratamentos nos alimentos, tipo e natureza da embalagem, bem como sua validade e condições de armazenamento (BRASIL, 1973).
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto 3029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada em 24 de janeiro de 2001, determina o seguinte regulamento técnico para irradiação de alimentos:
Quanto as instalações e controle do processo:
O tratamento dos alimentos por irradiação deve ser realizado em instalações licenciadas pela autoridade competente estadual ou municipal ou do Distrito Federal mediante expedição de Alvará Sanitário, após autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear e cadastramento no órgão competente do Ministério da Saúde. 
As instalações devem ser projetadas de modo a cumprir os requisitos de segurança radiológica, eficácia e boas práticas de manuseio. 
As instalações devem ser dotadas de pessoal qualificado que possua capacitação e formação profissional apropriada, e atender às exigências da legislação vigente.
A irradiação, assim como qualquer outro processo de tratamento de alimentos, não deve ser utilizada em substituição as boas práticas de fabricação e ou agrícolas. 
Quanto as fontes de irradiação:
As fontes de radiação são aquelas autorizadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, na conformidade das normas pertinentes, a saber: 
a) Isótopos radioativos emissores de radiação gama: Cobalto 60 e Césio - 137; 
b) Raios X gerados por máquinas que trabalham com energias de até 5 MeV; 
c) Elétrons gerados por máquinas que trabalham com energias de até 10 MeV. 
Quanto a dose absorvida:
Qualquer alimento poderá ser tratado por radiação desde que sejam observadas as seguintes condições: 
a) A dose mínima absorvida deve ser suficiente para alcançar a finalidade pretendida; 
b) A dose máxima absorvida deve ser inferior àquela que comprometeria as propriedades funcionais e ou os atributos sensoriais do alimento. 
Quanto a embalagem:
A embalagem deve ter condições higiênicas aceitáveis, ser apropriada para o procedimento de irradiação, estar de acordo com a legislação vigente e aprovada pela autoridade sanitária competente. 
Na rotulagem dos Alimentos Irradiados, além dos dizeres exigidos para os alimentos em geral e específico do alimento, deve constar no painel principal: "ALIMENTO TRATADO POR PROCESSO DE IRRADIAÇÃO", com as letras de tamanho não inferior a um terço (1/3) do da letra de maior tamanho nos dizeres de rotulagem. 
Quando um produto irradiado é utilizado como ingrediente em outro alimento, deve declarar essa circunstância na listade ingredientes, entre parênteses, após o nome do mesmo. 
TIPOS DE CONSERVAÇÃO POR IRRADIAÇÃO
Radurização
Nesta técnica o alimento é submetido a doses baixas de radiação, o processo é indicado para inibir o brotamento da cebola, da batata e do alho, desta forma o tempo de maturação natural de frutas e verduras diminui. As frutas que passam por esse processo podem ser exportada para longas distâncias sem problemas de estar madura e apodrecer no meio da viagem.
Radiciação ou Radiopasteurização
O processo de radiciação é utilizado com doses intermediárias de radiação, a técnica tem a finalidade de controlar a população de bactérias e fungos na superfície de alimentos, neste processo de irradiação as bactérias não são totalmente eliminadas porque algumas são importantes para determinados alimentos como peixes e carnes.
Radapertização
Neste terceiro tipo de processo, o alimento é exposto à doses maiores de radiação, sua finalidade é eliminar todos os microorganismos que podem decompor os alimentos. Esse processo é similar a uma esterilização pois o alimento fica livre de qualquer bactéria contaminante.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Conforme VENTURA et al. (2010, p. 13) as vantagens da utilização da irradiação nos alimentos é de minimizar perdas de alimentos pela desinfecção expandindo assim a vida de prateleira e com isto aumentar também o comércio internacional, melhorando a saúde pública com a descontaminação da carne fresca e diminuir o consumo de energia elétrica. 
As desvantagens do processo de irradiação é que não pode ser utilizado em todos os tipos de alimentos, por exemplo, em alimentos com alto teor de gordura, por serem sensíveis, podendo sofrer rancificação. Os produtos líquidos como o leite são mais propensos à radiólise adquirindo um sabor extremamente desagradável (SILVA, 2007).
REFERÊNCIAS:
ALVES, B. Irradiação de Alimentos. 2010. Disponível em: <http://www.cenapcascavel.com.br/cursosonline/artigos/radioI/BRUNA%20ALVES.pdf> Acesso em: 18 out. 2015. 
https://pt.slideshare.net/claudineiassis1/45426615-irradiacaodealimentos. Acesso em 05 nov 2017
https://pt.slideshare.net/tiagopaulasilva5/apresentao1-1-50189206 .Acesso em 05 nov 2017
https://www.youtube.com/watch?v=9wNYpuwsPEE. Acesso em 05 nov 2017
SILVA, É.F.S. Irradiação em alimentos. 2007. Disponível em: Acesso em: 19 out. 2015.
Ventura D., Rufino J., Nunes C., Mendes N., Tratamento de Alimentos, Escola Superior Agrária de Coimbra. Janeiro de 2010. Disponível em: http://www.esac.pt/noronha/pga/0910/trabalho_mod2/irradiacao_grupo4_t2_word.pdf. Acesso em 05 nov 2017.
Walker A., Konrad J., Delasari J., Método de Irradiação de Alimentos. Disponível em: file:///C:/Users/Andressa/Downloads/ENGENHARIA-DE-ALIMENTOS-E-BIOQU%C3%8DMICA-aula-4.pdf. Acesso em 05 nov 2017.
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