Buscar

SEMANA 10 RESE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL, ESTADO ___
Processo nº: ___
JERUSA, já qualificada nos autos do processo criminal que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado inscrito na OAB, sob o número ____, com endereço profissional _________, cujo instrumento de procuração segue, em anexo, inconformada com a decisão de fls ___, que pronunciou a ré, vem respeitosamente, perante Vossa Excelentíssima, dentro do prazo legal, com fundamento no artigo 581, inciso IV do Código de Processo Penal, interpor 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
Requer seja recebido e processado o recurso, juntando as inclusas razões, dignando-se Vossa Excelência a realizar o Juízo de retratação.
Caso entenda por bem manter a respeitável decisão, requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça.
Termos em que pede deferimento.
Local, dia, mês, ano
Assinatura do Advogado.
OAB/UF
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Recorrente: Jerusa
Recorrido: Ministério Público
Processo nº: _____
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara
A respeitável decisão proferida pelo juízo ___ Vara Criminal da Comarca ___ está em total discordância com os ditames legais, sendo imperiosa a sua reforma, conforme exposição a seguir:
DOS FATOS
A ré conduzia seu veículo, sempre respeitando os limites de velocidade. Ao chegar em uma via de mão dupla decidiu ultrapassar o veículo a sua frente. Ao realizar a ultrapassagem, vem atingir Diogo que pilotava sua motocicleta em alta velocidade no sentido oposto da via. 
Não obstante a presteza no socorro, solicitado pela própria ré e das demais testemunhas, a vítima veio a óbito em virtude dos ferimentos causados pela colisão.
Instaurado o inquérito policial, o parquet decide oferecer a denúncia imputando-lhe a prática do delito de homicídio doloso simples, na modalidade de dolo eventual, disposto do artigo 121 combinado com o artigo 18, inciso I, parte final, ambos do Código Penal.
A denúncia, recebida pelo juiz a quo, que pronunciou a ré acolhendo o argumento do membro do Ministério Público de que a imprevisão da ré acerca do resultado que poderia causar ao não indicar sua manobra de ultrapassagem, além de não se atentar ao trânsito em sentido contrário poderiam resultar em grave acidente.
DO MÉRITO:
Em primeiro lugar, a acusada não agiu com dolo em sua conduta, uma vez que além de diligenciar socorro prestativo à vítima, o acidente ocorreu nestas circunstâncias por imprudência do motociclista que estava em alta velocidade, não sendo previsível ou não tendo assumido o risco de tal fato a acusada, cuja conduta se amolda ao crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, tipificado no art. 302 do CTB, razão pela qual, deve ser desclassificado o crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 caput do CP, para o supracitado crime.
Nesta mesma esteira, não se verifica o dolo na conduta da acusada, pois mesmo que se admita configurar o dolo eventual, este exige além da previsão do resultado, que o agente assuma o risco de ocorrência do mesmo, consoante ao art. 18, I parte final, do CP, que adotou a teoria do consentimento, não encontrando tal hipótese, contudo, suporte na realidade destes autos.
Em segundo lugar, consequentemente à desclassificação de crime acima fundamentada, não é competente para julgar a acusada o Tribunal do Júri, nos termos do art. 74 §1º do CPP, havendo os autos de ser remetidos para juiz de Direito da Vara Criminal, na forma do art. 419 do CPP, que expressamente prevê esta hipótese.
DO PEDIDO:
Ante ao exposto requer:
a) Seja conhecido o presente recurso e suas razões;
b) Seja desclassificado o crime de homicídio doloso, previsto no art. 121 caput do CP, imputado na denúncia à acusada, para o crime de homicídio culposo, previsto no art. 302 do CTB;
c) Seja, consequentemente, os autos remetidos ao competente Juiz de Direito de Vara Criminal da Comarca de ..., para o devido processamento e julgamento do feito, nos termos do art. 419 do CPP c/c art. 74 §1º do CPP.
Termos em que
 pede deferimento.
Local, dia, mês, ano.
Assinatura do Advogado.
OAB/UF

Continue navegando