Aula 2.2 Corrente Exponencial

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Corrente exponencial
Corrente exponencial
É uma corrente alternada caracterizada por baixa
frequência.
Usada para estimulação de músculos desnervados
(estimulação ocorre diretamente sobre as fibras
musculares).
É uma corrente pulsada de longa duração caracterizada por
duração longa de pulso e de pausa e, principalmente, pela
elevação lenta e gradual do pulso.
Representação gráfica da corrente exponencial
Corrente exponencial
É classificada como toda corrente cujo tempo de variação da
amplitude seja maior do que 10ms.
Não deve ser utilizada para promover contrações em
músculos sadios, pois seria muito irritativa;
Usada apenas em musculatura com lesão de nervo periférico.
Também tem função de eletrodiagnosticar fibras musculares
lesadas - a qual não responderia ao estímulo da corrente
farádica.
Efeitos Fisiológicos:
1. Reeducar o estímulo sobre a fibra lesada, mantendo um 
potencial elétrico sobre ela.
Seu principal efeito é sobre o complexo neuromuscular lesado, com 
quatro indicações básicas:
Quando um músculo não é usado o mesmo pode 
fibrosar (acumular tecido fibroso) bloqueando a 
condução nervosa no mesmo, pois o tecido 
conjuntivo não é bom condutor.
Esta corrente pode induzir à hiperplasia vascular 
com eletroestimulação, mantendo a nutrição 
sanguínea da fibra muscular lesada.
2. Estimular a neoformação da bainha de mielina e o 
crescimento do nervo (brotamento) através da manutenção do 
potencial elétrico.
Efeitos Fisiológicos:
A manutenção do potencial 
elétrico estimula a ação celular 
e estimula a mitose da bainha 
de mielina. 
3. Manter a atividade contrátil da fibra muscular, 
evitando aderências Inter teciduais e mantendo o 
trofismo muscular.
Efeitos Fisiológicos:
4. Sobre o nervo sensitivo, provocando efeitos químicos:
Sensação desagradável durante a eletroestimulação (dor)
Indicações
✓ Neuropraxia - Compressão prolongada, forte golpe ou
tração; recuperação espontânea de 6 a 8 meses
✓ Axoniotmese - Tração ou lesão de esmagamento - axônio
seccionado e tubo endoneural intacto); não requer
cirurgia, apenas cuidar da pele e músculo para otimizar
resultados se a regeneração for bem sucedida (depende
do local da lesão e taxa de brotamento).
✓ Neurotmese - Trauma direto – axônio e alguns ou todos
elementos do tubo endoneural degenerado); requer
reparação cirúrgica – recuperação depende da extensão
da lesão e se cirurgia foi bem sucedida.
Indicações
✓Síndrome de Guillan-Barré;
✓Neurites periféricas;
✓Lesões de nervos periféricos: paralisia facial periféricas,
lesão do nervo ciático e lesão de plexo braquial;
Contraindicações:
Marca-passo (Pode alterar o ritmo cadíaco, porém, hoje em 
dia são mais “blindados”).
Neoplasias (quando há uma mitose descontrolada não se 
deve colocar uma corrente que aumenta o metabolismo, pois 
isso pode provocar crescimento do tumor).
Região do pescoço e torácica
• Gestantes
• Pacientes sem lesão nervosa (corrente é muito irritativa para 
estes paciente).
• Lesões absolutas de longa data (Não tem resposta).
Contraindicações:
Formas de aplicação
1. Monopolar - eletrodos de tamanhos diferentes. 
Estimulam a contração. 
2. Bipolar - 2 eletrodos do mesmo tamanho. Fecham o 
circuito.
Usam-se para atrofia por desuso, limitações do movimento, 
espasmo muscular protetor.
Formas de aplicação
Devemos aplicar a corrente em média 15 minutos, mais de 
uma vez ao dia.
Modulação da corrente
A corrente deve ser modulada quanto:
• Intensidade
• Verticalidade
• Duração de pulso
• Duração da pausa ou repouso.
Parâmetros utilizados para excitação
- Eleição da forma de onda;
!! Vai depender da avaliação física realizada pelo fisioterapeuta, 
que vai pesquisar:
• Tipos de lesão ( ex.: lesão nervosa central ou 
periférica?)
• Tempo da lesão?
• Ocorreu algum tipo de tratamento anterior?
• Trofismo muscular?
• Em músculos desnervados pulsos com forma quadrada
estimulam músculos inervados e não provocam boa
resposta nos desnervados;
• Pulsos triangulares e de longa duração estimulam
seletivamente fibras de músculos desnervados, por isso
usa-se a corrente EXPONECIAL.
Parâmetros utilizados para excitação
- Eleição da forma de onda;
• Frequência: 1 a 15 Hz
• Tempo de subida: 50ms, 100ms, 300 ou 500 ms
• Tempo on: 2s
• Tempo off: 4s
• Duração do pulso: 100ms ou maior
Parâmetros utilizados para excitação
Intensidade da corrente
Não deve ser tão elevada, para não produzir contração 
muscular máxima e sensação de desconforto ao paciente. 
Deve existir uma adequação gradual da corrente
Modulação da corrente
Verticalidade ou forma de onda:
Se um músculo reage com igual força em diferentes ângulos 
de elevação da forma de onda, serão eleitas em cada caso a 
forma mais vertical de pulso. 
A princípio se aumentarmos a verticalidade de onda, os 
músculos se contrairão mais.
Modulação da corrente
Modulação da corrente
Duração da pausa ou repouso
✓ Em períodos menores que o previsto, provocaria irritação 
ao paciente, sendo impossível o auxílio de uma contração 
ativa do paciente. 
✓ Em períodos maiores que o previsto, influenciaria no 
ritmo correto de uma contração muscular ativa, a qual o 
paciente estaria realizando.
Teste de duração de força
• Esta corrrente também e utilizada para verificar se o
músculo desnervado esta se recuperando ou não.
• Neste caso devemos usar a corrente com uma forma de
onda quadrada, pulso monofásico, com frequência de 1 a
2Hz e uma série de pulsos com duração ente 10
microssegundos e 300 milissegundos.
• A intensidade deve ser aumentada até que o limiar motor
seja atingido.
• após encontrar o limiar motor registra-se a intensidade e
duração do pulso;
• Então deve-se ajustar outra duração de pulso e a
mensuração é repetida.
• Tudo deve ser registrado em uma gráfico chamado de
curva I/T (limiar de intensidade versus duração do pulso)
• Deve-se registrar a resposta de 2 músculos sadio
distantes da lesão para se ter como base
Teste de duração de força
Teste eletroneurológico
Utilizado no diagnóstico de lesões nervosas e diferentes 
tipos de lesões para diagnosticar neurocondução (condução 
nervosa sensitiva e motora; 
1. Eletromiografia de agulha: usado para diagnosticar sinais 
de lesão do axônio motor, potenciais de ação de unidade 
motora de longa duração, sinais de regeneração ou 
brotamento nervoso...