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Seção 2 Empregado e Empregador

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DIREITO DO TRABALHO
2– EMPREGADO E EMPREGADOR
Prof. Luciana Sampaio
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TRABALHADOR E EMPREGADO 
Trabalhador é todo aquele que presta serviços de forma autônoma e esporádica a uma pessoa (física ou jurídica), devendo concretizar a execução de sua tarefa nos termos e prazos combinados, recebendo um pagamento.
Empregado é aquele que presta pessoalmente serviços de forma habitual e subordinada e mediante remuneração.
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TRABALHADOR E EMPREGADO 
A grande diferença entre trabalhador e empregado consiste na existência de quatro elementos, que quando presentes, determinam que um trabalhador é empregado.
Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado, ou seja, o trabalhador somente será empregado quando preencher os quatro requisitos a saber: pessoalidade, não-eventualidade, subordinação e remuneração.
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EMPREGADO
 
Art. 3º CLT – “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador sob dependência deste e mediante salário”.
O Art. 3o da CLT define os elementos caracterizadores da relação de emprego. A ausência de qualquer um destes elementos descaracteriza a relação de emprego.
 
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EMPREGADO
pessoalidade – O sujeito da relação jurídica que se contrapõe ao empregador (empregado) deve ser pessoa física ou natural. Ele é o destinatário da proteção legal trabalhista
habitualidade – O trabalho tem que ser prestado de forma não eventual, não esporádica (de forma habitual, costumeira). O exercício da atividade laboral tem que se dar de modo contínuo, permanente, enquanto vigente a relação de emprego.
 
 
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EMPREGADO(CONTINUAÇÃO)
subordinação – O trabalho é dirigido pelo empregador, que tem o poder de comando na relação jurídica. diz a CLT, que o empregado está em relação de “dependência” para com o empregador; este termo foi substituído por “subordinação”. O empregado subordina sua vontade à vontade do empregador.
onerosidade – O empregador tem que pagar salário, em retribuição aos serviços prestados pelo empregado. Serviços voluntários, gratuitos, de caridade, etc., não caracterizam relação de emprego.
 
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EMPREGADO
Trabalho por pessoa física: indica que o empregado não pode ser uma empresa ou outra pessoa física.
Pessoalidade: a prestação do serviço é incumbência de uma pessoa específica, cuja substituição é relevante.
Não-eventualidade: o serviço é prestado de forma contínua, reiterada, permanente ou constante, e não se esgota com a própria execução.
 
 
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EMPREGADO
Onerosidade: a prestação de serviço não é gratuita, e é contraprestada em dinheiro ou outras formas de pagamento.
Subordinação jurídica: o empregado não controla a forma da prestação de serviço, que se insere na estrutura da atividade econômica desenvolvida pelo empregador.
Alteridade: o serviço é prestado para outrem, que, este sim, assume os riscos do empreendimento.
 
 
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EMPREGADOR
art. 2º CLT – “é a empresa individual ou coletiva que assume os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal do serviço.
O empregador suporta com exclusividade os riscos do negócio.
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EMPREGADOR(CONTINUAÇÃO)
Ao empregador é conferido o poder diretivo que se constitui como prerrogativa para que possa desenvolver a contento a atividade empresarial, no que toca a administração da força de trabalho. Todavia, tal poder não se apresenta ilimitado, deve observar os princípios da dignidade da pessoa humana, proporcionalidade e razoabilidade, levando em conta o direito dos trabalhadores à intimidade, privacidade e integridade física. Desta forma, ao exercer o direito de punir, deve adequar a pena aplicada à falta cometida; ao fiscalizar, deve atentar-se para que não invada a integridade moral do trabalhador, tudo isso, para que torne legítimo o poder diretivo, pois havendo excesso poderá ser responsabilizado judicialmente pelos atos cometidos em excesso.
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 DANO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO
O principal interesse das relações estabelecidas por meio de contrato de trabalho é que sejam alcançadas pelas partes os seus objetivos, dentro do respeito aos dispositivos e procedimentos previstos em leis, convenções, acordos coletivos de trabalho, regulamentos internos e usos e costumes em geral e da própria empresa, constituída pelo empregador, seus prepostos e empregados. 
Caracteriza-se um dano moral quando a pessoa se sente prejudicada em seus valores subjetivos, de âmbito moral. 
A moral diz respeito à reputação do indivíduo em seu meio social, à boa fama, à dignidade, à sua privacidade, e estes conceitos são muito subjetivos, pois referem-se ao foro íntimo de cada pessoa. 
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 O dano moral decorrente do descumprimento das obrigações trabalhistas
O empregador ao descumprir suas obrigações normativas e contratuais estipuladas com o empregado, de forma objetiva, fere de morte à honra e à dignidade humana do obreiro.
Assim, havendo a ilicitude de descumprimento da norma celetista e ou direitos dos trabalhadores, haverá que o empregador indenizar o empregado pelos danos extrapatrimoniais ocasionados à vítima.
O empregador ao descumprir o regramento jurídico e as normas estabelecidas no contrato de trabalho, haverá por destituir a confiabilidade da relação jurídica constituída entres as partes, ocasionando profundos sentimentos de pesar, decepção, frustração, impotência e demais outros ao empregado.
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 DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO
A conduta ilícita do empregador enseja sentimentos de pesar e consternação ao empregado, assim, para que prevaleça o equilíbrio natural entre as partes, haverá por certo que o empregador seja compelido a reparar o dano, indenizando à vítima de maneira pecuniária, a fim de coibir que outros casos semelhantes ocorram, com aqueles que se relacionam com o agente ofensor.
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 ASSÉDIO MORAL
CONCEITO.
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e sem simetrias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
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 ASSÉDIO MORAL
			CARACTERIZAÇÃO
Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, frequentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o pacto da tolerância e do silêncio no coletivo, enquanto a vítima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, perdendo sua autoestima.
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 ASSÉDIO MORAL
A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a MORTE, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.
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 ASSÉDIO MORAL
PRESSUPOSTO.
repetição sistemática
intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)
direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)
temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)
degradação deliberada das condições
de trabalho
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ASSÉDIO SEXUAL
CONCEITO E CARACTERIZAÇÃO
O Assédio Sexual no Local de Trabalho consiste em cantadas explícitas ou insinuações constantes, de cunho sensual ou sexual, sem que a vítima as deseje. Ou seja: é “forçar a barra” para conseguir favores sexuais.
Essa atitude pode ser clara ou sutil; pode ser falada ou apenas insinuada; pode ser escrita ou explicitada em gestos; pode vir em forma de coação, quando alguém promete promoção para a mulher, desde que ela ceda; ou, ainda, em forma de chantagem, quando há uma ameaça como arma.
Segundo a legislação, assédio sexual é o ato de “ constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.
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