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Embargo a execução Arli

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA DA COMARCA DE SORRISO – MATO GROSSO
Distribuição por dependência ao 
Processo nº 58145
ADAIR CAMILIO RODRIGUES – ME, já qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de sua curadora especial indicada por este juízo, nos ternos do artigo 72, inciso II, do Código de Processo Civil, vem mui respeitosamente e tempestivamente à presença de Vossa Excelência, em atendimento a decisão de fls. 35, 36 e 37, oferecer nos termos do parágrafo único do artigo 341 e parágrafo único art. 914, ambos do Código de Processo Cível c/c artigo 16, inciso III, da Lei Nº 6.830/80.
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Que lhe move o Município de Sorriso – MT, pelos fatos e fundamentos a seguir explicitados.
DO MÉRITO
O executado vem suprimir a provável revelia, fazendo-se valer do princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, previstos no art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal vigente.
O entendimento da jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais trilha nesse sentido, se não vejamos:
EXECUÇÃO – CITAÇÃO POR EDITAL – NOMEAÇÃO DE CURADOR ESPECIAL – EMBARGOS À EXECUÇÃO – LEGITIMIDADE. O curador especial nomeado ao executado citado por edital que permanece revel, tem legitimidade para apresentar embargos, nos termos da Súmula 196 do STJ. (TJ-MG – AC: 10313120115107001 MG, Relator: Guilherme Luciano Baeta Nunes, Data de julgamento: 20/08/2013, Câmaras Civeis / 18ª CÂMARA CIVEL, Data de publicação: 22/08/2013). 
Desse modo, aceito o presente embargo à execução, tornando os fatos alegados pela parte autora controvertidos, pugna-se desde já pela apresentação de qualquer prova admitida em, direito, inclusive juntadas de documentos, obedecidas as formalidades legais. 
O artigo 341, parágrafo único, do Código de Processo Civil que permite a contestação por negativa geral, ou seja, é facultado ao advogado dativo a impugnação especificas dos fatos, bem como ao curador especial e ao representante do Ministério Público. 
Assim sendo, desde já requer que a parcela não impugnada especificadamente seja aparada por referido artigo. 
Dispõe o artigo 341, do Código de Processo Civil/2015: 
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
Nelson Nery Junior, comentando o dispositivo em questão, em sua obra Código de Processo Civil Comentado, editora Revista dos Tribunais, 3ª Edição: 
Dispensa do ônus da impugnação especificada. Quando os contestante for o Ministério Público, advogado dativo ou curador especial (v.g., CPC 9º, II), a eles não se aplica a regra da contestação especificada. Podem contestar por negação geral. Neste caso não incidem os efeitos da revelia (CPC 319), de certo que a contestação genérica controverte todos os fatos afirmados pelo o autor na petição inicial. De consequência, havendo contestação genérica, formulada por um dos órgãos mencionados no CPC 302, § Único, ao autor incumbe provar em audiência os fatos constitutivos de seu direito (CPC 333, I).
No mesmo sentido, a jurisprudência tem decidido dessa forma:
Sendo o réu citado ou com hora certa e a contestação oferecida pelo curador de ausentes, a contestação por negação geral torna os fatos controvertidos e mantem para o autor o ônus da prova (AC. Unân,. Da 6ª Câm. Do 1º tac-civil SP – Apel. 352.355 – rel. Juiz Ernani de paiva – Adcoas 86. Nº 107.737).
Oportuno salientar que quanto aos poderes do curador especial, cola-se o entendimento doutrinador Luiz Guilherme Marinoni, o qual enfatiza que:
O curador especial legitima-se a exercer todas aas posições jurídicas que caberia [...] ao revel no processo, sendo lhe possível oferecer defesa, requerer provas, recorrer de decisões [...] (MARINONI, Luiz Guilherme. Código de Processo Civil Comentado Artigo por Artigo, 2ª Ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010. Pag. 104). 
Assim, surge hialino o direito do curador especial em realizar a defesa do executado pela negativa geral, assim como atuar no processo exercendo todas as faculdades jurídicas admitidas em Direito. 
DO ARQUIVAMENTO DOS AUTOS
Considerando que foram encetadas diversas diligencias visando a citação do executado, bem como a localização de bens para penhora, na qual todas restaram inexitosas, não resta outro caminho, se não o arquivamento dos autos. 
Neste sentido, assim dispõe o artigo 40, § 4º, da Lei Nº 6.830/80, onde descreve a necessidade de arquivamento provisório dos autos pelo período de 1 (um) ano, face aos motivos citados acima. 
DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência que se digne a determinar:
O recebimento do presente Embargo à Execução, por ser próprio e tempestivo;
A intimação do embargado para, em querendo se manifestar no prazo de 15 dias (CPC, art. 920)
No mérito, JULGAR IMPROCEDENTE a presente ação de execução fiscal em todos os seus termos;
O arquivamento provisório dos autos, nos termos do que dispõe o artigo 40, § 4º da Lei Nº 6.830/80;
A condenação do embargado nas custas e honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência (art. 82, do CPC);
Os benefícios da justiça gratuita, em observância ao que dispõe a Lei Nº 1.060/50;
As intimações sejam dirigidas ao advogado Fernando Henrique Ceolin no endereço constante no rodapé;
A concessão dos benefícios da justiça gratuita;
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos.
Atribui-se ao feito valor de R$ 3.822,57 (três mil, oitocentos e vinte e dois reais e cinquenta e sete centavos).
Nestes Termos.
Pede Deferimento.
Sorriso, 23 de maio de 2017
FERNANDO HENRIQUE CEOLIN
OAB Nº 9602 OAB/MT
 
ARLIENE PEREIRA DOS SANTOS
ESTAGIÁRIA DE DIREITO

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