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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ALI230 – Ferramentas da Qualidade para a Indústria de Alimentos Prof Alexandre Fontes Pereira FERRAMENTAS DA QUALIDADE Aula 4 continuação BRAINSTORMING BRAINSTORMING Definição Brainstorming é uma ferramenta para geração de novas idéias, conceitos e soluções para qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação. BRAINSTORMING O brainstorming é uma técnica utilizada na fase de Planejamento, estando embutida na Análise do Processo, que é exatamente a etapa em que são determinadas as causas mais significativas que influenciam o problema e apontadas dentre elas as causas mais importantes. BRAINSTORMING Tempestade de idéias; Processo de grupo em que os indivíduos emitem idéias de forma livre, sem críticas, no menor espaço de tempo possível BRAINSTORMING Quando usar? Brainstorming é útil quando de deseja gerar em curto prazo uma grande quantidade de idéias sobre: • Assunto a ser resolvido; • Possíveis causas de um problema; • Abordagens a serem usadas; • Ações a serem tomadas. BRAINSTORMING CRITÉRIOS PARA A REUNIÃO Durante o desenvolvimento da reunião devem ser tomados alguns cuidados para que os melhores resultados sejam alcançados: • Nenhum julgamento • Idéias devem ser imaginativas • Marcar o tempo • Escrever em um quadro as ideias • Nenhum membro da equipe deverá ter tratamento especial BRAINSTORMING TIPO DE BRAINSTORMING FINALIDADE VANTAGEM DESVANTAGEM ABERTO Reunião de 2 a 8 pessoas, com um facilitador que tem a tarefa de conectar e documentar as idéias. Riqueza de interações Desorganização ESCRITO Reunião de um grupo onde as idéias são escritas sem comentários oral (6 pessoas -3 idéias - 5 passadas entre as pessoas). Organização Lento / fatigante COM RECUPERAÇÃO É interrompido quando o grupo se sente cansado. A sessão é retomada após o amadurecimento das idéias. Aprofundamento Perda da “pegada” BRAINSTORMING Procedimento 1º Identifique a necessidade de Brainstorming 2º Estabeleça um grupo de trabalho 3º Prepare a sessão de Brainstorming 4º Gere idéias 5º Desenvolva, organize 6º Defina os próximos passos BRAINSTORMING Exemplo • Preparação do ambiente, • Delimitação do tema a ser abordado • Tempo de duração, Comece a sua sessão de Brainstorming HISTOGRAMA HISTOGRAMA • Ferramenta de análise e representação de dados quantitativos, agrupados em classes de frequência que permite distinguir a forma, o ponto central e a variação da distribuição, além de outros dados como amplitude e simetria na distribuição dos dados. HISTOGRAMA O Histograma é um gráfico composto por abscissas (eixo x) e ordenadas (eixo y), onde são colocadas barras ou retângulos contíguos que representam a distribuição da variação dos dados que ocorrem dentro de um processo, cujo objetivo é apresentar uma situação para fins de análise e posterior solução. Roteiro para elaboração – Definir o processo a ser analisado (levantar os dados) Ex. reclamação de clientes per capita por localidade: São Paulo (38), Campinas (68), Santos (18), Uberaba (22), Uberlândia (68) e Goiânia (70). HISTOGRAMA Roteiro para elaboração • Elaborar a tabela dos dados levantados (percentual em relação ao número de clientes de cada filial). HISTOGRAMA Roteiro para elaboração • Montar o histograma, onde as escalas devem crescer da esquerda para direita (eixo “x”) e de baixo para cima (eixo “y”). • Analisar o histograma, onde pode-se verificar que o número de reclamações está mais acentuado, nas filiais de Uberlândia e Goiânia. Providências devem ser tomadas para eliminar o grau de reclamações, especialmente, nestas duas filiais. HISTOGRAMA Roteiro para elaboração • Tomar as medidas preventivas cabíveis e elaborar novo levantamento (adotar os mesmos procedimentos descritos anteriormente) e verificar os novos resultados. São Paulo (8), Campinas (4), Santos (2), Uberaba (6), Uberlândia (11,2) e Goiânia (14). Observa-se que os resultados foram positivos, porém podem e devem melhorar ainda mais. HISTOGRAMA Formas Histogramas Histograma simétrico ou em forma de Sino O valor médio localiza-se no centro do Histograma Pode ocorrer quando a variável é contínua e não existem restrições para os valores que pode ocorrer HISTOGRAMA Formas Histogramas Histograma Assimétrico O valor médio localiza-se fora do centro do Histograma É usualmente encontrado quando não é possível a varíavel assumir valores mais altos ou mais baixos do que um determinado limite. HISTOGRAMA Formas Histogramas Histograma “ilhas isoladas” Pode ocorrer quando o processo ao qual a variável associada apresenta algum tipo de irregularidade, ou quando acontece erros de medida ou registro de dados. HISTOGRAMA Formas Histogramas Histograma “Despenhadeiro” A freqüência diminui de modo abrupto de um ou dos dois lados do gráfico. Pode ocorrer qdo o processo ao qual a variável associada não é capaz de atender as especificações e por este motivo é realizado inspeção 100 % para eliminar produtos defeituosos. HISTOGRAMA Formas Histogramas Histograma Bi-modal A freqüência é baixa no centro do Histograma e existem um pico a direita e outro a esquerda. Ocorre quando dados provenientes de duas distribuições são misturados. CICLO PDCA CICLO PDCA O Ciclo PDCA foi desenvolvido por Walter A. Shewat na década de 20, mas começou a ser conhecido como Ciclo de Deming em 1950, por ter sido amplamente difundido por este. O Ciclo PDCA nasceu no escopo do TQC (Total Quality Control) como uma ferramenta que melhor representava o ciclo de gerenciamento de uma atividade. Uma técnica simples que visa o controle do processo, podendo ser usado de forma contínua no gerenciamento das atividades de uma organização. CICLO PDCA CICLO PDCA Características da metodologia para análise e solução de problemas: Simplicidade Eficiência para utilização em nível operacional Valorização de fatos Medição e análise do problema global Identificação das causas reais do problema CICLO PDCA Etapas do ciclo PDCA PLANEJAMENTO (P): Estabelecer objetivos e processos, necessários para atingir resultados, de acordo com os requisitos dos clientes e as políticas da organização. Definir o que queremos, planejar o que será feito, estabelecer metas e definir os métodos que permitirão atingir as metas propostas. CICLO PDCA Etapas do ciclo PDCA EXECUÇÃO (D): Implementar os processos. Tomar iniciativa, educar, treinar, implementar, executar o planejado conforme as metas e métodos definidos. CICLO PDCA Etapas do ciclo PDCA AVALIAÇÃO (C): Monitorizar e medir os processos e produtos relativamente às políticas, objetivos e requisitos do produto e reportar os resultados. Verificar os resultados que se está obtendo, verificar continuamente os trabalhos para ver se estão sendo executados conforme planejados. CICLO PDCA Etapas do ciclo PDCA MELHORIA CONTÍNUA (A): Tomar ações para melhorar continuamente o desempenho dos processos. Fazer correções de rotas se for necessário, tomar ações corretivas ou de melhoria, caso tenha sido constatada na fase anterior a necessidade de corrigir ou melhorar processos. CICLO PDCA Método de análise e solução de problemas PDCA FLUXOGRAMA FASE 1 Identificação do problema 2 Observação 3 Análise 4 Plano de Ação P 5 Ação D 6 Verificação C 7 Padronização A 8 Melhoria continua1. IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA • ESCOLHA DO PROBLEMA – Diretrizes da área de trabalho (qualidade,custo,atendimento, moral, segurança) • HISTORICO DO PROBLEMA – Gráficos, fotografias, dados históricos • MOSTRAR PERDAS ATUAIS E GANHOS VIAVEIS – Gráfico perdas x meses do ano • FAZER ANÁLISE DE PARETO • NOMEAR RESPONSÁVEIS CICLO PDCA CICLO PDCA 2. OBSERVAÇÃO • DESCOBERTA DAS CARACTERÍSTICAS DO PROBLEMA ATRAVÉS DA COLETADE DADOS - Análise de Pareto, estratificação, lista de verificação (5W2H), gráfico de Pareto para priorizar • DESCOBERTA DAS CARACTERÍSTICAS DO PROBLEMA ATRAVÉS DE OBSERVAÇÃO NO LOCAL - Análise no local da ocorrência do problema pelas pessoas envolvidas na investigação • CRONOGRAMA, ORÇAMENTO E META CICLO PDCA 3. ANÁLISE • DEFINIÇÃO DAS CAUSAS INFLUENTES - Brainstorming, diagrama de causa-efeito. Por que ocorre o problema? • ESCOLHA DAS CAUSAS MAIS PROVÁVEIS (HIPÓTESES) - Diagrama de causa-efeito • ANÁLISE DAS CAUSAS MAIS PROVÁVEIS(VERIFICAÇÃO DAS HIPÓTESES) - Pareto, diagramas de relação, histogramas e gráficos • HOUVE ALGUMA CONFIRMAÇÃO DE ALGUMA CAUSA MAIS PROVÁVEL? • TESTE DE CONSISTÊNCIADA CAUSA FUNDAMENTAL CICLO PDCA 4. PLANO DE AÇÃO • ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIADE AÇÃO - Discussão com o grupo envolvido • ELABORAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO PARA O BLOQUEIO E REVISÃO DO CRONOGRAMA E ORÇAMENTO FINAL - Brainstorming, 5W2H, cronograma, custos.... CICLO PDCA 5. AÇÃO • TREINAMENTO - Divulgação do plano a todos, reuniões participativas, técnicas de treinamento • EXECUÇÃO DAAÇÃO - Plano e cronograma CICLO PDCA 6. VERIFICAÇÃO • COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS - Pareto, cartas de controle, histogramas • LISTAGEM DOS EFEITOS SECUNDÁRIOS • VERIFICAÇÃO DA CONTINUIDADE DO PROBLEMA - Gráfico sequencial( % de defeitos x meses: dividir em 3 partes: análise, bloqueio,verificação) • O BLOQUEIO FOI EFETIVO? - Buscar os “dragões” CICLO PDCA 7. PADRONIZAÇÃO • ELABORAÇÃO OUALTERAÇÃO DO PADRÃO - Novo procedimento operacional através de ferramentas da qualidade • COMUNICAÇÃO - Comunicados, circulares, reuniões • EDUCAÇÃO E TREINAMENTO - Reunião e palestra, manuais de treinamento • ACOMPANHAMENTO DA UTILIZAÇÃO DO PADRÃO - Verificar o cumprimento do padrão CICLO PDCA 8. CONCLUSÃO • RELAÇÃO DE PROBLEMAS REMANESCENTES - Análise de resultados, demonstrações gráficas • PLANEJAMENTO DO ATAQUE DOS PROBLEMAS REMANESCENTES • REFLEXÃO - Reflexão cuidadosa sobre as próprias atividades da solução de problemas DIAGRAMA DE PARETO DIAGRAMA DE PARETO Analisando a distribuição da renda entre os cidadãos, o economista italiano Vilfredo Pareto concluiu que a maior parte da riqueza pertence a poucas pessoas. Essa mesma conclusão foi depois constatada em outras situações, sendo estabelecida a relação que ficou conhecida como Principio de Pareto ou a relação 20-80. Segundo esse princípio 20% das causas são responsáveis por 80% dos efeitos. DIAGRAMA DE PARETO No campo da qualidade o Dr. Juran aplicou esse princípio demonstrando que alguns poucos fatores são responsáveis pela maioria dos efeitos observados. Estabeleceu assim, um método que permite classificar os problemas da qualidade identificando os poucos problemas que são vitais diferenciando-os dos muitos que são triviais. Esse método foi por ele denominado Análise de Pareto. A forma gráfica ficou conhecida como Gráfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto. DIAGRAMA DE PARETO Definição Abordagem estatística que permite, através de uma representação gráfica específica, a identificação dos aspectos relevantes relacionados à qualidade. DIAGRAMA DE PARETO O gráfico de Pareto é um gráfico de barras verticais que tem como objetivo: – Dividir um problema grande em um grande número de problemas menores – Priorizar os problemas – Otimizar a tomada de decisões O Princípio de Pareto estabelece que os problemas podem ser classificados em duas categorias: os “poucos e vitais” e os “muitos e triviais” DIAGRAMA DE PARETO Princípio de Pareto Os “poucos vitais” representam um pequeno número de problemas, mas que no entanto resultam em grandes perdas para a empresa Os “muitos triviais” são um grande número de problemas que resultam em perdas poucos significativas Logo, identificando-se as “poucas causas vitais” dos “poucos problemas vitais” de uma empresa, é possível focar na solução dessas causas e eliminar quase todas as perdas com um pequeno número de ações DIAGRAMA DE PARETO Aplicações do Gráfico de Pareto Identificação das principais fontes de custo; Identificação das principais causas e efeitos que afetam um processo; Escolha do projeto de melhoria a ser desenvolvido na empresa; Em função do número de não conformidades geradas no processo produtivo; Identificação da distribuição de recursos por projeto; Identificação de áreas prioritárias para investimento; Etc. DIAGRAMA DE PARETO Etapas para elaboração do Gráfico de Pareto Defina o tipo de problema (itens defeituosos, reclamações, acidentes, paradas de produção, etc...) Listar os possíveis fatores de estratificação do problema (tipo de defeito, turno, máquina, operador, etc...) Estabeleça o método e o período de coleta de dados Elabore uma Folha de Verificação apropriada Preencha a F. V. e registre o total de vezes que cada categoria foi observada e o número total de observações DIAGRAMA DE PARETO Etapas para elaboração do Gráfico de Pareto T ipos de Defeitos Q td defe itos % T1 % AC T1 T rinca 4009 36.30354 36.303541 Furos 3635 32.91678 69.220321 Refugo 2305 20.87295 90.093272 Esfare lamento 695 6.29358 96.386851 Altura 399 3.613149 100 Total 11043 100 Produção - Turno 1 Elabore uma planilha de dados, liste as categorias em ordem decrescente de quantidade e calcule os totais acumulados, as percentagens do total geral e as percentagens acumuladas DIAGRAMA DE PARETO Etapas para elaboração do Gráfico de Pareto Calcule a freqüência relativa e acumulada para cada categoria Fr = Número de ocorrência na categoria . 100 Número total de ocorrências Construa o gráfico de colunas Trace dois eixos verticais Lado esquerdo: de 0 até o total da coluna de Qtd de defeitos Lado direito: de 0% a 100% DIAGRAMA DE PARETO Etapas para elaboração do Gráfico de Pareto Divida o eixo horizontal em um número de intervalos igual ao número de categorias Para cada categoria, definida no eixo horizontal, construa uma coluna, com altura proporcional ao seu número de ocorrências. Construa a curva de Pareto marcando os valores acumulados de cada categoria no lado direito da respectiva categoria e ligue os pontos Anote outras informações referente aos dados DIAGRAMA DE PARETO Gráfico de Pareto - Produção T1 0 2000 4000 6000 8000 10000 T r i n c a F u r o s R e f u g o Es f a r e l a m e n t o Al t u r a Tipos de de fe itos Q t d d e f e i t o s 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 F A % Pe ríodo: 10/12/03 à 12/01/04 DIAGRAMA DE PARETO Tipos de Gráficos de Pareto G. P. para Efeitos torna possível a identificação do principal problema enfrentado pela empresa: qualidade, custo, entrega, moral e segurança G. P. para Causas torna possível a identificação das principais causas de um problema: máquinas (equipamentos), matéria-prima (insumo), medições, meio ambiente (condições ambientais), mão-de-obra (pessoas) e métodos (procedimentos). DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO O Diagrama de Causa e Efeito é uma ferramenta utilizadapara apresentar a relação existente entre o as características de qualidade resultantes de um processo (efeito) e os fatores (causas) do processo que, por razões técnicas, possam afetar o resultado considerado. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO Freqüentemente, o efeito de um processo constitui um problema a ser solucionado e então o Diagrama de Causa e Efeito é utilizado para sumarizar as possíveis causas do problema O Diagrama de Causa e Efeito também é chamado de Diagrama de Espinha de Peixe ou Diagrama de Ishikawa DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO Defina a característica de qualidade ou o problema a ser analisado (efeito) Faça um “brainstorming” para levantamento de todas as possíveis causas Identifique as causas primárias que afetam o efeito, classificando-as nas categorias 6M’s: Máquina, Matéria-prima, Mão-de-obra, Meio Ambiente, Medições e Método Identifique as causas secundárias que afetam as primárias Etapas para elaboração do Diagrama de causa e efeito DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO Identifique as causas terciárias que afetam as secundárias Esse procedimento deve continuar até que as possíveis causas estejam suficientemente detalhadas Por consenso, estipule a importância de cada causa e identifique as causas que parecem exercer um efeito mais significativo Registre outras informações, como: título, data, responsáveis Etapas para elaboração do Diagrama de causa e efeito DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO Exemplo Quebra de Gfa Desatenção do ope rador Acúmulo de gfa e queda no encaixotamento Regulagem pa râmetros Rótulos com problemas Queda cxs da empilhadeira Rotulagem de produtos NC Falhas na impressão Fora da grama tura e sp. Fora das espec ificações Encanoados Falhas na arte Gfa chega sem conta -gotas Tipo de adesivo Ocasiona quebra na maq.rot. Velocidade da linha Rolos escovas ruim Um idade muito velhos Excesso de se t up Muito caro para troca frequente Bolhas no rótulo Marcas de pinça Devoluções Abstecimento da máquina Tempera tura Ajuste maq durante se t up Fa lta de MP Retraba lho Quebras Rótulos Meio Ambiente Mão de Obra Matéria Prima Método Máquina Medidas
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