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Sistema digestório (ruminantes)

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SISTEMA DIGESTÓRIO
Estrutura
Superfícies mucosas e serosas normais devem ser LISAS e BRILHANTES, com exceção do rúmen, o qual se apresenta de superfície com aparência grosseira;
Cavidade oral: 
Mucosa lisa, brilhante e rósea. Exceto em animais cuja mucosa é marcadamente pigmentada.
ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO (aplasia/agenesia, hipoplasia)
Queilosquise ou fenda labial: conhecida como “lábio leporino”, ocorre devido a uma falha na fusão do lábio superior ao longo da linha média ou sulco nasolabial. Pode ser unilateral ou bilateral. 
Palatosquise ou fenda palatina: pode ser de origem tóxica ou genética. É resultado de uma falha na fusão do processo palatino lateral. Pode ser causada por administração de esteroide durante a gestação. As sequelas são fome, devido à inabilidade de criar pressão negativa na boca a resultante insuficiência de sucção; e pneumonia aspirativa, por haver comunicação entre a cavidade oral e nasal. Dependendo do tamanho do defeito, a lesão pode ser corrigida através de processo cirúrgico.
Braquignatia: é quando não ocorre o desenvolvimento completo dos ossos do maxilar (superior) ou da mandíbula (inferior). É uma alteração genética.
Prognatismo: desenvolvimento mais acentuado da mandíbula.
Agnatia: ausência da mandíbula (agenesia).
Hipoplasia ou atrofia do esmalte: diminuição do esmalte, facilitando o aparecimento de cáries.
PIGMENTAÇÕES	Comment by Yana: Alterações da cor e da aparência da mucosa oral refletem em alterações locais ou sistêmicas.
Melanose: são manchas pardas ou enegrecidas devido ao acumulo do pigmento melânico. Pode ser local ou difusa;	Comment by Yana: Manchas enegrecidas podem ser observadas na boca de cães em condições fisiológicas para determinadas raças e aumenta com a idade.
Icterícia: coloração difusamente amarelada por acúmulo de bilirrubina nos tecidos;	Comment by Yana: Consequências hemolíticas, afecções hepáticas ou obstruções de vias biliares.
Metaemoglobinemia: intoxicação por nitritos ou nitratos que oxidam o ferro e não permitem p transporte de O2 pela hemoglobina, tornando as mucosas opacas ou acastanhadas. 
CORPO ESTRANHO
Normalmente de origem traumática (corte, perfuração, laceração), queimaduras (química, térmica ou elétrica). Pode interferir na evolução o tipo de lesão e a associação de um processo infeccioso. 	Comment by Yana: Geralmente ocorre mais em animais de companhia.	Comment by Yana: Quando é fornecido ao animal, por exemplo, alimento muito quente.	Comment by Yana: Acidental
DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS
Anemia: classificada em primária, quando há falha na produção (M.O); e secundária, quando há perda de sangue constante (hemorragia) e hemólise;
Congestão e edema: aumento do volume sanguíneo localizado em um órgão ou parte dele. Classificada em passiva e ativa.	Comment by Yana: Diminuição da drenagem venosa por aumento da resistência, por exemplo, obstrução ou compressão vascular.
Hemorragia
INFLAMAÇÃO
Estomatite e gengivite: se referem à inflamação em determinadas estruturas que compõe a boca, tais como: lábios (queilite), gengivas (gengivite), língua (glossite) e palato (palatite). A mucosa oral sofre alguns insultos resultando na perda de integridade da mucosa – erosões, ulcerações e necrose.	Comment by Yana: Lesão que permanece mais no epitélio da mucosa e não sangra. Pode evoluir para ulcera.	Comment by Yana: Lesão mais profunda e que sangra.
As lesões podem ser causadas por vírus, lesões químicas, agentes tóxicos, doença autoimune e doenças sistêmicas. Elas resultam em anorexia, sialorréia e ausência de deglutição. 
BOCA
As estomatites podem ser causadas por agentes primários ou secundários, difusas ou localizadas. Macroscopia. Podem se propagar para os ductos das glândulas salivares, havendo oclusão e estagnação de secreção. Essa secreção ficará retida e ocorrerá dilatação originando uma estomatite cística. Haverá comprometimento das papilas orais com pontos esbranquiçados. Agentes químicos, físicos e mecânicos provocam a descamação do epitélio, consequentemente, erosões circunscritas. 
ESTOMATITES SUPERFICIAIS
Estomatite vesicular: são induzidas por vírus. Macroscopicamente, as lesões são epiteliotrópicas. Vesículas preenchidas por fluidos estão na cavidade oral, lábios, palato rostral e língua. O epitélio que recobre as bolhas, se rompe facilmente e subsequentemente são formadas as ulceras tipicamente hiperêmicas. Microscopicamente observa-se edema intracelular que progride para tumefação celular, degeneração hidrópica, picnose do estrato espinhoso. Resulta em edema intercelular e formação de vesículas com sangue e neutrófilos nos demais estratos.	Comment by Yana: Estomatite viral	Comment by Yana: Febre aftosa (Picornavírus); Estomatite vesicular (Rabdovírus); Doença vesicular dos suínos (Picornavírus); Exantema vesicular dos suínos (Calicivírus) 	Comment by Yana: Febre aftosa; Estomatite Vesicular; Doenças das Mucosas; Ectima Contagioso; Diarreia Viral Bovina (DVR); Língua Azul.	Comment by Yana: Confere resistência ao tecido.
Estomatite catarral: causa pode ser traumática, bacteriana e química. As mucosas se apresentam avermelhadas e entumecidas nos lábios e na região palatina. Há grande produção de muco. Em casos de baixas na imunidade a Candida (fungo oportunista) desenvolve-se provocando uma estomatite caracterizada por placas irregulares brancas e pseudomembranosas.
Febre Catarral Maligna, Exantema Vesicular dos Suínos e Calicivírus Felino; 
Estomatite erosiva: erosões são a perda do epitélio, atingindo a mucosa sem alcançar a submucosa e tecidos mais profundos. Pode ter o traumatismo como principal causa, onde destacam-se os corpos estranhos como: ossos, componentes alimentares (duros, aguçados, fibrosos) e substâncias cáusticas, além de agentes infecciosos. Não forma vesículas. 
Estomatite ulcerativa: as ulceras são lesões com perda da mucosa quando atinge camadas mais profundas como a lâmina própria e submucosa. É de intensidade maior do que a erosiva e geralmente, as bordas da ferida apresentam exsudato necrótico ou purulento. É comum a formação de crostas com exsudato de coloração acinzentada (necropurulento), com odor.
Estomatite papular: reconhecida por pápulas nas narinas, focinho, gengiva, cavidade oral, palato e língua. Microscopicamente, existe degeneração balonosa das células epiteliais do estrato espinhoso. “Ectima contagioso” – doença caracterizada por degeneração hidrópica associado a corpúsculos de inclusão. As bolhas são acentuadas, infiltradas por células inflamatórias e apresentam neovasculização e proliferação das células basais. Lesões são secas, escuras e com crostas, leucocitose e aumento da vascularização ocorrem na submucosa subjacente.
ESTOMATITES PROFUNDAS (invasão microbiana no tec. Conj. Da boca) 
Estomatite purulenta: ocorre quando há invasão de bactérias piogênicas, de forma primária ou secundária. Geralmente há formação de abscessos ou fístulas.
Estomatite necrotizantes: macroscopia, é caracterizada por foco arredondado de amarelo-acinzentada circundado por halo de tecido hiperêmico localizado na cavidade oral, laringe, faringe ou língua. É causada por substâncias químicas (cáusticas), térmicas (alimentos quentes) e bacterianas (ex.: Fusobacterium necrophorum). É caracterizada por necrose de coagulação que forma ulceras com extravasamento de fibrina que a recobre formando uma membrana (placa diftérica ou pseudomembrana);	Comment by Yana: Ocorre: Epitelioma Contagioso das Aves (Poxvírus), Estomatites e Faringites purulentas.	Comment by Yana: Necrobacilose; MACRO: áreas secas de coloração cinza amarelada de necrose de coagulação
Estomatite Gangrenosa: Inflamação pseudomembranosa de odor intensamente fétido. As lesões são semelhantes a estomatite necrótica, tendo apenas aspecto mais sujo, destrutivo e agudo. As lesões acontecem devido a traumas e debilidade da mucosa que predispõem a ação de Espiroquetas e Fusiformes presentes na flora oral;
Estomatite Granulamatosa: Pode ocorrer na Tuberculose ou Actinobacilose, onde há a formação de piogranulomascom infiltrado de neutrófilos e macrófagos.
Estomatite eosinofílica: granulomas ou ulceras orais em gatos. As lesões em gato incluem úlcera eosinofílica, granuloma linear e placa eosinofílica. A principal causa é a alergia. 
Estomatite linfoplasmocítica: condição crônica caracterizada por gengivas vermelhas, inflamadas, hálito fétido e inapetência. A mucosa oral pode estar hiperplásica ou ulcerada. 
INFLAMAÇÕES CRONICAS
Actinobacilose: língua firme; acomete os tecidos moles de bovinos, resultando no aparecimento de piogranulomas com presença de drusas no seu interior. Pode ser resultado de traumatismo por alimentos grosseiros, o qual bactéria penetra e leva à afecção quando existe uma lesão na mucosa oral. MACRO: granuloma branco acinzentado ou branco amarelado. MICRO: colônias bacterianas circundadas por granulócitos, macrófagos, células epitelióides e células gigantes multinucleadas de Langhans (composição de um granuloma).	Comment by Yana: MACRO: aumento do volume, branca e firme	Comment by Yana: Actnobacillus lingnieresii
Actinomicose: preferência por tecidos duros; caracteriza movimentos rígidos de deglutição devido ao acometimento da estrutura óssea maxilar e mandibular. MACRO: nódulo cinza ou branco acinzentado, firme, fibrótico e irregular. Osteólise da mandíbula (promove a destruição da mandíbula).	Comment by Yana: Agente Actinomyces bovis
Tuberculose: lesões Granulamatosa causadas pelo agente Mycobacterium bovis.
DENTE
Compostos por coroa (parte visível do dente, coberta por esmalte), raiz (formada por dentina e cemento), ligamento periodontal (tecido fibroso que fixa a raiz a cavidade alveolar), alvéolos (cavidade do osso maxilar ou da mandíbula onde se insere a raiz) e polpa dental (tecido altamente vascularizado que se estende para dentro da raiz do dente e nutre a dentina). Existem os dentes simples e os complexos. Os simples são os de carnívoros e pequenos herbívoros. Os complexos são os dentes dos grandes herbívoros, que possuem dentes modificados para servir a um tipo de mastigação rotatória e de moagem. Possuem o infundíbulo, que é um cálice de esmalte na coroa central do dente, preenchido por cemento que é uma matriz colágena.
ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO
Anodontia: ausência de dente
Oligodontia: menor n° de dentes do que o normal
Poliodontia: aumento do n° de dentes
Hiperplasia gengival: possui aspecto neoplásico, mas não é neoplasia. Induz à perda dentária e pode ser removida cirurgicamente. É uma resposta proliferativa a inflamações crônicas, sendo mais comum em cães. Os fatores são a predisposição genética, uso de alguns medicamentos (influxo alterado de cálcio). MACRO: área solitária ou difusa de crescimento da gengiva. MICRO: Colágeno e fibroblastos fusiformes. 
LESÕES INFLAMATÓRIAS
Cárie - processo inflamatório raro em animais, mas que pode ocorrer por mudança de pH. É rara porque normalmente os animais não sofrem mudanças alimentares que causem alterações de pH. A cárie compromete o esmalte dos dentes, causa placas bacterianas (tártaro), mau hálito, comprometimento da gengiva, periodontite, gengivite.
Impactação infundibular – ocorre em animais de dentes complexos, sendo importante em cavalos e bovinos. Comparada a cárie em animais de dentes simples. A impactação do infundíbulo ocorre quando há má formação do cemento, ocorrendo acúmulo de alimentos no infundíbulo causando cárie. Compromete a gengiva e causa periodontite.
NEOPLASIAS
Papiloma oral infeccioso: Papilomavírus. Mais comum em cães jovens. Por serem de origem infecciosa podem ser transmissíveis. É uma lesão que provoca nodulações pequenas (verrugas). Atrapalha a deglutição, provoca salivação e ulcerações. MACRO: múltiplos nódulos, brancos ou cinzas, pedunculados e com superfície queratinizada (endurecida). MICRO: epitélio escamoso estratificado com queratina espessa e hiperplásico. Podem ocorrer inclusões intranucleares (o vírus entra no núcleo da célula).
Carcinoma na base da língua: em bovinos pode ser causado por um agente toxígeno liberado pela samambaia Pteridium aquilinum.
Carcinomas espinocelulares: comuns em cães, cavalos e gatos velhos. Se inicia na língua, gengiva ou tonsila. MACRO: quando pequenos aparecem pequenas lesões granulares. Quando mais desenvolvidos, tem aspecto de couve-flor, como um rosário de massa. MICRO: observa-se invasão de cordões de células epiteliais escamosas. Apresenta rodelas de queratina no tumor (pérolas de queratina). Quanto mais diferenciadas as células se apresentarem, mais maligno é o tumor e mais apresenta pérolas de queratina e figuras de mitose.
Melanoma em cães: melanócitos neoplásicos. MACRO: apresenta máculas branco- acinzentadas (é o amelanótico, improdutivo) ou marrom escuro ou preto (melanócito produtivo). MICRO: observa-se melanócitos epitelióides (pleomórficos com núcleos grandes e claros). 
Epúlides: em cães e cavalos; são tumores de gengiva, podendo ser malignos ou benignos. Na neoplasia benigna não há comprometimento do osso alveolar, pois não é invasivo. Formam uma massa estranha, irregular, na cavidade oral. Podem ser: Fibromatoso, ósseo e acantomatoso.	Comment by Yana: Benigno. Atinge o ligamento periodontal.	Comment by Yana: Benigno. Há presença de tecido ósseo, osteoblastos, no tumor.	Comment by Yana: Maligno. Extremamente invasivo, comprometendo toda a arcada dentária. Lembra um epitélio estratificado.
Esôfago
Estenose, obstrução e perfuração no esôfago são causadas por corpo estranho, sabugo de milho, ossos, frutas e alimentos fibrosos. Ele possui uma localização com desvio normal sobre a laringe, entrada da cavidade torácica, base do coração e antes do hiato esofágico. Compressões externas causadas por hipertrofia de linfonodo, neoplasia de timo e da tireoide, bócio, tireoidite, aorta destra, persistência de ducto e do ligamento arterioso. 	Comment by Yana: Adquirida (tumor, abcesso) e congênita.	Comment by Yana: Pode causar necrose e ulceração da mucosa, perfuração e morte. 
Dilatação: é consequência da estenose ou da obstrução. Pode ser total (megaesôfago), funcional (perda dos tônus) e parcial (divertículos). 	Comment by Yana: Distúrbio causado por dilatação e flacidez do esôfago. Pode ocorrer em todo o esôfago ou em parte dele, comprometendo a motilidade do mesmo, causando refluxo e diminuição da ingestão de alimentos.	Comment by Yana: Ocorre: Miastenia gravis (doença autoimune, associada a tumores tímicos); doença de Chagas; Lúpus eritematoso sistêmico; Hipoadrenocorticismo	Comment by Yana: Dilatação sacular (divertículo de tração);Hérnias da mucosa para dentro da muscular (divertículo de impulso).
Congênito: ocorre em cães com idade em torno de 10 semanas, detectado após desmame. Causas desconhecidas, considerando-se a existência de um componente hereditário na maturação da inervação esofágica. 
Adquirido: ocorre em cães adultos, devido a alterações das vias aferentes da inervação esofágica. 
Megaesôfago secundário: está relacionado com miastenia grave, disautonomia, hipoadrenocorticismo, persistência vasculares congênitas, neuropatias centrais e periféricas.
INFLAMAÇÕES
São raras. As causas são erosivas e ulcerativas devido a corpos estranhos, agentes químicos cáusticos, alimentos quentes, infecções. Podem ser catarrais, fibrinosas e purulentas.	Comment by Yana: Agentes bacterianos, tóxicos, traumáticos ou térmicos	Comment by Yana: F. necrophorum; Candida albicans	Comment by Yana: Corpos estranhos ou secundários a outros processos.
Esofagite traumática: causada por traumatismos com alimentos ou objetos estranhos ingeridos acidentalmente. Pode ocorrer obstrução por corpo estranho (ou frutas), comum em bovinos, causando timpanismo. 	Comment by Yana: Podem causar lacerações, ulcerações e necrose de coagulação.
Esofagite micótica: candidíase (“sapinho”). A Candida albicans é um habitante normal da flora bucal, mas é oportunista. Com baixa na imunidade ela prolifera. Causa placas brancas, ovais e elevadas na superfície epitelial, com pseudomembranas. O tipo de lesão lembra difteria. MICRO: encontram levedurasno centro da lesão e pseudo-hifas. Em suínos é comum, secundariamente a doenças imunossupressoras (peste suína e circovirose), inanição e refluxo gástrico.
Esofagite parasitária: o mais comum é o Spirocerca lupi, que causa a espirocercose, originando um nódulo granulomatoso que pode promover estenose (diminuição da luz do esôfago). Pode promover a formação de fibrossarcomas e osteossarcomas de esôfago. Pode ser causada por protozoários como Sarcocystis tenella (ovinos), larvas de cestoides (Cysticercus bovis e C. cellulosae), nematoides (Habronema megastoma) e larvas de artrópodes (Gasterophilus sp.).
Esofagite de refluxo: ocorre nas porções finais com ulcerações lineares. Consequências: perda funcional do esfíncter, vômitos crônicos, anomalia do hiato, ulceras na região esofagiana do estomago. 
TUMORES
Papiloma: bovino, canino.
Carcinomas: bovino, felino, equino.	Comment by Yana: Em bovinos o epitélio é muito queratinizado, ficando muito comprometido.
Sarcomas: canino.
Miomas esofagianos: equino.
 ESÔFAGO OU SINDROME DE BARRET: É uma doença na qual há uma metaplasia nas células da porção inferior do esôfago. Acredita-se que seja causada pela esofagite de refluxo, por ter uma exposição prolongada ao conteúdo ácido proveniente do estomago. Possui relevância clinica pois é considerado uma condição pré-maligna, ou seja, uma lesão associada ao risco aumentado de câncer esofágico. Na doença, ocorre a presença de epitélio colunar na porção inferior do esôfago, substituindo o epitélio escamoso normal do esôfago. Apesar do epitélio colunar ser capaz de suportar melhor a ação erosiva das secreções do estômago, esta metaplasia confere um risco aumentado de câncer no esôfago do tipo adenocarcinoma. As células colunares metaplásicas podem ser de dois tipos: gástricas, similares às do estômago, que não são tecnicamente um esôfago de Barrett; ou intestinais, similares às células dos intestinos. Uma biópsia da área afetada geralmente irá apresentar uma mistura de ambos os tipos. 	Comment by Yana: Característica da doença, modificação no epitélio do órgão.	Comment by Yana: A metaplasia intestinal confere um risco maior de malignidade.
Pré-estômagos
Rúmen	Comment by Yana: Epitélio ruminal é normalmente queratinizado devido a ação mecânica que sofre dos alimentos.
Paraqueratose ruminal (aumento da queratina): causas – ingestão de rações ricas em concentrados e/ou rações paletizadas. MACRO: papilas negras, rombas, endurecidas, em forma de bastonete e aderidas. MICRO: acantose, hiperqueratose, paraqueratose e hiperpigmentação. Graus variáveis de fibrose na lâmina própria e submucosa, ocorrendo o espessamento da parede ruminal. 	Comment by Yana: Quando super estimuladas, ficam aderidas podendo haver papilas secundárias.	Comment by Yana: Aumento da espessura da epiderme, geralmente devido ao espessamento do estrato espinhoso (pele).	Comment by Yana: Áreas extensas causam diminuição na absorção de ácidos graxos, a produção cai e diminui a gordura do leite.	Comment by Yana: Áreas fibrosadas: população mista de células inflamatórias.
Timpanismo ruminal: é o acúmulo excessivo e anormal de gases. As possíveis causas são obstrução, aumento na produção de gás, aumento na tensão da bolha fazendo com que ela não rompa e não liberes o gás. 
Simples/secundário/gasoso: gases livres, por cima da ingesta. Fatores: transtornos mecânicos (condução nervosa) e dinâmicos da eructação (obstrução); causas mais comuns são os papilomas (cárdia), tuberculose e leucose visceral e obstrução do esôfago. 	Comment by Yana: PATOGENIA: não ocorre a eructação.
Nos processos agudos, os transtornos são rápidos resultando em aumento excessivo no volume do rúmen. Com a distensão do rúmen, o baço sofre compressão (passiva) direta e torna-se pálido enquanto que o restante fica congesto e há interferência nas trocas gasosas.
Espumoso/primário: ocorre o aumento na tensão superficial ou viscosidade do líquido presente no rúmen, causando a persistência dos gases presos em bolhas com tensão superficial aumentada e mesmo com os movimentos ruminais não se desfazem. 	Comment by Yana: PATOGENIA: o animal tenta eructar, mas não consegue 
Fatores: ingestão de alimentos ricos em água (ex.: leguminosas); certas proteínas existentes nas plantas, principalmente nas leguminosas, que são as saponinas e as pectinas; alimentos de fácil digestão, com muita água e sem mastigação correta, não sofrem ação da mucina. 	Comment by Yana: Plantas ricas em proteínas e com digestibilidade mais elevada, apresentam maiores chances de causar timpanismo.
Quando ocorre a morte, é atribuído à distensão abdominal e compressão do diafragma, dificultando a frequência respiratória com redução da cavidade pleural e aumento da pressão intra-abdominal e intratorácica, resultando em redução do retorno venoso para o coração e consequentemente, congestão generalizada. É uma enfermidade de caráter crônico, mais lento que o simples. Sintomas: Inicia-se com o excesso de funções nervosas e musculares do rúmen (hipermotricidade ruminal), progredindo para uma atonia; acidose e cianose; presença de espuma na ingesta ruminal.
Acidose ruminal: doença metabólica geralmente aguda, causada pela ingestão de grãos ou outros alimentos altamente fermentáveis em grandes quantidades. É caracterizada pela diminuição no pH ruminal. Fatores: ingestão de grandes quantidades de alimentos ricos em carboidratos; mudanças bruscas no regime alimentar sem adaptação prévia ou ingestão excessiva de forma acidental. Patogenia: A alimentação rica em carboidratos altamente fermentáveis causa uma acidose com consequente aumento da produção de ácidos graxos voláteis, ocasionando a morte das bactérias e protozoários por diminuição do pH, o que facilita a proliferação do Streptococcus bovis, que por sua vez, produz ácido lático volátil. Essa produção em excesso deixa o pH ruminal < 5, causando a morte do S. bovis e permitindo a proliferação do Lactobacillus acidophilus, reduzindo ainda mais o pH ruminal. Como consequência, o rúmen e retículo perdem o tônus e a contração diminui devido à ação corrosiva dos ácidos. Ocorre um quadro de rumenite e reticulite química com lesão e perda do epitélio. A salivação é cessada perdendo o efeito de tamponamento. O aumento do ácido lático no conteúdo ruminal e intestinal, aumenta a pressão osmótica da ingesta havendo sequestro de liquido para a luz dos órgãos. Sintomas: desidratação, hemoconcentração, anúria, choque; absorção do ácido lático a partir do rúmen. 	Comment by Yana: Grãos finamente moídos (ex.: trigo, cevada, milho), maçãs, pêras, batatas, produtos de padaria (massa de pão), beterraba, soro de leite, mandioca e grãos de cervejaria	Comment by Yana: O rúmen não aguenta um pH tão ácido.
Rumenite (consequências): A alta concentração de ácido láctico leva a uma rumenite química, que facilita a ocorrência da rumenite micótica (após 4 a 6 dias). O pH baixo do rúmen favorece o crescimento das espécies de Mucor, Rhizopys e Absidia, as quais se multiplicam e invadem os vasos ruminais, ocasionando tromboses e infarto.
Rumenite bacteriana: necrose e gangrena dispersas podem afetar a porção ventral íntegra da parede ruminal e conduzir ao desenvolvimento de peritonite aguda. Abcessos hepáticos são resultados da combinação de rumenite causada por acidose lática que permite a penetração de Fusobacterium necrophorum e Corybacterium pyogenes. 
A rumenite crônica e a hiperqueratose ruminal são comuns em gado alimentados por longos períodos com rações de grãos e as lesões são atribuídas à acidose crônica.
Alcalose ruminal: é o aumento do pH ruminal originada por um desequilíbrio na dieta, que ocasiona um aumento na concentração de radicais NH3 (amônia) no rúmen e diminuição dos protozoários, que desencadeia uma alcalose sistêmica, com a consequente diminuição do cálcio ionizável no sangue. Causas: aumento da ingestão proteica e redução da ingestão de carboidratos. Fatores: exploração intensiva e ingestão de alimentos deteriorados. 	Comment by Yana:Excesso de ureia por exemplo. 	Comment by Yana: Suco de rúmen, além de pH alcalino, vai se apresentar de coloração marrom e odor putrefato.
Rumenite e Reticulite: tem como principal causa a acidose. Fatores: administração de substâncias causticas e alimentos quentes, infecções bacterianas (necrobacilose, actinobacilose, tuberculose, colibacilose), infecções micóticas (candidíase), Infecções virais (febre aftosa, febre catarral maligna, peste bovina). Cronicidade: redução ou mudança da ingestão de alimento, diminuição da ruminação, timpanismo recidivo.	Comment by Yana: Fator importante: dano prévio da mucosa.	Comment by Yana: Devido ao dano à mucosa ruminal, causada por acidose lática e lesão mecânica ruminal. 
Rumenite necrobacilar: papilas da mucosa (saco ventral). MACRO: papilas escuras, amolecida e exsudato inflamatório; áreas de necrose se apresentam amareladas ou acinzentadas, bem delimitadas e com mau cheiro. 
Rumenite micótica: pode envolver serosa e estruturas peritoneais; as mucosas possuem áreas com ulcerações, necrose e trombose; microrganismos causam infarto.
Neoplasias: Linfossarcoma, carcinoma de células escamosas, papilomas.	Comment by Yana: Causa espessamento da parede do esôfago e da entrada do rúmen.	Comment by Yana: Formação nodulares semelhante a pérolas nacaradas inseridas na mucosa.
Parasitos: Paramphistomum spp – podem causar hipoproteinemia, anemia e morte quando há grandes infestações de larvas no intestino delgado.
Concreções: tricobezoares ou fitobezoares, são aglomerados de pelos ou restos vegetais que solidificam podendo atingir grandes dimensões e interferir com a normal motilidade dos compartimentos gástricos ou perfura-lo.
Retículo
Reticulite traumática: presença de corpos estranhos, normalmente de metais. Fatores: maior incidência em adultos; alimentação, topografia do órgão, corpo estranho. Desenvolvimento: ocorre a ingestão da partícula que irá para o rúmen e depois para o retículo. A partícula ficará nos “favos de mel”, no qual ocorrerá a contração do retículo e a penetração progressiva na parede que depende da pressão intra-abdominal, geralmente crânio-ventral. Lesões nas túnicas mucosa e muscular, inflamação. 
Estômago
Estenose pilórica: pode ocorrer devido a um problema anatômico ou a uma inabilidade do esfíncter pilórico com mau funcionamento. Pode ser congênita ou adquirida. A lesão ocorre mais em cães jovens. É reconhecida em animais recentemente desmamados ocorrendo vômitos em jato, retenção de conteúdo gástrico pelo retardo do esvaziamento gástrico, gastromegalia e baixa no crescimento. Estenose pilórica funcional pode ser uma característica da indigestão vagal
Hipertrofia pilórica: descrita mais frequentemente em cães idosos de raças pequenas. MACRO: anel hipertrófico com áreas hiperêmicas, ulcerações superficiais e hiperqueratose. MICRO: hiperplasia foveolar e glandular com variável hipertrofia da musculatura lisa, geralmente, existe infiltrado linfoplasmocítico em grau variado. 
Dilatação: pode ser primária e secundária. A primária é de origem nutricional e pela excessiva ingestão de alimentos facilmente fermentáveis. Normalmente é aguda. No caso de dilatação primária com acidose lática, ocorre passagem de liquido do sangue e dos tecidos para o lúmen estomacal, causando hemoconcentração, anúria e desidratação. A secundária é causada por impedimento físico ou funcional do esvaziamento gástrico. Causas: obstruções físicas ou funcionais, devido a espasmos do piloro; atonia por distensão da parede, paralisia vagal, obstrução do ID e reflexa à distensão do ceco colón. Consequências: Ocorre distúrbios metabólicos desencadeados com a retenção das secreções no estomago, dificuldade do retorno venoso e interferência na circulação sistêmica. O fígado fica pálido devido a compressão direta sofrida pelo estomago	Comment by Yana: Pode ocorrer com ou sem torção.	Comment by Yana: A dilatação gástrica aguda precede a torção gástrica.	Comment by Yana: Corpo estranho, neoplasias, contrições, etc.	Comment by Yana: 1° consequência, devido a distensão mecânica que agrava a dilatação e provoca deslocamento de órgãos podendo culminar para torção (cão); em cavalos, progride para ruptura. 	Comment by Yana: Aerofagia, diminuição do transito causado por alimento grosseiro e pouco digerível.
Torção: é uma consequência da dilatação. A rotação gástrica é reconhecida por deslocamento esplênico e esôfago torcido, resultando em compressão vascular, redução da drenagem venosa e hipoxemia. Consequências: obstrução esofágica, impedindo a eructação; o baço rotaciona com o estomago, ficando na posição ventral direita, entre o fígado e o diafragma. O baço dobra-se em forma de “V”, tornando-se extremamente aumentado e congesto podendo sofrer torção, infarto e ruptura. Obstrução mecânica da veia cava caudal e veia porta associada à pressão exercida pelo estomago dilatado, diminuem o retorno venoso causando redução do enchimento do debito cardíaco. Achados post-mortem: estômago distendido com gás e quantidades variáveis de alimento; veias dilatadas; congestão; ruptura do estômago; fígado pálido e friável; baço congesto; peritônio com petéquias e equimose; edema subcutâneo.
Deslocamento do abomaso: pode ser esquerdo ou direito. É associado a atonia e distensão gasosa. MACRO: omaso e abomaso torcidos no sentido anti-horário com o duodeno fazendo uma laçada que envolve os dois órgãos. As serosas estão intensamente congestas e edemaciadas. 
Impactação: ocorre em equinos e nos ruminantes, provocada por conteúdo que se condensa. Causas: alimentos muito fibrosos e grosseiros, rápida ingestão de uma quantidade excessiva de ração moída, grãos pesados, restrição hídrica e em consequência de estenose (traumática, funcional ou pilórica. Consequências: fermentação gasosa (ou não), absorção de produtos tóxicos de digestão parcial, distúrbios circulatórios, laminite, choque.	Comment by Yana: Espécie mais acometida
Gastrite: é associada frequentemente aos sinais clínicos de vômitos, desidratação, dor, anorexia e acidose metabólica. Hemorragia, edema, quantidade elevada de muco, abcessos, granulomas, corpos estranhos, parasitos células inflamatórias, erosões, ulcerações e necroses caracterizam as lesões na superfície da mucosa. 	Comment by Yana: Espessamento da mucosa e submucosa.
Gastrite catarral: efeitos ou lesões são características de doenças infecciosas. 
MACRO (aguda): congestão, espessamento da superfície ou área fúndica, aumento na secreção de muco. Crônica: hiperemia e descamação do epitélio; MICRO: hiperemia e descamação do epitélio, infiltração de neutrófilos e às vezes de linfócitos na mucosa e submucosa. 
Gastrite hemorrágica
MACRO: avermelhamento intenso, presença de sangue na mucosa ou no conteúdo. Sangue está mesclado com muco: substância acastanhada, viscosa, limosa, prendendo-se a mucosa; MICRO: hemorragia. 
Gastrite hipertrófica/hiperplásica: ocorre no cão e tem etiologia desconhecida. MACRO: espessamento do pregueamento da mucosa devido hiperplasia (curvatura maior); MICRO: hiperplasia compensatória das células caliciformes, células mononucleares inflamatórias, glândulas císticas. Acredita-se que esse efeito seja devido à retenção crônica do fluido gástrico e ao refluxo da bile intestinal.
Gastrite eosinofílica: Micro: fibrose da parede com necrose fibrinóide da parede das artérias musculares, eosinofilia, poliarterite do omento, hiperplasia reticuloendotelial do baço. Causa: Toxocara canis.
Hemorragia: Causas: uremia, cólera dos suínos, carbúnculo hemático, leptospirose, helmintos, distúrbios tóxicos.
Úlceras: em cães, estão associadas à hipersecreção associada a mastocitomas cutâneos e mastocitoses; em bovinos, estão relacionadas ao estresse e alterações nutricionais (acidose); Suínos: relacionada à hiperacidez; Equinos: Gasterophilus intestinalis. 	Comment by Yana: Neoplasias de pele.
Intestinos
Enterite: alterações inflamatórias do intestino. Em processos inflamatórios difusos, envolvendo estomago, utiliza otermo gastroenterite. O local da inflamação encontra-se maior concentração do agente químico ou infeccioso, por exemplo, coccídeos encontram-se na parte final do intestino grosso. Alguns agentes virais têm tropismo por tipos celulares, por exemplo, Coronavírus da gastroenterite nos suínos: tropismo em epitélio superficial das vilosidades; Rotavírus da diarreia viral bovina: tropismo em epitélio do ápice da vilosidade; Parvovírus: células em processo de divisão nas criptas da mucosa. São caracterizadas por infiltração inflamatória que pode estar limitada à mucosa (restrita à lamina própria) ou ser transmural, atingindo submucosa, camada muscular, serosa e linfonodos regionais. Colite: a causa pode ser uma substância tóxica.
INTESTINO DELGADO
 Enterite catarral: morte do epitélio e talvez do estroma subjacente (estruturas mais expostas), hiperemia moderada e infiltração linfocítica. Ocorre em doenças infecciosas e intoxicações. Macro: espessamento das vilosidades, exsudato (muco), edema e congestão. Micro: vasodilatação e presença de infiltrados.	Comment by Yana: Conteúdo viscoso e acinzentado.
Enterite hemorrágica: É a forma mais grave da enterite catarral aguda. Possui os mesmos achados que a catarral acompanhada por conteúdo sanguinolento no lúmen Causas: metais pesados, clostridioses, salmonelose, diarreia viral bovina, uremia, panleucopenia felina.
Enterite purulenta: Ocasionalmente ocorre em associação com lesões mecânicas de corpos estranhos ou por helmintos, o qual favorecem a invasão por bactérias piogênicas da flora. Observa-se fleigmão e abcessos. Apresenta conteúdo cremoso e mais fino.
Enterite fibrinosa: observada com maior frequência em bovinos. Há presença de fibrina para o lúmen podendo estar aderida ou não. Acompanham ainda hemorragias petequiais e pequenas erosões na mucosa.
Enterite linfocitária-plasmocitária: inflamação crônica. Moléstia intestinal inflamatória idiopática mais comum em cães e gatos. Causa: diarreia e vômito crônicos. Macro: mucosa espessa, hiperplasia das placas de Payer 
Enterite proliferativa crônica: moléstias granulomatosas: paratuberculose, tuberculose, colibacilose. 	Comment by Yana: Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis
Doença do edema em suínos: Ocorre após o desmame de leitões. O agente é a Escherichia coli hemolítica. Produz uma neurotoxina, que é absorvida pelo intestino, lesiona o endotélio e a túnica média das pequenas artérias e arteríolas por todo o corpo. Causa incoordenação e paralisia dos membros, dor e coma; edema de estômago, cólon, face e pálpebras, de regiões tarsianas e carpianas; e parede abdominal (< frequência). 
Obstrução intestinal: dividido em dois tipos: a simples, onde há apenas impedimento do transito intestinal; e a estrangulada, que além do impedimento no transito há também impedimento circulatório, com isquemia e infarto.
Corpos estranhos: objetos que sofrem impactação no lúmen podem provocar obstrução parcial ou total, além de provocar necrose, por compressão sobre a mucosa e até eventuais perfurações. Corpos lineares (linhas e cordões) se fixam na base da língua e são tracionados. Em ID, eles provocam um efeito sanfona bem como erosões e ulcerações, devido ao atrito contínuo proporcionado pelo peristaltismo;
Hérnias: são deslocamentos de vísceras dentro da própria cavidade abdominal (interna) ou para fora dela (externa), através de um forame natural (verdadeiras) ou adquirido (eventrações e eviscerações);
Intussuscepção: invaginamento de um segmento intestinal dentro de outro. Pode ocorrer como consequência de CE lineares, parasitismo intenso, enterite e lesões intramurais (tumores e abcessos). A compressão dos vasos mesentéricos provoca infarto venoso, inflamação e aderência das serosas em contato, ocorrendo necrose e gangrena do segmento invaginado;
Torções e vólvulos: causas de obstrução estrangulada. 	Comment by Yana: Rotação ao redor do eixo maior das vísceras.	Comment by Yana: Torção sobre seu eixo maior.
INTESTINO GROSSO
Ceco (impactação): mudança de alimento macio para um volumoso seco e grosseiro; pode ser agravado por períodos de privação de água. Consequências: distensão gasosa, ruptura.
Cólon: Sintomas: fezes amolecidas de cor castanho-claro, frequentemente mescladas com sangue. Macro: parede do ceco e do cólon espessada, mucosa ulcerada, aumento nos linfonodos mesentéricos. Micro: superfície das úlceras com fibrina e neutrófilos, infiltração por grandes macrófagos, linfócitos, plasmócitos e colágeno;	Comment by Yana: COLITE ULCERATIVA HISTIOCITÁRIA DOS CÃES BOXERS (COLITE GRANULOMATOSA)
Reto e anus: ANOMALIAS Atresia anal, Prolapso do reto, Constrição do reto
Fígado
Ruptura
Completa: rompimento da cápsula causando hemorragia e consequente choque hipovolêmico; Incompleta: não rompe a célula; Espontânea: com lesão prévia; Consequência: hemorragia hepática e hemoperitônio.	Comment by Yana: Sangue na cavidade abdominal
O lóbulo hepático pode ser observado, macroscopicamente, com o aumento desses lóbulos.
Células de Ito: São células presentes no espaço de Disse e cuja principal função é o armazenamento de Vitamina A. Na inflamação crônica, quando os hepatócitos morrem ou na cirrose perdem a capacidade de armazenar vitamina A e diferenciam-se em miofibroblastos formando fibroblasto (tecido conjuntivo). Como sintetizam e depositam colágeno tipo I e III ocorre um processo denominado fibrose hepática. 
Degeneração
Turva: é aguda, precedida de tumefação e seguida de formação de vacúolos. Essa alteração pode provocar tumefação acentuada. Causas: é resultante de agressões toxicas, metabólicas e hipóxias levando a insuficiência na bomba de Na+ e K+. Macro: órgão mais volumoso, menos firme, superfície de corte de cor cinza-parda, ao corte as bordas não se justapõem devido a alteração circulatória; forma grave: aspecto de cozido.
Hialina: observada na cirrose e na inflamação crônica. 
Amiloidose: reações imunes prolongadas; Macro: aumentados de volume e pálido. 
Esteatose: acumulo de gordura; Macro: coloração amarelada, diminuição da resistência (friável), aumento de tamanho, material de corte fica untuoso; Micro: vacúolo grande empurra o núcleo para a periferia (anel de sinete); vacúolos pequenos, o núcleo permanece no centro. 
Necrose
Causas: toxinas bacterianas; vírus; protozoários; consequente a degenerações; substâncias químicas; deficiência de metionina, cistina, vitamina E; isquemias.
Classificação: 
Centro-lobulares: são + importantes; ocorre necrose de coagulação. Observadas nas hepatites tóxicas (Coerana, Clorofórmio, Crotalaria spp). Macro: diminuição do volume, amarelado (periferia) e avermelhado (centro). Aspecto de noz moscada.
Medio-lobulares: são raras; 
Periferico-lobulares: observadas por intoxicação por fósforo. 
Necroses difusas
Necrobacilose: nódulos múltiplos, bem delimitados, de tamanho que varia entre um grão de milho a uma laranja; são claros, caseosos e com mau odor (Fusobacterium necrophorum);
Entero-hepatite do peru: grandes áreas de necrose, planas ou deprimidas, envoltas por halo esverdeado ou amarelado (Histomonas meleagridis).
Distúrbios circulatórios
Teleangiectasia: Observadas nos bovinos. Macro: manchas violáceas deprimidas na superfície, de contornos irregulares, com poucos centímetros de diâmetro, vistas também no parênquima. Importante diferenciar lesões de infarto. 	Comment by Yana: Dilatação dos sinusóides
Congestão Passiva: Lesões crônicas: Incompetência cardíaca; Insuficiência cardíaca ligada à pericardite traumática; certas lesões pulmonares crônicas do bovino.
Macro: tumefeito, cor vermelho-escura, quando seccionado deixa fluir quantidades apreciáveis de sangue. Fases mais avançadas: aspecto de noz-moscada; fases finais: fibroses centro-lobulares.
Cirrose: processo difuso caracterizado por fibrose. Causas: deficiências nutricionais (proteínas, metionina); plantas tóxicas (Senecio spp, Crotalaria spp); parasitos (Ascaris lumbricoides, Strongylusspp). Macro: diminuição do volume, endurecido; na superfície elevações em forma de grânulos pequenos ou de nódulos. Consequências: Icterícia (insuficiência de metabolizar a bilirrubina); hipovitaminose A; produção inadequada de protrombina (raro); fotossensibilidade; congestão passiva (baço, estômago, intestinos, pâncreas) → distúrbios digestivos; Ascite

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