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30/10/2017 1 Processamento de Carnes ALCINÉIA DE LEMOS SOUZA RAMOS ProcessamentoProcessamentoProcessamentoProcessamento Objetivos ◦ Conferir conservabilidade ◦ Permitir um maior aproveitamento da matéria-prima ◦ Adiciona maior valor agregado à matéria-prima original ◦ Desenvolver novos produtos ◦ Maior variedade & conveniência (atende a diversos segmentos) Qualquer processo que altere as características da carne fresca, compreendendo desde processos simples (moagem, condimentação, etc) até processos mais complexos (cura, emulsificação, fermentação, etc) 30/10/2017 2 Tendências do ProcessamentoTendências do ProcessamentoTendências do ProcessamentoTendências do Processamento Produtos mais saudáveis ◦ Substituição do sal ◦ Substituição da gordura ◦ Produtos cárneos funcionais Maior rendimento ◦ Adição de ingredientes não cárneos ◦ Incorporação de água Melhor custo ◦ Adição de ingredientes não cárneos ◦ Aproveitamento de tecidos menos nobres MoagemMoagemMoagemMoagem Trituração ou Cominuição Processo onde pedaços de carne e gorduras são reduzidas à partículas menores ◦ Grau de moagem vai depender da finalidade que será dada à matéria-prima Vantagens ◦ Maior uniformidade do produto ◦ Maior uniformidade das partículas ◦ Melhor distribuição dos ingredientes ◦ Modificação da textura ◦ Subdividida em partículas menores ◦ Aproveitamento de cortes mais duros ◦ Aproveitamento de retalhos e pedaços de carne em produtos de maior valor agregado 30/10/2017 3 EquipamentosEquipamentosEquipamentosEquipamentos MOEDOR LAMINADOR EquipamentosEquipamentosEquipamentosEquipamentos EMULSIFICADOR 30/10/2017 4 Equipamentos Desossadores mecânicos ◦Três tipos de equipamentos ◦ Raspadeiras ◦ Trimmers ◦ Tipo rosca sem fim ◦ Bovinos, suínos e aves ◦ Tipo tambor ◦ Peixes ◦ Aves (refino após passagem em triturador) CMS Raspadeiras (Trimmers) 30/10/2017 5 Desossador tipo “Rosca Sem- Fim” Desossador tipo “Tambor” 30/10/2017 6 EmbutimentoEmbutimentoEmbutimentoEmbutimento Extrusão de partículas cárneas em envoltórios ou moldes (formas) Envoltórios flexíveis ◦ “Tripas” ◦ Fortes ◦ Elásticas ◦ Tipos ◦ Naturais ◦ Artificiais Embutimento Envoltórios flexíveis ◦ Naturais ◦ Obtidas do trato gastrointestinal de animais de açougue ◦ Processo ◦ Limpeza ◦ remoção do sebo e mucosa interna ◦ Imersão em água/gelo ◦ remoção do sangue ◦ Salga ◦ Secagem ◦ Diferentes tipos 30/10/2017 7 Embutimento Envoltórios flexíveis ◦ Artificiais ◦ Obtidas de matérias-primas naturais regeneradas ◦ Colágeno Reconstituído (tripa membranosa) ◦ Comestível (espessura mais fina) ou não ◦ Hidrato de Celulose (tripa fibrosa) ◦ Não comestível ◦ Sintéticas ◦ Polímeros minerais (plásticas) ◦ Não comestível ◦ Imprimíveis (apelo visual) ◦ Barreia a gases e vapor d’água Aditivos Nitrito (NO2)/Nitrato (NO3) ◦Sais de cura � conservantes ◦ NO2 (INS 249 ou 250) ◦ Agente ativo ◦ 150 mg NO2/Kg residual ◦ NO3 (INS 251 ou 252) ◦ Convertido a nitrito ◦ Ação de bactérias nitrato redutoras ◦ 300 mg NO2/Kg residual ◦ Excesso � coloração esverdeada no produto 30/10/2017 8 Aditivos Nitrito (NO2)/Nitrato (NO3) ◦ Responsável pela cor, sabor e aroma característicos ◦ 40 mg/Kg ◦ Ação conservante contra o Clostridium botulinum ◦ 150 mg/Kg ◦ Ação antioxidante ◦ Formação de N-nitrosaminas ◦ Interação de derivados do NO2 com aminas presentes na carne ◦ Compostos indesejáveis Aditivos Ác. Ascórbico/Eritórbico ◦ Antioxidantes ◦ Ação redutora ◦ Aceleram o processo de cura ◦ “Fixadores de Cor” ◦ Diminuem a formação de Nitrosaminas ◦ Não existe limite de adição ◦ Quantidade suficiente ◦ Forma ácida � 447 mg/kg ◦ Sal (ascorbato) � 550 mg/kg ◦ Excesso � coloração esverdeada no produto Ác. L-Ascórbico Ác. Isoascórbico 30/10/2017 9 Aditivos Polifosfatos ◦Estabilizantes (INS 339, 340, 350 e 351) ◦ Favorecem a liga ◦Favorecem a CRA e CE da carne ◦Ação Antioxidante ◦ Complexação com metais pró-oxidantes ◦Limite de adição ◦ Limite máximo � 0,5% ◦ Uso limitado a certo número de produtos Aditivos Polifosfatos 30/10/2017 10 Cura de Carnes Incorporação de sais de nitrito ou nitrato, associados ao sal comum, outros ingredientes e aditivos, com o propósito de preservar e obter um produto de cor, sabor e aroma característicos A concentração de cada agente de cura depende da natureza do alimento e da tecnologia aplicada Desenvolvimento de Cor na Cura Reação do nitrito com os pigmentos da carne ◦ Mioglobina Estado da proteína Integridade do anel Ligante na 6ª posição Estado do ferro 30/10/2017 11 Desenvolvimento de Cor na Cura N-Nitrosaminas Compostos cancerígenos , teratogênicos e mutagênicos ◦ Nitrosação ◦ reação de derivados do nitrito com aminas secundárias ◦ A condição redutora do meio evita que sejam formadas as nitrosaminas ◦ Adição de ácido ascórbico 30/10/2017 12 Produtos Salgados Produtos cárneos industrializados tratados com sal, adicionados ou não de sais de cura ◦ Condimentados ou não ◦ Cozidos ou não ◦ Conservação ◦ Pelo Sal (NaCl) ◦ Ação anti-séptica do íon Cl- ◦ � atividade de água (aw) ◦ Remoção da umidade (secagem) ◦ � atividade de água (aw) 23 Charque Salga Úmida Tanques de imersão 40 a 50 minutos Salga Seca Pilhas (1,20 a 1,80 m) 24 a 48 horas Sal grosso Carne Sal grosso Carne – gordura para baixo Sal grosso Carne - gordura para cima Sal grosso 30/10/2017 13 Charque Tombagem ◦ Aeração das mantas ◦ Evitar o vermelhão ◦ Contaminantes do sal ◦ Perda de peso ◦ carne gorda � 18% ◦ carne magra � 20% 30/10/2017 14 Charque Inversão das pilhas 24 a 48 horas cada 4 a 5 tombos Charque Lavagem ◦ Remoção do excesso de sal ◦ Descoloração ◦ Crescimento bacteriano ◦ Cristais � perfuram a embalagem ◦ Evitar desidratação excessiva ◦ Na etapa de secagem Lavagem (água clorada) Empilha por 24 horas 30/10/2017 15 Charque Secagem ◦ Ao sol ◦ Estendidas em varais ◦ Norte-Sul ◦ Exposta ao sol e a ventos ◦ Climatizada ◦ Em estufa ◦ Condições controladas ◦ temperatura e circulação de ar ◦ Combinada Charque Secagem 4 a 5 “sois” 30/10/2017 16 Jerked Beef Variação do charque ◦ Tentativa de reduzir o tempo de processamento ◦ Uso de nitrito/nitrato ◦ Cor avermelhada ◦ Conservante ◦ Embalagem a vácuo ◦ Aumentar conservação 30/10/2017 17 Carne-de-sol Fabricação empírica ◦ Dificulta comercialização Baixa vida-útil Sem regulamentação oficial Requer refrigeração (4ºC) 1 vez durante a salga seca Salga Seca 12 a 18 horas 2 horas a 5 dias 30/10/2017 18 Produtos Curados Presunto Cozido ◦ Produto cárneo industrializado, obtido exclusivamente com o pernil de suínos, desossado, adicionado de ingredientes, e submetido a um processo de cozimento adequado.” ◦ Não há menção a trituração ◦ Se não for de suíno, deve-se indicar a espécie ◦ Ex. Presunto de peru Produtos Curados ◦Apresuntado ◦ Produto cárneo industrializado, obtido a partir de recortes e/ou cortes e recortes de massas musculares dos membros anteriores e/ou posteriores de suínos, adicionados de ingredientes e submetido ao processo de cozimento adequado ◦Fiambre ◦ Produto cárneo industrializado, obtido carne de uma ou mais espécies de animais de açougue, miúdos comestíveis, adicionados de ingredientes e submetido a processo térmico adequado. ◦ Faculta-se o uso de vegetais ou outro ingrediente na composição do produto. 30/10/2017 19 Presunto Cozido Matéria-prima ◦ Limpeza adequada◦ Gorduras ◦ Tec. conectivo Injeção Tombamento ◦ Um estágio ◦ ± 30 min. Injeção muscular 20 a 25% Ativação Mecânica 30/10/2017 20 Presunto Cozido Embalagem ◦ Convencional ◦ Enformagem direta na forma ◦ Perdas durante o cozimento ◦ Contaminação cruzada ◦ Cook-in ◦ Enformagem após embalagem ◦ Embalagem primária ◦ Filme flexível ◦ Vácuo ◦ Termorretração (80ºC) ◦ Evita os problemas do processo convencional Emulsão Mistura estável de dois líquidos imiscíveis num sistema heterogêneo ◦ O/A ◦ fase dispersa = óleo ◦ fase contínua = água ◦ A/O ◦ fase dispersa = água ◦ fase contínua = óleo Manutenção das gotículas dispersas na fase contínua ◦ Requer energia ◦ Tensão interfacial ◦ Agente ativo de superfície ◦ Emulsificante 30/10/2017 21 Emulsão Cárnea O/A ◦ Matriz de fibras de tecidos muscular e conectivo, suspensas num meio aquoso (fase contínua) ◦ Gorduras dispersas (fase dispersa) Emulsificantes ⇒ Proteínas Fase Contínua Gordura Fragmentos de fibra muscular Fibras de tecido conectivo Filme protéico Salsichas Produto cárneo industrializado, obtido da emulsão de carne de uma ou mais espécies de açougue, vísceras e outros miúdos autorizados para o consumo humano, embutido em envoltório natural ou artificial, ou processo de extrusão e submetido a processo térmico adequado Processos alternativos ◦ Depelagem ◦ Tingimento ◦ Urucum ◦ Defumação 30/10/2017 22 Salsichas Urucum Ác. fosfórico 1% Remoção da tripa artificial “Hotdog” Tipo Viena
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