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DESAFIO PROFISSIONAL EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO EAD MARÍLIA
CURSO: PEDAGOGIA 
Disciplinas norteadoras: Educação Inclusiva, Didática do Ensino de Ciências, Didática do Ensino de Matemática, Educação em Ambientes Não Escolares, Projeto de Extensão à Comunidade.
GRAZIELE PRISCILA MARQUES
RA 2753595805
O MUNDO ATRAVÉS DO “OLHAR” DE UM DEFICIENTE VISUAL
NOME DO TUTOR A DISTÂNCIA: Laís Moraes Ossuna
MARÍLIA/SP
01/05/2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................
DESENVOLVIMENTO........................................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... ...............
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................
INTRODUÇÃO
 Vivenciamos um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. Sabemos que a legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. 
 Por outro lado, é importante ressaltar que não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que o aluno com necessidades educacionais especiais tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades. Desta forma, é necessário e urgente, que os sistemas de ensino se organizem para que além de assegurar essas matrículas, assegurem também a permanência de todos os alunos, sem perder de vista a intencionalidade pedagógica e a qualidade do ensino.
 Considerando que os fundamentos teórico-metodológicos da Educação Inclusiva, baseiam-se numa concepção de educação de qualidade para todos e no respeito à diversidade dos educandos, é imprescindível uma participação mais qualificada dos educadores para o avanço desta importante reforma educacional, para o atendimento das necessidades educativas de todos os alunos, com ou sem deficiências. Infelizmente, o despreparo dos professores figura entre os obstáculos mais citados para a educação inclusiva.
 No que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para quem dele necessitar, a atual Política Nacional de Educação Especial aponta para uma definição de prioridades e define como aluno portador de necessidades especiais aquele que apresenta necessidades específicas de aprendizagens curriculares, diferenciadas dos demais alunos e que requeiram recursos pedagógicos e metodologias específicas, sendo assim classificados: alunos com deficiência; alunos com condutas típicas e alunos com superdotação/altas habilidades.
 Na educação inclusiva, uma escola deve se preparar para enfrentar o desafio de oferecer uma educação com qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa escola, apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio da escola hoje é trabalhar com essa diversidade na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino e aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter segregacionista, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos. É um grande desafio, fazer com que a Inclusão ocorra, sem perdermos de vista que além das oportunidades, é preciso garantir o avanço na aprendizagem, bem como, no desenvolvimento integral do indivíduo com necessidades educacionais especiais.
DESENVOLVIMENTO
 Mesmo com todos esses problemas que preocupam a nós professores, este estudo proporcionou um melhor entendimento de como trabalhar os conteúdos matemáticos com educandos cegos, fazendo a utilização de materiais adaptados ou já utilizados em salas de apoio e conhecer um pouco mais sobre a diferença entre a pessoa cega e a que possui deficiência visual, trazendo assim mais conhecimentos e idéias para uma real integração e aprendizagem de todos os alunos e, o mais importante, melhorar a relação entre professor e aluno.
 As atividades propostas foram adaptadas e apresentadas de formas lúdicas estimulando a participação e a integração de todos os alunos. O professor se preocupou em integrar todos os alunos, em cada matéria trabalhada, sempre conscientizando os alunos sobre a necessidade de atitudes inclusivas em sua prática educacional nas quais a diversidade tem grande valor para o crescimento e o desenvolvimento da sociedade em que vivemos.
PLANO DE AÇÃO
	Nome da Escola: Espaço Aprendiz
	Turma: 2º ano
	Professora: Graziele Priscila Marques
	Ação: Durante o projeto, o professor conscientizou bem os alunos da necessidade de atitudes inclusivas em sua prática educacional, nas quais a diversidade tem grande valor para o crescimento e o desenvolvimento da sociedade em que vivemos. As atividades propostas foram adaptadas e apresentadas de formas lúdicas, estimulando a participação e a integração de todos os alunos. Durante as atividades realizadas com o aluno, o professor buscará estratégias de elaboração de materiais a serem usados pelo aluno, em forma de recursos didáticos para que fiquem em exposição e em contato com o conteúdo, como uma forma prática, como exemplo: o tato, o paladar, materiais manipuláveis, figuras sólidas, imagem com texturas e materiais audiovisuais.
	Conteúdos: Alimentação saudável; Higiene dos alimentos; Representação de informações por gráficos; Numeral e quantidade.
	Disciplinas: Ciências e Matemática
	Encaminhamento Metodológico: 1.Roda de conversa sobre a importância para ingestão de frutas para saúde; 2.Exposição em cartaz do poema “A dança das frutas” e pedir que os alunos circulem o nome das frutas que aparecem no mesmo; 3.Construção de uma lista das frutas que aparecem no poema; 4.Realização de uma pesquisa na sala para saber qual a fruta preferida dos alunos e registrar o resultado no gráficos de barras; 5.Lançamento de questões aos alunos que tragam cálculos envolvendo o nome de frutas; 6.Solicitação aos alunos de pesquisas em livros e revistas, figuras de frutas para montar um cartaz coletivo; 7.Confecção de um “álbum de frutas”, onde eles deverão colar imagens de algumas frutas, escrever o nome de cada uma delas e seu valor nutricional; 8.Transcrição: receita de salada de fruta e exposição em cartaz.; 9.Preparação com as crianças de uma salada de frutas, antes conversar sobre cada fruta, explorando suas características. Introdução do conceito de higienização dos alimentos; 10.Trabalhos em grupo com vários jogos envolvendo imagens e nomes de frutas, tais como: jogo dos sete erros, bingo das frutas, adivinha qual é a fruta? E sequência de frutas; 11.Sorteio de letras do alfabeto, as crianças devem dizer os nomes de frutas com a letra sorteada e depois escrevê-la no quadro; 12. Produção de convites para serem entregues as demais turmas da escola; 13.Caracterização dos alunos com viseiras contendo desenhos de frutas com o tema da exposição; 14.Organização de uma exposição com o tema “Adoro Frutas”, convidando as outras turmas para prestigiar as atividades trabalhadas; 15.Integrar todos os alunos, para uma melhor identificação do aluno cego no ambiente escolar, para que tenham consciência que esse aluno deve ser tratado igualmente por eles e quando necessitar de ajuda de maneira correta e respeitosa.
	Recursos: Livro das Obras Complementares; Frutas diversas; Cartazes; Tesoura; Cola; Quadro branco; Pincel Atômico; Papel Ofício; Cadernos; Copos descartáveis; Tinta guache; Lápis de cores; Soroban; Multiplano.
	Avaliação: Através da participação dos alunos nas atividades propostas como: trabalhos em grupos, produções escritas, desenhos, preparação da salada de frutas e apreciação dos resultados.CONTEÚDO: ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
  O tema escolhido tem por objetivo a importância da inclusão de frutas, legumes e verduras em seus hábitos alimentares. Através da manipulação dos alimentos poderemos incentivar os outros sentidos o tato, o olfato, etc.
 Para isso mostramos a praticidade em preparar saladas e sanduíches que contribuem para uma alimentação saudável. Este momento é mais uma oportunidade para suscitar nos alunos a necessidade de reverem seus hábitos alimentares.
 Para essa aula, pedimos que cada aluno trouxesse uma fruta de casa, aproveitamos a oportunidade para falarmos sobre as frutas, manipulá-las, sentir suas texturas e cheiros. Com o uso de facas de plástico, os alunos cortaram as frutas para a preparação de uma salada de frutas. 
 Todos gostaram muito de ajudarem na preparação da receita e mais ainda em saboreá-la. Todos compreenderam a importância de uma alimentação equilibrada e com frutas inclusas.
CONTEÚDO: HIGIENE DOS ALIMENTOS
 Nesta aula, abordamos a temática: Higiene dos Alimentos, promovendo um debate com os alunos, posicionando as cadeiras em roda. Foi selecionado o vídeo de uma reportagem da Edição Saúde - Dr. Bactéria e os perigos da contaminação dos alimentos, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=zzOSljLklqU.
 Ao se falar de DTA, abordou-se o crescimento bacteriano através de uma montagem de papel color sete preto com papel crepom rosa, representando três estágios de crescimento bacteriano. A parte sem papel rosa identificava que não haviam bactérias, a parte com papel rosa esticado representava as bactérias em fase de latência e a parte rosa com formato redondo representava as bactérias em fase de crescimento. 
 Para tanto, essa ferramenta serviu para ilustrar a explicação aos cegos que puderam tatear, além disso, para os alunos de baixa visão houve ainda a exploração do resíduo individual inclusive pela aplicação do contraste. 
 Entre os assuntos inerentes aos manipuladores de alimentos, abordou-se a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para tanto, foram mostrados aos alunos, os diferentes tipos de luvas (plástica, de borracha, térmica e de malha de aço) bem como a aplicabilidade de cada uma delas em UAN. Com isso, cada participante pode perceber a diferença de textura de cada tipo de luva e associar essa informação à sua utilidade.
 Para abordar a higienização de alimentos, ambiente e utensílios, foi repassado aos 34 participantes a utilização de solução clorada ou álcool 70%. Para os cegos, trabalhou-se a diluição através da tampa do frasco de água sanitária, pois a tampa era mais fácil de ser manipulada que a colher de sopa, a partir daí, essa medida foi diluída em 1L de água colocada por duas medidas de uma garrafa de 500ml.
 Ao se tratar de recepção e armazenamento de alimentos, abordou-se a importância das superfícies lisas como em aço inoxidável. Para identificação das superfícies ideais em Unidades de Alimentação e Nutrição bem como qual é mais ou menos susceptível à contaminação microbiana, utilizou-se cartolina rosa e papel lixa preto, de cores contrastantes e texturas diferentes. Assim, os alunos puderam tatear e sentir as rugosidades no papel lixa assemelhando-o à uma superfície que facilita crescimento bacteriano, comparando-o com a parte lisa da cartolina rosa, que não apresentava rugosidades e consequentemente menos favorável ao crescimento bacteriano.
 
CONTEÚDO: REPRESENTAÇÃO DE INFORMAÇÕES POR GRÁFICOS
 O professor utiliza gráficos para auxiliar na compreensão da diferença de proporção, tornando-se uma boa alternativa para o ensino. A utilização dos gráficos pode ser útil na medida em que transmite uma relação visual e instantânea de proporção de diferentes quantidades. Por exemplo, estabelecer a diferença entre dois e quatro objetos é mais fácil quando visualizamos as duas quantidades de objetos. 
 Diante do exemplo apresentado de elaboração de gráficos táteis, o professor pode usar sua criatividade para ampliar tipos de materiais e texturas, sempre tendo o cuidado na escolha para não agredir a sensibilidade tátil dos alunos cegos.
 O professor apresenta então, o multiplano para os alunos, pois mesmo os alunos que enxergam normalmente podem fazer uso desse material. O multiplano é um instrumento concreto, que possibilita ao deficiente visual uma aproximação maior com a matemática em sala de aula. É com uma placa com furos eqüidistantes, dispostos em linhas e colunas perpendiculares. “Com o multiplano o deficiente visual consegue fazer gráficos, figuras geométricas, entender conceitos de equações e funções e cálculos avançados, além de entender melhor volume e distância. 
CONTEÚDO: NUMERAL E QUANTIDADE
 Nesta sequência didática, o professor irá trabalhar a contagem dos números de 0 a 10 em ordem crescente e depois decrescente, o uso de cartazes pode auxiliar nessa etapa.
 Os alunos aprenderão a explorar e reconhecer os números e fazer relações entre quantidades e números. Ter noções de quantidade e relação dos numerais. Como também saber realizar a contagem oral.
 Para facilitar o aprendizado, faça a contagem com os dedos, e peça aos alunos para repetirem;
- Utilize objetos (palitos de picolé, caixinhas decoradas, fichas preparadas em EVA, feijões ou algum material que tenha a mão) e peça aos alunos que façam conjuntos de 10 em 10;
- Execute as atividades de acordo com o grau de conhecimento de sua sala, lembrando sempre de utilizar a linguagem necessária de fácil atendimento para os seus alunos.
	
CRONOGRAMA COM HORÁRIOS E ATIVIDADES ESTAÇÕES DAS SENSAÇÕES
SÉRIE: 2º ANO 
PERÍODO DE 03/04/2017 A 07/04/2017
SEGUNDA - FEIRA: 03/04/2017
7:00h – Acolhimento.
7:00h às 7:50h - Leitura em voz alta (Livro: NINO, O MENINO DE SATURNO - Ziraldo).
7:50h às 8:40h - Artes (As frutas que gosto).
8:40h às 9:30h - Ciências (A importância das frutas na alimentação diária).
9:30h às 9:50h – Recreio.
9:50h às 10:40h - Leitura compartilhada (Texto informativo: A importância das vitaminas encontradas nas frutas).
10:40h às 11:30h - Preparação da salada de frutas.
TERÇA – FEIRA: 04/04/2016
7:00h – Acolhimento.
7:00h às 7:50h - Leitura em voz alta (Livro: JOGO JOGADO – Regina Renno).
7:50h às 8:40h - Matemática (tamanho de objetos: grande, pequeno; grosso, fino; maior, menor).
8:40h às 9:30h - Língua portuguesa: Interpretação de texto.
9:30h às 9:50h – Recreio.
9:50h às 10:40h - Elaboração de cartaz (imagens de alimentos saudáveis e não saudáveis).
10:40h às 11:30h – Jogos (jogo dos sete erros; bingo das frutas; adivinha qual é a fruta?).
QUARTA - FEIRA 05/04/2017
7:00h – Acolhimento.
7:00h às 7:50h - Leitura em voz alta (Livro: QUEM PERDE A VOZ, PERDE A VEZ – Maurício Veneza).
7:50h às 8:40h - Geografia (Eu e minha família; moradias).
8:40h às 9:30h - Matemática (Tamanho e formas).
9:30h às 9:50h – Recreio.
9:50h às 10:40h - Ciências (As partes do corpo; os cinco sentidos).
10:40h às 11:30h - Lista: O que eu preciso melhorar (agrupamento produtivo sendo um aluno relator, o aluno com deficiência usará o BRAILLER).
QUINTA - FEIRA 06/04/2017
7:00h – Acolhimento.
7:00h às 7:50h - Leitura em voz alta (Livro: O NARIZ CURIOSO – Cristina Marques).
7:50h às 8:40h - Educação Física - Quadra esportiva.
8:40h às 9:30h - Matemática: Figuras Geométricas (blocos lógicos).
9:30h às 9:50h – Recreio.
9:50h às 10:40h - Ciências (Higiene e saúde; Plantas, hortas e alimentos; Culinária (cuidados com os alimentos).
10:40h às 11:30h - Estados físicos da água: SÓLIDO E LÍQUIDO (demonstrar na sala e pedir para que o aluno cego sinta a diferença).
SEXTA – FEIRA 07/04/2017
7:00h – Acolhimento.
7:00h às 7:50h - Leitura em voz alta (Livro: O POTE VAZIO - Demi).
7:50h às 8:40h – Manuseios com objetos (utensílios de cozinha).
8:40h às 9:30h - Matemática (Numeral e quantidade).
9:30h às 9:50h – Recreio.
9:50h às 10:40h- História (Dia das mães; festa juninas).
10:40h às 11:30h – Dia do brinquedo.
AVALIAÇÃO
 A análise dos dados procurou identificar as dificuldades percebidas pelos educadores no processo de aprendizado do educando cego. Foram investigados o processo de aprendizado da leitura e escrita, metodologia utilizada, recursos didáticos e o sistema Braille.
 Na teoria que o processo de aprendizado é o mesmo, o que muda são os recursos didáticos e a forma de escrever e ler as letras representadas, Para o aluno vidente é realizado através de imagens e para o aluno cego é representada em relevo com formatos diferentes.
 A introdução de conteúdos e critérios de atividades acrescentando elementos à ação educativa contribui com a criança cega, pois ela conhecerá o mundo através do tato, da audição, do olfato, do paladar, sendo assim, estes órgãos são mais desenvolvidos, pois recorrem a esses sentidos com mais freqüência para decodificar as informações.
 A falta da visão dificulta na orientação espacial, razão pela qual é fundamental que se considere a importância da sonoridade para situá-la no contexto. Portanto, ela precisa ser estimulada por meio de objetos específicos, que contemplem movimento, ação, brinquedos, móveis, bengala raquete, materiais que possam conduzir numa organização sobre o espaço.
 Concluo este trabalho, avaliando que é papel do professor transmitir conhecimentos e integrá-lo de forma consciente no processo educacional inclusivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A inclusão, não deve ser vista simplesmente como um fato, mas sim como um processo, que tem suas etapas e que necessita ser muito analisado, avaliado em todo o seu decorrer, com responsabilidade e senso crítico. Diante de todas as discussões e reflexões podemos pontuar algumas certezas como:
• Não basta a garantia da lei. Com certeza, a lei é sim, uma forma de começarmos as mudanças. Mas, a inclusão deve ir além das leis e dos espaços definidos como regular ou especial. Deve sim, referir-se ao que é importante para cada ser humano, em cada época específica de sua vida, respeitando seus momentos, suas capacidades e necessidades;
• Não existe homogeneidade na escola. Aceitar e valorizar as diferenças e a diversidade é o primeiro passo para se fazer parte de um processo verdadeiramente inclusivo, e para a criação de uma escola de qualidade para todos; sem este item importante, todo o trabalho poderá ser perdido nas posturas rígidas e inflexíveis de professores ou instituições. Não somos “todos iguais”, isso é apenas um jargão utilizado para esconder, ainda que inconscientemente, as diferenças;
• A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas regulares, exige o redimensionamento financeiro dos sistemas e instituições na implementação de serviços e recursos de apoio complementar tanto para os professores quanto para os alunos;
• A proposta da educação inclusiva deve acontecer em consenso e união dos pais, professores e de gestores, pois todos os alunos estão na condição de educandos, e são aprendizes de uma escola que deve ser de boa qualidade para todos;
• Os professores, independente da área ou série de atuação, necessitam de formação continuada, sobre o processo de inclusão, sobre as necessidades educacionais especiais e sobre como se dá o desenvolvimento cognitivo das pessoas em seu processo de aquisição de conhecimentos;
• É necessário e urgente um repensar sobre o papel da escola, na construção dessa escola inclusiva, em relação ao significado de algumas terminologias que permitem rótulos como: deficiência, incapacidade, retardo e tantos já vistos na história, buscando desvincular as dificuldades das reais potencialidades da pessoa.
• Não são necessários novos professores, especializados. É necessário que os professores atuais estejam abertos às mudanças desse novo contexto de inclusão e que possam refletir e repensar suas concepções e conhecimentos antigos e novos, seu papel e posicionamento diante de uma classe de escola inclusiva.
• Não é possível esperar que a escola ou os professores, se preparem para então receber o aluno com necessidades educacionais especiais. Essa preparação deve acontecer aos poucos, de forma gradativa, interativa, afinal a inclusão é um processo culturalmente determinado e para acontecer, requer a participação do próprio aluno na construção desse ambiente escolar que lhe seja favorável. É necessária e urgente essa mudança de mentalidade;
• Não podemos deixar de salientar que há crianças que possuem grau elevado de deficiência que necessita de apoio especializado (APAE, ANPR, ANPACIN...) que não pode ser esquecido e nem tampouco ignorado.
 Sabemos que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer cidadão, e que incluir o aluno com necessidades educacionais especiais, é também, uma forma de respeitá-lo e garantir a possibilidade de seu crescimento. No entanto, percebemos que as dificuldades existem, não são poucas e ficam bem claras quando se pára para observar de forma mais crítica. Afinal, colocar o aluno em sala regular e não atender o que realmente ele necessita, não é inclusão.
 Claro que as dificuldades ainda são muitas, e sabemos que muitas delas não se referem exclusivamente aos alunos com necessidades especiais, mas são problemas existentes já há muito tempo na estrutura educacional do país como um todo. Nesse sentido, a inclusão desse alunado em classes comuns gera novas circunstâncias e desafios, que tendem a somar-se com as dificuldades já existentes do sistema atual, e, por conseguinte, reafirma a idéia de que a inclusão exige profundas mudanças a fim de melhorar a qualidade da educação, seja para educandos com ou sem necessidades educacionais especiais.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola – Alunos com necessidades educacionais especiais, Brasília: MEC/SEESP, 2000, vol. 6.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola Viva: Garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola: Alunos com necessidades educacionais especiais - Adaptações Curriculares de Grande Porte, Brasília: MEC/SEESP, 2005, vol. 5.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. 2 ed. Coordenação geral
CARNEIRO, Moaci Alves. O acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns: Possibilidades e Limitações. RJ: Vozes, 2007.
CARVALHO, Rosita Édler. Educação Inclusiva: Com os Pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2004.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS
DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA. Guatemala,1999. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/guatemala. pdf. Acesso em 20 de março de 2017.
CORREIA, L. de M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto, Portugal: Porto, 1999.
CURTY, Marlene Gonçalves. Apresentação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses. Maringá: Dental Press, 2006.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Espanha, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf . Acesso em 23 de março de 2017.
DECLARAÇÃO MUNDIAL SOBRE EDUCAÇÃO PARA TODOS. Plano de Ação para
Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem. Tailândia, 1990. Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/downloads/Declaracao_Jomtien.pdf. Acesso em 27 de março de 2017.
SEESP/MEC. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial. 2006. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/const_escolasinclusivas.pdf. Acesso em 13 de fevereiro de 2017.

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