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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ISCS CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Competências, qualificações e certificação SÃO PAULO – SP 2017 II ALAN BRUNO ALVES MONTEIRO – C0196G-3 ANA LUIZA DA SILVA GOMES – C11787-0 ANNA KARINE CAMELO VIEIRA – B61762-4 BRUNA BARROZO CARVALHO – C2801G-7 CAMILA INACIO DE SOUSA – C01CHC-0 DANILO ALENCAR SILVA – C16573-5 GABRIELE SANTANA SANTOS – C273GJ-5 LUANA MENDES DOS SANTOS – C12028-6 PAULA RIBEIRO DE SOUZA – C029HC-7 THAINA VIRGINIA DOS SANTOS COUTINHO – C3320B-9 THAIS FELICIO DOS SANTOS – C26793-7 THIAGO INACIO PEREIRA – B49CCJ-3 SÃO PAULO – SP 2017 Trabalho complementar de nota, apresentado para a avaliação do segundo bimestre, na disciplina de Governança Corporativa do 8/7º semestre, do curso de Ciências Contábeis da UNIP - Universidade Paulista, sob orientação do professor Ailton Galdino. III Sumário INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 4 A importância do Conselho de Administração ................................................................................... 5 Composição do Conselho de Administração ...................................................................................... 5 Competência requerida aos membros do Conselho de Administração ............................................ 5 Certificação do Conselho de Administração pelo IBGC ..................................................................... 7 Função e atribuições do Conselho Administrativo ............................................................................ 7 Relação entre Conselheiro Administrativo e acionista ...................................................................... 8 Funcionamento de um Conselho Administrativo .............................................................................. 8 Quais empresas devem implantar um Conselho Administrativo ...................................................... 8 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 9 IV INTRODUÇÃO Um conselho de administração é um conjunto de pessoas eleitas ou designadas, que em conjunto avalia e supervisiona as atividades de uma organização. O conselho deverá ser composto por no mínimo 3 membros, eleitos pela assembleia geral e por ela podendo ser afastado em qualquer momento, devendo o estatuto estabelecer: I – O número de conselheiros, ou o máximo e mínimo permitidos, qual o processo de escolha e substituição do presidente do conselho pela assembleia ou o próprio conselho; II – O modo de substituição dos conselheiros; III – O prazo de gestão, não podendo ser superior a 3 anos, mas sendo permitida a reeleição. IV - As normas sobre convocação, instalação e funcionamento do conselho, que deliberará por maioria de votos, podendo o estatuto estabelecer quórum qualificado para certas deliberações, desde que especifique as matérias. Através do estatuto poderá haver participação de representantes dos empregados no conselho, desde que escolhidos pelos votos destes, em eleição direta, organizada pela empresa, em conjunto das entidades sindicais que os representem. V A importância do Conselho de Administração O ambiente organizacional se beneficia cada dia mais com as boas práticas de Governança Corporativa. Um dos principais pilares deste sistema de gestão é a instituição de um Conselho Administrativo. Ao apostar em condutas baseadas nos princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, tanto empresas tradicionais quanto novos negócios passam a desenvolver suas atividades de forma muito mais sustentável. Aspectos como planejamento estratégico e tomadas de decisão tornam-se muito mais eficazes e seguros quando a organização adota políticas de análise e monitoramento de cada um dos indicadores da empresa. Porém, para que tais condutas sejam aplicadas mesmo em casos nos quais o controle da organização é pulverizado em diversos acionistas, é fundamental contar com um órgão que concentre a principais deliberações em relação à gestão do negócio. É justamente esta a função do Conselho Administrativo. Composição do Conselho de Administração Empresas de qualquer porte ou natureza jurídica podem determinar a criação de um Conselho Administrativo. A forma de composição depende de aspectos específicos da cada organização, mas é indicado manter no mínimo 5 e no máximo 11 conselheiros, com participação de até 2 anos cada um. É sempre recomendado ter a participação de profissionais com experiências e qualificações diversificadas para que as discussões possam contar com um maior número de pontos de vista, tais como aspectos financeiros, jurídicos e de controle de risco, por exemplo. Para manter a eficácia e a qualidade, também é importante que os conselheiros estejam alinhados aos princípios e valores da empresa, tenham capacidade de articulação e experiência de mercado. Além disso, é fundamental que os conselheiros não estejam envolvidos em interesses e conflitos de um grupo ou acionista, mantendo sempre a imparcialidade na tomada de decisões. Competência requerida aos membros do Conselho de Administração Pode ser observada pela análise do perfil valorizado para a atuação como conselheiro como segue: a) integridade pessoal; b) capacidade de ler e entender relatórios contábeis e financeiros; c) ausência de conflito de interesses; d) tempo disponível; e) ser bastante motivado; f) ter alinhamento com os valores da empresa; e g) dispor de conhecimento das melhores práticas de governança corporativa. VI Além das qualidades definidas acima, na formação do Conselho devemos citar, as seguintes experiências ou conhecimentos como imprescindíveis a um conselheiro qualificado: a) ter experiência de participação em bons conselhos de administração, ou seja, os reconhecidos por sua excelência; b) experiência com executivo principal (CEO); c) ser experiente em administrar crises; d) entender de finanças; e) ter conhecimentos contábeis; f) ter amplos conhecimentos do ramo da empresa; g) conhecimento do mercado nacional e internacional; h) ter visão estratégica; e i) contatos de interesses da empresa. Compete ao conselho de administração: I - Fixar a orientação geral dos negócios da companhia; II - Eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições, observado o que a respeito dispuser o estatuto; III - Fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, os livros e papéis da companhia, solicitar informações sobre contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros atos; IV - Convocar a assembleia-geral quando julgar conveniente, e as assembleias- gerais ordinárias; V - Manifestar-se sobre o relatório da administração e as contas da diretoria; VI - Manifestar-se previamente sobre atos ou contratos, quando o estatuto assim o exigir; VII - Deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emissão de ações ou de bônus de subscrição; VIII – Autorizar, se o estatuto nãodispuser em contrário, a alienação de bens do ativo não circulante, a constituição de ônus reais e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; IX - Escolher e destituir os auditores independentes, se houver. Serão arquivadas no registro do comércio e publicadas as atas das reuniões do conselho de administração que contiverem deliberação destinada a produzir efeitos perante terceiros. A escolha e a destituição do auditor independente ficará sujeita a veto, devidamente fundamentado, dos conselheiros eleitos na forma do art. 141, § 4, da Lei 6.404/1976, se houver. VII Certificação do Conselho de Administração pelo IBGC Além de promover e disseminar os benefícios de se praticar a boa governança corporativa, o IBGC também realiza cursos para Conselheiros de Administração que visam capacitar o conselheiro para o melhor desempenho em um dos principais órgãos da Governança: o Conselho de Administração. No Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) são oferecidos cursos para formar conselheiros com carga horária de 64 horas e também cursos avançados destinados para os profissionais que já atuam como conselheiros, com duração de 16 horas, que enfocam a Governança Corporativa face às crises mundiais. Os membros do Conselho de Administração são eleitos pela Assembleia Geral, não podem ser eleitas para o Conselho de Administração as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade, ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos. São, ainda, inelegíveis para os cargos de administração de companhia aberta as pessoas declaradas inabilitadas por ato d a CVM. Além disso, também não pode ser eleita para integrar o Conselho de Administração, salvo dispensa da Assembleia Geral, a pessoa que ocupar cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes no mercado e que tenha interesse conflitante com a sociedade. Função e atribuições do Conselho Administrativo A função básica de um Conselho Administrativo é manter, na tomada de decisões, o direcionamento estratégico dos negócios, de acordo com os principais interesses da organização como um todo, protegendo seu patrimônio e maximizando o retorno sobre seus investimentos. Cabe ao Conselho promover debates sobre os objetivos da empresa, para estimular a prática da tomada de decisões em grupo, descentralizando o controle. Além disso, o órgão deve estabelecer diretrizes para um planejamento estratégico e validá-lo junto aos diretores da empresa. Embora não deva interferir diretamente nos assuntos operacionais, o Conselho deve instituir sistemas de controle interno e um código de conduta para a organização. A remuneração dos conselheiros deve levar em conta suas exigências de comprometimento e presença, qualificação e valor agregado à empresa, sempre por meio de critérios claros e objetivos. Mantendo o princípio da transparência, fundamental às práticas de Governança Corporativa, é necessário divulgar todos os valores pagos aos conselheiros, incluindo salário, bônus, gratificações e outros eventuais benefícios. É muito importante que os conselheiros emitam relatórios anuais e prestem contas de todos os seus gastos, incluindo consultas externas a advogados ou auditores, despesas com treinamento e desenvolvimento e gastos com secretaria administrativa, por exemplo. Além disso, recomenda-se que, anualmente, seja realizada uma avaliação formal de desempenho do Conselho e de cada um dos seus membros, com base em VIII critérios como frequência, assiduidade e participação, cuja divulgação deve ser feita aos sócios em conjunto com o relatório de administração. Relação entre Conselheiro Administrativo e acionista Embora seja uma ideia comum, é inadequado considerar o conselheiro como um mero representante dos acionistas. Na verdade, ele está lá para prezar pelos interesses da empresa como um todo, sendo independente, inclusive, do corpo de Diretores. Os conselheiros não podem estar vinculados aos objetivos de um sócio ou grupo de acionistas. Portanto, o conselho deve sempre atuar de forma independente, mantendo a imparcialidade e uma visão holística. Funcionamento de um Conselho Administrativo Deve ser elaborado um regimento interno para o Conselho Administrativo, no qual fiquem delimitadas suas responsabilidades, atribuições e limites de atuação. Para organizar melhor essas questões, um profissional que não faça parte do rol dos conselheiros deve ser nomeado para o cargo de secretário e ficar responsável por coordenar a agenda dos conselheiros e registrar as atas das reuniões. No início de cada exercício, deve ser elaborado um calendário anual com a previsão de reuniões ordinárias do Conselho, cuja frequência pode variar de acordo com o porte e a complexidade de cada organização. É fundamental que os conselheiros recebam antecipadamente documentos referentes ao tema que será tratado e que a pauta de cada reunião esteja disponível a todos os interessados, para que mais pessoas possam contribuir com informações importantes às deliberações. Quais empresas devem implantar um Conselho Administrativo Embora haja exigência legal apenas para o caso das sociedades anônimas, as demais empresas também podem se beneficiar com a criação de um Conselho Administrativo. Ao institui-lo, a tomada de decisões da empresa torna-se mais qualificada, uma vez que irá se basear apenas nos interesses e valores da empresa. Adotar práticas de Governança Corporativa é um passo importantíssimo na trajetória de toda empresa, independentemente do porte, natureza jurídica e forma de constituição. Elas buscam diminuir suas principais fragilidades e melhorar o sistema de gestão da organização, adaptando-se à realidade do mercado, que a cada dia demanda um ambiente corporativo mais transparente, justo e responsável. IX BIBLIOGRAFIA Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Uma década de governança: história do IBGC, marcos da governança e lições de experiência. São Paulo: Saint Paul Editora: Saraiva, 2006. 222 p. BRANDÃO, Rodrigo do Amaral V. A Responsabilidade dos Conselheiros de Administração e Diretores de Sociedades Anônimas abertas sob o enfoque da Governança Corporativa (Monografia). São Paulo: FMU, 2010. Disponível em: http://portal3.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2056352.PDF ENDEAVO RBRASIL Importância da governança corporativa e conselho administrativo https://endeavor.org.br/papel-conselho-administrativo-empresa/
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