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Diabetes Mellitus DISTURBIO DO METABOLISMO INTERMEDIÁRIO Balança hormonal: insulina x hormônios contrainsulínicos A insulina tem uma função de “construção” (anabólica) – e, do outro lado, temos os hormônios contrainsulínicos (glucagon, GH, cortisol), que têm função catabólica. HIPOINSULINISMO SEM INSULINA RESISTÊNCIA À INSULINA HIPERGLICEMIA CLASSIFICAÇÃO TIPO 1 TIPO 2 Hipoinsulinismo absoluto (Peptídeo C indetectável)* Resistência periférica à insulina Genético/ auto-imune HLA DR3-DR4 ... anti-ICA < 30 anos, magro Genético/ ambiental (o mais genético)** >45anos, obesos Sintomático + outras doenças (Hashimoto, doença celíaca) Assintomático + complicações tardias (macro e microvasculares) (*) A insulina é muito instável na circulação, assim, dosa-se um peptídeo que é liberado em conjunto com a insulina – peptídeo C. (**) A concordância entre gêmeos monozigóticos é de 80-90% (enquanto que no tipo 1 é de cerca de 50%) Obs.: Diabetes gestacional Tipos específicos DIAGNÓSTICO DIABETES Glicemia de jejum¹ ≥ 126 mg/gL Glicemia 2h pós-TOTG¹ ≥ 200 mg/dL HbA1C¹ ≥ 6,5% Glicemia ≥ 200 com sintomas de DM PRÉ-DM Glicemia de jejum = 100- 125 mg/gL Glicemia 2h pós-TOTG = 140 - 199 mg/dL HbA1C = 5,7-6,4% (¹) Repetidos em 2 ocasiões = precisamos ter 2 testes glicêmicos alterados (não precisa ser o mesmo teste glicêmico nas duas ocasiões). Em caso de testes discordantes = valoriza-se o pior e repete-se para confirmar o diagnóstico. ------------------------------------------------------------------------------ GLICEMIA CAPILAR = não serve para diagnóstico (apenas para acompanhamento) ; a glicemia a qual estamos nos referindo para diagnóstico é a de sangue periférico. QUANDO RASTREAR O rastreamento é feito para o DM tipo 2 Quando: ≥ 45 anos Ou IMC + fator de risco (história familiar, dislipidemia,) De 3 em 3 anos Obs.: provas de Preventiva = rastrear apenas se PA > 135/80 mmHg TRATAMENTO DIABETES TIPO 1 INSULINOTERAPIA DOSE INICIAL = 0,5 a 1 U/kg/dia SECREÇÃO BASAL NPH (2x/dia- antes do café e de jantar) GLARGINA (1x/dia – dose única) AÇÃO LENTA/ PROLONGADA PICO PÓS- PRANDIAL REGULAR (30 min antes de se alim.) LISPRO (no momento da refeição) AÇÃO RÁPIDA/ IMEDIATA ESQUEMA INTENSIVO ESQUEMA 1: 50% NPH (2x) + 50% Regular (3x) 8h 12h 19h 21h 8h Café Almoço Jantar Dormir ESQUEMA 2: 50% Glargina (1x) + 50% Lispro(3x) Menor incidência de hipoglicemia 8h 12h 19h 21h 8h ESQUEMA “POSTO” : 2 aplicações (NPH +regular) 8h 20h OPÇÃO = BOMBA DE INFUSÃO CONTÍNUA -------------------------- SECREÇÃO BASAL PICO PÓS-PRANDIAL NPH/ Glargina/ Detemir Regular/Lispro/ Asparte/ Glulisina Esquemas: intensivos (1 e 2)/ “Posto”/ Bomba Alternativas: pramlintida (análogo da amilina)/ transplante de pâncreas MONITORIZAÇÃO GLICEMIA CAPILAR: Pré –prandial = 80-130mg/dl Pós-prandial < 180mg/dL HbA1C < 7% (MAIS IMPORTANTE) TRATAMENTO DIABETES TIPO 2 DIETA + EXERCÍCIO RESISTÊNCIA INSULÍNICA = metformin e glitazona SECREÇÃO INSULINA = sulfonilurei e glinidas ABSORÇÃO GLICOSE = acarbose INCRETINOMIMÉTICOS = tides e gliptinas REABSORÇÃO TUBULAR DE GLICOSE = glifozins RESISTÊNCIA INSULÍNICA METFORMINA (fígado): peso/ risco de acidose láctica/ não usar nas ‘insuficiências’ (disfunção avançada do órgão – ex.:ClCr < 30) GLITAZONAS (músculo): retenção de sal .. não usar na IC/ risco de fraturas (desmineralização) SECREÇÃO INSULINA SULFONILUREIA: secreção basal GLINIDAS: secreção pós-prandial PESO, RISCO DE HIPOGLICEMIA ABSORÇÃO GLICOSE Inibidor da alfa-glucosidase (acarbose): glicemia pós-prandial / flatulência LADA MODY (Late onset Auto-Imune Diabetes in Adults) .. DM1 EM ADULTOS (Maturity Onset Diabetes of the Young) .. DM2 EM ADULTOS NPH NPH NPH 2/3 NPH 1/3 R R R GLARGINA NPH NPH NPH 2/3 NPH 1/3 R R L L L INCRETINOMIMÉTICOS Incretinas: insulina dependente da glicemia Inibidores da DPP-IV (degrada incretinas): gliptinas Análogo de GLP-1: exenatide, liraglutide ... PESO/ risco de pancreatite (ainda é interrogado) REABSORÇÃO TUBULAR DE GLICOSE Inibidores da SGLT2-túbulo proximal Dapa/ cana/ empaglifozin: peso/ PA .., pode levar a candidíase, ITU, poliúria Quais levam a hipoglicemia SULFONILUREIAS e GLINIDAS Quem diminui peso METFORMIN, TIDES e GLIFOZINS Quais diminuem a glicemia pós-prandial GLINIDAS e ACARBOSE 1) METFORMIN 2) METFORMIN + 2ª. DROGA ou INSULINA BASAL (NPH NOTURNA 10U) 3) METFORMIN + 3ª. DROGA ou INSULINA PLENA (BASAL + PRÉ- PRANDIAL) RESISTÊNCIA INSULÍNICA GLICEMIA PRODUÇÃO DE INSULINA INSULINA DESDE O INÍCIO SE Hiperglicemia franca (HbA1C ≥ 10% , glicemia ≥ 300, sintomas) Gravidez Estresse (cirurgia/ infecção) Doença renal/ hepática em fase avançada Diabetes Mellitus - Complicações CRÕNICAS MACROVASCULAR: doença coronariana, AVE Aterosclerose ... matam o paciente ! MICROVASCULAR: retino, nefro e neuropatia Hiperglicemia ... debilitam o paciente ! AGUDAS CETOACIDOSE DIABÉTICA ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR COMPLICAÇÕES MICROVASCULARES RASTREAMENTO ANUAL... DM 1: 5 anos após o início da doença DM 2: no momento do diagnóstico RETINOPATIA DIABÉTICA Rastreamento: FUNDOSCOPIA NÃO PROLIFERATIVA Microaneurismas Exsudato duro Hemorragia em chama de vela Exsudato algodonoso Veias em rosário CONTROLAR GLICEMIA PROLIFERATIVA Neovascularização FOTOCOAGULAÇÃO A LASER NEFROPATIA DIABÉTICA Eventos iniciais = HIPERFLUXO RASTREAMENTO: ALBUMINÚRIA (amostra aleatória matinal ou urina de 24h) + TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR Inicialmente devido ao hiperfluxo >> a taxa de filtração glomerular se mantém 1. MICROALBUMINÚRIA (ALBUMINÚRIA AUMENTADA): relação albumina/ creatinina ≥30mg/g Controlar a glicemia + IECA ou BRA II (p/ controle da albuminúria – mesmo na ausência de HAS) 2. MACROALBUMINÚRIA: relação ≥ 300mg/g Controle da PA (IECA ou BRA-II + outro anti-hipertensivo) 3. AZOTEMIA Diálise mais precoce/ alto risco cardiovascular QUAL A LESÃO MAIS COMUM: GLOMERULOESCLEROSE DIFUSA QUAL A LESÃO MAIS ESPECÍFICA: GLOMERULOESCLEROSE NODULAR (KIMMELSTIEL-WILSON) NEUROPATIA DIABÉTICA POLINEUROPATIA SIMÉTRICA DISTAL MAIS COMUM/ ALTERAÇÃO SENSITIVA/ PÉ DIABÉTICO (principal causa de amputação não-traumática) Uma das primeiras sensibilidades perdidas = vibratória RASTREAMENTO: DIAPASÃO/ MONOFILAMENTO/ MARTELO Controlar: glicemia + amitriptilina, gabapentina,.. OUTRAS FORMAS: MONONEUROPATIA: mediano, III e VI par DISAUTONOMIA: cardiovascular/ TGI/ genito-urinária/ periférica Fludrocortisona, bromoprida, sildenafil,.. Cetoacidose diabética É um paciente que tem “zero” de insulina >> DM TIPO I (ou em fases avançadas de DM TIPO II) Aumento da GLICOSE O problema principal é que se o indivíduo tem “zero” de insulina, os hormônios contrainsulínicos começam a trabalhar sem oposição, levando a uma intensa destruição dos tecidos.. LIPÓLISE EXAGERADA CORPOS CETÔNICOS Ácido beta-hicroxibutírico Ácido acetoacético Acetona Esses ácidos darão origem a ânios >> aumentodo ânion-GAP ACIDOSE METABÓLICA com ÂNION-GAP GLICOSE > 250mg/dL CETONEMIA/ CETONÚRIA (3+/4+) pH < 7,3 e HCO3 < 15 CONDUTA VOLUME SF 0,9% = 1L/hora 1 2 3 DOR ABDOMINAL HÁLITO CETÔNICO RITMO DE KUSSMAUL LEUCOCITOSE CREATININA AMILASE TRIGLICERÍDEOS Célula Plasma GLICOSE Na+ *em um paciente hiperglicêmico>> hipoNa+ dilucional (cada aumento de 100mg/dL da glicose >> queda de 1,6mEq/L de Na+) Pedir exames .. se Na+ normal ou aumentado : mudar para NaCl 0,45% INSULINA Regular: 0,1 U/kg (bolus) + 0,1U/kg/h (contínua) OBJETIVO: glicemia 50-80mg/dL/h QUANDO GLICEMIA = 200mg/dL >> iniciar SG5% (mas não suspender insulina!!) POTÁSSIO insulina / pH K+ plasma K+ urina Repor K+ (20-30mEq/L) se estiver urinando K+(>5,2): adiar K+ K+ (<3,3): adiar insulina HCO3 Se pH < 6,9 100mEq COMPENSADO HCO3 > 15 AG <12 PRÓXIMO PASSO: Iniciar dieta e insulina SC (que só terá ação após 1-2h) Retirar insulina IV 1-2h depois COMPLICAÇÕES Edema cerebral (crianças) / trombose Mucormicose (zigomicose) = micose destrutiva rinocerebral (anfotericina B + desbridamento) Estado hiperglicêmico hiperosmolar DM TIPO 2 Por ter pouca insulina >> hiperglicemia (glicose) >> geralmente são pacientes acamados e que não têm acesso à água >> paciente desidrata ainda mais >> paciente fica “intoxicado” pela glicose >> a glicose aumenta a osmolaridade GLICOSE (mas não bebe água) OSMOLARIDADE Mas ainda tem insulina SEM CETOACIDOSE GLICEMIA > 600mg/dL OSMOLARIDADE > 320 pH > 73 / HCO3 > 18 TRATAMENTO = cetoacidose (volume/ insulina/ K+) ATENÇÃO PARA O Na+ MAIS ELEVADO! O ideal seria que a hidratação fosse feita com salina hipotônica (o,45%) H2O K+
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