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apelação pratica 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DO MUNICÍPIO ...
Processo ...
BRAD NORONHA, já qualificado nos autos do Processo em referência, que lhe move o Ministério Público, por seu advogado regularmente constituído conforme procuração de fls ..., vem à presença de V.Exa., para, inconformado com a sentença condenatória proferida, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, o que faz tempestivamente, com fundamento no artigo 593, I do Código de Processo Penal. 
Requer, assim, que após recebida, com as razões anexas, ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do ..., onde deverá ser processado o presente recurso e, ao final, provido.
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL ..., 31 de março de 2017.
ADVOGADO ...
OAB ...
Razões de recurso de apelação
Recorrente: Nome.
Recorrida: Justiça Pública.
Processo n.: ….
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria de Justiça,
A respeitável decisão proferida pelo Meritíssimo Juiz de Direito da 1º Vara Criminal da Comarca … está em total discordância com os ditames legais, sendo imperiosa a sua reforma, conforme exposição a seguir:
DOS FATOS
O Apelante foi condenado como incurso nas penas do artigo 157, parágrafo segundo, inciso I do Código Penal – roubo pelo emprego de arma – à pena de reclusão de 8 (oito) anos e 6 (seis) meses, a ser cumprida, inicialmente, no regime fechado.
Conforme o descrito nos autos, o Apelante, durante o Inquérito Policial teria sido reconhecido pela vítima, através de um procedimento de reconhecimento visual, por um pequeno orifício, da sala onde se encontrava o Apelante. Durante a instrução criminal, a vítima não confirmou ter escutado disparos de arma de fogo, tampouco as testemunhas ouvidas confirmaram os tiros, embora afirmassem que o autor era portador de uma arma.
A arma supracitada não foi apreendida, ainda, não houve qualquer perícia. Ouvidos em juízo os policiais, afirmaram que ao ouvirem gritos de ‘pega ladrão’, perseguiram o acusado. Relatando que durante a perseguição o acusado f oi apontado por transeuntes que viram o acusado jogando algo no córrego próximo, imaginando assim ser uma arma. Durante interrogatório, o acusado, ora Apelante, exerceu o seu direito de ficar em silêncio, tendo o juízo ‘a quo’ considerado, para a condenação e fixação da pena, tão somente os depoimentos das testemunhas e o reconhecimento feito pela vítima em sede policial.
DO DIREITO
DA PRELIMINAR:
Destaque-se, inicialmente, que a inobservância do disposto no artigo 226, II, do Código de Processo Penal, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e, por isso mesmo, impõe se reconheça a nulidade processual, nos termos do artigo 564, IV do CPP.
DO MÉRITO:
Evidentemente, observando os autos, merece o Apelante ser absolvido da imputação que lhe é feita através da denúncia. Não há qualquer prova de ter o acusado, ora Apelante, concorrido para a prática do crime de roubo, eis que não comprovada a autoria.
A vítima reconheceu o acusado, ora Apelante, em procedimento totalmente impróprio e inadequado, já que ‘espiou’ por um pequeno orifício de porta em direção a sala onde se encontrava o réu. Assim procedendo, não observou a autoridade as condições impostas pela legislação penal para o reconhecimento de pessoas, expressamente dispostas no artigo 226, II do Código de Processo Penal. Assim, procedendo, incorreu, inclusive, em prova ilícita, contrariando, também, o contido no artigo 157 do CPP.
Além disso, há apontada nulidade, conforme explicitado em preliminar, já que o acusado deveria ter sido colocado em sala própria, ao lado de outras pessoas, a fim de que pudesse ser, verdadeiramente, identificado pela vítima. Assim, não há como se sustentar esteja provada a autoria, impondo- se, não reconhecida a nulidade, a absolvição, por ausência de prova da autoria. 
 Assim, se tivesse sido o agente autor de algum delito, esse não poderia ser de roubo majorado pelo emprego de arma. Não poderia, sequer, ser considerado crime de roubo, eis que não há prova, nos autos, do emprego de violência ou grave ameaça contra pessoa. Assim, se alguma condenação deva pesar sobre o ora Apelante, essa deverá se constituir pela prática de furto, mas não de roubo. 
 
Pelo mérito discutido segue jurisprudência:
ProcessoAPR 10024121749972001 MG
Orgão JulgadorCâmaras Criminais / 1ª CÂMARA CRIMINAL
Publicação30/05/2014
Julgamento20 de Maio de 2014
RelatorFlávio Leite
Ementa
APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA - NEGATIVA DA AUTORIA - ABSOLVIÇÃO POR AUSÊNCIA DE PROVA - NECESSIDADE - AUTORIA NÃO COMPROVADA DE MANEIRA SEGURA - DEPOIMENTOS CONTRADITÓRIOS - AUSÊNCIA DE PROVA JUDICIALIZADA - IN DUBIO PRO REO - ABSOLVIÇÃO LANÇADA - RECURSO PROVIDO. - Se não há certeza absoluta de que o réu cometeu o crime pelo qual restou condenado, a absolvição é imperativa, principalmente se não houver prova judicializada e se os únicos depoimentos dos autos são contraditórios entre si. - Apelo provido. V.V. APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE ARMA - RECURSO DEFENSIVO - ABSOLVIÇÃO - NÃO CABIMENTO - AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS - PALAVRA DAS VÍTIMAS CREDIBILIDADE - GRAVE AMEAÇA E VIOLÊNCIA COMPROVADAS - ABSOLVIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE.
III. DO PEDIDO
Ante o exposto, o Apelante requer que seja conhecida e provida a apelação proferida. Para assim requerer o que segue:
A – Que decretar a absolvição do Apelante, com fulcro no artigo 386, V do Código de Processo Penal, uma vez que não está provada tenha o acusado concorrido para prática de infração penal.
B – Em caso de não ser reconhecida a absolvição, requer que seja declarada nula a decisão condenatória, eis que não observadas as condições impostas para o reconhecimento de pessoas, existindo omissão quanto a formalidade essencial do ato, de acordo com o previsto no artigo 226, II do CPP e artigo 564, IV do mesmo diploma legal.
C – Caso não haja convencimento quanto à absolvição ou à nulidade, seja o acusado, ora Apelante, beneficiado pelo princípio do in dúbio pro reo, a fim de vê-lo, no máximo, condenado por crime de furto.
Nestes termos,
Pede deferimento.
LOCAL..., 31 de março de 2017.
ADVOGADO...
OAB...

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