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RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE HISTÓRIA I JEFFERSON MONTEIRO SILVA Niterói 2017/03 JEFFERSON MONTEIRO SILVA RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE HISTÓRIA I Este trabalho é pré-requisito para aprovação na disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de História I, do Curso de História (modalidade EAD), ministrada pela professora Regina Celi Pereira, da Universidade Estácio de Sá. Niterói 2017/03 LISTA DE FIGURAS Figura 01 – Fachada da E.M. Vila Olimpia........................................................18 Figura 02 – Sala de aula....................................................................................18 Figura 03 – Quadra de esportes........................................................................19 Figura 04 – Cozinha...........................................................................................19 Figura 05 – Banheiros........................................................................................20 Figura 06 – Refeitório.........................................................................................20 Figura 07 – Pátio coberto....................................................................................21 Figura 08 – Pátio coberto....................................................................................21 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5 2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA ...................................................... 6 2.1 Aspecto físico, humano e material ................................................................................ 6 2.2 Projeto Político-Pedagógico ........................................................................................... 9 2.3 Escola como um grupo social ...................................................................................... 10 2.4 Docentes e discentes .................................................................................................... 11 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 14 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 16 5. ANEXOS ............................................................................................................................ 17 5.1 Samba enredo G.R.E.S. Paraiso do Tuiuti. ............................................................... 17 5.2 Fotos ........................................................................................................................... 18 5.3 Ficha de avaliação do estagiário ................................................................................. 22 5.4 Ficha de registro de frequência ................................................................................... 23 1. INTRODUÇÃO Este relatório tem o objetivo de documentar o processo de estágio supervisionado realizado individualmente por todos os alunos do curso de História (modalidade EAD) da faculdade Estácio de Sá. A minha experiência no decorrer do período, na qual vivenciei na prática tudo que tenho aprendido na teoria com as aulas online. Apresentar a descrição do local onde foi realizado o estágio, o período de duração e as atividades desenvolvidas. A metodologia utilizada consistiu na observação da escola em todos os seus aspectos. Seja a estrutura física, a comunidade escolar ou aulas ministradas pelos professores. O Estágio é um momento de fundamental importância no meio no processo de formação profissional, no qual, o acadêmico tem a oportunidade de aperfeiçoar seus conhecimentos entre a teoria e a prática. O presente relatório de observação foi realizado especificamente na disciplina de História do Ensino Fundamental II e tem como objetivo relatar a vivência e a prática de ensino- aprendizagem docente. Foi analisado, como a professora faz o planejamento de suas aulas, suas atividades e avaliações. Analisado também, questões como postura, didática, material utilizado, infraestrutura da escola e da sala de aula, e tudo que envolve o processo de ensino-aprendizagem, inclusive o comportamento dos alunos. Ainda que a formação adquirida na Universidade seja de suma importância, ela não é suficiente para preparar o formando para o exercício da profissão. Então, se faz necessária a inserção do aluno na realidade do cotidiano escolar para aprender com a prática dos profissionais da docência. (PIMENTA, 1995). 2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 2.1 Aspecto físico, humano e material A escola escolhida para a realização do estágio foi a Escola Municipal Vila Olímpia, localizada à Rua Ceres, nº 300 – Vila Olímpia, município de Guapimirim, no estado do Rio de Janeiro. Vila Olímpia é um bairro que pertence ao segundo distrito (Vale das Pedrinhas). Se localiza as margens da BR-493 e possui limite territorial com o município de Magé. A Escola é pública, mantida pelo Governo municipal e administrada pela Secretaria Municipal de Educação. (Figura 01). Sua estrutura física é distribuída da seguinte forma: 10 salas de aulas, 42 funcionários, uma sala de diretoria, sala dos professores, um laboratório de informática, uma sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE), uma quadra de esportes coberta, uma cozinha, uma sala de leitura, banheiros dentro do prédio, banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, sala de secretaria, refeitório, despensa, almoxarifado e pátio coberto. A escola tem quatrocentos e sessenta e quatro alunos divididos em vinte turmas e o corpo docente da escola é composto por vinte professores e com uma equipe administrativa composta por uma diretora, uma diretora adjunta, um pedagogo e uma orientadora educacional. O Projeto Político Pedagógico-PPP de acordo com a diretora foi elaborado pela comunidade escolar. O currículo é definido pela Secretaria Municipal de Educação e a escola faz as adequações que houver necessidade. E os todos os programas aplicados na escola são baseados na matriz curricular da Secretaria Municipal de Educação. As salas de aula são climatizadas com ar condicionado, porém em algumas salas eles não funcionam, possuem cadeiras e mesas em bom estado de conservação. Paredes limpas e pintadas. A distribuição das mesas e cadeiras segue o modelo tradicional. Enfileiradas por corredor e com o quadro e a mesa do professor voltados para elas. Observei em uma das salas, armários onde eram guardados materiais para uso dos alunos em aulas expositivas guiadas pelos professores. Materiais bastante interessantes. Produzidos em sua maioria com sucatas. (Figura 02). O laboratório de informática possui cinco computadores. Algo que me inquietou foi saber que a aula de informática não é aplicada na unidade escolar devido à falta de professor na rede municipal. Um momento de profunda tristeza, visto que no mundo informatizado de hoje, a educação ainda não possibilitar essa abertura de portas para o jovem aluno, que de repente possuiria ali naquele espaço, o único momento de contato e vivencia com a estrutura informatizada e ressalto que para o professor também, que não pode utilizar esse recurso em sua aula. O que me impossibilitoude registar em foto esse ambiente. A utilização desse recurso na educação é possível ao professor e à escola um dinamismo no processo ensino-aprendizagem com aulas mais criativas, mais motivadoras e que despertam nos alunos, a curiosidade e a vontade de aprender cada vez mais, o conhecimento e descobertas. Esse alcance da informática na educação não está, restrita à informatização da parte administrativa da escola ou ao ensino da informática para os alunos. TAJRA (2000) destaca a característica de interatividade proporcionada pelo computador e a sua grande possibilidade de ser um instrumento que pode ser utilizado para facilitar a aprendizagem individualizada. Além disso, o computador incorpora, hoje, para os alunos vários recursos tecnológicos. Possibilitando ouvir rádio, ver vídeos, acessar a internet para ler revistas e jornais, entre outras coisas. A sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem equipamentos que auxiliam no apoio a aprendizagem dos alunos com necessidades especiais e possui uma professora que faz esse acompanhamento uma vez por semana. Acompanhei um momento desse espaço e percebi o quão importante ele é para o aluno com deficiência que precisa desses recursos para seu desenvolvimento, não só educacional, mas social também. A professora Eliane, que coordena esse espaço, possui formação em Pedagogia com especialização em Libras. Por já ter trabalhado em outros lugares com a educação especial, quando chegou à escola em 2014, foi direcionada para essa sala e mantem todo espaço a seu favor, sempre em busca da evolução de cada aluno que recebe. A quadra de esportes estava passando por uma reforma em sua estrutura, com pequenos reparos na sua cobertura. As aulas de educação física estavam sendo praticadas no pátio ou na sala de aula. Em conversa com o professor Jardel, ele disse que isso atrapalha o seu plano de aula, mas que ele consegue reverter e se adaptar a novos desafios com o uso de outros recursos para ter a atenção dos alunos. Inclusive presenciei um torneio de damas durante o tempo de estágio. E vi que os alunos foram bem participativos e assim o professor Jardel consegue aguardar a liberação da quadra. (Figura 03). A cozinha conta com duas merendeiras e uma auxiliar. Sobre esse espaço posso falar que faz uma comida de excelente qualidade e que os alunos aproveitam bastante, assim como eu aproveitei, o cardápio diário. Pude aqui relembrar meu tempo de escola. Uma ótima recordação, por sinal. (Figura 04). A sala de leitura possui uma boa quantidade de livros e a professora de leitura, uma vez por semana, executa o seu trabalho nas salas de aula da unidade escolar. Ela utiliza um dos tempos das aulas de Língua Portuguesa para a pratica da leitura o que reforça o aprendizado e estimula a leitura dos educandos. Os banheiros são limpos e bem conservados. Possuem lavatório, vaso sanitário e espelho. A escola possui três banheiros divididos em um para meninos, outro para meninas e um de uso exclusivo dos funcionários administrativos. (Figura 05). O refeitório é amplo e limpo. Com uma grande mesa e bancos que lembram assentos de uma igreja, comporta cerca de 90 pessoas sentadas. Observei em um momento de refeição que três turmas ocupavam o espaço. A bandeja com a refeição é entregue aos alunos na entrada pelas cozinheiras e ao final, eles deixam em um reservatório de recolhimento para a limpeza das mesmas. (Figura 06). A despensa não pude acessar, pois era um local somente para os funcionários da cozinha e estava fechada com a posse da chave pelos respectivos. O almoxarifado corresponde a organização do corpo discente da escola. Todos os materiais catalogados, organizados em armários e prateleiras, e na necessidade retirada por um professor, ele deve preencher uma planilha com a descrição do material recolhido, data e hora. Considero de muita importância essa organização do uso do material escolar. Quanto já nos foi reportado pela mídia, os desvios com o dinheiro público destinado a esses fins? Toda essa organização merece ser divulgada e seguida como exemplo em outros municípios. O pátio coberto fica na entrada da unidade escolar e é bem frequentado pelas turmas durante o intervalo das aulas. Possui estrutura organizada, pintura conservada e piso regular. Acompanhei os alunos em momentos de lazer e distração e percebi que gostam muito desse espaço. Aproveitam para se reunir, conversar e brincar. (Figuras 07 e 08). 2.2 Projeto Político-Pedagógico O Projeto Político Pedagógico apresentado pela E.M. Vila Olímpia é de caráter democrático, com a participação da comunidade escolar e para que o aluno tenha uma visão crítica acerca do mundo, que o leve a uma reflexão de suas atitudes e desenvolva valores para ajudá-lo na compreensão dos fatos e a melhor convivência em sociedade. Torna-lo apto através das competências e habilidades adquiridas a um cidadão mais responsável com todo a sociedade ao qual está inserido. (PPP, 2012). Com base nessa proposta, o projeto nos faz refletir sobre dois grandes questionamentos, quando falamos do ambiente escolar. O que estamos querendo da nossa escola? Qual o papel da unidade, na transformação social dessa comunidade? O Projeto alinhado a esse discurso, nos responde essas questões quando apresenta a necessidade de um trabalho mutuo, no qual encontraremos os diversos agentes trabalhando com o foco no desenvolvimento de novas possibilidades e não por meio de uma linguagem tradicional, detentora do saber. Assim o Projeto Político Pedagógico da escola nos projeta para uma orientação dialética entre escola e comunidade. Uma pedagogia de cooperação que negará o conceito de exclusividade na transmissão do conhecimento, tornando esse espaço cada vez mais forte e aproximado, onde encontraremos os envolvidos como seres indispensáveis na construção de um modelo real de ensino- aprendizagem. A educação, é um processo de interação no qual o agir e o reagir entre quem ensina e quem aprende, será a forma que imprime a magia do aprender. O professor que ensina aprende e quem aprende também vai ensinar. E essa bipolaridade do processo cria um clima de respeito, de admiração, de envolvimento e de cumplicidade necessário à aprendizagem. (SAVIANI, 2000; LIBÂNEO,2004). Ressalto que, mesmo autorizado a consultar o material não pude fazer uma cópia para anexar a esse relatório. Após essa leitura do documento, percebi que o corpo docente da escola valoriza e busca praticar ações de acordo com o texto disposto. Eles têm conhecimento do conteúdo e em suas aulas buscam alinhar a pratica com toda a experiência adquirida. 2.3 Escola como um grupo social A escola pertence a um bairro de classe baixa do município de Guapimirim, os alunos que frequentam a escola moram no próprio bairro. Essa aproximação faz com que todos se conheçam dentro do ambiente escolar. A participação familiar é muito constante. Em alguns momentos no período em que estive na escola, acompanhei várias visitas de responsáveis para tirar dúvidas com os professores. Sempre ao final do dia, um pai ou uma mãe procurava por algum professor para saber informações sobre algum assunto. Identifiquei também que os professores buscam participar da vida social dos alunos. Um desses momentos foi quando a professora Elisa, do 6º ano, trouxe uma bola de futebol para os meninos. Ela me informou que anteriormente, a bola que eles usavam para brincar havia furado e eles estavam fazendo uma vaquinha para comprar outra. Foi quando ela recolheu o dinheiro e comprou a bola nova. A alegria estampada no rosto de cada um foi impressionante! Além disso, a professora disse que aproveitou o momento e fez um trabalho com o uso da matemática na sala de aula para reforçar o conteúdo.A problemática da evasão escolar não é muito considerada, pois como é um público pequeno, os alunos tendem a terminar o ano letivo. Alguns casos levantados pela direção, diz respeito a gravidez na adolescência e a necessidade de afastamento para contribuição da renda familiar. Alguns alunos saem para buscar o mercado de trabalho e não retornam à escola. Os funcionários do corpo discente da escola, demostram uma relação amistosa e de respeito ao outro. Os alunos possuem uma relação social pautada na preferência e afinidade. Alguns grupos são formados de acordo com os interesses em comum. Algo que remete muito ao período em que estão desenvolvendo, como a pré-adolescência e a adolescência de fato. Não presenciei nenhuma relação de atrito por parte dos alunos no período que estive na escola. O corpo discente reportou que é difícil de acontecer conflitos e que na escola existe um respeito mútuo que resulta nesse comportamento. A escola é de grande importância para a vida acadêmica e social das crianças e adolescentes. A promoção de campeonatos, sábados letivos e a participação nos projetos sociais da prefeitura, faz com que a representatividade escolar seja inserida naturalmente no âmbito social de cada um. Como espaço de desenvolvimento intelectual a E.M. Vila Olímpia cumpre seu papel mantendo o objetivo de estar sempre próxima a realidade de sua comunidade. 2.4 Docentes e discentes Todo o percurso de estágio foi acompanhando a rotina da professora de História, Leticia Martins, ela é formada em História e está na escola há quatro anos. Acompanhei nesse período, as aulas ministradas para a turma do oitavo ano, no período da manhã. A turma possui 30 alunos, que variavam em presença, de acordo com as semanas de acompanhamento, durante o período no qual estive na escola. A faixa etária é entre 12 a 14 anos. A maioria dos alunos são do sexo feminino, dezoito, representando 60% do total. Os alunos apresentaram algumas dificuldades em leitura dos textos apresentados. Não gostavam muito de participar das aulas e achavam desinteressante ter que aprender aquele conteúdo. Queriam mesmo era apenas “passar de ano”. Conversei com alguns deles e nesse dialogo, busquei transmitir a mensagem da necessidade de um aprendizado e o quanto são importantes a escola e as disciplinas para o futuro de cada um. Durante essas semanas, acompanhei o andamento do quarto bimestre da turma, no qual estava sendo abordado o tema: Brasil: da Monarquia a República. As aulas, de 50 minutos cada tempo, eram ministradas nos dois primeiros tempos do dia, acontecendo sempre as terças-feiras e quintas-feiras, entre os horários de 07:00h às 07:50h e 07:50h às 08:40h. Aqui, me admirei com a pontualidade dos alunos. Até mesmo, porque se não chegassem no horário não entrariam no decorrer da aula ou em algum outro momento. Com base nesse viés, percebi que a professora é muito dedicada à sua profissão. Ela possui uma ótima didática e consegue concentrar seus alunos na maior parte do tempo durante a aula. Não é trabalhado apenas o livro didático e o uso do quadro negro. Um exemplo que marcou bastante, foi o momento em que os alunos precisaram se dividir em dois grupos para encenar uma rápida esquete sobre o fim da escravidão. Foi formado um tribunal na sala. Um grupo foi responsável por defender a continuidade dos escravos no Brasil e o outro seria contra a prática escravista. No início, os alunos ficaram um pouco dispersos, mas com as orientações da professora Leticia, eles conseguiram realizar a atividade. Foi dedicado cinco minutos de conversa entre os grupos para a criação dos argumentos que seriam utilizados no debate final. Na apresentação, o grupo de defesa, argumentou na maior parte do seu tempo, que os escravos eram necessários para dar continuidade ao progresso econômico brasileiro. Eles deveriam continuar escravos e assim o pais cresceria. No contra argumentação, o outro grupo propôs que para a economia crescer, realmente precisaria de trabalhadores, porém que recebessem por aquela atividade e que pudessem viver normalmente em sociedade, em igualdade. A professora ao final, explicou que mesmo com a abolição da escravidão pela Lei Aurea, os problemas para os ex-escravos não terminaram. E que, continuou e persiste até os dias de hoje. Eles não foram preparados para ser cidadãos após a implantação da lei. Não tinham direito a formação escolar ou profissão definida, por exemplo. Para a grande maioria, ser liberto não favoreceu ou mudou sua condição subalterna ou ascensão social. Ao final, ouvimos o samba enredo para o carnaval 2018, do G.R.E.S. Paraiso do Tuiuti, escola de samba do carnaval do Rio de Janeiro, que retrata justamente o tema da aula. Com o enredo: “Meu Deus, Meu Deus, está extinta a escravidão? (ANEXO 01). Uma grande contribuição disciplinar da professora, que atribuo a multidisciplinaridade por ela utilizada, na busca de um objetivo reflexivo aos seus educandos. Todos os outros momentos foram de atividades relacionadas a tentativa de vivencia do período no qual os alunos estavam estudando. Em conversa com a professora Leticia, perguntei como ela consegue unir essa prática com a teoria, principalmente por saber que os alunos não gostam de estar ali, naquela aula. Ela me respondeu que, esse é o grande desafio do professor atualmente. Aquele que foca somente no livro didático não percebe o quanto é rico e prazeroso estudar História. Pois vivenciamos história o tempo todo e precisamos transmitir aos nossos alunos essa relação. Fazer com que eles possam enxergar a necessidade de conhecer seu passado para transformar seu futuro. Sobre o exemplo da esquete, disse a ela que me encantei com aquela atividade e que a levaria como exemplo de aula para toda a minha vida. Fui muito bem acolhido por todos na escola, da direção aos alunos. Todo o corpo discente da escola sente prazer em estar ali. Mesmo com todas as dificuldades que o ensino público proporciona. Percebi o quanto a escola ainda é um lugar transformador. A cada olhar, o sentimento é de que possamos transformar e fortalecer nossa educação com pequenos gestos. Seja no bom dia do inspetor, no obrigado ao receber o lanche, no fechar a porta ao entrar ou sair da sala. Todos esses gestos foram percebidos por mim e sinalizam que é possível. Parabéns a todos do E.M. Vila Olímpia pelo carinho e dedicação na difícil tarefa de educar! 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O período destinado ao estágio de observação dentro do ambiente escolar, com a presença constante durante vinte e dois dias, onde pude vivenciar toda a estrutura de uma escola, as suas aulas e conhecer pessoas que acreditam no poder da transformação da sociedade por intermédio da educação foi de extrema importância para conhecer na prática a relação: professor x aluno x escola. Observei o quanto é difícil uma rotina e administração desse espaço. A interação com os alunos e suas relações interpessoais, nos seus diferentes ambientes. Seja em uma sala de aula ou outra qualquer parte física da escola foi possível vivenciar a preocupação com a manutenção do melhor ambiente possível entre as partes, o que se torna o maior desafio do corpo discente. Convém descrever o quanto podemos aprender a exercer essa profissão tão importante para o ser humano, a profissão de educador. Com a observação da atuação de outros profissionais e a participação em atividades em sala de aula. Reconheço que esse desafio é vencido todos os dias. Esse período em sala de aula foi muito importante para compreender como agir em um primeiro momento, observando as relações entre os alunos com os professores. A vivência do cotidiano dos alunos e suas rotinas, desde a sua chegada ao horário de saída, passando pelo intervalo ou seusargumentos durante as aulas reforça o trabalho educacional de todos na escola que devem ser ativos e participantes. Fazer esse estágio foi muito gratificante, uma experiência única e inesquecível, que com certeza levarei para sempre. Não esquecerei os dias chuvosos que enfrentei para chegar à escola, os engarrafamentos na volta para casa e principalmente o quanto sinto-me melhor como pessoa. É um momento transformador que todos nós alunos devemos participar. Sei que é apenas o começo dessa trajetória, mas já ilumino um caminhar. Estou no início, formando meu perfil e acredito que o estágio contribui muito para o crescimento profissional e pessoal. Não há como não sentir a necessidade de ajudar, compartilhar nosso conhecimento e saber que transformou a vida de alguém com algo que é gratuito, a educação. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PIMENTA, S. G. O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1995. TAJRA, Sanmya Feitosa. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para o professor da atualidade. 2. ed. São Paulo: Érica, 2000. 143 p. SAMBA, G. d. (10 de novembro de 2017). Meu Deus, Meu Deus. Está extinta a escravidão? Fonte: http://www.galeriadosamba.com.br/carnavais/paraiso-do- tuiuti/2018/20 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5.ed. Revista ampliada. Goiânia: Alternativa, 2004. SAVIANI, D. Educação do Senso Comum à Consciência Filosófica. Campinas, SP: Autores Associados, 1991. 5. ANEXOS 5.1 Samba enredo G.R.E.S. Paraiso do Tuiuti. Autor(es) Claudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal Puxador(es) Nino do Milênio e Celsinho Mody Irmão de olho claro ou da GUINÉ Qual será o valor? pobre artigo de mercado Senhor eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor Tenho sangue avermelhado O mesmo que escorre da ferida Mostra que a vida se lamenta por nós dois Mas falta em seu peito um coração Ao me dar escravidão e um prato de feijão com arroz Eu fui mandinga, cambinda, haussá Fui um rei Egbá preso na corrente Sofri nos braços de um capataz Morri nos canaviais onde se planta gente Ê calunga! ê ê calunga! Preto velho me contou, preto velho me contou Onde mora a senhora liberdade Não tem ferro, nem feitor Amparo do Rosário ao Negro Benedito Um grito feito pele de tambor Deu no noticiário, com lágrimas escrito Um rito, uma luta, um homem de cor E assim, quando a lei foi assinada Uma lua atordoada assistiu fogos no céu Áurea feito o ouro da bandeira Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel Meu Deus! Meu Deus! Se eu chorar não leve a mal Pela luz do candeeiro Liberte o cativeiro social Não sou escravo de nenhum senhor Meu Paraíso é meu bastião Meu Tuiuti, o quilombo da favela É sentinela da libertação 5.2 Fotos Fachada da Escola (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Sala de aula (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Quadra de esportes (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Cozinha (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Banheiros (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Refeitório (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Pátio coberto (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). Pátio coberto (arquivo de Jefferson Monteiro, 2017). 5.3 Ficha de avaliação do estagiário 5.4 Ficha de registro de frequência
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