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TEORIA DA PENA Finalidade: relacionado ao motivo (pq aplicar a pena) Brasil: 03 motivos Retribuição do mal causado Prevenção geral (+ violência, redução / - crime não compensa) Prevenção especial (+ validade da lei / - reincidência) Fundamento: objetivo da pena Preventivo Retributivo Reparatório Ressocialização Princípios Pessoalidade: pena não pode ultrapassar a pessoa do réu MORTE Divida de valor: cessa Reparação de dano: limite da herança Legalidade: lei anterior ao fato (lex praevia) Vedada analogia Vedado costumes p/ criar leis e penas Humanização: vedadas penas cruéis (morte, salvo guerra) Vedado amputação/ dano físico PENAS PPL pena privativa de liberdade PRD pena restritiva de direito MULTA PPL ESPÉCIES Reclusão Detenção Prisão simples (contravenção) REGIMES Fechado Semiaberto Aberto Detenção: início regime semi ou aberto pode ir para o fechado em caso de regressão Pais reclusão: perda do poder familiar Pais detenção: não há a perda Reclusão cabe interceptação Detenção não cabe – prova nula – arvore dos frutos envenenados REGIME FECHADO Presidio de segurança máxima Pena superior a 8 anos REGIME SEMIABERTO Colônia penal agrícola Pena superior a 4 anos e inferior a 8 anos REGIME ABERTO Substitui por PRD / domiciliar Pena inferior a 4 anos DIFERENÇAS Grampo: entre 2 pessoas – ilegal Escuta: conversa minha – direito meu Interceptação: entre 2 pessoas – autorização judicial REGRA DOS CRIMES Reclusão: se reincidente começa no regime fechado Sumula 269 – admitido semi ao reincidente condenado a pena = ou – de 4 anos desde que o 59 CP seja favorável (4ou + favorável) REINCIDENTE: tem um TJ para trás e pratica novo ato infracional, quando é condenado pelo novo ato é reincidente. MAUS ANTECEDENTES: ter um TJ Apenado com DETENÇÃO: JAMAIS inicia no fechado PROGRESSÃO Regime inglês 1º isolamento 2º trabalho 3º liberdade Requisitos Objetivo: cumprir 1/6 de pena Subjetivo: bom comportamento PROGRESSÃO POR SALTOS É VEDADA Crimes hediondos ou equiparados Réu primário: cumprir 2/5 Reincidente: cumprir 3/5 REGRESSÃO Requisitos: Falta grave Crime doloso Condenação superveniente que eleva a pena para ser cumprida em outro regime Quando não cumpre a PRD aplica PPL REGRESSÃO POR SALTOS É POSSIVEL AUTORIZAÇÃO DE SAIDA Permissão: fechado e semi – mediante escolta – morte, doença grave, tratamento medico Saída temporária: semi – sem vigilância – visita a família, curso profissionalizante, atividades que promovam o convívio social. Requisitos Bom comportamento 1/6 primario ¼ reincidente Compatibilidade com o objetivo da pena REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO Pratica de crime doloso quando cumpre pena e potencialidade de subverter a ordem; Provas que o preso é de alto risco para a ordem; Organização criminosa. Consequência Cela individual Visita semana de 2 pessoas por 2hrs. REGIME SEMI ABERTO Cumprimento de pena em colônia ou similar; Sujeito ao trabalho, podendo ser externo; Exame criminológico facultativo. REGIME ABERTO Autodisciplina e senso de responsabilidade Casa de albergado em centro urbano, se não existir → prisão domiciliar com restrições REMISSÃO DA PENA Desconto da PPL pelo trabalho ou estudo Trabalho: 3 dias= 1 dia pena Mínimo de 6 hrs e máximo de 8 hrs diárias Estudo: 12h frequência= 1 dia pena Pode dividir em até 3 dias PODE CUMULAR OS DOIS Caso de falta grave: perde até 1/3 dos dias remidos DETRAÇÃO Tempo de pena provisória computado na pena definitiva Condenado a 16 anos na sentença definitiva, já cumpriu 03 anos enquanto aguardava julgamento: cumpre os 13 que faltam apenas PENAS PRIVATIVAS DE DIREITO Penas alternativas à PPL quando crime doloso sem violência a pessoa com pena final menor que 04 anos. Substutividade: não aplicada de forma direta, 1º a PPL e depois substitui pela PRD Autonomia: não é acessória, não pode ser aplicada cumulativamente com a PPL – HÁ EXCEÇÕES Precariedade: pode ser reconvertida em PPL quando não cumprida ESPECIES Prestação pecuniária Perda de bens e valores Prestação de serviços à comunidade Interdição de direitos Limitação de final de semana Requisitos objetivos Sem violência a pessoa (violência física e narcótico) JECRIM substitui mesmo com violência /crime culposo SEMPRE substitui 2. inferior a 4 anos Requisitos subjetivos 1. Não reincidente em crime doloso EXCEÇÃO: socialmente adequada a PRD Não reincidente especifico PRINCIPIO DA SUFICIÊNCIA Artigo 59 CP deve ser suficiente Crimes hediondos: PODE substituir Tráfico de drogas: PODE substituir Violência a mulher: NÃO SUBSTITUI em nenhuma hipótese Substituição ocorre na sentença Só substitui quando cumpridos os req. obj. e sub. = OU – de 1 ano → substitui por MULTA ou 1 PRD + 1 ano → substitui por 1 PRD + MULTA ou 2 PRD PRESTAÇÃO PECUNIARIA Pagamento em dinheiro para a vítima ou descendente OU entidade pública/privada com destinação social 1 salário mínimo até 360 salários PP até no limite da herança ≠ de multa PERDA DE BENS E VALORES Em favor do FUPEN Patrimônio licito Exigível dano a vitima PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A COMUNIDADE OU ENTIDADES PUBLICAS Tarefas gratuitas Somente aplicado a PPL + 06 meses Dependem da aptidão do condenado 1h por dia de condenação Não pode prejudicar jornada de trabalho Igrejas – VEDADO pois o estado é laico Constrangimento ou natureza vexatória – VEDADO INTERDIÇÃO TEMPORARIA DE DIREITOS Taxativo Proibição do exercício do cargo – crime contra adm. publica ou crime comum que se relacione ao cargo. Proibição exercício profissão – medico / medicina Autorização ou habilitação para dirigir Frequentar determinado lugar – briga de bar Concurso público – fraude em certame de interesse público. LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA Sábado e domingo: 5 horas diárias em casa de albergado ou estabelecimento adequado. APLICAÇÃO DA PENA Código Penal adota o sistema trifásico de aplicação da pena, formulado por Nelson Hungria. 1ª fase: fase judicial / circunstancias judiciais Ponto de partida: pena mínima + art 59 CP = PENA BASE 2ª fase: fase legal / circunstancias legais Ponto de partida: pena base + art 61,62 e 65,66 CP = PENA PROVISÓRIA 3ª fase: CAP e CDP Ponto de partida: pena provisória + fração taxativa CP = PENA DEFINITIVA Artigo 61 e 62: agravante Artigo 65 e 66: atenuante CAP: causas de aumento de pena (majorante) CDP: causas de diminuição de pena (minorante) Qualificadoras são aplicadas na 1ª fase É possível ir além do máximo ou a quem do mínimo legal? 1ª fase: NÃO, sem exceção 2ª fase: NÃO, prevalece o entendimento quase pacifico de que na 2ª fase o juiz tbm é obrigado a se ater a um mínimo e um máximo 3ª fase: SIM 1ª FASE busca-se a pena base I- A pena mínima no CP; a pena mínima é o ponto de partida. II- Analisar as 08 circunstancias do artigo 59 CP ARTIGO 59 CP Culpabilidade: juízo de reprovação feito pelo magistrado, exigência e reprovação. “Era exigível do réu uma conduta diversa? Sim! Culpável”. Se o réu tiver pouca ou nenhuma culpabilidade o elemento da culpabilidade é NEUTO/ POSITIVO (em favor do réu). Muita culpabilidade elemento torna-se NEGATIVO: prejudica o réu. AUMENTA 1/6 da pena. Antecedentes: maus antecedentes, depois do transito em julgado, torna-se um elemento NEGATIVO, na aplicação da pena. Bons antecedentes tornam o elemento POSITIVO. AUMENTA 1/6 da pena. Conduta social: é a analise comportamental do agente, sujeito ativo. Levando em conta a vida em família, trabalho ou escola. Ou seja, é o estilo de vida do réu, levando em conta esses pressupostos. Pode ser NEGATIVA (ter histórico de violência contra a mulher) ou POSITIVA. AUMENTA 1/6 da pena. Personalidade do réu: perfil subjetivo do réu levando em conta os aspectos morais e psicológicos, procurando o juiz responder a seguinte pergunta: “este réu tem a personalidade voltada para a pratica de crimes? ” Critério completamente subjetivo, serápositivo ou negativo a critério do juiz. Motivos do crime: são as razões que antecedem o delito, razões de ordem psicológica. “Porque o agente praticou o crime? ” Motivos fúteis ou redundantes podem AUMENTAR a pena base. Circunstancias do crime: dizem respeito ao modus operandi do delito, isto é, seu modo de execução. Ex.: instrumentos empregados, local, condição de tempo e o comportamento do sujeito para com os familiares da vítima. Pode tornar-se NEGATIVO pela interpretação do juiz. Consequências do crime: dimensão do dano causado a vítima ou aos seus familiares e também a sociedade. Muitos danos: juiz pode AUMENTAR a pena base. Comportamento da vítima: elemento ligado a vitimologia, isto é, ao estudo feito pelo juiz no caso concreto, levando em conta a contribuição da vítima para a infração penal. Contribuição/ colaboração da vítima deve ser um comportamento concreto: “vítima colaborou para o crime acontecer? “. Se POSITIVO, favorece o réu. 2ª FASE: preponderantes Menoridade: maior de 18 anos e menor de 21 anos (da data do fato) Senilidade: maior de 70 anos (da data da sentença) Reincidência: qqr atenuante, exceto as supracitadas, prevalece a reincidência Artigo 67 CP: no concurso da agravante/atenuante deve preponderar a personalidade do réu e os motivos do crime. (Responderá sobre qqr outro, exceto os itens 1,1,2) Todas acabam se compensando. 3ª FASE: CAP e CDP Se houver concurso de majorante ou minorante oq fazer? Usa 1 para majorar e outra para o artigo 59 CP SURSIS CONCEITO: é a suspensão condicional da execução da pena (PPL), ou seja, a PPl não superior a 02 anos que não possa ser substituída por PRD, pode ser suspensa por 02 a 04 anos. ESPÉCIES Simples: requisitos objetivos 1º não cabe PRD 2º PPL não superior a 2 anos 3º condenado não reparou o dano Requisitos subjetivos 1º condenado não é reincidente em crime doloso 2º artigo 59 CP favorável – princípio da suficiência OBRIGAÇÕES No 1º ano deve prestar serviços à comunidade ou se submeter a limitação do final de semana e no 2º ano não praticar infração penal. Especial: semelhante ao simples, entretanto, o condenado repara o dano. OBRIGAÇÕES Não se sujeita a limitação do final de semana e nem a serviços à comunidade, entretanto, fica proibido de frequentar determinados lugares, de ausentar-se da comarca e comparecer 1x por mês em juízo para informar suas atividades. Etário: o condenado é maior de 70 anos e a pena não é superior a 04 anos. Não tem obrigações. Período de prova é de 04 anos. Humanitário: não tem requisitos. Relacionado a questão de saúde. ******* No sursis a obrigação é imposta pelo juiz da sentença e a fiscalização fica por conta do juiz da execução. ********* PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA Pode ocorrer na pretensão de punir – PPP – artigo 109 CP Propriamente dita (PPPP): analisa-se coma pena em abstrato Retroativa (PPPR): analisa a pena em concreto Superveniente ou Intercorrente (PPPS/I): analisa a pena em concreto Pode ocorrer na pretensão de executar a pena – PPE a análise da prescrição, obrigatoriamente, deve ser feita na seguinte sequência: primeiro analisa-se a PPPP, caso não tenha ocorrido deve-se analisar quando ocorreu o fato. Se antes de 06/05/10 ou se depois desta data; após isto analisa-se a PPPR, caso a retroativa não tenha ocorrido analisa-se a PPPS/I e, somente se a superveniente não tiver ocorrido é que se pode analisar a prescrição da punição executória. Antes de 06/05/10 existia PPPR entre a data da consumação do fato e a data do oferecimento da denúncia; depois desta data só existe entre a data do oferecimento da denúncia e a data da publicação da sentença penal condenatória. PENA EM ABSTRATO PEGA A PENA MAXIMA DO TIPO PENAL. Pena máxima em abstrato é aquela do CP submetida a tabela do artigo 109. Efeitos da PPP Apagam todos os efeitos penais e extrapenais. O réu menor de 21 anos e maior de 70 anos tem o prazo contado pela metade. Efeitos da PPE Sempre em concreto Não apaga nenhum efeito, exceto a possibilidade de executar a pena. Se o réu for menor de 21 anos e maior de 70 anos prazo conta pela metade. Início da contagem do prazo Data da consumação do fato No caso de tentativa de crime o prazo se inicia da data do último ato de execução No caso de crime permanente começa a contar da data que cessar a permanência No caso de crimes contra a dignidade sexual de menores de 18 anos o prazo se inicia da data em que a vítima completar 18 anos.
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