ANALISE WISC

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I-IDENTIFICAÇÃO
Autores: ____________________, Alunas de Técnicas de Avaliação de Inteligência, supervisionados pela Professora _________________
 Interessados: UNIP, como pré-requisito denota parcial na disciplina TAI. Escola particular da L.
Cliente: L. S. F., 10 anos, cursando quinto ano do Ensino Fundamental I, nascida em 13/07/2006.
Assunto: WISC III
Período de avaliação: Primeiro semestre de 2017.
II- DESCRIÇÃO DA DEMANDA
 A avaliação psicológica foi solicitada pela escola de Larissa, que é particular e a conhece desde os primeiros anos de educação infantil. Por motivo de preocupação com comportamentos ambivalentes em seu processo de escolarização. 
 A criança é a caçula de 4, e atualmente todos moram com seus pais. Considerada uma menina carinhosa, atenciosa, e sempre disponível com a família e amigos. 
 Segundo seus pais, houve dois fatores que alterou a rotina da criança, que pode ter acarretado a essa mudança de comportamento.
A morte da avó paterna, que já foi professora particular, e a dois anos morava com eles por motivo de doença. Sempre que podia estava ensinando e motivando a neta a fazer as tarefas e trabalhos escolares.
A retorno do filho mais velho para a casa dos pais. Casado a 7 anos e com dois filhos de 06 e 05 anos. Quase todo fim de semana os sobrinhos da criança, vem para a casa dela ficar com o pai. Os pais acreditam que por mais que a menina brigue muitos com os sobrinhos, ela gosta muito dele, que pode estar com ciúmes por ter que dividir o espaço que antes era só dela, com os sobrinhos.
III- PROCEDIMENTO
 Durante o processo psicodiagnóstico, realizado no primeiro semestre de 2017, foram utilizados os seguintes procedimentos:
 
Entrevista de triagem com os pais (01)
Entrevista Inicial com os pais (01)
Questionário (Anamnese) entregue à mãe 
Sessão lúdica com a criança (01)
Sessão lúdica semidirigida com a criança (01)
 Aplicação do Teste Ravem (01 sessão)
Sessões de colagem
Visita domiciliar
Visita escolar 
Aplicação do Teste WISC III (02 sessôes)
 O psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos, portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais. É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia. Conforme cunha (2000) o psicodiagnóstico além de ser um procedimento cientifico, também é limitado no tempo, e utiliza testes psicológicos de forma individual ou coletiva para entender os problemas do sujeito. Com isso, permite-se a identificação e avaliação de aspectos específicos, assim, como a elaboração da melhor forma de intervenção para o paciente psicodiganosticado.
 Segundo artigo de Figueiredo & Nascimento (1998), Wechsler , em 1939, definiu a inteligência como “agregação da capacidade global do individuo para agir intencionalmente, para pensar racionalmente e para inserir-se efetivamente no meio social”, caracterizando o comportamento individual como um todo e não apenas em habilidades especificas. 
 Conforme artigo Cruz (2005), o WISC-III é um teste de aplicação individual com o objetivo de avaliar a capacidade intelectual de crianças entre 6 á 16 anos, é composto por 13 subtestes, , organizados em dois grupos: Verbais e Perceptivos-motores ou de Execução, que são aplicados nas crianças em ordem alternadas, ou seja, um subteste de Execução e depois um subteste Verbal e vice-versa. Estes diversos subtestes avaliam diferentes aspectos da inteligência. E resumido em três medidas que oferecem estimativas da capacidade intelectual das mesmas, a saber: QIs Verbal, Execução e Total; oferece também estimativas de quadro escores opcionais de índices fatoriais, sendo que, o desempenho da criança nos subtestes resulta em três medidas: Escore em QI Verbal, QI de execução e QI Total. O WISC-III pode ser utilizado para diferentes finalidades, como por exemplo: avaliação psicoeducacional, diagnóstico de crianças excepcionais em idade escolar, avaliação clínica, neuropsicológica e pesquisa. 
IV- ANÁLISE
 Após iniciar o psicodiagnóstico, mesmo com vários instrumentos de avaliação utilizado, como o teste de RAVEN – Matrizes Progressivas Coloridas, onde a criança apresentou QI 90, um rendimento de inteligência geral superior à média esperado para sua idade e também a visita a escola, onde a criança demostrou insatisfação pelo motivo de não querer que a psicóloga fosse até a escola, pois iria ver que a mesma tirou notas baixas ultimamente, e como a professora, a psicóloga, iria deixar de gostar dela por este motivo, houve a decisão de aplicar o WISC-III. 
 Durante o WISC III a criança se mostrou disposta e interessada, mostrando-se motivada, perseverante e pouco ansiosa. E somente no subteste de “Armar Objetos” e “Aritmética” que a mesma reclamou de cansaço e demonstrou certo desanimo. 
 Os resultados quantitativos apresentados mostraram que a criança se apresenta dentro da média esperada para sua idade em descrição quantitativa de escores de QIs para interpretação dos dados. Na escala verbal os pontos ponderados nos mostra um alto escore no subteste de “Compreensão” e baixo escore nos subtestes de “Informação” e “Aritmética”, já na escala de execução os pontos ponderados nos mostra um alto escore no subteste de “Completar Figuras” e baixo escore nos subtestes de “Armar Objetos” e “Labirinto” (Subteste opcional, mas nenhum subteste anterior foi invalidado, portanto não iremos analisá-lo).
 Os resultados qualitativos apurados, notamos que a criança em avaliação, conforme manual de interpretação observa-se que está dentro da média. Na escala Verbal indica um alto escore no subteste de “Compreensão” o que indica sua maturidade social, justa e correta, conseguindo desenvolver sua empatia e cooperação, indica também uma boa capacidade de verbalizar, expor suas ideias, sentimentos e pensamentos; os pontos de baixo escore no subteste de “Informação” que mede quanta informação o sujeito abstraiu de seu meio observa-se uma tendência de perfeccionismo, querendo sempre fazer correto e “bonito” para não desapontar, para ela o pouco conhecimento ou erro pode fazer com que as pessoas não gostem dela, tendo como algo perigoso, e no subteste de “Aritmética” que mede o desenvolvimento cognitivo e habilidade de transformar problemas orais em operações numéricas, analisa-se uma pobre realização escolar, onde a criança tem geralmente uma baixa autoestima e se fecha, diz que não sabe fazer, apresentando tendência ao fracasso. Na escala de execução nota-se um alto escore no subteste “Completar Figuras” que mede a atenção e concentração, observa-se que ela tem uma boa percepção e concentração, superatenção obsessiva ao detalhe, verificando sendo se está tudo certo; a um baixo escore, no subteste de “Armar Objeto” o que mede percepção adequada, coordenação visomotora, e relações de parte-todo, com isso nota-se que ela parece não ter noção do tempo e como dividir o trabalho em segmentos manejáveis. 
V- CONCLUSÃO
 Com base em todo estudo do material apresentado pela disciplina, apuração de dados quantitativos e interpretação para dados qualitativos, concluímos que a criança em assunto, está na média de Q.I para sua idade, porém, por esta passando por uma fase que envolve problemas emocionais, justificam seus comportamentos ambivalentes no âmbito escolar. Necessitando de atenção, sem exageros e um reforço para aumentar suas notas, com incentivo dos pais, pois nota-se que quando a avó a ajudava, o desenvolvimento era maior, isso nos mostra que a presença de uma pessoa a incentiva e motiva. Precisa-se trabalhar com ela o perfeccionismo, a obsessão em querer agradar as pessoas para que elas não deixem de gostar dela. E como está fase emocional e também de espaço, por que ela ainda está em adaptação de ter outras pessoas no seu espaço, onde antes era somente ela; vai passar, e ela precisade um amparo neste momento, para direcionar seus objetivos e voltar a se motivar. 
VI- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Cunha, Jurema Alcides (2000) Psicodiagnóstico V. 5° Ed. Porto Alegre: Artes Médicas. 
Figueiredo, V. L. M., NASCIMENTO, E. (1998) Teste de Inteligência WISC-III Adaptado para a população brasileira. Fonte: http://www.scielo.br/pdf/pee/v2n2/v2n2a04.pdf acessado em 14/11/2017
CRUZ, M. B. Z. (2005) WISC III: Escala de inteligência Wechsler para crianças: Manual. Fonte: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712005000200011 acessado em 14/11/2017
Escala de Inteligência Wechsler para Crianças, 3 ed., Casa do Psicólogo, 2002.
ANEXO
UNIVERSIDADE PAULISTA
 CURSO DE PSICOLOGIA 
4° período noturno – Turma PS4Q42
RELATÓRIO DE ANÁLISE DO 
TESTE WISC III
Professora / Técnicas de Avaliação de Inteligência. 
Goiânia 2017
 UNIVERSIDADE PAULISTA
 CURSO DE PSICOLOGIA 
Trabalho acadêmico do curso de Psicologia, orientado pela professora Esp., apresentando á disciplina Técnicas de Avaliação de Inteligência.
Goiânia 2017