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Doenças Cardiovasculares.pdf

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22/10/2017
1
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Profa. Ma. Luana Padilha
Doenças Cardiovasculares- DCV
Principais DCV
Doença Arterial Coronariana – DAC
Hipertensão Arterial Sistêmica -HAS
 Infarto Agudo do Miocárdio – IAM
 Insuficiência Cardíaca Congestiva-ICC
Doença Arterial Coronariana - DAC
Entre as principais manifestações clínicas 
da artéria coronária
Angina
• Sensação de desconforto no tórax ou em 
região próxima
• Provocado por esforço ou ansiedade
• Durando alguns minutos
• Aliviado pelo repouso
Doença Arterial Coronariana - DAC
Angina
• É um sintoma de isquemia do miocárdio
• A isquemia ocorre quando a perfusão 
miocárdica é insuficiente diante da demanda 
requerida pelo músculo
• Pode evoluir para dor torácica recidivante e 
incapacitante, infarto do miocárdio ou morte
ROGERS, 1997
22/10/2017
2
Doença Arterial Coronariana - DAC Doença Arterial Coronariana - DAC
Doença Arterial Coronariana - DAC Doença Arterial Coronariana - DAC
Isquemia Miocárdica
• A causa mais comum da 
Isquemia Miocárdica é a 
doença aterosclerótica 
da artéria coronariana
• Embora a angina possa 
se manifestar também 
na presença de outras 
anormalidades
ROGERS, 1997
22/10/2017
3
Aterosclerose
Doença crônica-degenerativa 
que leva à obstrução das 
artérias pelo acúmulo de 
lípides em suas paredes
ROGERS, 1997
Doença Arterial Coronariana - DAC
Aterosclerose
• Seu desenvolvimento está intimamente 
relacionado à presença de fatores de risco, 
que se subdividem em dois grupos:
Não modificáveis
Modificáveis
ROGERS, 1997
Doença Arterial Coronariana - DAC
A presença de fatores de risco implica maior 
chance para o desenvolvimento da doença
Já a ausência desses fatores de risco não garante
proteção total contra as doenças cardiovasculares
ROGERS, 1997
Doença Arterial Coronariana - DAC
Fatores de Risco Modificáveis
Obesidade
Hipertensão arterial
Diabetes
Tabagismo 
Sedentarismo
Dislipidemias
ROGERS, 1997
22/10/2017
4
Dislipidemias
São alterações dos níveis sanguíneos de 
lípides circulantes
 Consistem na elevação dos triacilgliceróis e/ou 
alterações do colesterol plasmático (elevação 
do LDL-c e/ou redução do HDL-c)
DESFESCHE, 2003
Dislipidemias
Problemática da Hiperlipidemia 
 Comprovada relação que essa alteração 
metabólica mantém com o aparecimento de 
doenças cardiovasculares e, 
No caso das hipertrigliceridemias, com o 
aparecimento de quadros clínicos de 
pancreatite
DESFESCHE, 2003
Dislipidemias
Etiologia 
 Primárias: relacionadas a alterações genéticas 
específicas 
Secundárias: a hábitos de vida inadequados, 
associados a outras doenças ou uso de 
medicamentos
DESFESCHE, 2003
Dislipidemias
Primárias Secundárias
Classificação Laboratorial
Hipercolesterolemia isolada
Hipertrigliceridemia isolada
Hiperlip. Mista com TG e CT
Redução isolada de HDL-c ou 
em associação com LDL-c 
e/ou TG
Causas Clínicas
Diabetes mellitus
Nefropat. Crônica
Hipotireoidismo
Obesidade
Alcoolismo
LES (Lúpus)
Causas 
Medicamentosas
Diuréticos
B-bloqueadores
Anticoncepcionais
Corticosteróides
Anabolizantes
Anti-retrovirais
Classificação
22/10/2017
5
Dislipidemias
Na Abordagem Terapêutica do paciente 
hiperlipidêmico deve-se levar em consideração: 
O tipo de prevenção cardiológica que se 
pretende realizar
O nível de LDL-c e triacilgliceróis encontrado 
A presença de fatores de risco
SALGADO, 2004
Níveis de Prevenção
das Dislipidemias
 Prevenção Primária: definida como ausência 
de manifestação clínica da doença 
aterosclerótica
 Prevenção Secundária: inclui os portadores 
de doença aterosclerótica
SALGADO, 2004
Dislipidemias
Diversos estudos demonstram:
 LDL-c: fator de risco independente para o 
aparecimento da aterosclerose
 Seu tratamento é imperativo para redução da 
morbimortalidade
 A definição da meta de LDL-c a ser alcançada 
dependerá da categoria de risco que o 
paciente se encontre
SALGADO, 2004
Dislipidemias
Princípios para definição das categorias de risco 
que modificam as metas de LDL-c:
 Identificar os fatores de risco principais
Determinar a categoria de risco cardiovascular
Ajustar a intensidade do tratamento em função 
da categoria de risco cardiovascular
SALGADO, 2004
22/10/2017
6
Dislipidemias
Identificar os fatores de risco principais
 LDL-c, HDL-c, triacilglicerol
 Pressão arterial
Diabetes mellitus
 Fumo
Antecedente familiar de infarto ou acidente 
vascular cerebral em homens > 45 anos e em 
mulheres > 55 anos
SALGADO, 2004
Dislipidemias
CATEGORIAS DE RISCO
Risco Alto
Risco Intermediário
Risco Baixo
Adaptado de SALGADO e MARTINEZ, 2004
META DE LDL-c (mg/dL)
< 100
< 130
< 160
Dislipidemias
Consumo de 
colesterol 
alimentar
Consumo de 
carboidratos
Consumo de 
Calorias
(obesidade)
Consumo de 
Ác. graxos 
saturados e 
trans
Adapatado de Grundy, 1991
Relação entre fatores dietéticos e as Dislipidemias
Tratamento Dietetoterápico
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA
22/10/2017
7
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ingestão de Gordura Saturada
Principal causa alimentar de 
elevação do colesterol no plasma
Principal determinante dietético 
do nível de LDL-colesterol
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Alguns estudos
 Para cada aumento de 1% de aumento no 
consumo de Ácidos Graxos Saturados
O colesterol sérico aumenta 2%
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Para redução do consumo de Ác. Graxos Saturados
Deverá haver restrição da ingestão de:
Gordura de origem animal:
Leite e derivados integrais
Óleo de coco e polpa de coco
Óleo de dendê
USDA, 1986
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Colesterol Alimentar
O colesterol alimentar influencia diferentemente 
os níveis plasmáticos de colesterol
A maioria da população é hiporesponsiva
 Colesterol encontra-se apenas em alimentos de 
origem animal
 Possui menor efeito sobre a colesterolemia 
quando comparado à gordura saturada
BEYNEN, 1985
22/10/2017
8
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Carboidratos
• São classificados em:
Monossacarídeos (glicose, frutose e galactose)
Dissacarídeos (sacarose, maltose e lactose)
 Polissacarídeos (amido, dextrina, celulose)
MAHAN, 1995
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Carboidratos
Monossacarídeos
Dissacarídeos
 Polissacarídeos
São os mais indicados no Tratamento das 
Dislipidemias
MAHAN, 1995
• Carboidratos simples
• Absorção gastrointestinal
mais rápida
• Carboidratos complexos
• Absorção mais lenta
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Trans (AGT) ou Gorduras Trans
• São ác. graxos insaturados, isômeros da forma cis 
• Não são sintetizados pelo organismo 
LICHTENSTEIN, 1999
GEUKING, 1995
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Trans (AGT) ou Gorduras Trans
Resultam:
• Da hidrogenação parcial ou total de óleos vegetais 
ou marinhos
GEUKING, 1995
LICHTENSTEIN, 1999
STENDER, 2004
22/10/2017
9
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
• Ácidos Graxos Cis: 
Os átomos de menor peso molecular encontram-se 
paralelos
• Ácidos Graxos Trans: (Ácido Elaídico)
Os átomos de menor peso molecular estão dispostos 
na forma diagonal. 
Transposição da molécula
de hidrogênio de um lado
para outro
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
A hidrogenação de óleos vegetais produz:
• Gorduras hidrogenadas
• Margarinas duras
• Shortenings
ARO, 2001
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Shortenings estão presentes em AlimentosIndustrializados
 sorvetes cremosos
 chocolates
 pães e biscoitos recheados
molhos para saladas,
 cremes para sobremesas
 gordura para fritura industrial
ARO, 2001
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Shortenings estão presentes em:
 batatas fritas
 salgadinhos de pacote
 bolos
 biscoitos
 pastelaria 
 folheados
ARO, 2001
22/10/2017
10
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Trans (AGT) ou Gordura Trans
É utilizada porque confere aos alimentos:
• Melhor palatabilidade: alimentos mais saborosos 
• Textura: alimentos mais crocantes
• Aumenta o tempo de prateleira: > resistência
SBD 2001
Ácidos Graxos Trans (AGT) ou Gordura Trans
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
O elevado consumo de Gorduras Trans:
• Aumenta o risco de Doença Arterial Coronariana
• Causa mais provável ação sobre as lipoproteínas
• Do mesmo modo que as GS, as gorduras trans:
Aumentam a concentração de LDL-c, adicionado...
Ao efeito deletério redução do HDL-c 
WILLET, 1993; ASCHIERO, 1999; KROMHOUT, 1995
ROSS, 2001
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
A Redução do HDL-Colesterol:
• Representa um aumento na relação LDL-c/HDL-c 
(Índice de Castelli)
• Considerado importante prognóstico para as 
doenças cardiovasculares
WILLET, 1995
22/10/2017
11
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
ANVISA RDC 360/2003- A partir: Julho de 2006
• Empresas: obrigadas a declarar a quantidade de 
gordura trans no rótulo dos alimentos industria-
lizados
• Consumo máximo recomendado:
 2,0 g/2.000Kcal/dia ou
 ≤ 1% do VET
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Trans
• Apesar da obrigatoriedade da declaração da 
quantidade de gordura trans nos produtos 
industrializados
• Se o produto contiver, por porção, até 0,2g de 
gordura trans a ANVISA permite que a 
embalagem estampe o claim "Não contém...", 
"Livre de...", "Zero..." ou "Isento de... Gordura 
Trans"
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Trans
• Permitindo que o próprio fabricante, 
arbitrariamente, escolha qual o tamanho de uma 
porção de seu produto que fique abaixo de 0,2g
• Um fabricante de biscoitos, por exemplo, pode 
imprimir em sua tabela nutricional que os valores 
de 1 porção equivalem a 1/2 biscoito, e assim 
induzir o consumidor a acreditar que esse 
produto não contém nenhuma gordura trans
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Poliinsaturados (AGPI)
• Ômega-6 (Ω-6) : Linolêico e Aracdônico
• Ômega-3 (Ω-3): α-Linolênico
Eicosapentaenóico (EPA)
Docosaexaenóico (DHA)
USDA, 1986
22/10/2017
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TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Monoinsaturados (AGMI)
• Ômega-9 (Ω-9) : Ác. Oléico
USDA, 1986
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Poliinsaturados (AGPI)
• Reduzem o Colesterol e o LDL-c por vários 
mecanismos:
Menor produção e maior remoção de LDL
Alteração da estrutura das LDL de forma a 
diminuir o conteúdo de colesterol da partícula
USDA, 1986
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Poliinsaturados (AGPI)
Ômega-6 Linolêico: 
• É um ácido graxo essencial (AGE)
• Precursor dos demais AGPI da série Ω-6
• Principais fontes alimentares de AGPI:
Óleos vegetais, exceto de coco, cacau e palma
USDA, 1986
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Poliinsaturados (AGPI)
Ômega-3: eicosapentaenóico e docohexaenóico:
• São encontrados em peixes de águas muito frias
• Sua concentração depende da composição do 
fitoplâncton local
• Os ác. Graxos Ω-3 diminuem a trigliceridemia 
plasmática por reduzirem a secreção hepática de 
VLDL
VON SHACKY, 1999
22/10/2017
13
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Poliinsaturados (AGPI)
Ômega-3: α-Linolênico 
• São encontrados em tecidos verdes das plantas, 
óleo de soja e canola
• Os ác. Graxos Ω-3 diminuem a trigliceridemia 
plasmática por reduzirem a secreção hepática de 
VLDL
VON SHACKY, 1999
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Monoinsaturados (AGMI)
• Ômega 9 (Ω-9): Ácido oléico
• É considerado neutro, por não interferir na 
concentração de LDL-c
• São encontrados em azeite de oliva, óleo de 
canola, azeitona, abacate e oleaginosas 
(castanhas, nozes, amêndoas)
GRUNDI, 1991
WOOLEEN, 1994
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Ácidos Graxos Monoiinsaturados (AMPI)
Dados epidemiológicos:
• Populações que vivem no Mediterrâneo possuem 
menor risco de desenvolver DCV 
• Em virtude do tipo de alimentação adotada
• Principal fonte de gordura é o azeite associado 
com o alto consumo de cereais, vegetais e frutas
DE LOGERIL, 1996
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Alimentos Funcionais
22/10/2017
14
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Alimentos Funcionais 
• Última década: numerosos estudos científicos 
foram publicados
• Efeito de dietas suplementadas (fibras, óleo de 
peixe, fitosterol, isoflavonas, flavonóides)
• Prevenção e no tratamento da Doença Arterial 
Coronariana 
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Alimentos Funcionais 
• São aqueles que, além de desempenhar sua 
função nutricional básica, oferecem benefícios 
adicionais à saúde em função de alguns 
componentes nutricionais fisiologicamente ativos
ou seja:
• além de fornecer os nutrientes, podem prevenir 
ou tratar determinadas doenças
HASLER, 2001
Alimentos Funcionais 
• Quando consumidos de maneira adequada
• Mostraram benefícios na prevenção e tratamento 
de várias doenças, ppalmente cardiovasculares
• Por meio de diferentes mecanismos:
HASLER, 2001
Redução dos níveis de colesterol sanguíneo
Diminuição na formação de placas de gordura nas 
artérias
Redução na formação de radicais livres
TRATAMENTO DIETÉTICO- CONSIDERAÇÕES
Principais Nutrientes Funcionais:
• Isoflavonas
• Fibras
• Ômega 3
• Fitosteróis
• Flavonóides 
22/10/2017
15
Soja 
Soja (Isoflavona)
• Eficácia é comprovada quanto ao efeito na 
redução do colesterol sanguíneo
• Isoflavona: fitoestrógeno / funções semelhantes 
ao estrógeno humano
HASLER, 2001
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Soja (Isoflavonas)
• Metanálise: 38 estudos (Anderson, 1999)
• Efeitos da ingestão da soja nos lípides séricos
• Melhora no perfil lipídico proporcionada pela 
proteína de soja
• FDA concluísse que o consumo superior 
a 25g/dia de soja (50 mg de isoflavonas)
• Contribuiria para redução da incidência de 
doença coronariana
HASLER, 2001
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Isoflavonas (fitoestrógenos)
Estão relacionadas à prevenção da aterosclerose:
• Pelas ações que exercem sobre as concentrações 
dos lipídios plasmáticos
• Efeitos anti-oxidantes 
• Efeitos antiproliferativos e antimigratórios 
sobre as células musculares lisas (evitando a 
formação de trombo)
HASLER, 2001
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
22/10/2017
16
Fontes de Soja
• Feijão de soja
• Queijo de soja (tofu) 
• Molho de soja (shoyo)
• Farinha de soja
• Leite de soja 
• Concentrado protéico de soja (utilizado como 
base de alimentos liofilizados e como suplemento 
protéico)
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Fibras 
22/10/2017
17
Fibras
• São carboidratos complexos
• Não absorvidos pelo intestino
• Com ação reguladora na função intestinal
ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Classificação das Fibras (Solubilidade)
• Solúveis
• Insolúveis
ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Fibras Solúveis
• Pectinas (frutas)
• Gomas e Mucilagens (aveia, cevada e leguminosas)
ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Fibras Solúveis
• Retardam o esvaziamento gástrico
• Aumentam o tempo de trânsito gastrointestinal
• Tornam lenta a absorção de glicose
• Reduzem os níveis de colesteroltotal e LDL-c
ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
22/10/2017
18
Fibras Insolúveis
• Não atuam sobre a colesterolemia, mas...
• Aumentam a saciedade, auxiliando na redução 
da ingestão calórica
• Celulose (trigo)
• Hemicelulose (grãos)
• Lignina (hortaliças) ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Fibras Insolúveis
• Encurtam o tempo intestinal
• Aumentam o bolo fecal e o estímulo da 
motilidade intestinal
• Tornam lenta a absorção de glicose 
• Retardam a absorção do amido ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Farelo de Aveia 
• É o alimento mais rico em fibra solúvel
• Com maior capacidade de reduzir colesterol 
sanguíneo
• Reduzindo a absorção do colesterol e retardando 
a absorção de gorduras
ADA, 1999
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Farelo de Aveiacolesterol
Como as Fibras solúveis 
reduzem o colesterol sanguíneo?? 
colesterol
22/10/2017
19
Efeito Hipolipidêmico das Fibras Solúveis: 
• Devido a sua capacidade de absorver ácidos 
biliares
• Reduz a absorção de colesterol
• Aumenta o desvio do colesterol endógeno 
para síntese de ácidos biliares
HASLER, 2001
colesterol
Recomendação de ingestão de Fibras 
• NCEP - National Cholesterol Education Program
• 20 a 30 g/ dia 
• Consumo diário de 5 a 10g de fibras solúveis: 
medida adicional para redução do colesterol
NCEP, 2001
colesterol
Ômega - 3
Ômega-3
• A partir de estudos epidemiológicos
• Esquimós da Groelândia e vilas japonesas
• Associação entre a baixa incidência de doença 
coronariana consumo de peixes e 
animais marinhos ricos em ômega-3
SIMONS, 1985
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
22/10/2017
20
Ácidos Graxos Ômega-3
• Podem promover a redução do perfil lipídico
• Outros efeitos cardiovasculares
LEAF, 1988
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Diminuindo os níveis de triacilgliceróis (TAG)
Redução da viscosidade do sangue
Redução da pressão arterial
Efeitos anti-inflamatórios
Efeito anti-agregante plaquetário
Ácidos Graxos Ômega-3
• Recomendação: quantidade ideal na dieta
• Ainda não está bem estabelecida
• FAO e OMS recomendam a ingestão de 1 a 2% 
das calorias totais da dieta
• ADA recomenda o consumo semanal de 180g de 
peixes ricos em ômega-3
CUKIER, 1988
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Fitosteróis 
Fitosteróis 
• Também conhecidos como esteróis
vegetais
• São um extrato vegetal natural de 
sementes de girassol e grãos de 
soja
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
22/10/2017
21
Fitosteróis 
• Têm para os vegetais uma função similar à do 
colesterol para os seres humanos
• Que é a manutenção da estrutura e da função 
da membrana celular
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
MIETTINEN, 1999
Fitosteróis
Os fitosteróis mais comuns são:
• Sitosterol, campestrol e 
estigmasterol
• Reduzem o colesterol em função 
de sua capacidade de impedir a 
absorção do colesterol 
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
LOTTENBERG, 2002
Fitosteróis- Estudos clínicos realizados 
durante algumas décadas, demonstraram:
• Os Fitosteróis reduzem níveis de colesterol, se 
consumidos regularmente
• Diminuindo a fração do LDL-c, sem interferência
na fração do HDL-c
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
LOTTENBERG, 2002
Existem duas fontes de colesterol no intestino:
• Exógena: proveniente da ingestão de alimentos
• Endógena: produzida pelo fígado, passando para 
o intestino delgado junto com a bile
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
LOTTENBERG, 2002
22/10/2017
22
• O pâncreas libera enzimas (lipases) para o 
intestino delgado, que vão quebrar os 
triacilgliceróis em ácidos graxos livres e glicerol 
e vão remover os ácidos graxos dos ésteres de 
colesterol, produzindo colesterol livre 
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
COSTA, 2000
Ação dos Fitosteróis na redução da absorção 
intestinal de colesterol
Fígado Sangue Fígado Sangue
Intestino IntestinoFezes
Sem Fitosteróis Com Fitosteróis
Bile
Colesterol
Fitosteróis
Sais Biliares
Fezes
Bile
A ingestão de alimentos contendo 
ésteres de fitoesterol:
• Reduz a absorção tanto do 
colesterol dietético (exógeno), 
quanto endógeno
Fitoesteróis
TRAUTWEIN, 2003
Como reduz a absorção do colesterol endógeno?
• A redução da absorção de colesterol estimula o 
fígado a aumentar a síntese de colesterol
• Porém esse aumento não é suficiente 
para compensar o fornecimento reduzido 
de colesterol
• Em resposta, o fígado aumenta o número de 
receptores LDL para, em seguida, aumentar a 
liberação de LDL-c das artérias
Fitoesteróis
TRAUTWEIN, 2003
22/10/2017
23
Redução do Colesterol:
• Estudos demonstraram que a dose de 1,6 g de 
fitosteróis reduz de 8 a 15% os níveis de 
colesterol e de LDL-c
• Para fins comerciais, os fitosteróis são 
encontrados adicionados às margarinas, nas 
quais a recomendação para um efeito redutor 
é de 20g/dia, atingindo a quantidade de 1,6g 
de fitosterol
Fitoesteróis
WESTSTRATE, 1999
Flavonóides
Flavonóides
• São anti-oxidantes polifenólicos
• Encontrados em algumas frutas 
vermelhas: amora, morango, uva e 
maçã
• Condimentos: alho e cebola
• Algumas bebidas: vinho tinto, suco de 
uva e chá verde (Camelia sinensis)
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Flavonóides
• Alguns estudos demonstraram relação inversa 
entre a ingestão de flavonóides e a incidência 
de doenças cardiovasculares
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
VIANA, 1996
22/10/2017
24
Flavonóides
• Pesquisas
• Flavonóides presentes nas uvas vermelhas
• Vinho tinto (resveratrol) e no suco de uva
• Agem como antioxidantes
• Reduzindo o risco de doenças cardiovasculares
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
MORAND, 1998
Considerando que o consumo de bebidas alcoólicas:
• Aumenta os níveis de triacilgliceróis e glicemia
• Aumenta a pressão arterial
• Favorece o ganho de peso
• Não é recomendado o consumo de álcool na 
prevenção de doença aterosclerótica
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
IV DIRETRIZES BRAS. DISLIPIDEMIAS, 2005
Flavonóides contidos na dieta:
• Estão envolvidos na prevenção da aterosclerose
• Por inibirem a oxidação da LDL-c
• Diminuindo sua aterogenicidade
E conseqüentemente... 
• Risco de doença arterial coronariana
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
IV DIRETRIZES BRAS. DISLIPIDEMIAS, 2005
22/10/2017
25
Azeite de Oliva
Azeite de Oliva
• Estudo de Lyon (Dieta do Mediterrâneo)
• Dieta do Mediterrâneo x Dieta Ocidental
• Redução importante da mortalidade por DCV no 
grupo de indivíduos que se alimentavam de 
acordo com padrão das regiões Mediterrâneas 
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
DE LOGERIL
Azeite de Oliva
• Oleuropeína e Hidroxitirosol são poderosos 
antioxidantes presentes no Azeite de Oliva
• Sua concentração é alta 
especialmente no Azeite de 
Oliva Extra Virgem 
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
VISIOLE, 2001
Azeite de Oliva- Classificação por acidez
• Extra-virgem: Ph < 0,5%
• Virgem: Ph = 0,5 a 1,0%
• Refinado: Ph > 1,0% (vai ao fogo)
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
Não devem ir ao fogo 
a altas temperaturas
22/10/2017
26
• A indicação do consumo de alimentos funcionais 
é bastante útil para melhorar a adesão ao 
tratamento e eficácia da terapia
• O uso desses alimentos deverá ser indicado 
respeitando-se a dieta alimentar
ALIMENTOS FUNCIONAIS 
DISLIPIDEMIAS
Dietoterapia 
• Considera o tipo de alteração lipídica
• Fatores metabólicos associados:
DISLIPIDEMIAS
SBC, 2001
Presença de diabetes e obesidade
Classificação Laboratorial das Dislipidemias
• Hipertrigliceridemia: Triacilgliceróis
• Hipercolesterolemia: Colesterol total e LDL-c
• Hiperlipidemia Mista:
DISLIPIDEMIAS
SBC, 2001
Triacilgliceróis
Colesterol total e LDL-c
HDL-c 
22/10/2017
27
DIETA PARA DISLIPIDEMIAS 
AHA- American Heart Association/ III Diretrizes Brasileiras sobre Dislipidemias/SBC, 2001
NUTRIENTES INGESTÃO RECOMENDADA
Gordura total
Ác. Graxos saturados
Ác. Graxos poliinsaturados
Ác. Graxos monoiinsaturados
Carboidratos
Proteínas
Colesterol
Fibras alimentares 
Calorias
25 a 35% das calorias totais
< 7% das calorias totais
Até 10% das calorias totais
Até 20% das calorias totais
50 a 60% das calorias totais
~ 15% das calorias totais
Até 200 mg/dia
20 a 30g/dia
Para atingir e manter peso
desejável
• Pacientes com níveis muito elevados de 
triacilgliceróis e que sejam portadores de 
hipertrigliceridemia primária
• Redução rigorosa da ingestão 
de gordura total da dieta
DIETOTERAPIA
SBC, 2001
• Na hipertrigliceridemia 
secundária à obesidade ou ao diabetes
Recomenda-se: 
• Dieta hipocalórica balanceada
• Compensação do diabetes 
• Restrição do consumo do álcool 
• Exercício físico
DIETOTERAPIA
SBC, 2001
• Na Hipertrigliceridemia grave
• Além da restrição de carboidratos
• Podem ser recomendados alimentos fontes 
de gordura poliinsaturada ômega-3 
• Como por ex. duas ou três porções de peixe 
por semana
DIETOTERAPIA
SBC, 2001
22/10/2017
28
DIETOTERAPIA
Doenças Cardiovasculares- DCV
Principais DCV
Doença Arterial Coronariana – DAC
Hipertensão Arterial Sistêmica -HAS
 Infarto Agudo do Miocárdio – IAM
 Insuficiência Cardíaca Congestiva-ICC
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Infarto Agudo do Miocárdio
A evolução da placa aterosclerótica em 
trombos coronarianos é a causa mais 
freqüente de infarto agudo do miocárdio 
(IAM)
Caracterizado pela necrose do músculo 
cardíaco como resultado de insuficiente 
perfusão
The Joint National Committee Report, 2003
22/10/2017
29
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Trombo
Diagnóstico do IAM
Sintomas isquêmicos: dor precordial forte, 
com sensação de queimação e duração > 30 min, 
acompanhada de sudorese, palidez e taquicardia
Eletrocardiografia
Exames laboratoriais: elevação plasmática de 
macromoléculas liberadas pelo miocárdio 
irreversivelmente lesado
WHO, 1979
Diagnóstico do IAM
Metodologia recente:
Incluiu a dosagem de troponinas
Marcadores de necrose tecidual
Joint European Society of Cardiology, 2000
22/10/2017
30
Diagnóstico do IAM
Se houver aumento característico e diminuição 
gradual da troponina ou
Aumento e diminuição mais rápidos para 
creatina-quinase fração MB (CK-MB), com pelo 
menos, um dos seguintes critérios:
Joint European Society of Cardiology, 2000
• sintomas isquêmicos
• desenvolvimento de ondas Q patológicas no eletro
• eletrocardiograma indicativo de isquemia
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
Conduta Nutricional 
Infarto Agudo do Miocárdio
Objetivo da conduta nutricional 
após o evento
Facilitar o processo digestório 
Minimizar o esforço cardíaco
Conduta Nutricional no IAM
22/10/2017
31
Repouso alimentar durante as 1ªs. horas, 
após o diagnóstico, que não deve ser 
superior a 12 horas
Conduta Nutricional no IAM
Se pacientes hemodinamicamente estáveis, mas 
com incapacidade de se alimentar por via oral:
Suporte nutricional por via enteral
Baixa velocidade de infusão
 Fórmulas apropriadas para o quadro o clínico / 
metabólico
Conduta Nutricional no IAM
Pacientes capazes de utilizar a via oral, 
considerar:
Vômitos e náuseas freqüentes nas 1ªs. 24 h
Necessidade de repouso absoluto em leito 
no primeiro dia após o evento e 
Repouso relativo (esquema leito-cadeira) 
durante os dois a três dias após o evento
 Estado clínico, metabólico e nutricional 
(presença de diabetes, hipertensão, dislipide-
mias e obesidade)
Conduta Nutricional no IAM
 Primeiras refeições: de preferência, de 
consistência líquida e/ou pastosa afastado 
risco de broncoaspiração
 Esquema diário de alimentação deve incluir 
alimentos de consistência líquida, pastosa ou 
branda em pequenos volumes fracionados de 
cinco a seis refeições ao dia
 Facilitando o processo digestório e, 
conseqüentemente o menor esforço cardíaco
Conduta Nutricional no IAM
22/10/2017
32
Contra-indica-se:
Uso de alimentos que dificultem o 
funcionamento intestinal
Alimentos flatulentos que podem causar 
desconforto digestório
Conduta Nutricional no IAM
Considerando a boa evolução do quadro:
 Pacientes voltam à alimentação com 
consistência normal após o 4º ou 5º dia 
pós-IAM, desde que já estejam 
deambulando
Deve-se considerar o início do processo da 
educação nutricional
Conduta Nutricional no IAM
Educação Nutricional
Incentivar o consumo:
Vegetais 
 Cereais integrais 
 Carnes e derivados lácteos com menor teor de 
gorduras
NCEP, 2000
Evolução
Repouso alimentar: nas 1ªs horas (não > 12 h)
 Primeiras refeições: líquida e/ou pastosa
Após evoluir para dieta branda 
 4º ou 5º dia: alimentação com consistência 
normal (se deambulando)
 Evitar alimentos flatulentos
Revisão- Conduta Nutricional no IAM
22/10/2017
33
Doenças Cardiovasculares- DCV
Principais DCV
Doença Arterial Coronariana – DAC
Hipertensão Arterial Sistêmica -HAS
 Infarto Agudo do Miocárdio – IAM
 Insuficiência Cardíaca Congestiva-ICC
INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA
Síndrome de 
características malignas
Alta mortalidade nas 
formas avançadas
Fisiopatologia- Insuficiência Cardíaca
SILVA, 2002
Estado patológico complexo 
em que o coração tem sua 
função de bombeamento 
sanguíneo insuficiente para 
demanda metabólica dos 
tecidos, ou faz por conta 
de elevada pressão de 
enchimento
Fisiopatologia- Insuficiência Cardíaca
COLUCCI, 2001
22/10/2017
34
Insuficiência 
Cardíaca
São causados, principalmente, por:
Distúrbios hemodinâmicos 
Alterações neuro-hormonais
Principais manifestações da IC:
Dispnéia, edema e fadiga
Sinais e Sintomas -Insuficiência Cardíaca
COLUCCI, 2001
Nos casos mais graves pode ocorrer:
Baixo débito cardíaco com alterações 
da perfusão periférica
Sudorese, palidez cutaneomucosa e 
manifestação de baixo fluxo cerebral
Sinais e Sintomas -Insuficiência Cardíaca
COLUCCI, 2001
Limitação da tolerância as esforços habituais:
Tem sido utilizada para estimar a gravidade 
da Insuficiência Cardíaca, por meio de uma 
classificação
Sinais e Sintomas -Insuficiência Cardíaca
PAVANELLO, 2002
22/10/2017
35
Classificação Funcional da Insuficiência Cardíaca
Adapatado da SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA
CLASSE FUNCIONAL 1
Paciente assintomático em suas 
atividades físicas habituais
CLASSE FUNCIONAL 2
Paciente assintomático em 
repouso. Sintomas são 
desencadeados pela atividade 
física habitual
CLASSE FUNCIONAL 3
Paciente assintomático em 
repouso. Atividade menor que a 
habitual causa sintomas
CLASSE FUNCIONAL 4
Paciente com sintomas (dispnéia, 
palpitações e fadiga), ocorrendo 
às menores atividades físicas e 
mesmo em repouso
Não visa somente aliviar os sintomas 
 E melhorar a capacidade funcional e 
qualidade de vida
 Prevenir o desenvolvimento e a progressão 
da Insuficiência Cardíaca
Redução da mortalidade
Tratamento Atual da Insuficiência Cardíaca
SBC, 1999
Multidisciplinar
Modificações no estilo de vida
Dieta
 Fármacos diversos
 Intervenção cirúrgica
Abordagem Terapêutica da IC
SBC, 1999
Dietoterapia
Insuficiência Cardíaca
22/10/2017
36
Lembretes
A perda de peso geralmente ocorre
Suprir as necessidades energéticas
Para manter o peso mais próximo 
do considerado ideal
Minimizar tal perda 
Dietoterapia- InsuficiênciaCardíaca
SILVA, 2002
Objetivo:
 Fornecer calorias e nutrientes necessários
Minimizar a perda de peso
Recuperar o estado nutricional
 Evitar a sobrecarga cardíaca
Dietoterapia 
Insuficiência Cardíaca
Necessidades Energéticas:
 Pacientes não desnutridos: 28 Kcal/Kg
Preservar a composição corporal e/ou limitar 
os efeitos do hipercatabolismo
 Pacientes desnutridos: 32 Kcal/Kg/dia
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
Alcance das Necessidades Energéticas:
Aumentar a densidade calórica das preparações
fornecendo maior quantidade de calorias 
em menor volume
Módulos de nutrientes
Suplementos nutricionais
Aumentar o percentual de gorduras da dieta
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
KOK, 2002
22/10/2017
37
Dieta
 Fracionada: cinco a seis refeições
 Consistência quadro clínico e aceitação
 Em geral: consistência pastosa
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
KOK, 2002
 Ingestão oral insuficiente ou 
incapacidade de utilização desta via
 Introdução de Terapia Nutricional 
Enteral o mais precoce possível
 Evitar perda de peso e de nutrientes 
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
KOK, 2002
Nutrição Enteral
Inserindo sonda nasoenteralSonda Nasoenteral
Paciente com sonda 
nasoenteral
Composição da Dieta Enteral
Varia de acordo com quadro clínico
 Estado nutricional do paciente
Densidade calórica elevada
Volume geralmente, reduzido
Variando em função do balanço 
hidroeletrolítico
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
KOK, 2002
22/10/2017
38
Necessidades de Macronutrientes:
 Carboidratos: 50 a 60% do VET
Retenção de dióxido de carbono (CO2) está 
aumentada, em decorrência da má ventilação
Redução no percentual de CHO pode auxiliar 
no manuseio clínico dos pacientes 
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
I DIRETRIZES NUTRICIONAIS EM CARDIOLOGIA, 2001
Necessidades de Macronutrientes:
 Lípides: 25 a 30% das NCT 
 Preferência: gorduras mono e poliinsaturadas
Restringir a quantidade de colesterol: 200mg
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
SILVA, 2002
Necessidades de Macronutrientes:
 Proteínas sua determinação deve considerar:
Hipermetabolismo e hipercatabolismo
 Estado nutricional
Variando de normo a hiperprotéica
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
I DIRETRIZES NUTRICIONAIS EM CARDIOLOGIA, 2001
Necessidades de Macronutrientes:
 Proteínas
 Pacientes com desnutrição avançada: 
1,5 a 2,0g/kg peso/dia garantir síntese 
protéica
 Pacientes eutróficos: 1,0g/kg peso/dia
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
I DIRETRIZES NUTRICIONAIS EM CARDIOLOGIA, 2001
22/10/2017
39
Necessidades de Macronutrientes:
 Fibras: 25 a 30g/dia
 Fibras: auxilia regularização do funcionamento 
intestinal, evitando obstipação
 Peristalse intestinal pode predispor a 
alterações no rítmo cardíaco
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
SILVA, 2002
Necessidades de Micronutrientes:
Sódio: 100 mEq/dia 
Depende da gravidade da insuficiência cardíaca
Dieta hipossódica até para assintomáticos
 Prevenir a retenção hídrica
Restrições mais rigorosas: pouco indicadas 
(baixa palatabilidade)
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
COSTA, 2001
Necessidades de Micronutrientes:
 Potássio: 50 a 70 mEq/dia
 Pacientes com IC utilizam diuréticos
 Alguns são espoliadores de potássio
Hipocalemia pode causar náuseas, vômitos, 
desconforto abdominal, arritmia 
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
SANTOS, 2002
Necessidades de Micronutrientes:
 Potássio: 50 a 70 mEq/dia
 Incremento de Potássio na dieta:
Aumento do consumo de frutas, 
legumes, verduras e leguminosas, pode ser 
suficiente
 Em alguns casos é necessária suplementação 
medicamentosa
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
I DIRETRIZES NUTRICIONAIS EM CARDIOLOGIA, 2001
22/10/2017
40
Potássio: 50 a 70 mEq/dia
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
Restrição Hídrica
Nem sempre será necessária
Será estabelecida de acordo com o grau de IC 
e o quadro do paciente
Monitorização do peso, do balanço hídrico e da 
observação de sinais de congestão 
São instrumentos para determinar a 
necessidade ou não da restrição de líquidos
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
PAIVA, 2004
Restrição Hídrica
A quantidade máxima de líquidos a ser 
ingerida diariamente também será variável 
e estipulada com base nos critérios 
anteriores e...
Na dose terapêutica de diuréticos utilizada
Dietoterapia Insuficiência Cardíaca
PAIVA, 2004
Dietoterapia no Período 
Pré-transplante Cardíaco
22/10/2017
41
Estado nutricional dos candidatos
 É afetado de acordo com comprometimento 
miocárdico
Nos casos mais graves:
Déficit de peso caquexia cardíaca
Dietoterapia no Pré-Transplante Cardíaco
SILVA, 2002
Estado Nutricional
 É fator importante na evolução do quadro 
pós-operatório
Desnutrição está associada:
Maior suscetibilidade a infecções
 Complicações pós-operatórias
Mortalidade
Dietoterapia no Período Pré-transplante
SILVA, 2002
Objetivo do Cuidado Nutricional
 Fornecer nutrição adequada o mais precoce 
possível, com o mínimo de trabalho cardíaco
Recomendações de fracionamento e a 
adequação de hábitos alimentares similares 
para pacientes clínicos
Dietoterapia no Período Pré-transplante
SILVA, 2002
Recomendações nutricionais no Pré-transplante
NUTRIENTES RECOMENDAÇÃO
Carboidratos
Gorduras
Proteínas
Minerais
Vitaminas
Fibras
Hidratação
Hipo a Normoglicídica: 48-58% do VET
25-30% VET- Pref. PUFAS e MUFAS
Colesterol dietético: < 200mg/dia
Normo a Hiperprotéica: 0,8-2,0g/kg/dia
Sódio: restrição até 22 mEq/dia
Potássio: 50 a 150 mEq/dia
Cálcio: 1-1,5 g/dia
Magnésio: até 250 mg/dia
Suplementação de vitam. do complexo B 
e vitamina C
25-30 g/dia, sendo 6 g fibra solúvel
20-30 ml/kg/dia
Adaptado de Silva, Mendonça, 2002
22/10/2017
42
Ajuste das necessidades calóricas deve considerar:
Quadro clínico
 Estado nutricional
Necessidade de manutenção ou ganho de peso
Dietoterapia no Período Pré-transplante
Dietoterapia no Período 
Pós-transplante
Objetivo da Dietoterapia
Auxiliar no controle das alterações 
metabólicas decorrentes da terapêutica 
imunossupressora
Dietoterapia no Período Pós-transplante
POMPEU, 1997
Terapêutica Imunossupressora 
Diminui a resposta fisiológica contra o 
enxerto, reduzindo a possibilidade de 
rejeição
Drogas utilizadas:
 Corticóide
Azatriopina
 Ciclosporina
Dietoterapia no Período Pós-transplante
POMPEU, 1997
22/10/2017
43
Drogas utilizadas no Pós-transplante:
 Corticóide: hiperlipidemia, hiperglicemia, 
catabolismo protéico, hipoalbuminemia, 
retenção de sódio e ganho de peso
Azatriopina: náuseas, vômitos, anorexia, 
disfunções gastrointestinais, anemia, 
leucopenia e plaquetopenia
 Ciclosporina: hiperglicemia, hiperlipidemia, 
hipercalemia, hipomagnesemia, hipertensão, 
disfunção renal e hepática, anemia e leucopenia
SILVA, 2002
Nos 1os. Dias de Pós-transplante: 
Necessidades de nutrientes estão aumentadas 
pelo estado catabólico do período pós-cirúrgico
Nos 1o. mês e também nos casos de rejeição 
aguda (esteróides): 
Dieta hiperprotéica (1,5 a 2,0g/kg)
VET: 30 a 35 Kcal/kg para evitar balanço 
nitrogenado negativo
Dietoterapia no Período Pós-transplante
SILVA, 2002
Após a fase catabólica, recomenda-se:
 Proteína: 1,0 g/kg
VET: para atingir ou manter peso adequado
Gorduras: 25 a 30% do VET (PUFAS e MUFAS)
Colesterol: < 200mg/dia
Dietoterapia no Período Pós-transplante
SILVA, 2002
Pacientes pós-transplantecardíaco:
Tendência à hipertrigliceridemia e 
hiperglicemia (ciclosporina)
Conduta: evitar mono e dissacarídeos
Priorizar os carboidratos complexos
Fibras: 25 a 30g, sendo 6 g de fibra solúvel
Auxiliar no controle do colesterol e glicemia
Dietoterapia no Período Pós-transplante
COSTA, 2003
22/10/2017
44
Restrição de sódio deve ser moderada: 
 2.400mg de sódio, de acordo com o quadro clínico
Objetivando minimizar a retenção de líquidos 
Auxiliar o controle da hipertensão
Dietoterapia no Período Pós-transplante
SILVA, 2002
Suplementação de vitaminas e minerais:
De acordo com a necessidade do paciente
Níveis séricos devem ser monitorados 
periodicamente
Dietoterapia no Período Pós-transplante
SILVA, 2002
E.S.S, masc., 59 anos, etilista, com DCV, história de IAM. 
Faz uso de medicação anti-hipertensiva. Dados antropomé-
tricos: Peso atual: 81,0 kg, Altura: 1,71m e CC= 104 cm. 
Estudo de caso 1
Lipidograma Valor 
encontrado 
Valores de Referência
Colesterol Total 314 mg.dl < 200 mg/dl- desejável
200-239mg/dl- limítrofe
>240 mg/dl- alto
LDL-colesterol 260 mg/dl 100-129 mg/dl: desejável
130-159mg/dl: limítrofe
>160 mg/dl: alto
HDL- colesterol 35 mg/dl >60mg/dl: desejável
Triglicerídeos 170mg/dl <150mg/dl
Elabore um Plano Alimentar para esse 
paciente, considerando as condições clínicas 
(doença e estado nutricional) e laboratoriais.
Plano alimentar: 
 Cálculo do VET
Macronutrientes
 Colesterol total
Orientações alimentares
Estudo de caso 1
22/10/2017
45
I.J.S, masc., 61 anos,
História da Doença Atual: portador de Insuficiência
Cardíaca Congestiva há seis anos, evoluiu há um mês com
piora progressiva dos sintomas de dispnéia, fadiga e
arritmia aos pequenos esforços (caminhar dentro do lar).
Apresenta sudorese, palidez, anorexia e edema. Em casa
estava em uso de medicamentos (diuréticos, beta-
bloqueador e cardiotônico), entretanto com pouca resposta
dos sintomas aos medicamentos. Relatou consumo de dieta
pastosa, com bastante dificuldade em função da dispnéia.
Apresenta edema moderado de membros inferiores, ascite
leve, anorexia e fadiga. Paciente restrito ao leito, pois não
consegue caminhar sem desconforto cardiorrespiratório. É
cardiopata há 10 anos, é hipertenso e já sofreu IAM.
Estudo de caso 2
Cont. I.J.S, masc., 61 anos.
Apresenta Lipidograma normal, exceto HDL-c= 40mg/dl
(abaixo da normalidade)
Estudo de caso 2
Dados 
antropométricos
Valor 
encontrado 
Classificação
Peso atual 58 kg com 
edema
Peso seco 50,8kg Edema moderado= -5 kg
Ascite leve= -2 kg
Peso usual 60 kg
Altura 1,75 m
Elabore um Plano Alimentar para esse 
paciente, considerando as condições clínicas 
(doença e estado nutricional).
Plano alimentar: 
 Cálculo do VET
Macronutrientes
Orientações alimentares
Estudo de caso 2
“Para o trabalho que 
gostamos levantamo-nos 
cedo e fazemo-lo com 
alegria”
William Shakespeare
22/10/2017
46

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