Gerência da Manutenção Unidade 1

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Lauro Freitas 
Gerência da Manutenção 
 Definir o quê significar dizer: “gerenciar a manutenção”; 
 Destacar a importância do tema para as organizações; 
 Apresentar as diferentes políticas/formas de manutenção; 
 Apresentar uma breve história da manutenção. 
Objetivos de aprendizagem da Unidade (1) 
Conceitos importantes 
O que é Gerenciar? 
 “Gerenciar é alcançar resultados!” 
 (prof. Vicente Falconi) 
GERENCIAR 
• Planejar 
• Organizar 
• Liderar 
• Controlar 
Sistemas 
Produtivos 
 Especialistas em engenharia de produção: 
• Projeta 
• Implementa 
• Operacionaliza 
• Mantendo bom desempenho 
• Planeja melhorias 
 atuam nos sistemas produtivos 
 
 
 
 para aumentar produtividade e qualidade (resultados) 
 Definindo Manutenção: 
“Função empresarial, da qual se espera o 
controle constante das instalações assim 
como conjunto de trabalhos de reparo e 
revisão necessários para garantir o 
funcionamento regular e o bom estado de 
conservação das instalações produtivas, 
serviços e instrumentações dos 
estabelecimentos” (OCDE, 1963). 
 Definindo Manutenção: 
“Ações implementadas para detectar, 
prevenir ou corrigir falhas e/ou 
defeitos com objetivo de manter as 
condições operacionais e de segurança 
dos itens, sistemas ou ativos” (Dicionário 
Termos da manutenção). 
Defeito – alteração das 
condições de um item para 
que sua função normal não 
seja satisfatória. Não torna o 
item indisponível, mas, se não 
corrigido, pode levá-lo a falhar. 
Falha – é a perda total 
da capacidade de um 
item para realizar sua 
função específica. Uma 
falha leva a um estado de 
indisponibilidade 
 Defeito X Falha 
O reparo de um defeito é sempre 
uma manutenção preventiva, 
pois a máquina não falhou. 
A remoção de falhas em um 
item é considerada como um 
manutenção do tipo corretiva. 
Importância e 
transformações na 
Manutenção 
Papel Estratégico da Manutenção 
• Relação entre Manutenção e qualidade do produto 
• Relação entre Manutenção e decisão de compra 
• Impacto das questões ambientais e segurança 
• Contribuição estratégica para competitividade 
o Organizações de processo contínuo e transporte 
A Pepsico informou que introduziu 80 
unidades contaminadas do produto por 
conta de uma falha mecânica. Pelo menos 
39 pessoas foram prejudicadas. 
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pepsico-afirma-que-houve-falha-no-caso-toddynho/ 
Engenheiro responsável por manutenção 
em bonde presta depoimento nesta tarde 
Fonte: uol.com 2/9/2011 
 
Crea-RJ aponta falta de manutenção de bonde 
Engenheiros acreditam que problema pode ser causa de acidente 
que matou cinco pessoas no último sábado 
Fonte: Agência do Estado | 28/08/2011 19:46 
Estado investe pouco 
em manutenção de 
sistema de bondes 
Fonte: O Globo - 29/08/2011 
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/santa-teresa-tera-bondes-de-volta-em-2014-diz-governo/ 
Tabela 1 - Custos da manutenção por 
setor econômico, segundo Kardec e 
Nascif (dados de 1999 a 2007) 
% 
Custo de Manutenção em relação 
ao faturamento bruto (%) no Brasil 
Gráfico – Evolução do Custo da manutenção no Brasil 
Fonte: Kardec e Nascif (2009) 
Fonte: 26º Congresso Brasileiro de Manutenção - Abraman 
Desdobramento dos custos de manutenção: 
Breve história da Manutenção 
 A conservação de instrumentos e ferramentas existe desde os primórdios 
da civilização. Mas é pela invenção das primeiras máquinas têxteis a vapor, 
no século XVI, que surge a função manutenção; 
 Nesse período, quem projetava as 
máquinas, treinava as pessoas que iriam 
operar e consertar; 
 
 Foi só quando as máquinas passaram a 
ser movidas por motores elétricos, que 
surge a figura do mantenedor eletricista. 
Figura 1 – Máquina de tecer 
Transformações na gestão da manutenção 
• Aumento na diversidade de itens nas organizações 
• Desenvolvimento intenso de novas tecnologias 
• Projetos e processos produtivos mais complexos 
• Melhoria da qualificação e nível de formação na área 
1ª Geração: Indústria pouco mecanizada. 
Itens simples e superdimensionados; 
2ª Geração: Aumento da mecanização e da 
demanda por produtos (Produtividade) 
3ª Geração: Automação crescente, Competição 
global, Mudanças de leis ambientais e do trabalho 
4ª Geração: competição global intensa, 
crises financeiras mundiais. 
Transformações na gestão da manutenção 
Evolução da Gestão da Manutenção 
Tipos ou políticas de 
Manutenção 
Corretiva não 
planejada 
Corretiva Planejada 
Preventiva 
Preditiva 
Detectiva E
n
g
e
n
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 d
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 M
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Ação após a ocorrência 
sem planejamento 
Ação planejada. Inspeção 
ou acompanhamento 
preditivo 
Ação planejada com 
intervalos definidos em 
planos 
Monitoramento e Medição 
dos parâmetros físicos 
Inspeção para detecção de 
falhas ocultas 
Após a falha 
Após a falha 
Antes da falha 
Otimização 
Tenta evitar a falha 
Fonte: Kardec & Nascif (2009, p. 38) 
Manutenção Corretiva 
Pode ser de urgência ou programada, 
dependendo dos efeitos e consequentemente, 
das necessidades de atendimento. 
Manutenção não programada, 
emergencial, sem tempo para 
preparar o serviço 
Correção do desempenho menor 
do que esperado ou da falha por 
decisão gerencial 
Corretiva não 
planejada 
Corretiva 
Planejada 
Manutenção 
Corretiva 
 
Manutenção Preventiva 
Realizada para reduzir/evitar a falha ou queda no 
desempenho, obedecendo a um plano previamente 
elaborado, baseado em intervalos definidos de tempo; 
Ausência de dados precisos 
Condições operacionais inadequadas 
Condições ambientais inadequadas 
• Ocorrência de falhas antes de 
completar o período estimado para 
intervenção 
• Abertura do equipamento / 
intervenção de componentes 
prematuramente 
Ponto crítico: 
Manutenção 
preventiva 
Simplicidade 
de reposição 
Altos custos de 
falhas 
Alto impacto 
de falha na 
produção 
Alta implicação 
de falhas na 
segurança e 
ambiente 
Quando não é 
viável a 
manutenção 
preditiva 
Oportunidade 
em 
equipamentos 
críticos de 
difícil liberação 
Quando? 
Manutenção Preditiva (Com base no estado do equipamento) 
Atuação realizada com base na modificação de 
parâmetros de condição de desempenho, 
cujo acompanhamento preventivo obedece a 
uma sistemática para prever uma falha. 
As técnicas preditivas 
permitem uma 
avaliação confiável e 
uma manutenção 
planejada • Permite a operação contínua do 
equipamento pelo maior tempo 
possível, e a preparação prévia do serviço; 
Preditiva 
Para detectar defeitos de: 
Desalinhamento, 
desbalanceamento, 
desgaste dos rolamentos e 
engrenagens, e defeitos 
em mancais. 
Avalia se há perda de energia 
ou aquecimento anormal. Útil 
para identificar com segurança 
e precisão as temperaturas de 
cada componente. 
Termografia Análise de vibração de 
máquinas rotativas 
Endoscopia 
Industrial 
Para inspeção de 
soldas, verificação da 
existência de corrosão 
em cavidades e vasos 
de pressão. 
 
Manutenção Preditiva 
Condições para a Manutenção Preditiva 
• O equipamento, o sistema ou a instalação deve permitir 
algum tipo de monitoramento/medição; 
• O equipamento, o sistema ou a instalação devem merecer 
este tipo de ação, em função dos custos envolvidos; 
• As falhas devem ser oriundas de causas que possam ser 
monitoradas e ter sua progressão acompanhada;• Estabelecimento de um programa de acompanhamento, 
análise e diagnóstico sistematizado. 
Manutenção Detectiva 
Atuação efetuada em sistemas de proteção, 
comando e controle, buscando detectar 
FALHAS OCULTAS ou não perceptíveis aos 
operadores e pessoal de manutenção 
• Forma mais moderna; 
• Primordial para garantir uma maior confiabilidade; 
• Sistemas Shut-down (Atuação automática emergencial); 
• Bastante comum na indústria de processo contínuo. 
Fonte: Painel de instrumentos 
Corretiva não 
planejada 
Corretiva Planejada 
Preventiva 
Preditiva 
Detectiva E
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Ação após a ocorrência 
sem planejamento 
Ação planejada. Inspeção 
ou acompanhamento 
preditivo 
Ação planejada com 
intervalos definidos em 
planos 
Monitoramento e Medição 
dos parâmetros físicos 
Inspeção para detecção de 
falhas ocultas 
Após a falha 
Após a falha 
Antes da falha 
Otimização 
Tenta evitar a falha 
Fonte: Kardec & Nascif (2009, p. 38) 
Implica numa profunda mudança cultural na forma de gerir as atividades 
de manutenção, primando não somente pela consolidação de rotina, mas 
também pela implantação de melhorias. 
• Melhoria contínua da confiabilidade e disponibilidade; 
• Aumentar a segurança; 
• Fazer estudos de análise de falhas; 
• Perseguir benchmarks; 
• Acompanhar indicadores de desempenho; 
• Melhorar capacitação de pessoal. 
Engenharia de Manutenção 
Atribuições da 
Engenharia de 
Manutenção 
Qual política de manutenção é a melhor? 
Qual a mais praticada? 
Práticas de manutenção 
Fonte: Abraman 
Algumas possíveis razões: 
• A manutenção corretiva é sempre uma boa solução quando for 
mais barato consertar uma falha do que fazer ações preventivas; 
• Em muitos casos, não há ações preventivas tecnicamente 
viáveis e econômicas; 
• Desconhecimento ou falta de capacitação das empresas para 
executar outros tipos de manutenção; 
• Paradigma de gestão ou ausência de uma gestão de custo capaz 
de revelar o valor total dos prejuízos. 
Conclusões 
Conclusões e observações importantes: 
• A evolução da manutenção está atrelada ao 
desenvolvimento das unidades de produção; 
 
• A incorporação de pessoas com instrução universitária 
na manutenção é fruto de maquinaria mais sofisticada, normas 
de controle mais rígidas e novos processos produtivos; 
 
• Houve uma significativa evolução de softwares de PCM 
que demonstram a contabilidade da manutenção (Hh gastos, 
onde e como foram gastos; 
Conclusões e observações importantes: 
• Custo de manutenção: precisamos buscar não o menor custo 
mas, o melhor custo, aquele que resulta de uma maior 
disponibilidade e confiabilidade (adequação do custo); 
Conclusões e observações importantes: 
• TPM e RCM não podem ser consideradas tipos de 
manutenção; 
• O aspecto fundamental da prevenção da manutenção é a 
retroalimentação de informações (expectativa da 
produção e funcionamento do equipamento) para o 
fabricante na compra de novos equipamentos; 
Conclusões e observações importantes: 
Referências 
KARDEC, Alan; NASCIF, Júlio. Manutenção – 
Função estratégica, Qualitymark, RJ, 2009, 3ª 
Edição, Cap. 1 e 3. 
BELHOT, Renato; CAMPOS, Fernando. Relações 
Entre Manutenção e Engenharia de Produção: 
uma Reflexão, Revista Produção p. 125-34. 
Referências 
Apostila do Curso de Gestão da Manutenção – 
Disponível em: 
http://www.joinville.ifsc.edu.br/~paulosschneider/m
anutencao/2_Conteudo_Gestao_Mecanica.pdf 
 
Casos para estudo: 
KRAJEWSKI, Lee; RIZTMAN, Larry; Malhotra, Manoj; 
Administração de Produção e Operações, p. 54-55 (Caso 
sobre Manutenção e modelo de negócios da Gol) – Disponível 
na Biblioteca Virtual. 
CORRÊA, Henrique; CORRÊA, Carlos; Administração de 
produção e operações: manufatura e serviços: uma 
abordagem estratégica, 3ª Edição, p. 636-637. Caso de 
Acidente no trabalho. – Disponível em Minha biblioteca