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O educador Paulo Freire afirma que conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode conhecer.
Aprendizagem pode ser definida como um ato de conhecimento pelo qual assimilamos mentalmente os fatos = ATO. Pode ser definida também como a relação cognitiva entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Casual ou organizada. Espontânea ou com finalidade previamente definida. A última ocorre na escola (principalmente) devido à existência de condições específicas – planejamento de situações e sistematização. Enfim, através de atividades de ensino.
É um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e mental orientados. A produção da aprendizagem faz parte dos objetivos do ensino. Como resultado, serão esperadas modificações na atividade externa e interna do indivíduo e nas suas relações com o ambiente físico e social, pois é possível aprender conhecimentos, habilidades, hábitos, atitudes e valores.
A aprendizagem efetiva precisa da ação externa ou de um estímulo externo(ENSINO). Pode ser chamada de ASSIMILAÇÃO ATIVA.
A aprendizagem efetiva possui dois níveis:
O primeiro é sensorial e contém a formação dos hábitos como, por exemplo, agarrar objetos, distinguir cores...       
O segundo é responsável pelo conhecimento das operações mentais e aquisição da linguagem.   
Nos seres vivos, o primeiro momento desse processo é a PERCEPÇÃO, seguida de atividade mental de ANÁLISE, SÍNTESE e FORMAÇÃO DE IDEIAS. O último momento constitui a atividade prática e propriamente dita. A ação deve ser vista como um todo existente em todos os momentos do desenvolvimento humano.
A assimilação ativa  pode ser explicada como sendo a percepção, compreensão, reflexão e aplicação que se desenvolve com os meios intelectuais do aluno.
O processo de ensino pode ser caracterizado pelo desenvolvimento progressivo das capacidades intelectuais dos alunos em direção ao domínio dos conhecimentos e habilidades e a sua aplicação.
Visa alcançar resultados conforme mencionado. Obedece a uma direção, orienta-se por objetivos definidos, intencionalidade e sistematização. Tem como principal função a disseminação do saber escolar (LiBANEO,1991).
A importância de tais questões pode ser localizada no trabalho do professor na sala de aula. Na tarefa de selecionar os conteúdos que serão ensinados, refletir sobre a metodologia, as dificuldades de aprendizagem, as práticas avaliativas, o professor está enfrentando questões epistemológicas. Elas precisam ser pensadas a fim de fortalecerem o fazer pedagógico, crítico e dialógico.
O ato de conhecer é uma relação estabelecida entre a consciência (que conhece) e o objeto (a ser conhecido). Tal relação origina o produto. O produto é o saber acumulado/adquirido.
Refletir sobre o ato de conhecer remete à análise do papel da escola e a tarefa de transmissão desse conhecimento e certamente à proposta de escola do futuro, reinventada, colaborativa. Coube às teorias do conhecimento, um ramo da filosofia, questionar as relações entre o sujeito que aprende e o objeto conhecido (ARANHA,1996:128).
As teorias do conhecimento derivam de duas correntes ou posturas diante da questão da aprendizagem – o racionalismo e o empirismo. A primeira, o INATISMO ou APRIORISMO pode ser verificada desde a Antiguidade. Na Grécia Antiga, Sócrates acreditava que os indivíduos possuíam conhecimento ou ideias inatas, bastaria estimular, questionar as posições ou opiniões desses indivíduos para favorecer o processo de iluminação interna ou dar à luz às ideias ou crenças.
No entanto, porém foi com Descartes (1596-1650) que tal postura recebe destaque dentre o cenário intelectual na Europa Renascentista (XVI-XVII), marcando a passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
A segunda surgiu na Idade Moderna com John Locke (1632-1704) como resposta às indagações sobre o problema em torno do ato de conhecer. Em linhas gerais, o Inatismo (apriorismo) privilegia o sujeito na relação sujeito-objeto. A crença principal estaria no fato de que o conhecimento nasce com o sujeito e sendo anterior à experiência sensível. O Empirismo afirma, ao contrário, que o indivíduo seria uma tábula rasa. Assim, o conhecimento somente começaria após a experiência. O privilégio, então, nessa postura, passa a ser o objeto na relação sujeito-objeto.
Na Contemporaneidade, surgiu uma terceira teoria baseada nas relações estabelecidas em sala de aula – INTERACIONISMO – entre professores e alunos. Derivada das contribuições (formada pelas teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon sobre aprendizagem) ou CONSTRUTIVISMO, acredita que o conhecimento ocorreria através de um processo de interação entre o sujeito e o objeto mediado pela ação.
Na sala de aula apoiada na Pedagogia Relacional(ou Construtivista), os alunos não devem ser repetidores de conteúdos. Ao contrário, devem ser instigados a agir sobre as situações-problema oferecidas pelo professor. Um ambiente estimulador da aprendizagem deve ser organizado, tendo a realidade em torno da escola como elemento mediador. Enfim, a cultura!
O resultado dessa sala de aula é a construção/desconstrução do novo, através de uma atitude de busca e de coragem que ela exige(BECKER, 2001:28).
O currículo escolar deve responder a tais perguntas e mais, esclarecer sobre a fundamentação teórica necessária, os objetivos de aprendizagens, conteúdos e estratégias didáticas e possíveis atividades. Segundo César Coll, em seu livro Aprendizagem escolar e Construção do conhecimento, o currículo escolar é um instrumento que deve levar em conta as diversas possibilidades de aprendizagem não só no que concerne à seleção de metas e conteúdos, mas também na maneira de planejar as atividades.
O documento necessita ser revisado para acompanhar os anseios da sociedade. O mesmo deve conter um conjunto de orientações que nortearão a educação do País, do ensino e de cada professor. Com elas, é possível avaliar os rumos tomados diante da necessidade de cumprimento de metas e objetivos definidos pelos educadores e pela política educacional nacional.
A LDB9394/96 e os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) são os documentos que devem ser usados como base para as escolas, os municípios (SMEs) e os estados (SEEs) na montagem das matrizes curriculares a serem usadas no Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Os PCNs constituem um referencial de qualidade para a educação no Ensino Fundamental em todo País. Sua função é orientar e garantir a coerência dos investimentos no sistema educacional, socializando discussões, pesquisas e recomendações, subsidiando a participação de técnicos e professores brasileiros, principalmente daqueles que se encontram mais isolados, com menor contato com a produção pedagógica atual (BRASIL/MEC/SEF, PCNs: Introdução,1998:13).
Devido à sua natureza aberta, os PCNs configuram uma proposta flexível, a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre programas de transformação da realidade empreendidos pelas autoridades governamentais, escolas e professores. Com isso, não formam um modelo homogêneo e impositivo, que se sobreponha à competência político-executiva dos Estados e Municípios e nem à diversidade sociocultural das regiões do País.
Em 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial de Educação pra Todos, em Jomtien, na Tailândia, convocada pela UNESCO, UNICEF, PNUD e Banco Mundial. Dessa conferência, resultaram posições quanto à luta pela satisfação das necessidades básicas de aprendizagem para todos, capazes de tornar universal a educação fundamental, e de ampliar as oportunidades de aprendizagem para todos: crianças, jovens e adultos.
Diante do quadro da educação no Brasil naquela época e dos compromissos assumidos internacionalmente, o MEC coordenou a elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos (1993-2003), concebido como um conjunto de diretrizes políticas em contínuo processo de negociação, voltado para a recuperação da escola fundamental, com o compromisso da equidade com a qualidade, comotambém com a constante avaliação dos sistemas escolares, visando aprimoramento.
O referido Plano em consonância com a Constituição de 1988 afirma a necessidade e a obrigação de o Estado elaborar parâmetros claros no campo curricular capazes de orientar as ações educativas do ensino obrigatório de forma a adequá-los aos ideais democráticos e à busca de melhoria da qualidade do ensino nas escolas brasileiras.
A nova LDB9394/96 consolida e amplia, nessa direção, o dever do poder público com a educação geral e em particular com o ensino fundamental. A lei reforça a necessidade de propiciar a todos a formação básica comum, o que pressupõe um conjunto de diretrizes capaz de nortear os currículos e seus conteúdos mínimos, incumbência que é remetida para a União (art.9) conforme a nova LDB.
Os PCNs foram elaborados dentro de um conjunto de políticas ordenadas que objetivavam dar sustentação à reforma da educação brasileira, empreendida pelo MEC na década de 90. A publicação dos PCNs iniciou em 1998, composto por 20 volumes, perdurando até 2008: Língua Portuguesa, Matemática Ciências Naturais, História, Geografia, Educação Física e Arte. A novidade está nos volumes contendo temas transversais, abrangendo: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual. São assuntos que ajudam a escola a cumprir o papel de formar  alunos-cidadãos. Posteriormente, em 2002, as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Especial foram publicadas.
Elas foram editadas com o intuito de se tornarem um elemento norteador para a elaboração das propostas pedagógicas das escolas, para a realização e programação de atividades de ensino e aprendizagem nas salas de aula e para adaptação de currículos pelas Secretarias de Educação de estados e municípios.
O MEC buscou amparo na Constituição Federal de 1988 e na LDB 9394/96 para a produção dos PCNs. O documento aponta em seu texto conteúdos e capacidades a serem adquiridos pelos alunos ao final do ensino fundamental, resguardando o papel da escola e dos professores. Os conteúdos a serem ensinados/aprendidos em cada área intencionam conciliar informação com formação de atitudes. Tanto que os documentos de cada uma das áreas são iniciados com uma espécie de justificativa da importância daqueles conteúdos para a formação da cidadania e seu exercício.
A escola é um lugar criado pela civilização moderna para que todos aprendam conhecimentos acumulados anteriormente e deem sentido para isso. A aprendizagem é um direito para todos. Na sala de aula, para que as expectativas de aprendizagem aconteçam de modo qualitativo, é essencial para o professor dominar os conteúdos e saber como trabalhar cada um deles através de estratégias e situações didáticas baseadas na contribuição da Didática e Prática de Ensino que buscam os modos mais eficazes de ajudar as turmas a compreenderem os conteúdos.
O currículo precisa encaminhar o aluno rumo à aprendizagem e também a uma postura de aprendizagem. É importante que ele desenvolva habilidades de leitura, escrita, interpretação, estudo e pesquisa. A prática dos professores deve pressupor uma concepção de ensino e de aprendizagem que oriente sua compreensão dos papéis de professor e aluno, metodologia, função social da escola e dos conteúdos a serem trabalhados. Isso faz com que os pressupostos pedagógicos sejam explicitados uma vez que são inerentes à atividade docente que carece de uma reflexão sobre seus principais aspectos.
Os professores, em seu ofício, pressupõem uma concepção de ensino e aprendizagem que determina sua compreensão da função social da escola e dos conteúdos a serem trabalhados. As práticas de ensino são constituídas a partir das concepções educativas e metodológicas que permearam a formação educacional e o percurso profissional dos professores. Podem ser incluídas nesse contexto as suas experiências de vida, as ideologias e as tendências pedagógicas.
A orientação proposta nos PCNs reconhece a importância da participação construtiva do aluno e da intervenção do professor para a aprendizagem de conteúdos específicos que favoreçam o desenvolvimento das capacidades necessárias à formação do indivíduo.
Os PCNs adotam como eixo o desenvolvimento de capacidades do aluno, processo em que os conteúdos curriculares atuam não como fins em si mesmos, mas como meios para a aquisição  e desenvolvimento  dessas capacidades.

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