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Unidade II DIDÁTICA FUNDAMENTAL Profa. Ana Cláudia Barreiro Nagy Objetivos Dominar princípios teórico- metodológicos das áreas de conhecimento que se constituem objeto da prática didática do professor. Compreender o processo de construção do conhecimento no indivíduo inserido no seu contexto social, cultural e escolar. Compreender a construção da didática numa perspectiva histórico-crítica da educação da infância, situando a prática pedagógica no contexto das relações entre educação e sociedade. Identificar a contribuição da Didática na organização e sistematização do trabalho docente, situando-a na construção da prática pedagógica. Temas Aprendizagem: ciclos, planejamento, objetivos, conteúdos e avaliação A Pedagogia dos Projetos Para iniciar a reflexão “A educação, vista sobre o prisma da aprendizagem, representa a vez da voz, o resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. [...] estamos na educação formando o sujeito capaz de ter história própria e não história copiadahistória própria, e não história copiada, reproduzida, na sombra dos outros, parasitária. Uma história que permita ao sujeito participar da sociedade”. 1941, Santa Catarina Filósofo, UnB Doutorado em 1971 Pedro Demo Aprendizagem... Aprendizagem? Para aprender Além do significado dado pelo aprendiz ao conhecimento a ser construído (pessoal), as condições criadas pelo professor e outros atores do cenário escolar, assegurarão ou não essa construçãoconstrução. Processo de aprendizagem Aprendizagem ciclos planejamento bj tiobjetivos conteúdos avaliação Ciclos? PERRENOUD (2000): perspectiva de ciclos requer novo saber/fazer, baseado em novas representações da aprendizagem, da diferenciação dos ciclos e da própria progressão. Assim sendo os ciclos só evoluirão se ossendo, os ciclos só evoluirão se os professores conseguirem inventar dispositivos de acompanhamento das progressões durante anos seguidos. “A criação de um ciclo estende a zona de autonomia e de responsabilidade dos professores. Encarregados de etapas plurianuais, supõe- se que se organizem à sua maneira durante o ciclo, pelo menos se forem considerados profissionais. Isso está longe de ser generalizado. Alguns sistemas que introduzem ciclos obstinam-se em conservar progressõesobstinam se em conservar progressões limitantes em etapas anuais. Os professores não necessariamente reclamam disso. Ocorre, portanto, que, mesmo estruturado em ciclos plurianuais, levando-se em conta os textos, um sistema educacional funciona de fato por graus anuais, de modo que cada professor fica responsável pelos alunos apenas por um ano. Nesse caso, os ciclos não requerem nenhuma competência nova, porque na lid d d d fi d l ti érealidade nada mudou: o fim do ano letivo é sempre o horizonte do professor, pois ele sabe que em seguida um colega o substituirá”. (PERRENOUD, 2004, p. 12). O planejamento da ação didática HAYDT (2001, p. 45): “planejar é analisar uma dada realidade, refletindo sobre as condições existentes, e prever as formas alternativas de ação para superar as dificuldades ou alcançar os objetivos desejados. Portanto, o planejamento é um processo mental que envolve análise, reflexão e previsão”. O ato de planejar no dia a dia É muito importante planejar no dia a dia. GUIA Planejamento e plano: é a mesma coisa? Planejamento: processo que envolve análise, reflexão e previsão. Plano: resultado, culminância do processo mental do planejamento. Vários níveis de planejamento de um sistema educacional; geral das atividades de uma escola; de currículo; didático ou de ensino; de curso; de unidade didática ou de ensino; de aula. Planejamento de um sistema educacional feito em âmbito nacional, estadual e municipal; consiste na definição de prioridades e metas para o aperfeiçoamento do sistema educacional, estabelecimento de formas de atuação e cálculos dos custos necessários à realização das metas. Planejamento geral das atividades da escola processo de tomada de decisão sobre os objetivos a serem atingidos e a previsão das ações, tanto pedagógicas como administrativas a serem executadas por toda a equipe escolar; deve ser participativo (professores, funcionários, pais e alunos); o resultado desse tipo de planejamento é o plano escolar ou projeto político- pedagógico. Planejamento de currículo previsão dos diversos componentes curriculares que serão desenvolvidos ao longo do curso, com a definição dos objetivos gerais e a previsão dos conteúdos programados de cada componentecomponente. Planejamento didático ou de ensino previsão das ações e procedimentos que o professor vai realizar junto a seus alunos, e a organização das atividades discentes e das experiências de aprendizagem, com o propósito de atingir os objetivos educacionaisatingir os objetivos educacionais estabelecidos. Neste, nos interessa, sobretudo o planejamento de aula, quando o professor especifica e operacionaliza os procedimentos diáriosprocedimentos diários. Para LIBÂNEO (1994) Os planos devem ser como um guia de orientação e devem apresentar uma ordem sequencial, objetividade, coerência, flexibilidade. Guia de orientação: no planejamento, são estabelecidas as diretrizes e os meios de realização do trabalho docente, não sendo um instrumento rígido e absoluto, uma vez que o processo de ensino e aprendizagem está sempre em movimento sofrendo modificações emmovimento, sofrendo modificações em função da própria realidade e da prática. Ordem sequencial progressiva: para se alcançar os objetivos são necessários vários passos, de modo a obedecer a uma sequência lógica. Objetividade: implica uma correspondência do plano com a realidade à qual se vai aplicar. Precisamos conhecer a realidade na qual a escola se insere, pois ela é um componente desse processo de ensino e aprendizagemaprendizagem. Coerência: entre os objetivos gerais, específicos, conteúdos, métodos e avaliação; uma relação que deve existir entre as ideias e a prática, uma ligação lógica entre os componentes do plano. Flexibilidade: a relação pedagógica está sempre sujeita a situações concretas e reais, e a realidade está sempre em movimento, ou seja, podem ocorrer alterações. Funcionalidade: os conhecimentos contemplados devem atender aos interesses e necessidades dos alunos de forma funcional, objetiva e prática. Precisão e clareza: deve ser claro e com uma linguagem simples para não possibilitar dupla interpretação. Interatividade O planejamento é, acima de tudo, um processo: a) Motor que envolve atividades físicas. b) Mental que envolve análise, reflexão e previsão.previsão. c) Mental que envolve memorização e listagem de atividades. d) Afetivo que envolve dedicação e coerência inter-relacional. e) Social que envolve comunicação, disciplina e autocontrole. Objetivos "Acredito que a diferença vital entre o sucesso e o fracasso de uma empresa pode frequentemente ser atribuída à questão de até que ponto a organização aproveita bem a energia e o talento de seu pessoal. Que faz ela para ajudar as pessoas a achar um denominador comum que as aproximem? Como as mantém direcionada em torno de um mesmo Objetivo?” Thomas J. Watson Jr., IBM Pensar em planejamento - Pensar em objetivos A formulação de objetivos educacionais A importância do estabelecimento de objetivos para a ação pedagógica Também a educação se realiza em função de propósitos e metas, ou seja, paraa consecução de objetivos. Neste caso, os objetivos consistem na definição de comportamentos que podem modificar-se como resultado da aprendizagem. Objetivos educacionais e seus níveis a) Gerais: previstos para um determinado grau ou ciclo, numa escola ou certa área de estudo, e que serão alcançados a longo prazo. b) Específicos: são aqueles definidos especificamente para uma disciplina, uma unidade de ensino ou uma aula. Consistem no desdobramento ou operacionalização dos objetivos gerais. Objetivos gerais Fornecem diretrizes para a ação educativa como um todo; Referem-se ao comportamento e ações do professor utilizando-se palavras como: ensinar, orientar; Um exemplo: ensinar a adição de números de dois algarismos com transporte. Objetivos específicos Norteiam, de forma direta, o processo de ensino e aprendizagem; Identificam-se com as atividades que deverão ser realizadas pelos alunos; Um exemplo: o aluno será capaz deUm exemplo: o aluno será capaz de somar números de dois algarismos com transporte. Ter objetivos é fundamental. Conteúdos curriculares Qualquer que seja a linha pedagógica escolhida para a ação da escola, professores e alunos trabalham com conteúdos como ponto de partida para as atividades que visam: Aquisição de conceitos e princípios, Construção de procedimentos; Desenvolvimento de hábitos, valores e atitudes Conteúdos Ao organizar o conteúdo leva-se em conta O Programa escolar oficial; no Brasil: PCNs e RCNEIs; O Programa oficial de cada professor: seu plano de ensino anual, mensal ou semanal. Sua ordenação nos planos vertical e horizontal. Critérios para a seleção de conteúdos a) Validade: em relação aos objetivos; b) Utilidade: necessidades e expectativas dos alunos; c) Significação: experiências dos alunos relacionadas aos novos conhecimentos;relacionadas aos novos conhecimentos; d) Adequação ao nível do desenvolvimento do aluno; e) Flexibilidade. Procedimentos de ensino Como atingir determinados objetivos em relação aos conteúdos? Por intermédio de quais procedimentos, métodos ou técnicas de ensino? Levando-se em conta a diversidade dos alunos e possibilitando-lhes incorporar os novos conhecimentos de forma ativa, compreensiva e construtiva. O professor deve oferecer ao aluno situações nas quais ele possa operar mentalmente: analisar, sintetizar, conceituar, provar, justificar. Critérios básicos para a escolha de métodos de ensino a) Adequação aos objetivos estabelecidos; b) A natureza do conteúdo a ser ensinado e o tipo de aprendizagem a efetivar-se; c) As características dos alunos; d) As condições físicas;d) As condições físicas; e) O tempo disponível. Avaliação do processo ensino- aprendizagem Avaliar não é apenas atribuir nota, mas sim verificar se os objetivos propostos para a construção do saber por parte do aluno estão sendo atingidos. A avaliação é uma forma de detectar os avanços e dificuldades dos alunos para o professor poder replanejar o seu trabalho, aperfeiçoando sua prática pedagógica. Avaliar é Um processo contínuo e sistemático; Funcional, ou seja, em função dos objetivos propostos; Recurso orientador na indicação dos avanços e dificuldades dos alunos;avanços e dificuldades dos alunos; Integral, na consideração do aluno como um ser total e não compartimentado. Funções da avaliação Conhecer os alunos; Identificar as dificuldades de aprendizagem; Determinar se os objetivos propostos foram atingidos;foram atingidos; Aperfeiçoar o processo ensino- aprendizagem; Promover alunos. Interatividade São critérios para a seleção de conteúdos: a) Validade, utilidade, fácil memorização e adequação ao nível de desenvolvimento do aluno. b) Dificuldade, eficiência, conservadorismob) Dificuldade, eficiência, conservadorismo e flexibilidade. c) Validade, utilidade, significação, adequação ao nível de desenvolvimento do aluno e flexibilidade. d) Respeitabilidade eficiênciad) Respeitabilidade, eficiência, conservadorismo, significação e flexibilidade. e) Fácil memorização, listagem, permanência, eficiência e utilidade. Pensando que a aprendizagem “é a construção pessoal que o aluno realiza com a ajuda que recebe de outras pessoas” (ZABALA, 1996) Com foco na escola e na ação docente... Como estamos trabalhando?Como estamos trabalhando? O que estamos fazendo nas nossas escolas? Conhecimentos prévios Ponto de partida para o ensino Estado inicial diante da aprendizagem Para construir um significado pessoal no início de qualquer aprendizagem ou para reconstruí-lo socialmente, o aluno conta com o que conhece previamente. Estado inicial do aluno Elementos básicos do momento inicial do aluno diante de uma nova aprendizagem 1. Apresentação de uma determinada disposição para realizar a aprendizagem; 2. Disposição que o aluno possui de capacidades, instrumentos, estratégias e habilidades gerais para completar o processo de aprendizagem; O terceiro elemento 3. Conhecimentos prévios: adquiridos anteriormente ao processo ensino- aprendizagem que se inicia. Existência de conhecimentos prévios No passado: o aluno era algo vazio e não conhecia nada até ir para a escola; Atualmente: o ensino de uma nova aprendizagem parte dos conhecimentos adquiridos anteriormente (com a família ou amigos, através dos meios de comunicação, na sociedade, nos anos escolares anteriores etc.) Mas... há sempre conhecimentos prévios? Há sempre conhecimentos prévios a respeito de um novo conteúdo, até para que quem está aprendendo faça uma primeira leitura deste novo conteúdo. Por exemplo, o aluno não conhece “bolsa”, mas conhece “sacola”. Detectando conhecimentos prévios Se os conhecimentos prévios são o ponto de partida para o ensino de um novo conteúdo, então o professor precisa detectá-los, mas o que considerar neste momento? 1) Maior ou menor distância entre os conhecimentos prévios do aluno e o novo conteúdo; 2) Significado do novo conteúdo; 3) Apresentação adequada do novo3) Apresentação adequada do novo conteúdo pelo professor. Esquemas de conhecimento O esquemas de conhecimento são a representação que uma pessoa tem sobre uma parcela da realidade em um determinado momento da sua história. Provêm do meio familiar, de convivências diversas, de leituras, dos meios de comunicação etc. Caracterizam-se pela quantidade de conhecimentos que uma pessoa possui, mas também pelo nível de organização interna desses conhecimentos e de como ela os articula. Critérios para detectar conhecimentos prévios 1. Quais questões são importantes para que se descubra o quê sobre determinado assunto os alunos já sabem; 2. Quais são os objetivos concretos do professor em relação aos conteúdos, à aprendizagem e à superficialidade ou profundidade desses objetivos. Além de detectar conhecimentos prévios é importante refletir sobre eles em relação ao novo conteúdo O que se pretende ensinar? Como se pretende ensinar? O que os alunos precisam saber para atribuírem um significado inicial para o novo conhecimento?novo conhecimento? Além de detectar conhecimentos prévios é importante refletir sobre eles em relação ao novo conteúdo O que já sabem que se relaciona com o novo conteúdo? Nada sabem? Sabem pouco? De onde partir? Como ocorreram as aprendizagens Como ocorreram as aprendizagens anteriores dos alunos? De maneira superficial? Reflexões constantes do professor em relação aos alunos Disponibilidadepara a aprendizagem; Possibilidade da falta de sentido que atribuem às atividades; Escassa motivação dos alunos; A forma como organizamos nosso ensino: na relação direta com os alunos OU no contexto escolar (currículo, falta de relação entre as áreas etc.). Como o professor ajuda o aluno? Na ausência de atualização dos seus conhecimentos prévios: 1) Tendo constantemente presentes os conhecimentos prévios deles necessários para a atribuição de sentido ao novo conteúdo; 2) Orientando-os a utilizá-los nos momentos que devem atualizá-los ou; 3) Explicando as relações entre os conhecimentos prévios deles e os novosconhecimentos prévios deles e os novos no processo educativo. Explorando conhecimentos prévios O que explorar? Depende dos objetivos para a aprendizagem, das dificuldades mais habituais e da relação entre fatos, conceitos, procedimentos e atitudes no novo conteúdo. Quando explorar? Sempre. Refletindo sobre o que fazer com o explorado, replanejando constantemente. Como realizar a exploração? Instrumentos mais padronizados e mais flexíveis. Dependerá dos conteúdos, da relação professor-aluno e do nível de escolaridade. Interatividade Sobre os elementos básicos do momento inicial do aluno diante de uma nova aprendizagem podemos afirmar que: a) A sua disposição para esta nova aprendizagem pouco interfere na mesma. b) As capacidades do aluno neste momento são dispensáveis. c) Os instrumentos com os quais conta pouco ajudam o aluno. d) As estratégias que possui não são úteisd) As estratégias que possui não são úteis para esta nova aprendizagem. e) As suas habilidades gerais são importantes para completar o processo de aprendizagem. A pedagogia dos projetos Competência profissional do professor no passado “dar lições”; transmitir conhecimentos; corrigir lições; instruir alunos. Novas competências do professor 1. Adquirir uma visão longitudinal dos objetivos do ensino; 2. Estabelecer laços com as teorias subjacentes às atividades de aprendizagem; 3. Observar e avaliar os alunos em situações de aprendizagem, de acordo com uma abordagem formativa; 4. Fazer balanços periódicos de competências e tomar decisões decompetências e tomar decisões de progressão. Aqui entra Pedagogia de Projetos “nova” possibilidade para ensinar e aprender! Você já trabalhou com projetos? Projetos: do significado às vantagens Projeto (Aurélio): 1. Ideia que se forma de executar ou realizar algo, no futuro; plano, intento, desígnio; 2. Empreendimento a ser realizado dentro2. Empreendimento a ser realizado dentro de determinado esquema; 3. Esboço ou risco de obra a se realizar, plano. A gênese do projeto O projeto começa a sê-lo na medida em que torna-se material. Antes, existe a partir de um sonho, de um desejo, de uma necessidade que se transformará em projeto quando adquirir uma forma de ação a ser empreendida. Hoje os projetos se dão como proposta de prática para a mediação do desenvolvimento das habilidades e competências. Projetos nas escolas Como têm ocorrido: Planejados pela coordenação pedagógica ou por professores; Sonhar os sonhos de outros; Modismo; Modismo; Resultados: atividades sem sentido de trabalho, apenas como resultado. Mas, por que trabalhar com projetos? Por que todos estão trabalhando? ou Por que a diretora ou coordenadora mandou? ouou Por que tenho intencionalidade? ou Por que facilita a proximidade com a realidade? Projeto é Uma ação coletiva. Fruto de uma construção coletiva. O trabalho com projetos pode: Servir ao Plano Político Pedagógico da escola como meio para atingir osescola como meio para atingir os objetivos da mesma; Emergir da própria comunidade escolar a partir de um interesse dos alunos. Justificativas para o trabalho com projetos na prática pedagógica 1) Trabalho procedimental: Um projeto é do aluno e do professor. Ambos opinam e delineiam a trajetória. Procedimentos presentes: anotar, pesquisar etc.pesquisar etc. Professor medeia as ações procedimentais que planejou ou que foram sugeridas pelos alunos. Justificativas para o trabalho com projetos na prática pedagógica 2) O projeto como rede de significados: Apresenta a possibilidade do rompimento da linearidade (do mais simples para o mais complexo) da escola tradicional Transformação do conhecimento em ramificação como numa rede com múltiplas interligações formando uma malha entre os significados e suas relações Justificativas para o trabalho com projetos na prática pedagógica 3) Projeto e Autonomia: O trabalho com projetos possibilita o desenvolvimento da autonomia por parte do aluno que: faz escolhas, posiciona-se, elabora projetos pessoais, participa de projetos coletivos, governa-se etc. “Aprender a aprender” Justificativas para o trabalho com projetos na prática pedagógica 4) Projetos e o espectro de competências: Possibilidade de expansão das melhores ações dos alunos, mas também de experimentação de outras alternativas e atuações. Como? Pelo trabalho cooperativo e pelas divisões de tarefas. Enfim, o trabalho com projetos propicia maior interação entre os alunos. Etapas, papéis e atores de um projeto As etapas 1) Nome: que defina o projeto; 2) Definição do objetivo (o que); 3) Fundamentos: porque queremos atingir este objetivo sua importância o que eleeste objetivo, sua importância, o que ele ajuda na resolução do problema, como se justifica o desenvolvimento do projeto; 4) Metas (quanto): para caso de situações quantificáveis. Ex.: número de entrevistas, quantidade de turmas envolvidas etc.; 5) Recursos (quais): mesmo apenas como previsão, mas necessário para a disponibilização durante o desenvolvimento do projeto. Quais recursos humanos e materiais serão utilizados? 6) Cronograma (quando): importante para verificarmos os prazos que temos para alcançar o objetivo em questão; 7) Avaliação: Do professor: deve estar atrelada aosDo professor: deve estar atrelada aos objetivos inicialmente estabelecidos. Neste item descrever como, por quem e em que situações esses objetivos serão avaliados; Dos alunos: como será realizada, ouDos alunos: como será realizada, ou seja, o processo, o envolvimento dos alunos e/ou das equipes, as aquisições etc. Atores e papéis no desenvolvimento de um projeto Os atores, no desenvolvimento de projetos na escola são os alunos e o professor, mas quais são os seus papéis? Para cada etapa há diferentes e diversos “trabalhos” para esses atores. Etapas e papéis Na definição do tema: Professor: detecta a necessidade do projeto Alunos: argumentam sobre o tema No planejamento:No planejamento: Professor: responsabiliza-se pela parte operacional (recursos, objetivos etc.) e solicita o auxílio dos alunos na elaboração Alunos: planejam as ações a serem executadas ( o que gostariam de fazer, como vão fazer, que recursos vão utilizar etc.) Etapas e papéis No acompanhamento do projeto: Professor: este acompanhamento é seu papel que o faz auxiliando nas diversas etapas de execução, depuração, apresentação e avaliação feitas pelos alunos. Na execução: Professor: auxilia fornecendo suporte para que aconteçam as ações planejadas pelos alunos anteriormente.pelos alunos anteriormente. Alunos: colocam em prática essas ações. Etapas e papéis Na depuração (análise e reflexão sobre expectativas iniciais e os resultados alcançados durante a realização do projeto): Professor: provoca os alunos para a ação de analisar,refletir e melhorar a qualidade do que já foi realizado. Alunos: diante de resultados não satisfatórios (re)planejam, (re)elaboram, (re)produzem, criam novas hipóteses, mudam percursos, alteram rotas e processos, (re)executam suas ações. Etapas e papéis Na apresentação do projeto: Alunos: planejam a forma como farão para exporem suas dúvidas iniciais, os problemas, suas vontades, sonhos, necessidades, processo de investigação, suas produções e como chegaram ao encaminhamento dos problemas. Professor: orienta durante o planejamento da apresentação e a assiste fazendo anotações pertinentes. Partindo dessas anotações, o professor faz os ajustes finais verificando o que foi abordado e realizando o “fechamento” com os alunos. Etapas e papéis Na avaliação: Professor: media uma sessão de autoavaliação e autocrítica com os alunos, questionando-os sobre o processo e suas aquisições. Posteriormente, avalia o projeto como um todo (sempre por meio dos objetivos) e as aquisições dos alunos. Alunos: realizam a avaliação do projeto, sua autoavaliação e a avaliação dos demais projetos fazendo críticas e dando sugestões para melhorias. Etapas e papéis No registro: Professor: registra todo o desenvolvimento constando a apresentação, justificativa, objetivos. Alunos: registram a trajetória, por meio do processofólio, indicando suas expectativas, hipóteses iniciais e finais, descobertas, processo de investigação, pontos altos e baixos, ideias para futuros projetos etc. Pedagogia dos projetos: um dos meios de trabalho em sala de aula que requer um professor facilitador. Interatividade Na avaliação de um projeto, é papel do professor: a) Preparar uma prova com questões fechadas de múltipla escolha a respeito dos temas trabalhados. b) Exigir dos alunos que apresentem um resumo d it diddos conceitos aprendidos com o desenvolvimento do projeto. c) Atribuir uma nota de 0 a 10 para registro no boletim de cada aluno. d) Mediar uma sessão de avaliação e autocrítica com os alunos e realizar uma avaliação docom os alunos e realizar uma avaliação do projeto como um todo a partir dos objetivos até as aquisições dos alunos. e) Apenas observar os comportamentos dos alunos. ATÉ A PRÓXIMA!
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