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A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. Soren Kierkegaard Disciplina GESTÃO DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS Juliano De Dea Lindner juliano.lindner@ufsc.br BIBLIOGRAFIA QUALIDADE AMBROZEWICZ, Paulo H. L. Qualidade na Prática – Conceitos e Ferramentas, Curitiba-PR: Senai, 2003 BERGAMO Filho, Valentino. Os Caminhos da Qualidade e Produtividade, São Paulo:Ed. Edgard Blucher, 2005. BROCKA, Bruce, BROCKA, M. Suzane. Gerenciamento da Qualidade, São Paulo: Makron Books,1994. CAMPOS, Vicent F. Gerenciamento pelas Diretrizes (2a edição), Belo Horizonte: F.C.O. Editora,1996. HANLON, Tim O. Auditoria da Qualidade, São Paulo, Saraiva, 2004. JURAN, J.M.,GRYNA, Frank M. Controle da Qualidade. A 9, São Paulo: Makron Books,1991. OLIVEIRA, O. J. Curso básico de gestão da qualidade. São Paulo: Cengage Learning, 2014. PALADINI, Edson P. Gestão da Qualidade Teoria e Prática, São Paulo:Ed. Atlas,2003. PALADINI, Edson P. e CARVALHO, Marly M. Gestão da Qualidade, Rio de Janeiro:Ed. Campus, 2005. SIQUEIRA, Luiz G.P. Controle Estatístico de Processo, São Paulo:Ed. Pioneira,1997. GESTÃO CALDAS, Ricardo e AMARAL, Carlos A.. Mudanças, Razões das Incertezas (Introdução à Gestão do Conhecimento). CHOWDHURY, Subir. Administração no Século XXI (O Estilo de Gerenciar Hoje e no Futuro). DRUCKER, Peter. A Administração na Próxima Sociedade. DRUCKER, Peter. O Melhor de Peter Drucker (A Administração) (Editora Exame/Nobel). NAISBITT, John. Paradoxo Global (Quanto maior a Economia Mundial, mais Poderosos são os seus Protagonistas menores: Nações, Empresas e Indivíduos). PORTER, Michael E. Competição (Estratégias Competitivas Essenciais). PORTER Michael e MONTGOMERY Cynthia A. (Org.). Estratégia (A Busca Da Vantagem Competitiva). RODRIGUES, Martius. Gestão Empresarial - Organizações que Aprendem. TOFFLER, Alvin e Heidi. Criando uma Nova Civilização (A Política da Terceira Onda). THUROW, Lester C.. O Futuro do Capitalismo (Como as Forças Econômicas Moldam o Mundo de Amanhã). BIBLIOGRAFIA PERIÓDICOS REVISTA EXAME - Editora Abril REVISTA VOCÊ S/A - Editora Abril REVISTA DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) REVISTA BANAS QUALIDADE (Gestão, Processos e Meio Ambiente) – Editora Banas BIBLIOGRAFIA NORMAS NBR ISO 9000:2000 – Sistemas de Gestão da Qualidade – Fundamentos e Vocabulário, ABNT. NBR ISO 9001:2000 - Sistemas de Gestão da Qualidade – Requisitos, ABNT. NBR ISO 9004:2000 - Sistemas de Gestão da Qualidade – Diretrizes para Melhorias de Desempenho, ABNT. NBR ISO 14.001:2004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Especificação e Diretrizes para uso, ABNT. NBR ISO 14.004:2004 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio, ABNT. ABNT NBR 16.001:2004 – Responsabilidade Social - Sistemas de Gestão - Requisitos, ABNT. NBR ISO 19011:2002 – Diretrizes para Auditorias de Sistema de Gestão da Qualidade e/ou Ambiental, ABNT. NBR ISO 22000:2005, a primeira norma para a certificação de sistemas de gestão da segurança dos alimentos reconhecida internacionalmente. BIBLIOGRAFIA GUIAS OHSAS 18001:2007 – Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, Risk Tecnologia. SA 8000:2001 – Responsabilidade Social 8000 – Social Accountability International (SAI). CODEX Guidelines for the apllication of the hazard analysis critical control points (HACCP) system, 20 ed., Session of the joint FAO/WHO Codex Alimentarius Commision, 1993. Manual sobre SISTEMAS DE GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO - OHSAS 18001, São Paulo 2007. SIG – Sistemas Integrados de Gestão (Vol.1) – Guia Internacional para a Integração de Sistemas de Gestão. Critérios de Excelência 2014 – O Estado da Arte da Gestão para a Excelência do Desempenho e o Aumento da Competitividade – Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FNQ). BIBLIOGRAFIA SITES www.qsp.com.br Centro da Qualidade, Segurança e Produtividade para o Brasil e América Latina www.fnq.org.br Fundação Nacional da Qualidade FNQ: curso gratuito em excelência em gestão. www.planejamento.gov.br Publicações Gestão e ADM Ifse.tamu.edu/haccpall.html International HACCP Alliance www.saude.gov.br Ministério da Saúde – GMP www.codexalimentarius.net BIBLIOGRAFIA 20ª ed. BIBLIOGRAFIA Habilitado a atuar no desenvolvimento, produção e conservação de alimentos, bem como no planejamento, projeto, implantação e controle de sistemas produtivos, visando à integração dos fatores da produção, melhoria de produtividade, qualidade do produto e otimização de processos produtivos. O PROFISSIONAL Focado em PROCESSOS PRODUTIVOS Desenvolvimento para a AUTONOMIA Conhecimentos Especializados Postura pró-ativa – EMPREENDEDOR (de sua carreira) O PROFISSIONAL Focado em RESULTADOS ALIMENTOS “O profissional exigido hoje pelo mercado tem outras características além das habilidades do aprender fazer. Ele tem que ser capaz de adaptar-se, de forma constante, às mudanças do modo de produção que é determinado pelas exigências do mercado. Não basta apenas aprender a fazer, é necessário compreender” (VIEIRA, 2000). A DISCIPLINA GESTÃO DA QUALIDADE Compreender o processo de evolução do conhecimento da gestão da qualidade e desenvolver competências para a estruturação de sistemas de qualidade para a gestão de organizações e processos. Seminário apresentado em sala de aula MAPEAMENTO DE PROCESSOS (em equipe – final do semestre) DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1 - Equipes de até 5 (cinco) membros; Resumo escrito e apresentação oral por todos da equipe. 2 – Escolher um processo produtivo; e.g. Suco de maça concentrado clarificado. 3 - Realizar um brainstorm sobre como se administra o processo do ponto de vista da qualidade; 4 - Produzir um fluxograma que represente as atividades que compõe o processo produtivo; 5 - Elaborar pelo menos três indicadores de desempenho, em pontos chave do processo produtivo; 6 - Elaborar um plano de atividades necessárias para a implementação de um programa de autocontrole da qualidade para o processo; 7 - Elaborar um documento contendo a aplicação dos 7 princípios do sistema HACCP para o processo produtivo escolhido. Princípios do HACCP 1° Identificação e análise de perigos e das medidas de controle; 2° Identificação dos pontos críticos de controle (PCCs); 3° Definição dos limites para cada ponto crítico de controle; 4° Definição do sistema de monitoramento; 5° Definição das medidas e ações corretivas; 6° Definição dos procedimentos de verificação do sistema HACCP; 7° Definição da documentação do sistema HACCP e procedimentos de arquivamento de registros. INDÚSTRIA DE ALIMENTOS A indústria de Alimentos é uma das maiores geradoras de emprego e de riquezas no Brasil. Fatura quase 500 bilhões de reais (ABIA – 2014) e em média ocupa 20% da mão-de-obra nacional da indústria de transformação; Gera 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Exportação do agronegócio para mais de 150 países 13,4 2,23 O,12 6.30 1,13MERCOSUL OCIDENTAL 2,34 ORIENTAL SEM ORIENTE MÉDIO 6,30 ORIENTE MÉDIO 7,67 Em US$ bilhões. Fonte: SECEX • Processamentodas matérias-primas agropecuárias para produzir alimentos estáveis; • Produção de alimentos saudáveis, saborosos, seguros e disponíveis; • Distribuição dos alimentos até o consumidor final com todas as garantias de um produto seguro, nutritivo e saboroso. Objetivos da Indústria de Alimentos QUALIDADE Satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes Este é o princípio básico de qualquer empresa nos dias de hoje, seja oferecendo um produto ou prestando um serviço. O atendimento às necessidades e expectativas explícitas e implícitas das pessoas passou de um mero contentamento para o encantamento. • Exigências dos consumidores (busca pela qualidade) levaram: - Diferenciação de produtos!!! - Maior pressão sobre os valores dos parâmetros de qualidade dos produtos. MUDANÇAS A manufacturer of a small range of cheese products in Scotland has issues in dealing with its waste whey. The company urgently need to find a low cost system to process this waste, or ideally convert it into its constituent parts for use in the food industry, perhaps by a partner company. The company uses around 12,000 litres of milk per week, 85% of which becomes whey, a waste by-product of the cheese making process. Currently the company have issues with the biological and chemical oxygen demand of the waste produced, which is a real business issue as the company must comply with standards set by the waste water authority. In the most extreme cases, such problems can lead to companies incurring fines and even bans from using the sewage system for waste disposal. As a small cheese producer, the company need to find a low cost option for the diposal of whey products, or ideally their conversion to ensure that the company can reliably comply with the standards set. The consented parameter set by the regulatory water authority for Biochemical oxygen demand is 2,000 (mgo2/l) parts per gram, and for Chemical oxygen demand is 4,000 (mgo2/l) parts per gram. Fonte: Enterprise Europe Network-Technology!!! MUDANÇAS ACELERAÇÃO DA HISTÓRIA A raça humana passou, até agora, por duas grandes ondas de mudança, cada uma obliterando consideravelmente culturas ou civilizações anteriores e substituindo-as por modalidades de vida inconcebíveis para os que nos antecederam. A Primeira Onda de mudança – a revolução agrícola – levou milhares de anos para se esgotar. A Segunda Onda – o advento da civilização industrial – durou pouco mais de dois séculos. MUDANÇAS A história de hoje é ainda mais acelerada, e é provável que a Terceira Onda atravesse impetuosamente a história e se complete em poucas décadas. MUDANÇAS Alvin Toffler defende o sentido da Terceira Onda como sendo um salto importante à frente com que a humanidade se depara. Ela defronta-se com a mais profunda convulsão social e reestruturação criativa de todos os tempos. Sem que as reconheçamos claramente, estamos engajados na construção de uma nova e extraordinária civilização a partir de seus alicerces. Future shock (1970); A terceira onda (1980); Powershift: as mudanças do poder (1990) MUDANÇAS Mas, o que isso tem a ver com a qualidade??? Segundo este conceito essa nova civilização traz consigo novos estilos de família, maneiras diferentes de trabalhar, amar e viver, uma nova economia, novos conflitos políticos e, acima de tudo, uma consciência modificada. MUDANÇAS Enquanto os efeitos de uma única onda predominam sobre uma sociedade, o padrão de desenvolvimento futuro é relativamente fácil de discernir. Isso foi verdade na Europa do século XIX, quando grandes líderes empresariais, políticos e gente comum tinham uma imagem clara, basicamente correta do futuro. “A previsível onda do futuro, traria tecnologias mais poderosas, transporte mais rápido, educação em massa entre outros benefícios.” A. Toffler MUDANÇAS A imagem compartilhada de um futuro industrializado provocou um efeito psicológico de criar uma tendência para definir opções, para dar aos indivíduos sentido de não apenas de quem eram ou o que eram, mas do que provavelmente viriam a ser, proporcionando um grau de estabilidade e um sentido de auto-afirmação, mesmo em meio a uma mudança social extrema. As pessoas foram impregnadas de uma visão industrial, no sentido de que os acontecimentos da vida, assim como uma linha de produção, eram determinados e controlados. MUDANÇAS No entanto, quando uma sociedade é atingida por uma ou mais gigantescas ondas de mudanças, e nenhuma ainda é claramente dominante, a imagem de futuro se estilhaça, tornando-se muito difícil perceber o significado das mudanças e conflitos que surgem. Em muitas partes do mundo, em decorrência da colisão entre a Segunda e a Terceira Ondas, vivencia-se tensões sociais, perigosos conflitos e estranhas novas formas de poder político que permeiam as costumeiras divisões de classe, raça, sexo ou partido político. MUDANÇAS Não é a MUDANÇA que assusta ... Mas sim a sensação de velocidade da OBSOLESCÊNCIA das coisas. A velocidade da geração de novas INFORMAÇÕES! MUDANÇAS BLAST – Basic Local Alignment Search Tool Enterprise Europe Network Technology Academic Earth Food Navigator TED Mudam pessoas e em conseqüência grupos, organizações, comunidades e países.... Nas organizações dos novos tempos, novos profissionais são exigidos... A Escolas não são exceção. Também passam por mudanças. Há uma pressão interna (sua própria atuação) e uma pressão externa (exigências da sociedade)!!! MUDANÇAS UNIVERSIDADE Centro do Poder Detentora do Conhecimento (bibliotecas e museus) Cercada de muros altos de pedras Acesso pelo seu vestíbulo Acesso somente aos nobres – Corte e Igreja Dica de filme: O Nome da Rosa, Romance de Umberto Eco, 1980. As Escolas ... Como eram ... As escolas ficaram parecidas com fábricas. • Instrução padronizada com inspeção rotineira PRODUÇÃO EM SÉRIE As Escolas ... Como eram ... A Educação de massa, ao estilo das fábricas, passou a preparar os trabalhadores para tarefas rotineiras e repetitivas. As Escolas ... Como eram ... “Hoje em dia sabe-se que a transferência de conhecimentos não é automática, adquire-se por meio do exercício e de uma prática reflexiva, em situações que possibilitam mobilizar saberes, transpôlos, combiná-los, inventar uma estratégia original a partir de novos recursos” (PERRENOUD, 1998). O profissional terá de tomar decisões, avaliar o que é melhor, utilizar conhecimentos, saber argumentar, enfrentar situações problema, elaborar propostas, ser responsável por suas ações e suas conseqüências. Necessidade de preparar-se para o mercado de trabalho que está cada vez mais exigente. Hoje ... As Escolas ... Não se pode ensinar coisa alguma a alguém, pode-se apenas auxiliá-lo a descobrir por si mesmo. Galileu Galilei Físico, matemático e astrônomo 1564-1642!!! Video: We All Want to be Young https://www.youtube.com/watch?v=c6DbaNdBnTM&feature=youtu.be Para chegar a lugares onde ainda não estivemos, será preciso passar por caminhos pelos quais ainda não passamos. M. Ghandi …….. Metralhadora Maxim utilizada pela Royal Navy (Companhia Británica da África do Sul) adotada em 1908 foi utilizada pela primeira vez em combate na Guerra de Matabele(1893-1894). Em um único combate, 50 soldados britânicos armados com quatro destas metralhadoras dizimaram 5.000 “inimigos”. Premissa….. Industrialização e normatização. A Companhia Britânica da África do Sul, nasceu no contexto da grande corrida à ocupação da África sub-sariana que se gerou na sequência da Conferência de Berlim e da oficialização do conceito de ocupação efectiva do território em detrimento das anteriores reivindicações territoriais baseadas na primazia da descoberta ou da conquista!!!! Desde os seus primórdios, a industrialização levantou questões relativas à padronização e à qualidade de processos e produtos. No início do século XX, destacaram-se os estudos de Frederick Taylor visando racionalizar as etapas de produção, aproveitados com sucesso por Henry Ford, que implantou a linha de montagem. A padronização internacional começou pela área eletrotécnica, com a constituição, em 1906, da International Electrotechnical Commission (IEC). O seu exemplo foi seguido em 1926, com o estabelecimento da International Federation of the National Standardizing Associations (ISA), com ênfase na engenharia mecânica. As atividades da ISA cessaram em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial Nesta época, as empresas britânicas de alta tecnologia, nomeadamente as de produção de munições, registravam inúmeros problemas com a qualidade de seus produtos, o que ocasionava sérios acidentes com perda de vidas e de património. O governo passou então a solicitar aos seus fornecedores, procedimentos de fabricação conforme normas registradas por escrito, visando garantir que esses procedimentos estavam sendo seguidos. Esta norma tinha a designação "BS 5750", e ficou conhecida como norma de gestão, uma vez que não apenas especificava como se produzir, mas também como gerenciar o processo de produção. Com o final do conflito, em 1946 representantes de 25 países reuniram-se em Londres e decidiram criar uma nova organização internacional, com o objetivo de "facilitar a coordenação internacional e unificação dos padrões industriais". A nova organização, a Organização Internacional para Padronização (ISO), iniciou oficialmente as suas operações em 23 de fevereiro de 1947 com sede em Genebra, na Suíça. [1 Com a acentuação da globalização na década de 1980, aumentou a necessidade de normas internacionais, nomeadamente a partir da criação da União Europeia. Em 1987, o governo britânico persuadiu a Organização Internacional para Padronização (ISO) a adotar a BS 5750 como uma norma padrão internacional. A BS 5750 tornou-se a ISO 9000. Esta primeira norma tinha estrutura idêntica à norma britânica BS 5750, mas era também influenciada por outras normas existentes nos Estados Unidos da América e por normas de defesa militar (as "Military Specifications" - "MIL SPECS"). Subdividia-se em três modelos de gerenciamento da qualidade, conforme a natureza das atividades da organização: ISO 9001:1987 Modelo de garantia da qualidade para projeto, desenvolvimento, produção, montagem e prestadores de serviço - aplicava-se a organizações que cujas atividades eram voltadas à criação de novos produtos. ISO 9002:1987 Modelo de garantia da qualidade para produção, montagem e prestação de serviço - compreendia essencialmente o mesmo material da anterior, mas sem abranger a criação de novos produtos. ISO 9003:1987 Modelo de garantia da qualidade para inspeção final e teste - abrangia apenas a inspeção final do produto e não se preocupava como o produto era feito. NO BRASIL A família de normas NBR ISO 9000:1994 (9001, 9002 e 9003) foi cancelada e substituída pela série de normas ABNT NBR ISO 9000:2000, que é composta de três normas: ABNT NBR ISO 9000:2000: Descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a terminologia para estes sistemas. ABNT NBR ISO 9001:2000: Especifica requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade, onde uma organização precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do cliente. ABNT NBR ISO 9004:2000: Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência do sistema de gestão da qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o desempenho da organização e a satisfação dos clientes e das outras partes interessadas. PBQP-H O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade foi criado em 1991 com a finalidade de difundir os novos conceitos de qualidade, gestão e organização da produção, indispensável à modernização e competitividade das organizações brasileiras. O programa foi reformulado a partir de 1996, para ganhar mais agilidade e abrangência setorial. Desde então vem procurando descentralizar as suas ações e ampliar o número de parcerias, sobretudo com o setor privado. Para fortalecer essa nova diretriz no âmbito do setor público, e envolver também os Ministérios setoriais nessa cruzada, o Governo brasileiro delegou a Presidência do Programa ao Ministério das Cidades. Critérios para a normalização As normas foram elaboradas através de um consenso internacional acerca das práticas que uma empresa deve tomar a fim de atender plenamente os requisitos de qualidade total. A ISO 9000 não fixa metas a serem atingidas pelas organizações a serem certificadas; as próprias organizações é quem estabelecem essas metas. Uma organização deve seguir alguns passos e atender a alguns requisitos para serem certificadas. Dentre esses podem-se citar: Padronização de todos os processos-chave da organização, processos que afetam o produto e conseqüentemente o cliente; Monitoramento e medição dos processos de fabricação para assegurar a qualidade do produto/serviço, através de indicadores de performance e desvios; Implementar e manter os registros adequados e necessários para garantir a rastreabilidade do processo; Inspeção de qualidade e meios apropriados de ações corretivas quando necessário; e Revisão sistemática dos processos e do sistema da qualidade para garantir sua eficácia. Um "produto", no vocabulário da ISO, pode significar um objeto físico, ou serviço, ou software. A International Organization for Standardization ISO em 2010 publicou um artigo que dizia: "Atualmente as organizações de serviço representam um número grande de empresas certificadas pela ISO 9001:2000, aproximadamente 31% do total" CERTIFICAÇÕES Casa do Pão de Queijo conquista NBR ISO 22000 A Casa do Pão de Queijo alcança a NBR ISO 22000:2005, a primeira norma para a certificação de sistemas de gestão da segurança dos alimentos reconhecida internacionalmente. Este sistema abrange toda a cadeia de produção: da matéria-prima, preparo e distribuição, à forma de uso e consumo, garantindo a qualidade e a confiabilidade dos produtos aos franqueados e consumidores. A certificação, concedida pela DNV (Det Norske Veritas), fundação norueguesa líder internacional em serviços de gestão de riscos, é regularizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A ISO 22000:2005 obtida pela Casa do Pão de Queijo está fundamentada nos requisitos da ISO 9001:2000, que atesta a qualidade de sistemas de gestão com o objetivo de aumentar a satisfação do cliente. Fundamenta-se ainda nas Boas Práticas de Fabricação (BPF), que garantem a qualidade sanitária e a conformidadedos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos, e na Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), metodologia que identifica riscos e medidas de controle no processo de produção de alimentos. Além disso, a norma permite à companhia comunicar de forma rápida e eficaz os assuntos relacionados às condições de segurança dos alimentos a seus colaboradores, fornecedores, franqueados e consumidores. Fonte: Brasil Alimentos OnLine n°381 - 13/3/2009 Terminologia Ação corretiva - ação para eliminar a causa de uma não-conformidade identificada ou de outra situação indesejável. Ação preventiva - ação para eliminar a causa de uma potencial não- conformidade. Cliente - organização ou pessoa que recebe um produto. Conformidade - satisfação com um requisito. Eficácia - medida em que as atividades planejadas foram realizadas e obtidos os resultados planejados. Eficiência - relação entre os resultados obtidos e os recursos utilizados Fornecedor - organização ou pessoa que fornece um produto. Política da Qualidade - conjunto de intenções e de orientações de uma organização, relacionadas com a qualidade, como formalmente expressas pela gestão de topo. Procedimento - modo especificado de realizar uma atividade ou um processo. Processo - conjunto de atividades interrelacionadas e interatuantes que transformam entradas em saídas. continua... Produto - resultado de um processo. Qualidade - grau de satisfação de requisitos dado por um conjunto de características intrínsecas. Requisito - necessidade ou expectativa expressa, geralmente implícita ou obrigatória. Satisfação de clientes - percepção dos clientes quanto ao grau de satisfação dos seus requisitos. Sistema de Gestão da Qualidade - sistema de gestão para dirigir e controlar uma organização no que respeita à qualidade. Video La Surconsummation http://www.youtube.com/watch?v=gQExgGmQEWQ
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