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Comissões de Conc Prévia DT José Gervásio Área Adm. 07042017 TST

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DIREITO DO TRABALHO
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COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
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DIREITO DO TRABALHO
Comissões de Conciliação Prévia
Prof. José Gervásio Meirelles
www.grancursosonline.com.br
SUMÁRIO
Apresentação .............................................................................................3
Comissões de Conciliação Prévia ...................................................................5
I – Conceito e Constituição ..........................................................................5
II – Submissão da Demanda na Comissão de Conciliação Prévia .....................10
III – Ausência de Obrigatoriedade de Submissão da Demanda à CCP e Princípio 
da Inafastabilidade Jurisdicional .................................................................13
IV – Termo de Conciliação na Comissão de Conciliação Prévia e Efeitos ...........15
V – Submissão da Demanda à Comissão de Conciliação Prévia e Prescrição .....19
A Nossa Revisão .......................................................................................22
Gabarito ..................................................................................................25
Gabarito Comentado .................................................................................25
Referências Bibliográficas ..........................................................................27
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DIREITO DO TRABALHO
Comissões de Conciliação Prévia
Prof. José Gervásio Meirelles
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Apresentação
Futuro(a) servidor(a) do TST,
Finalmente saiu o edital!
Fico extremamente feliz por começar o nosso estudo de Direito do Trabalho. 
Meu objetivo é fornecer, de forma simples e didática, o máximo de informações 
realmente necessárias para sua preparação, adequada para o concurso de Analista 
Judiciário(a) da Área Judiciária do TST.
Apenas para que você possa me conhecer melhor, sou Juiz Federal do Trabalho 
vinculado ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região há mais de doze anos, atu-
almente atuando como juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Superior do Trabalho. 
No TST, além das atividades rotineiras, atuo também como Supervisor do Núcleo 
de Recursos de Revista e Embargos Repetitivos (NURER-PRES) junto à Presidência.
Sou pós-graduado em Direito Constitucional pela UnB, já fui advogado e já ocupei 
os cargos de Procurador da Fazenda Nacional (AGU) e Procurador do Estado (PGE). 
Na Corte Superior Trabalhista, integro, como gestor nacional, o Comitê Gestor Na-
cional do Sistema Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho e o Comitê 
Gestor de Tecnologia da Informação e das Comunicações da Justiça do Trabalho 
(ambos vinculados ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho)
No Tribunal Superior do Trabalho, atuei, ainda, como (i) Supervisor do Núcleo 
de Repercussão Geral e Recursos Repetitivos (NURER) junto à Vice-Presidência da 
JOSÉ GERVÁSIO MEIRELLES
Juiz Federal do Trabalho, pós-graduado em Direito Constitucional pela 
Universidade de Brasília (UnB). Leciona Direito do Trabalho, Direito 
Processual do Trabalho e Direito Administrativo em cursos preparatórios 
para concursos públicos. Ocupou os cargos de Procurador da Fazenda 
Nacional (AGU) e Procurador do Estado de Goiás (PGE).
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DIREITO DO TRABALHO
Comissões de Conciliação Prévia
Prof. José Gervásio Meirelles
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Corte Superior, (ii) Gestor Nacional do Comitê Gestor Nacional do Programa Traba-
lho Seguro e (iii) Gestor Nacional da Comissão de Erradicação do Trabalho Infantil 
e de Estímulo à Aprendizagem (sendo ambos os comitês vinculados ao Conselho 
Superior da Justiça do Trabalho).
As aulas serão preparadas com muita atenção ao que vem sendo cobrado nas 
provas de Tribunais do Trabalho. Você verá como se encontra a legislação atual-
mente e como estará com a vigência da reforma trabalhista. Isso é extremamente 
importante, uma vez que a lei nova não elimina situações já consolidadas e ainda 
não se conhece como o Tribunal Superior do Trabalho se posicionará no que se re-
fere à aplicação da nova lei aos contratos em curso.
Além disso, existem diversas Súmulas e Orientações Jurisprudenciais que se re-
ferem a posições até o momento consagradas na Corte Superior e que colidem com 
regras novas derivadas da reforma. E, como você bem sabe, esses entendimentos 
consolidados são cobrados em concurso.
Sempre levo em consideração que você tem pouco tempo para estudar todas as 
matérias cobradas no concurso. Conheço a dificuldade do candidato e fico extrema-
mente honrado cada vez que um aluno me informa que foi aprovado.
Então, peço que me acompanhe nessas aulas que tentarei tornar tão interes-
santes quanto possível. E lembre-se: persista no estudo. Não desista. A vitória 
pressupõe disciplina. Não espere que tenha tempo sobrando para começar a 
estudar. Muitos procuram pelo sucesso, mas ele é consequência lógica do estudo 
eficiente. O estudo é que deve ser buscado, o sucesso aparece sozinho durante 
a busca. Henry David Thoreau, filósofo, já dizia: “O sucesso normalmente vem 
para quem está ocupado demais para procurar por ele”.
Forte abraço,
Prof. José Gervásio A. Meireles
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Comissões de Conciliação Prévia
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COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
É realmente muito comum ver nas provas de concurso questões sobre as comis-
sões de conciliação prévia. A explicação para tal circunstância é bastante simples: 
trata-se de matéria muito específica e relevante do campo trabalhista e que possui 
particularidades próprias.
I – Conceito e Constituição
Antes de tudo, o que são e para que servem as Comissões de Conciliação Prévia?
Essa lógica pode ser vista na regra do art. 625-A, caput, da CLT:
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conci-
liação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e 
dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais 
do trabalho. 
(…)
Essas comissões não integram o Poder Judiciário e não integram a Admi-
nistração Pública. A sua criação é feita por empresas e sindicatos. Aliás, nesse 
ponto, veja o previsto no art. 625-A, parágrafo único da CLT:
Comissões de Conciliação Prévia são unidades destinadas a tentar promover a conciliação em 
conflitos individuais de trabalho. 
O legislador as criou e as regulamentou nos artigos 625-A a 625-H da CLT para buscar desafogar os 
Tribunais Trabalhistas da imensa quantidade de processos a que estão submetidos. Além disso, o 
legislador permite uma solução muito mais rápida para divergências trabalhistas ao criar a CCP. 
Assim, caso o trabalhador ou o empregador prefira resolver seu conflito de forma mais célere, pode buscar 
a Comissão de Conciliação Prévia (CCP) para tentar um acordo, ao invés de ir ao Judiciário, onde o processo 
possui uma tramitação significativamente mais demorada do que na CCP.
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Comissões de Conciliação Prévia
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Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conci-
liação Prévia (…)
Parágrafo único. As Comissões referidas no caput deste artigo poderão ser cons-
tituídas por grupos de empresas ou ter caráter intersindical.
Se a comissão for criada no âmbito da empresa, a própria CLT explica como 
será a sua constituição:
Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no 
mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
I – a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade 
eleita pelos empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato de 
categoria profissional;II – haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes ti-
tulares;
III – o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permi-
tida uma recondução.
(…)
Como se vê, a constituição é paritária (conforme prevê o art. 625-A, caput da CLT 
já transcrito), ou seja, o mesmo número de representantes dos trabalhadores 
e o mesmo número de representantes do empregador. Haverá, ainda, titu-
lares e suplentes (que podem substituir os titulares). O mandato será de um 
ano, mas é possível que haja uma recondução (novo mandato de mais um ano).
Os representantes dos trabalhadores serão eleitos em voto secreto (escru-
tínio secreto), sendo que o processo eleitoral será fiscalizado pelo sindicato de 
trabalhadores (sindicato da categoria profissional).
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Esses requisitos da CCP no âmbito da empresa são questionados em concurso 
público, veja:
1. (FCC/TRT – 22ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2004) 
A Comissão de Conciliação Prévia, instituída no âmbito da empresa, será composta, 
observando-se, no mínimo,1
a) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, permi-
tida a recondução.
b) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, não 
permitida a recondução.
c) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, sendo que seus membros serão esco-
lhidos pelo empregador sob fiscalização do sindicato.
d) 4 (quatro) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, per-
mitida a recondução.
e) 4 (quatro) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, não 
permitida a recondução.
Aqui vale um registro: quando o empregado é eleito e vai desempenhar suas 
funções como conciliador na CCP, ele precisa se afastar de seu trabalho normal 
(já que é empregado), mas o tempo que gasta atuando na CCP é computado 
também como trabalho (espécie de interrupção do contrato de trabalho). O art. 
625-B, § 2º da CLT assegura:
1. Gabarito: Letra a, conforme o artigo 625-B da CLT.
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Art. 625-B (…)
§ 2º O representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na 
empresa afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar 
como conciliador, sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despen-
dido nessa atividade.
 A atividade de conciliador representante dos empregados na CCP gera cer-
tamente muitos atritos com o empregador, já que, muitas vezes, esse concilia-
dor precisa orientar o trabalhador a não fazer o acordo por diversas razões, por 
exemplo, valor ofertado substancialmente baixo perto do direito existente, erro na 
compreensão do trabalhador sobre os efeitos do acordo, impossibilidade jurídica de 
certas propostas serem aceitas etc. Essa orientação do conciliador representante 
dos empregados poderia desagradar alguns empregadores, o que geraria risco des-
se conciliador perder seu emprego. 
Assim, para garantir que esse conciliador representante dos trabalhadores pos-
sa atuar com independência e bem representar sua classe, o legislador criou 
uma garantia provisória no emprego:
Art. 625-B (…)
§ 1º É vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Co-
missão de Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do 
mandato, salvo se cometerem falta grave, nos termos da lei.
 Por outro lado, se a Comissão de Conciliação Prévia for criada no âmbito do 
sindicato, sua formação e regras de funcionamento serão definidas em norma 
coletiva (convenção coletiva ou acordo coletivo). Leia o art. 625-C da CLT:
Art. 625-C. A Comissão instituída no âmbito do sindicato terá sua constituição 
e normas de funcionamento definidas em convenção ou acordo coletivo.
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De toda forma, lembre-se de que, qualquer que seja o local de criação, a Comis-
são será sempre de composição paritária com representantes de empregadores 
e trabalhadores: 
Art. 625-A. As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Concilia-
ção Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e 
dos empregadores, (…)
Vale ressaltar que, se já existirem Núcleos Intersindicais de Concilia-
ção (núcleos formados entre sindicatos para conciliar conflitos trabalhistas) em 
funcionamento, devem ser aplicadas as mesmas regras das Comissões de 
Conciliação Prévia:
Art. 625-H. Aplicam-se aos Núcleos Intersindicais de Conciliação Trabalhista em fun-
cionamento ou que vierem a ser criados, no que couber, as disposições previstas 
neste Título, desde que observados os princípios da paridade e da negociação coletiva 
na sua constituição.
Outro ponto relevante refere-se ao fato de que essas Comissões de Conciliação Pré-
via podem se utilizar de meios de autocomposição (formas de tentar fazer com 
que as partes cheguem a um acordo). As principais formas (meios) são a conciliação 
e a mediação e ambas podem ser utilizadas pela CCP.
A definição do conceito dessas formas pode ser vista no art. 1º da Resolução 
174/2016 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Esses conceitos, embora 
elaborados para a Resolução, facilitam bem a compreensão do que seria cada meio de 
autocomposição. Vejamos os trechos que importam:
Art. 1º. Para os fins desta resolução, considera-se: 
I – “Conciliação” é o meio alternativo de resolução de disputas em que as partes con-
fiam a uma terceira pessoa (…) a função de aproximá-las, empoderá-las e orientá-las na 
construção de um acordo quando a lide já está instaurada, com a criação ou proposta 
de opções para composição do litígio; 
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II – “Mediação” é o meio alternativo de resolução de disputas em que as partes confiam 
a uma terceira pessoa (…) a função de aproximá-las, empoderá-las e orientá-las na 
construção de um acordo quando a lide já está instaurada, sem a criação ou proposta 
de opções para composição do litígio;
Como se vê, a principal diferença é que, na mediação, o mediador não faz propos-
tas, mas apenas incentiva a conciliação com técnicas apropriadas. Na conciliação, os 
conciliadores atuam de forma mais ativa, inclusive sugerindo propostas de conciliação. 
Os membros da CCP podem atuar tanto como mediadores quanto conciliadores na so-
lução dos conflitos individuais.
II – Submissão da Demanda na Comissão de Conciliação Prévia
Uma vez instaurado o conflito trabalhista, os interessados (trabalhadores ou 
empregadores) podem protocolizar o pedido de resolução de conflito na Comis-
são de Conciliação Prévia. A Comissão será a do local da prestação de serviços, 
conforme se lê no art. 625-D da CLT:
Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de 
Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a 
Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria.
Claro que o legislador usa a expressão “se… houver sido instituída”, uma vez 
que a criação de CCP não é obrigatória, mas apenas uma faculdade.
Todavia, você pode estar se perguntando: e se houver uma CCP no âmbito da 
empresa e outra CCP no âmbito intersindical, qual será a responsável por essa ten-
tativa de conciliação? Nesse ponto, o art. 625-D, § 4º da CLT dispõe:
Art. 625-D. (…)
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa 
e Comissão sindical, o interessado optará por uma delas para submeter a suademanda, 
sendo competente aquela que primeiro conhecer do pedido.
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Assim, será a competente a que primeiro receber o pedido de solução do 
conflito. Esse pedido feito à CCP indicará qual é o conflito (fatos relaciona-
dos), quem são os envolvidos e o que pretende o requerente. Pode ser feito 
de forma escrita, bem como pode o interessado comparecer na CCP e verbal-
mente narrar a situação que será transcrita (reduzida a termo) por qualquer 
membro da Comissão. Veja o art. 625-D, § 1º da CLT:
Art. 625-D. 
§ 1º A demanda será formulada por escrito ou reduzida a termo por qualquer dos 
membros da Comissão, sendo entregue cópia datada e assinada pelo membro 
aos interessados.
 A Comissão, uma vez provocada pelo pedido, possui prazo de 10 dias para 
designar uma data e horário para a sessão de tentativa de conciliação:
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização 
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado.
Veja uma questão sobre prazo em prova de concurso:
2. (FCC/TRT – 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2011) 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, as Comissões de Conciliação 
Prévia 2
a) Têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a 
partir da intimação da parte contrária (reclamada).
b) Não possuem prazo preestabelecido na legislação trabalhista supramencionada 
para a realização da sessão de tentativa de conciliação.
c) Têm prazo de trinta dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação 
a partir da intimação da parte contrária (reclamada).
2. Gabarito: Letra e. Conforme visto, o prazo é de 10 dias a partir da provocação do interessado.
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d) Têm prazo de trinta dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação 
a partir da provocação do interessado.
e) Têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a 
partir da provocação do interessado.
 No dia e horário da sessão, empregado e empregador tentarão buscar um con-
senso, um acordo. Se o acordo for atingido, será lavrado um termo de concilia-
ção e cópia será entregue às partes. Veja:
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo 
empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às 
partes. 
 Se não houver acordo nenhum, será fornecida ao empregado e ao emprega-
dor uma declaração de tentativa conciliatória frustrada assinada pelos mem-
bros da comissão, na qual constará a matéria que era objeto de discussão:
Art. 625-D. (…)
§ 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador 
declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada 
pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista.
 Uma pergunta ainda se revela importante: e se a Comissão não marcar a 
sessão de conciliação dentro dos 10 dias que a lei prevê? Nesse caso, o legis-
lador informa que no último dia (décimo) deverá a comissão, mesmo sem ter 
realizado a tentativa de conciliação, fornecer uma declaração de tentativa con-
ciliatória frustrada às partes:
Art. 625-F. As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização 
da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado.
Parágrafo único. Esgotado o prazo sem a realização da sessão, será fornecida, no 
último dia do prazo, a declaração a que se refere o § 2º do art. 625-D.
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DIREITO DO TRABALHO
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III – Ausência de Obrigatoriedade de Submissão da Demanda 
à CCP e Princípio da Inafastabilidade Jurisdicional
 Quando você lê o art. 625-D, caput da CLT, possui a clara impressão de 
que a submissão do conflito à Comissão de Conciliação Prévia é obrigatória, já que 
a norma usa o verbo no futuro do presente (“Qualquer demanda de natureza tra-
balhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia”). 
Essa impressão é reforçada pelo fato de que o art. 625-D, § 2º da CLT, ao 
abordar a conciliação frustrada, dispõe que a declaração deve ser juntada à even-
tual petição inicial em ação trabalhista que será ajuizada (“Não prosperando a 
conciliação, será fornecida ao empregado e ao empregador declaração da tentativa 
conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto, firmada pelos membros da 
Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação trabalhista”).
O legislador ainda reitera essa suposta obrigação no art. 625-D, § 3º da CLT 
ao mencionar que, se não for possível passar na CCP, deve essa situação ser expli-
cada na petição inicial da ação trabalhista na Justiça do Trabalho (“Em caso de mo-
tivo relevante que impossibilite a observância do procedimento previsto no caput 
desse artigo, será a circunstância declarada na petição da ação intentada perante 
a Justiça do Trabalho”).
Entretanto, muito cuidado com esse pensamento. Esse entendimento obri-
garia o interessado em entrar na Justiça do Trabalho a primeiro ir à Comissão de 
Conciliação Prévia existente a fim de tentar um acordo e apenas depois, caso não 
haja êxito, buscar o Judiciário. 
Essa ideia, para muitos, viola o princípio da inafastabilidade jurisdicional, 
também conhecido como princípio da ubiquidade. O princípio constitucional está 
previsto no art. 5º, XXXV da Constituição Federal:
Art. 5º (…)
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
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Diante dessa circunstância, foram ajuizadas duas Ações Diretas de Inconstituciona-
lidade no Supremo Tribunal Federal, a ADI 2160 e a ADI 2139. O STF, embora 
não tenha ainda julgado o mérito das ações, já proferiu decisão em medida cau-
telar entendendo que não existe essa obrigação de ir antes à CCP. Tanto 
o trabalhador como o empregador possuem a faculdade de ajuizar a ação 
trabalhista na Justiça do Trabalho, sem que tenha que passar pela CCP.
Veja a posição atual do STF nessas ADIs:
 (…) JURISDIÇÃO TRABALHISTA – FASE ADMINISTRATIVA. A Constituição Federal em 
vigor, ao contrário da pretérita, é exaustiva quanto às situações jurídicas passíveis de 
ensejar, antes do ingresso em juízo, o esgotamento da fase administrativa, alcançando, 
na jurisdição cível-trabalhista, apenas o dissídio coletivo. (ADI 2139 MC, Relator(a): 
Min. OCTAVIO GALLOTTI, Relator(a) p/ Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, 
julgado em 13/05/2009, PUBLIC. 23-10-2009).
JUDICIÁRIO – ACESSO – FASE ADMINISTRATIVA – CRIAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA – IM-
PROPRIEDADE. Ao contrário da Constituição Federal de 1967, a atual esgota as situa-
ções concretas que condicionam o ingresso em juízo à fase administrativa, não estando 
alcançados os conflitos subjetivos de interesse. Suspensão cautelar de preceito legal 
em sentido diverso. (ADI 2160 MC, Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI, Relator(a) p/ 
Acórdão: Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 13/05/2009, PUBLIC. 23-
10-2009).
 Como você percebe, o STF entende que as hipóteses que condicionam o 
acesso ao Judiciário estão na Constituição Federal. Logo, não havendo a pre-
visão de Comissão de Conciliação Prévia (CCP) na Constituição, resta claro que não 
poderia o legislador infraconstitucional estabelecer essa obrigatoriedade.
 Chegamos, então, a qual conclusão?
 A submissão do conflito à Comissãode Conciliação Prévia é facultativa. 
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IV – Termo de Conciliação na Comissão de Conciliação Prévia 
e Efeitos 
 
O acordo firmado na CCP traz consequências muito relevantes no meio traba-
lhista.
 A primeira consequência é que esse termo possui força executiva, ou seja, 
pode ser executado diretamente na Justiça do Trabalho se o acordo não for 
cumprido. O art. 625-E, parágrafo único da CLT aponta:
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo 
empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às 
partes.
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá efi-
cácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
 Essa mesma ideia foi reforçada no art. 876, caput da CLT:
 Art. 876 – As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso 
com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de 
conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação 
firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executados pela 
forma estabelecida neste Capítulo. 
E essa execução não é uma ação trabalhista convencional (reclamação 
trabalhista): é iniciada por uma petição que junta o termo, e o juiz já determina 
a citação do executado na forma do art. 880 da CLT para pagar em 48 horas ou 
nomear bens para penhora.
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Comissões de Conciliação Prévia
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Veja como uma questão já caiu em prova de concurso:
3. (FCC/TRT – 24ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2006) 
Considere as seguintes assertivas a respeito das Comissões de Conciliação Prévia: 
III. Os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia 
serão executados através de reclamação trabalhista que obedecerá o procedimento 
de conhecimento disciplinado para os dissídios individuais.3
 A segunda consequência refere-se ao efeito liberatório dessa conciliação. 
O art. 625-E, parágrafo único da CLT prevê:
Art. 625-E. (…)
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficá-
cia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
 Isso significa dizer que, uma vez realizado o acordo na CCP, não pode o in-
teressado pleitear mais qualquer parcela, exceto se foi colocada uma res-
salva no próprio termo de conciliação. Por exemplo, se o trabalhador vai à CCP 
e pede adicional de insalubridade (R$ 10.000,00), horas extras (R$ 20.000,00) e 
indenização substitutiva do vale-transporte (R$ 2.000,00), parcelas que entende 
que não foram pagas, e faz acordo com o empregador na CCP para receber R$ 
5.000,00 sem qualquer ressalva, não pode mais pedir qualquer diferença na Justiça 
do Trabalho.
3. Gabarito: Errado. Não existe execução trabalhista mediante reclamação trabalhista normal, mas por meio 
de execução direta, com citação para o executado pagar em 48 horas ou nomear bens à penhora. 
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Aliás, segundo o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, até mesmo as 
verbas trabalhistas que não foram pedidas na CCP também serão atingi-
das, se não houve ressalva expressa, já que a eficácia liberatória é geral. 
Veja dois julgados sobre o alcance dessa eficácia liberatória:
RECURSO DE REVISTA. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. EFICÁCIA LIBERATÓRIA 
GERAL. I. Esta Corte Superior firmou o entendimento de que a disposição contida no art. 
625-E, parágrafo único da CLT é clara no sentido de que, a partir do momento em que as 
partes elegem o foro extrajudicial (Comissão de Conciliação Prévia) para a composição 
do conflito, as manifestações de vontade ali externadas devem ser respeitadas. Na au-
sência de ressalvas e de vícios de consentimento, o termo conciliatório tem eficácia libe-
ratória geral, abrangendo todas as parcelas oriundas do contrato de trabalho. II. Recurso 
de revista de que se conhece e a que se dá provimento. (RR – 1075-86.2013.5.06.0144, 
Relatora Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julga-
mento: 15/03/2017, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/03/2017).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI 
n. 13.015/2014 – DESCABIMENTO. TERMO DE CONCILIAÇÃO PERANTE A COMISSÃO 
DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. EFICÁCIA LIBERATÓRIA. ALCANCE. De acordo com a juris-
prudência da SBDI-1 desta Corte, o termo de conciliação firmado perante a Comissão de 
Conciliação Prévia, sem aposição de ressalvas e sem evidência de vício na manifestação 
de vontade das partes, possui eficácia liberatória geral no que diz respeito às parcelas 
oriundas do contrato de trabalho. Agravo de instrumento conhecido e desprovido. (AIRR 
– 1524-88.2014.5.02.0057, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 
Data de Julgamento: 15/02/2017, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 17/02/2017).
 Nesse contexto, no exemplo dado anteriormente sobre o acordo de R$ 5.000,00, 
se o trabalhador ainda tivesse direito a adicional noturno e essa verba não tivesse 
sido pedida na CCP, o trabalhador não teria como ganhar essa parcela na Justiça, 
exceto se o adicional noturno fosse colocado na ressalva do termo de conciliação 
na CCP.
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Vale lembrar que toda essa lógica apenas se justifica se não há nenhuma 
nulidade no termo de conciliação assinado. Isso porque o juiz anulará o 
termo quando constatar alguma nulidade, como vício de consentimento 
(erro, coação etc).
Observe alguns julgados do TST sobre o tema:
(…) II – RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA RECLAMADA (…) 1. TERMO DE CON-
CILIAÇÃO FIRMADO PERANTE A COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. TRANSAÇÃO 
EXTRAJUDICIAL. EFICÁCIA LIBERATÓRIA. VÍCIO DE CONSENTIMENTO. O art. 625-E, 
parágrafo único da CLT estabelece que “o termo de conciliação é título executivo ex-
trajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente 
ressalvadas”. Entretanto, tal efeito não se aplica às hipóteses em que se verifica o uso 
desvirtuado da Comissão de Conciliação Prévia. No presente caso, a Corte Regional 
constatou o desvirtuamento da finalidade da Comissão de Conciliação Prévia. Por isso, a 
não atribuição de eficácia liberatória geral ao termo de conciliação firmado entre as par-
tes não importa em ofensa aos artigos 5º, XXVI, da CF/88 e 625-E, parágrafo único, da 
CLT, tampouco contrariedade à Súmula n. 330 desta Corte Superior. Recurso de revis-
ta de que não se conhece. (ARR – 999-91.2010.5.09.0594, Relatora Desembargadora 
Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data de Julgamento: 22/02/2017, 4ª Turma, 
Data de Publicação: DEJT 10/03/2017).
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA 
LEI Nº 13.015/2014. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. TERMO DE CONCILIAÇÃO. 
EFICÁCIA LIBERATÓRIA. VÍCIO DE CONSENTIMENTO. MATÉRIA FÁTICA. INCIDÊNCIA 
DA SÚMULA 126/TST. I – É assente nesta Corte a eficácia liberatória geral do termo de 
conciliação firmado junto à Comissão de Conciliação Prévia, exceto quanto às parcelas 
expressamente ressalvadas, a teor do disposto artigo 625-E, parágrafo único da CLT. 
II – Tal efeito não socorre, todavia, os casos em que o Colegiado local patenteia o des-
virtuamento das finalidades autocompositivas da Comissão de Conciliação Prévia, no 
intento de fraudar os direitos trabalhistas. III – Reportando-se ao acórdão recorrido, 
vê-seque o Tribunal local declarou ineficaz a cláusula do acordo extrajudicial celebrado 
perante a Comissão de Conciliação Prévia, uma vez constatada a existência de vício de 
consentimento daqueles que adeririam ao aludido termo. IV – Dessa forma, vê-se que, 
para acolher a versão recursal quanto à validade do acordo firmado perante a CCT, e, 
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nesse passo, reconhecer a propalada mácula do artigo 625-E da CLT, seria necessário 
revolver o conjunto fático-probatório dos autos, atividade refratária ao âmbito de cogni-
ção deste Tribunal, a teor da Súmula n. 126/TST. V – De mais a mais, registre-se que, 
em processos envolvendo a mesma controvérsia e a mesma agravante, esta Corte tem 
se posicionado no sentido de que a presença de vício de consentimento (fraude) é sufi-
ciente para invalidar o termo de conciliação firmado perante a Comissão de Conciliação 
Prévia. Precedentes. VI – Agravo de instrumento a que se nega provimento. (…) (AIRR – 
27100-77.2009.5.01.0060, Relator Ministro: Antonio José de Barros Levenhagen, Data 
de Julgamento: 09/11/2016, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 11/11/2016).
V – Submissão da Demanda à Comissão de Conciliação Prévia 
e Prescrição 
Quando se submete um conflito à Comissão de Conciliação Prévia, os interessa-
dos ainda não foram à Justiça do Trabalho. Logo, jamais se poderia pensar que 
o prazo de prescrição das verbas trabalhistas estivesse correndo.
Prescrição é uma inexigibilidade derivada da inércia do titular (ou da-
quele que pode atuar pelo titular) de um direito. Fica o interessado paralisa-
do, sem exigir seu direito. Como a lei estabelece prazos prescricionais, se o prazo 
for ultrapassado, o direito se torna inexigível, não podendo mais o devedor ser 
condenado a satisfazê-lo.
Assim, se o interessado foi à CCP, é claro que não está inerte, mas sim 
buscando o que entende ser seu de direito. Portanto, o prazo de prescrição não 
pode continuar correndo. O legislador, atento a esse ponto, estabeleceu no art. 
625-G da CLT:
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de 
Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustra-
da de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
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Dessa forma, o prazo prescricional em curso será suspenso se provocada 
a CCP, e apenas voltará a correr após a tentativa frustrada de conciliação 
na sessão ou mesmo após esgotado o prazo de 10 dias sem que haja a re-
alização da sessão.
Por exemplo, suponha-se que Danilo tenha sido dispensado do Gran Cursos On-
line em 07/04/2015 e quisesse receber horas extras que não foram pagas. O prazo 
prescricional é de 2 anos contados da extinção do contrato, conforme preceitua o 
art. 7º, XXIX da Constituição Federal:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social:
XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo pres-
cricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho; 
Imagine que no dia 05/04/2017 Danilo resolva submeter suas pretensões à CCP. 
Assim, a partir desse dia (05/04/2017), houve suspensão do prazo prescricional. 
Faltavam apenas três dias para o final do prazo (dias 05, 06 e 07/04/2017). Supo-
nhamos que a CCP designou sessão para o dia 10/04/2017, mas não houve acordo. 
Nesse caso, volta a correr o prazo faltante de 3 dias, podendo Danilo ajuizar ação 
trabalhista até 13/04/2017 sem que a prescrição bienal tenha vencido.
É importante lembrar que o prazo prescricional é suspenso, e não interrompido. 
Na interrupção do prazo prescricional, este paralisa e começa a contar tudo “do 
zero”. Não é o caso da CCP. 
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Veja como a matéria é cobrada na prova:
4. (FCC/TRT – 18ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA/2013) Com 
a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho, a lei instituiu as 
Comissões de Conciliação Prévia. Sobre elas, é correto afirmar que;
e) o prazo prescricional para ação trabalhista não será suspenso ou interrompido a 
partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia.4
4. Gabarito: Errado. Como visto, o prazo prescricional é suspenso.
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A NOSSA REVISÃO
Foco Linha mestra Observações
Conceito
Comissões de Conciliação Prévia são unidades 
destinadas a tentar promover a conciliação em 
conflitos individuais de trabalho. Não integram 
a Administração Pública e não integram o Poder 
Judiciário.
Regido pelos artigos 
625-A a 625-H da CLT.
Âmbito de criação
Pode ser criada no âmbito da empresa ou do 
sindicato, podendo ser constituída por grupo de 
empresas ou ser intersindical.
Art. 625-A da CLT
Composição
Paritária: mesmo número de representantes dos 
trabalhadores e o mesmo número de represen-
tantes do empregador.
Artigos 625-A 
e 625-B da CLT
Desnecessidade 
de submissão da 
demanda à CCP 
O STF entende que não é obrigatória a submis-
são de demanda à CCP.
Art. 5º, XXXV da CF e 
ADI 2139 e 2160
Prazo para a realiza-
ção da sessão de ten-
tativa de conciliação
Prazo de 10 dias a partir da provocação do inte-
ressado. Art. 625-F da CLT
Termo de conciliação 
firmado perante a 
CCP
1 – força executiva, constituindo título executivo 
extrajudicial.
2 – eficácia liberatória geral, atingindo quaisquer 
verbas trabalhistas que não foram colocadas na 
ressalva do termo de conciliação.
Art. 625 – E da CLT
Exceção: se houver 
nulidade no termo de 
conciliação, o que inva-
lida e não gera a eficá-
cia liberatória geral.
Submissão à CCP e 
prescrição
A submissão da demanda à CCP suspende o 
prazo prescricional, o qual volta a correr pelo que 
resta a partir da tentativa frustrada de acordo ou 
do transcurso de 10 dias após a provocação sem 
ocorrer a sessão de tentativa de conciliação.
Art. 625-G da CLT
Ultrapassada a teoria, vamos ver seu conhecimento na resolução das questões 
de concurso, para melhorar a fixação da matéria. 
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1. (FCC/TRT – 22ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2004) 
A Comissão de Conciliação Prévia, instituída no âmbito da empresa, será composta, 
observando-se, no mínimo,
a) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, permi-
tida a recondução.
b) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, não 
permitida a recondução.
c) 2 (dois) e no máximo 10 (dez) membros, sendo que seus membros serão esco-
lhidos pelo empregador sob fiscalização do sindicato.
d) 4 (quatro) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, per-
mitida a recondução.
e) 4 (quatro) e no máximo 10 (dez) membros, com mandato de 1 (um) ano, não 
permitida a recondução.
2. (FCC/TRT – 24ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2011) 
As Comissões de Conciliação Prévia
a) Terão membros com mandato de dois anos, vedada a recondução.
b) Não poderão ser constituídas por grupos de empresas.
c) Poderão ser instituídas com apenas dois membros.
d) Terão membros com mandato de um ano, vedada a recondução.
e) Terão o dobro de suplentesem relação ao número de seus membros.
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3. (FCC/TRT – 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2011) 
De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, as Comissões de Conciliação 
Prévia 
a) Têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a 
partir da intimação da parte contrária (reclamada).
b) Não possuem prazo preestabelecido na legislação trabalhista supramencionada 
para a realização da sessão de tentativa de conciliação.
c) Têm prazo de trinta dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação 
a partir da intimação da parte contrária (reclamada).
d) Têm prazo de trinta dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação 
a partir da provocação do interessado.
e) Têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a 
partir da provocação do interessado.
4. (FCC/TRT – 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) 
A Comissão de Conciliação Prévia instituída no âmbito de empresa
a) Terá 2/3 de seus membros eleitos pelos empregados, em escrutínio, secreto, 
fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional.
b) Terá 2/3 de seus membros indicados pelo empregador.
c) Será composta de, no mínimo, 2 e, no máximo, 10 membros.
d) Haverá 2 suplentes para cada representante titular. 
e) Será composta de, no mínimo, 3 e, no máximo, 7 membros.
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GABARITO
1. A
2. C
3. E
4. C
GABARITO COMENTADO
02. (FCC/TRT – 24ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATI-
VA/2011) As Comissões de Conciliação Prévia
a) Terão membros com mandato de dois anos, vedada a recondução.
b) Não poderão ser constituídas por grupos de empresas.
c) Poderão ser instituídas com apenas dois membros.
d) Terão membros com mandato de um ano, vedada a recondução.
e) Terão o dobro de suplentes em relação ao número de seus membros.
Letra c.
As letras “a” e “d” estão erradas. Na Comissão instituída no âmbito da empresa, o 
mandato é de 1 ano, permitida uma recondução (art. 625-B, III da CLT). 
A letra “b” está errada, já que a constituição por grupo de empresas está autoriza-
da no art. 625-A, parágrafo único da CLT.
A letra “c” está correta, uma vez que apresenta o número mínimo previsto no art. 
625-B, caput da CLT.
A letra “e” está incorreta. O número de titulares é igual ao número de suplentes 
(art. 625-B, II, da CLT).
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04. (FCC/TRT – 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2015) 
A Comissão de Conciliação Prévia instituída no âmbito de empresa 
a) Terá 2/3 de seus membros eleitos pelos empregados, em escrutínio, secreto, 
fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional. 
b) Terá 2/3 de seus membros indicados pelo empregador.
c) Será composta de, no mínimo, 2 e, no máximo, 10 membros. 
d) Haverá 2 suplentes para cada representante titular. 
e) Será composta de, no mínimo, 3 e, no máximo, 7 membros.
Letra c.
A questão trata da composição da CCP no âmbito da empresa. O art. 625-B da CLT 
esclarece que será composta de 2 a 10 membros. Assim, o item “c” está correto e 
o item “e” está errado.
As letras “a” e “b” estão erradas, já que a composição é paritária entre represen-
tantes de empregados e representantes do empregador (mesma quantidade para 
cada lado).
A letra “d” está errada, pois apenas há um suplente para cada titular, na forma do 
art. 625-B, II da CLT.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTE, Jouberto de Quadros Pessoa/NETO, Francisco Ferreira Jorge. Di-
reito processual do trabalho. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
DELGADO, Maurício Godinho Delgado. Curso de direito do trabalho. 16ª ed. São 
Paulo: LTr, 2017.
GIGLIO, WAGNER D. Direito processual do trabalho. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 
2007.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 12. Ed. 
São Paulo: LTr, 2014.
MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual esquemático de direito e proces-
so do Trabalho. 23. Ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 24. Ed. 
São Paulo: Saraiva, 2009.
SAAD, Eduardo Gabriel. Curso de direito processual do trabalho. São Paulo: LTr, 
2014.
	Apresentação
	COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
	I – Conceito e Constituição
	II – Submissão da Demanda na Comissão de Conciliação Prévia
	III – Ausência de Obrigatoriedade de Submissão da Demanda à CCP e Princípio da Inafastabilidade Jurisdicional
	IV – Termo de Conciliação na Comissão de Conciliação Prévia e Efeitos 
	V – Submissão da Demanda à Comissão de Conciliação Prévia e Prescrição 
	A NOSSA REVISÃO
	GABARITO
	GABARITO COMENTADo
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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