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RECURSO ORDINÁRIO TRABALHISTA AVA 4

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EXCELENTISSÍMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA 1ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS, ESTADO DE SANTA CATARINA.
PROCESSO Nº 0010101-20.2017.5.12.0001
 
					LOJAS MENSA LTDA, inscrita no CNPJ sob nº 15.155.000/0001-00 com sede na Alameda das Flores, nº 30, Lagoa da Conceição, Florianópolis/SC, CEP 88010-000, doravante simplesmente denominada recorrente, por intermédio de seu advogado, devidamente constituido nos autos da reclamação trabalhista movida por JONAS FAGUNDES, também qualificado n recorrido, vem interpor RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, com fulcro no art. 997, § 2º, da CLT e Sumúla 283 do TST.
					Satisfeitos os mandamentos legais, requer seja o apelo recebido e enviado à apreciação do Tribunal Regional.
					Requer, por fim, a remessa das razões anexas ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.
	
 
Nestes termos,
 Pede deferimento.
Florianópolis, 26 de abril de 2.017
_____________________________
Advogado
OAB
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
PELO RECORRENTE JONAS FAGUNDES
Recorrente: LOJAS MENSA LTDA
Recorrido: JONAS FAGUNDES
Processo nº: 0010101-20.2017.512.0001
Origem: 1ª Vara do Trabalho da Comarca de Florianópolis/SC
E. Tribunal
D. Julgadores
1 - DA TEMPESTIVIDADE
					A recorrente foi intimada para fins de apresentação de contrarrazões ao Recurso Ordinário obreiro em 18/04/2017.
					Dessa forma, o prazo para a interposição do Recurso Ordinário Adesivo se iniciou em 19/04/2017, quarta-feira, e finda em 26/04/2017, razão pela qual é tempestivo.
2 - PRELIMINAR
2.1 CERCEAMENTO DE DEFESA
					A decisão atacada rejeitou os protestos apresentados pela reclamada no que se refere ao indeferimento de oitiva da segunda testemunha durante a audiência de instrução.
					Com a devida vênia, houve cerceamento de defesa.
					Durante a instrução processual a reclamada deverá ter o direito de produzir as provas que entender necessárias, conforme preconiza o princípio do contraditório e da ampla defesa, previstos no art. 5º, inciso LV, da CF/88.
					A decisão de primeiro grau pugna pela inexistência de cerceamento de defesa ao fundamento de que não havia intenção de comprovar qualquer fato diverso daqueles já demonstrados pela testemunha anterior.
					A reclamada Vossa Excelência pretendia demonstrar que o obreiro não tinha razão nas suas colocações, não havendo respaldo legal para o indeferimento da oitiva de testemunha requerida.
					Diante do exposto, configurado o cerceamento de defesa, haja vista a violação ao art. 5º, inciso LV, da CF/88, requer que seja declarada a nulidade da sentença, com a reabertura da instrução processual, a fim de que a reclamada possa ouvir sua segunda testemunha.
					Caso não se entenda pela existência de cerceamento de defesa, o que não se espera, passa-se a analise do mérito.
3 - DO MERITO
3.1 DO VINCÚLO EMPREGATÍCIO
					 A r. sentença julgou o pedido do recorrido e reconheceu a existência da relação de emprego de 01/08/2016 à 02/03/2017, considerando a projeção do aviso prévio de 30 dias, a devida anotação da CTPS com data da baixa em 02/03/2017, nos termos da OJ nº 82, da SDI-I, do TST. Consequentemente a reclamada foi condenada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias: 30 (trinta) dias de aviso prévio, de 7/12 de férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional, 2/12 de décimo terceiro salário proporcional e da multa de 40% sobre o FGTS.
					Determinou, ainda, a entrega das guias CD/SD e o TRCT, no prazo de 05 dias após o trânsito em julgado, com intimação especifica para este fim.
					Com a devida vênia, a decisão merece ser reformada.
					Para que seja declarado o vinculo empregaticio é imperiosa a presença de todos os requisitos elencados no art. 3º, da CLT, ou seja, pessoalidade, onerosidade, subordinação e não eventualidade.
					A simples ausência de um deles e suficiente para acarretar a improcedência do pedido. Todavia, ao longo da instrução processual restou provado que nenhum deles estava presente no caso em comento.
					Ficou provado que o recorrido poderia indicar outra pessoa, de sua confiança, para realizar a montagem na casa dos clientes da recorrente, o que desnatura a pessoalidade. Como se não bastasse, não havia comparecimento pessoal do Recorrente, o que refoça a ausência do citado elemento jurídico.
					A ausência de subordinação também presente no caso em comento, vez que se verifica o fato do obreiro ter a possibilidade de recusar a montagem de móveis, deixando assim clara a autonomia de prestação de serviços. Além disso, no curso da instrução processual apurou-se que foi o reclamante que estipulou o valor a ser cobrado por cada atendimento a cliente da recorrente, fato que, não ocorreu ingererência empresarial neste caso.
					Verifica-se também que seu trabalho não era fiscalizado pela Recorrida, o que reforça a inexistência do mencionado elemento.
					Por fim, merece destacar o fato de que o obreiro também prestava serviços, durante o mesmo período em que laborava em prol da reclamada, para a concorrência, o que reforça os argumentos expendidos anteriormente.
					Diante do exposto, requer a reforma da decisão de primeiro grau, a fim de que seja julgado improcedente o pedido de reconhecimento de vincúlo empregatício, assim como de seus consectários. Consequentemente, improcedentes também as obrigações de fazer consistentes anotações da CTPS e na entrega das guias CD/SD e do TRCT.
3.2 DA MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT
					A sentença deferiu ao trabalhador a multa do art. 477, § 8º, da CLT, ao fundamento de que o vínculo de emprego foi reconhecido judicialmente, devendo ser aplicado o entendimento consubstanciado na Súmula nº 462, do TST.
					Inicialmente a decisão merece reforma, pois a multa prevista no referido artigo, somente é devida quando existe o vínculo empregatício, o que é inexistente no caso sob exame, no qual foi firmado contrato de prestação de serviços, como explicitado no tópico anterior.
					Por cautela, ainda que mantido o reconhecimento do vínculo de emprego, a decisão de primeiro grau merece reforma.
					Embora haja Súmula do Colendo TST indicando a aplicação da referida multa, não há respaldo legal para a manutenção da condenação. Isto porque ela somente pode incidir quando houver atraso no pagamento das verbas rescisórias, nos termos do art. 477, § 6 e § 8º, da CLT.
					No caso em tela há dúvida razoável quanto à existência da relação de emprego, além de não haver base legal para a condenação.
					Assim, requer seja reformada a sentença para que seja julgado improcedente o pedido.
3.3 DA NATUREZA JURÍDICA DOS VALORES PAGOS A TÍTULO DE ALUGUEL DA MOTOCICLETA.
					A sentença declarou como de natureza salarial os valores pagos a título de aluguel da motocicleta e para cobrir os gastos com combustível, manutenção e seguro do veículo, nos seguintes termos:
					No caso em tela é incontroverso o fato 						de existência do pagamento de R$ 						1.500,00 (um mil e quinhentos reais) 						mensais pelo aluguel da motocicleta, 						utilizada para seu deslocamento em 						visita aos clientes. 
					Conforme alegação da reclamada, esta 						quantia também cobria os gastos com 						combustível, manutenção e seguro da 						motocicleta. Entretanto se verifica que o 					valor pago a este título supera a média 						mensal auferida pelo trabalhador que 						era de R$ 2.400,00 (dois mil e 							quatrocentos reais).
					Neste contexto, deve-se aplicar o 							disposto no art. 457, § 2º da CLT, que 						estabelece como de natureza salarial a 						parcela que ultrapassar 50% da 							remuneração obreira, o que aconteceu 						no presente feito.
					Diante do exposto, a reclamada foi 						condenada à integração do valor de R$ 						1.500,00 (um mil e quinhentos reais) ao 						sálario do reclamante, ou seja, os 							reflexos deste valor em aviso prévio, 						férias proporcionais acrescidasde 1/3 						constitucional, décimo terceiro salário 						proporcional e multa de 40% sobre o 						FGTS.
					Conforme salientado em sede de contestação, não deve ser aplicado ao caso sob exame a dicção do art. 457, § 2º, da CLT, ainda que de maneira analógica. Sua previsão no sentido de que tem natureza salarial a ajuda de custo que ultrapassar 50% do salário do trabalhador é relativa, isso é, constitui mera presunção relativa de veracidade.
					Neste contexto, demonstrado no caso concreto que os valores pagos ao trabalhador para cobrir os custos com aluguel e despesa com a motocicleta são razoáveis, deve ser mantida sua natureza indenizatória.
					No caso concreto o pagamento feito pela recorrente no importe e R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) por mês não se destina apenas ao pagamento da locação, mas também para cobrir gastos com combustível, manutenção, seguro e depreciação do veículo.
					Ademais, a motocicleta era necessária para a prestação de serviços, o que afasta seu caráter de contraprestação, isto é, sua natureza salarial. Neste sentido é a jurisprudência:
					RECURSO ORDINÁRIO. 								REMUNERAÇÃO. ALUGUEL DE 							VEÍCULO. NATUREZA NÃO 							SALARIAL. NATUREZA DE AJUDA DE 						CUSTO NÃO COMPROVADA. NÃO 						INTEGRAÇÃO. CONTRAPRESTAÇÃO 						AJUSTADA. SÁLARIO MÍNIMO. 							MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
					In casu, a prova da alegação de que os 					valores relativos pelo Autor quando da 						entrega de mercadorias detinham a 						natureza jurídica salarial, e não de 						pagamento de locação de motocicleta 						de sua propriedade, da qual fazia uso 						para exercer a atividade de motoboy, 						coube ao Autor, a teor do artigo 818, da 					CLT, que deste encargo não se 							desvencilhou a contento, na medida em 					que não comprovou que tais importes 						consistiam um plus salarial, pelo 							trabalho desenvolvido, revelando-se, 						outrossim, consistente a tese Defensiva 					de que os valores percebidos pelo Autor 					consistia em pagamento de aluguel de 						moto de sua propriedade, instrumento 						necessário para a prestação de serviço 						do Empregado, que servia para o 							trabalho, e não pelo trabalho. (TRT 20ª 						Região, processo nº 									00006550-72.2012.5.20.0007, 							publicado no DEJT de 24/07/2017).
 
					A recorrente, portanto, requer a reforma da sentença, a fim de que os pagamentos feitos a título de aluguel da motocicleta e para cobrir os gastos com combustível, manutenção e seguro do veículo, sejam considerados como de natureza indenizatória.
4 - DO PEDIDO
					Diante do exposto, requer seja dado provimento ao Recurso Ordinário Adesivo, nos termos da fundamentação supra.
Nestes termos,
pede deferimento
Florianópolis, 26 de abril de 2.107
__________________________
Nome advogado/OAB

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