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Gerenciamento de Pessoas em Projetos Profª : Adriana Andrade de Abreu, M.Sc. Objetivos Desafios atuais no gerenciamento de pessoas nas organizações O Gerente de Projeto (GP) Planejamento das pessoas no projeto Formação da equipe Desenvolvimento das pessoas Gerenciamento de pessoas Gerenciamento de conflitos Motivação das pessoas Bibliografia Recomendada • PMI, Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK), 5ª edição, 2013. • Raj Paulo Pavarini. Gerenciamento de Pessoas em Projetos. 2ª Edição. Ed. FGV 2010. • DRUCKER, Peter F. Administrando em tempos de grandes mudanças.São Paulo: Pioneira, 1997. • DRUCKER, Peter F. Desafios gerenciais para o século XXI. • São Paulo: Pioneira, 2001. • LE BOTERF, Guy. Desenvolvendo a competência dos profissionais. Porto Alegre: Artmed, 2003. • MOTTA, Paulo Roberto. A ciência e a arte de ser dirigente. Rio de Janeiro: Record, 1991. Áreas do Conhecimento - PMBOK Quais são os desafios atuais no gerenciamento de pessoas nas empresas? Desafios da Competividade para o Gerente de Pessoas Expandir o seu papel de Especialista Administrativo, tornando-se … • Parceiro Estratégico; • Agente da Mudança; • Defensor dos funcionários. O que significa ser um parceiro estratégico? • Os Gerentes de Pessoas devem participar do processo de definição da estratégia da empresa permitindo que a estratégia seja convertida em ação! O que é ser um Agente de Mudanças? • Significa ajudar as organizações a identificarem e administrarem os seus processos de mudança; • Obter o comprometimento das pessoas no processo, no monitotamento e na implantação das ações. O que é ser um Especialista Administrativo? • Gerentes de Pessoas tornam-se especialistas administrativos quando obtêm a eficiência os processos de RH; • Responsável pela entrada, manutenção e controles de pessoal, sistema de carreira, formação e desenvolvimento de equipes e treinamento operacional para melhor ocupação dos cargos, entre outras. O que é ser Defensor dos Funcionários? • Significa compreender as necessidades dos funcionários e buscar os recursos necessários para que as mesmas sejam atendidas. O Mundo Globalizado • Mundo sem barreiras … • Diferenças culturais … • Influência da cultura nas relações de trabalho… A Diversidade nas Equipes • Cultura • Gênero • Idade • Habilidades • Religião • Personalidade • Status social • Orientação sexual O Gerente de Projeto (GP) Dia-a-dia do GP Expectativas fora do combinado no escopo Mudanças que aparecem no último momento e que têm que ser negociadas Prioridades mutantes Prazos combinados, acertados e ... inviáveis Pouca ou nenhuma autoridade sobre os recursos Responsabilidade sobre o sucesso do projeto Analogias com o GP • Semelhanças na organização de um projeto e o maestro de uma orquestra. Projeto Orquestra Estratégia Composição Projeto Peça musical Gerente superior Compositor Gerente de projeto Maestro Gerente funcional Líder de cada seção instrumental Área funcional Instrumento Membro da equipe de projeto Membro da orquestra Competências de um GP Distribuídas em 3 áreas : • Conhecimentos: domínio dos conceitos, práticas e metodologias de gerenciamento de projetos; conhecimento dos aspectos técnicos da área de negócios do projeto. • Habilidades: aplicações do conhecimento ao projeto, de modo a alcançar os objetivos de forma eficiente e eficaz. • Atitudes: predisposição para a ação; inclui motivação, intuição e dedicação. • Líder • Planejador • Proativo • Negociador • Flexível • Comunicador • Inpirador • Sensível • Criativo • … Perfil Ideal do Gerente de Projetos Perfil Real do Gerente de Projetos • Atarefado • Estressado • Ansioso • Psicólogo • Líder • Negociador • Flexível • Inspirador • ... Papéis e Responsabilidades de um GP Papéis Responsabilidades • Interpessoais (líder, pessoa de referência, contato entre pessoas) Gerenciar o projeto • Comunicação (coletar, selecionar, monitorar e disseminar informações; porta-voz do projeto) Criar planos de projetos • Decisão (alocar recursos, explorar novas oportunidades, gerir conflitos, negociar, analisar situações, estabelecer prioridades, tomar decisões coerentes e oportunas para encorajar a criatividade e o progresso da equipe) Criar vários planos de gerência do projeto Medir o desempenho do projeto Adotar medidas corretivas Controlar os resultados do projeto Gerenciar a equipe do projeto Prover relatórios de status do projeto Matriz de Designação de Responsabilidades (RAM) Responsibility and Assignment Matrix – RAM A análise de responsabilidades feita pelo GP garante que todas as atividades do projeto tenham um responsável Um dos padrões mais conhecidos é o RACI : R = Responsável pelo planejamento, gestão e relatórios da atividade A = Aprovação e assinatura pela realização da atividade C = Consultor ou colaborador I = Indivíduo que recebe as informações (receptor) Matriz de Designação de Responsabilidades (RAM) Tarefas Pessoas A B C D (A ser contratada) Atividade 1.1.1 R C I A C Atividade 1.1.2 A I R I C Atividade 1.2.1 A I C I R Atividade 1.2.2 A C I R I R = Responsável A = Aprovação C = Consultor I = Informação O gerente em pequenos e grandes projetos • Geralmente é mais fácil gerenciar grandes projetos do que os pequenos projetos • Projetos grandes são gerenciados normalmente um por vez • Equipe focada inteiramente ao projeto • Documentação definida no início do projeto • Projetos pequenos começam com a realização concomitante dos processos de concepção e planejamento • GPs executam vários projetos ao mesmo tempo • Pode gerar conflitos por mudança nas pioridades dos projetos O plano de gestão de pessoas (recursos humanos) “A arte de lidar com recursos humanos e criar estratégias aderentes às organizações e às necessidades dos empregados não é uma tarefa simples ou que possa ser assimilada com um breve treinamento. Exige constante pesquisa, sensibilidade a toda prova, muita vivência do dia a dia-a-dia e, acima de tudo, a utilização de bom senso.” Dinsmore e Cavalieri, 2003:143) Segundo o PMBOK... • O gerenciamento dos recursos humanos do projeto inclui os processos que organizam, gerenciam e guiam a equipe do projeto • Determinam as funções, as responsabilidades e as relações hierárquicas do projeto • Criam um plano de gerenciamento de recursos humanos, podendo incluir: Recrutamento e seleção Tabela de horários Critérios de liberação Necessidades de treinamento Reconhecimento e premiações Conformidade Segurança Estrutura Organizacional do Projeto • Funcional : Estrutura tradicional na qual gerentes funcionais têm autoridade sobre a maioria dos recursos • Matricial : Equipes organizadas em forma de matriz, que se estende de fraca a forte • Projetizada : Estrutura organizada para um determinado projeto, a fim de produzir um serviço ou produto único Requisitos de Pessoas no Projeto • A descrição dos papéis e responsabilidades é resultado do processo de desenvolver o plano de gestão de pessoas (recursos humanos) e devem conter : • Papel: descreve a parte de um projeto pela qualuma pessoa é responsável; • Autoridade: direito de aplicar recursos do projeto, tomar decisões ou assinar aprovações; • Responsabilidade: o trabalho que um membro da equipe do projeto deve realizar para terminar as atividades do projeto; • Competência: capacidade para apreciar, decidir ou realizar as atividades do projeto. Recrutamento e Seleção de Profissionais • Os profissionais que irão atuar no projeto podem ser obtidos de fontes externas ou internas, devendo ser considerados os fatores ambientais da empresa. Devem ser observados os seguintes aspectos: Disponibilidade: quem está disponível e quando estará disponível? Capacidade: quais competências as pessoas possuem? Experiência: as pessoas realizaram trabalhos semelhantes ou relacionados? Interesses: as pessoas estão interessadas em trabalhar nesse projeto? Custo: quanto receberá cada membro da equipe? Informações para Contratação ou Mobilização da Equipe do Projeto • Papéis e Responsabilidades: definem posições, habilidades e competências exigidas pelo projeto. • Organogramas: fornecem uma visão geral do número de pessoas necessárias para o projeto. • Plano de Gerenciamento de Pessoas e Cronograma: identificam os períodos de tempo em que cada membro da equipe irá atuar, bem como o tipo de atuação. • Identificar as habilidades, conhecimentos e comportamento dos profissionais da empresa; • Criação de um banco de dados com as competências de cada profissional; • Identificar a necessidade de treinamentos para a equipe ; • Identificar a necessidade de balanceamento de recursos que incluiu a troca de pessoas entre departamentos, admissões e demissões. Mapeamento de Competências dos Profissionais • Mede se os objetivos atribuídos a cada profissional foram alcançados em um determinado período; • Avalia “o que” foi realizado pelo profissional; • Avalia “como” as metas foram alcançadas. Gerenciamento de Desempenho • O processo de reconhecimento e remuneração tem como objetivo principal a retenção de talentos; • A aprovação aumenta a auto-estima e a motivação para fazer um trabalho bem-feito, o que é essencial para o sucesso do projeto; • Segundo o PMBOK, somente comportamentos desejáveis devem ser premiados; • A eficácia do processo de reconhecimento e remuneração se concretiza quando os talentos percebem a correlação de seus esforços com os benefícios que recebem. Remuneração Treinamento e desenvolvimento Treinamento incluiu todas as atividades criadas para aprimorar as competências dos membros da equipe do projeto podendo ser formal ou informal. Desenvolvimento é um processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos profissionais a fim de torná-los futuros membros valiosos da empresa. Formação da equipe Formação de Grupos de Trabalho • Um grupo é uma reunião de pessoas com um ou mais objetivos comuns e que se percebem como seus integrantes. • Influenciado por 3 fatores: o ambiente, o próprio grupo e o indivíduo : ambiente: tipo de organização, instruções estratégicas e operacionais, etc. grupo: tamanho, missão, idade e ideologia dos integrantes e sua sinergia. indivíduo: personalidade, conhecimentos, valores, interesses e experiências. Formação de Equipes de Trabalho • Uma equipe é um conjunto de pessoas que oferecem suas competências e conjugam seus esforços para fazerem coisas que são da responsabilidade de todos visando obter resultados comuns através da interatividade. Comparação entre Grupos e Equipes Desempenho coletivo Positiva Individual e mútua Complementares Compartilham Informações Neutra (às vezes negativa) Individual Aleatórias e variadas Grupos de Trabalho Equipes de Trabalho Objetivo Sinergia Responsabilidade Habilidades Relacionamento Coeso e firme Informal e solto Tipos de Equipe Equipes de trabalho: atuam na linha de frente das empresas, realizando tarefas para a produção de produtos e serviços. Ex: equipes de desenvolvimento de novos produtos, equipes de consultoria, etc... Equipes de melhoria: recomendam mudanças na organização, processos e tecnologia, a fim de melhorar a qualidade, o custo e os prazos de entrega de produtos e serviços. Ex: equipes de projetos, grupos de auditoria, equipes de qualidade, etc... Equipes de integração: são vínculos entre as equipes de trabalho e as de melhoria. Fornecem direção, estabelecem metas e monitoram o desempenho. Ex: engenheiros de software que fazem a ponte entre a equipe de desenvolvimento e de integração. 2. Equipe de transição: o líder da equipe começa a coordenar mais do que supervisionar as equipes 1. Equipe inicial: equipes supervisionadas no dia a dia pelo líder da equipe 3. Equipe experiente: o líder da equipe se afasta do grupo e passa meramente a supervisionar suas atividades 4. Equipe madura: o líder da equipe desapareceu; a equipe assume total responsabilidade pelo trabalho Etapas de Transição de uma Equipe Fases de Desenvolvimento das Equipes 1 Formação 2 Conflito 3 Normatização 4 Execução 5 Desintegração Fases de Desenvolvimento das Equipes 1. Formação: os membros da equipe sentem orgulho por terem sido escolhidos, mas, ao mesmo tempo, há insegurança e ansiedade. A produtividade é baixa. 2. Conflito: ansiedade pelo desempenho, mas não se sabe bem o que fazer. A produtividade é baixa. 3. Normatização: a equipe começa a estabelecer regras para o trabalho conjunto. Há, ainda, poucos resultados concretos. 4. Desempenho: a equipe ganha confiança. Chega-se a um consenso sobre o que deve ser realizado. A produtividade aumenta. 5. Desintegração: os objetivos são atingidos e a equipe é desmobilizada. O que fazer como GP durante as fases ? Fase Ação Formação Ajudar a equipe a se conhecer melhor e oferecer direção e propósitos claros Fornecer informações necessárias para que a equipe comece a trabalhar Conflito Resolver os problemas de poder e autoridade Adaptar o papel de liderança de modo a permitir que a equipe se torne independente Normatização Estimular o respeito mútuo entre os membros da equipe Estimular os membros a colocar a mão na massa e trabalhar de forma competitiva Execução Atualizar os métodos e procedimentos da equipe para sustentar a cooperação Ajudar a equipe a entender como gerenciar a mudança Monitorar o progresso do trabalho e comemorar as conquistas Desintegração Tratar essa fase como sendo um processo natural e necessário Tranquilizar a equipe quanto ao futuro Estabelecer um processo de transição Requisitos para um Bom Funcionamento da Equipe • Consciência dos objetivos • Conhecimento das condições • Comunicação aberta • Aceitação das diferenças individuais • Capacidade de negociar e fazer concessões • Propensão para aprender e compartilhar • Entusiasmo • Comprometimento • Comportamento ético • Flexibilidade Estágios de Desenvolvimento das Equipes Reunião de Pessoas Formação do Grupo Transformação do Grupo em Equipe Evolução para uma Equipe de Alto Desempenho Características de Equipes Eficazes Desenvolvimento das Pessoas A Necessidade de DesenvolvimentoContínuo Conceito de Empregabilidade Profissional multiqualificado A capacidade de um profissional se manter em condições de ser assimilado pelo mercado na proporção em que apresente as competências necessárias e valorizadas pelas empresas Carreira: responsabilidade compartilhada Classificação do Tipo de Conhecimento Conhecimento explícito: é aquele que está registrado formalmente. Ex: Manual de procedimentos, um vídeo ou um banco de dados com informações sobre o cliente. Conhecimento tácito (implícito): é aquele que está na cabeça das pessoas, sendo difícil de explicar ou de verbalizar. Ex: Sensibilidade do provador de vinhos que não tem como definir o seu paladar em palavras exatas. Espiral do Conhecimento Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997) Competências Pessoais Saber fazer Como fazer Querer fazer Competências Organizacionais Segundo Prahalad e HAMEL (1990), a competência organizacional é o conjunto de um pequeno número de habilidade estratégicas que dão vantagem competitiva à organização. São classificadas em : Competências básicas: são as capacidades indispensáveis das quais a empresa necessita para administrar com eficácia o seu negócio. Competências essenciais: têm valor percebido pelos clientes, contribuem para a diferenciação entre concorrentes e aumentam a capacidade de expansão. Competências dos Indivíduos Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que permita aos indivíduos desenvolver suas funções, alinhadas com as competências organizacionais e com os objetivos estratégicos da organização. Ciclo da Equipe 1 Definição de Objetivos 2 Inventário de Competências 3 Plano de Desenv. Individual 4 Execução do Plano PDI 5 Acompanha mento Gerencial 6 Avaliação Anual Plano de Desenvolvimento Individual É um planejamento realizado com determinado profissional a fim de que ele possa desenvolver sua carreira, como também as competências necessárias para assumir determinadas funções dentro da organização; Tem aspecto de contrato e deve ter assinatura de ambos – o GP e o membro da equipe; O PDI deve mostrar um plano de ação para o período, com os objetivos de desenvolvimento para casa pessoa; Nem sempre o GP é o responsável direto pela pessoa devendo interagir com o gerente funcional para elaborar o plano e garantir que o mesmo seja cumprido. Universidade Corporativa Instituição de ensino técnico e superior, em nível de graduação e pós- graduação, vinculada a empresas privadas e públicas. O objetivo é oferecer cursos técnicos específicos para os colaboradores da corporação. Estão incluídos os funcionários, parceiros, fornecedores e clientes. Cursos elaborados de acordo com as políticas e estratégias das empresas, reduzindo os custos do treinamento convencional . Maior parte da estrutura é virtual com cursos on-line. Ex: No Brasil : Banco do Brasil, Petrobras (Universidade Petrobras), da Caixa Econômica Federal, da Datasul e do Serpro. Ex: No exterior: da Shell Oil Corporation e Hotéis Accor. Gerenciamento de Pessoas Gestão de Competências X Gestão por Competências Gestão de competências: processo que tem como objetivo adequar as competências certas à situação requerida pela empresa. Tem como base o mapeamento de competências. Gestão por competências: é a aplicação do conceito de competência para todos os processos de gerenciamento de pessoas da empresa, tais como seleção, avaliação e remuneração. Principais Processos do Gerenciamento de Pessoas Seleção: as técnicas de seleção devem ser focadas em competências. Em entrevistas, por exemplo, o foco deve ser o relato de experiências que comprovem a existência da competência requerida. Designação de pessoas: pode-se trabalhar com um pool, ao invés de departamentos tradicionais, de modo que o GP possa selecionar o profissional da empresa adequado para determinado projeto. Principais Processos do Gerenciamento de Pessoas Remuneração estratégica: envolve as diferentes maneiras de remunerar um profissional. Como tem grande carga de natureza variável, pode ser considerada uma espécie de feedback para o profissional, a respeito de seu desempenho. Feedback de desempenho: deve ser fornecido durante a execução do projeto, de modo que as possíveis falhas possam ser corrigidas. Em uma fase posterior, ocorre a avaliação de desempenho, que pode ser formal ou informal. Principais Processos do Gerenciamento de Pessoas Aprendizagem continuada: é baseada tanto na interação entre os membros da equipe e o GP quanto nos treinamentos formais. O foco é o preenchimento das lacunas de competências. Liderança Participativa Liderança é a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e equipes. Atualmente, entende-se que a liderança é um fenômeno que envolve o líder, os liderados e a situação. As Dimensões do Clima Organizacional • Medido pelo RH anualmente (mais comum) • Avalia a satisfação dos funcionários com o ambiente de trabalho • Utilizam-se questionários respondidos anonimamente • Classificadas em : Clareza: o quanto o profissional entende o significado do trabalho dele no contexto do projeto. Responsabilidade: o quanto o profissional pode assumir pela responsabilidade do seu trabalho. Reconhecimento: como o resultado do trabalho bem feito é reconhecido na equipe. Trabalho em Equipe: como a equipe percebe o comprometimento dos colegas. Indicadores de Gerenciamento de Pessoas Principais indicadores: Índice de absenteísmo (IAbs): indica quanto a equipe está se ausentando do trabalho. Índice de treinamento (ITrein): Indica quanto está sendo investido em treinamento na equipe. Índice de turnover (ITurn): Indica a rotatividade dos profissionais da equipe. Índice de satisfação do cliente e dos funcionários. Gerenciamento de Conflitos Gerenciamento de Conflitos Segundo Verma (1996), existem 3 diferentes pontos de vista acerca dos conflitos: Visão tradicional: o conflito é ruim e tem impacto negativo nos projetos. O desempenho diminui quando o nível de conflito aumenta. Final do século XIX até meados dos anos 1940. Visão contemporânea: conflitos são naturais e inevitáveis, podendo gerar impactos negativos ou positivos. Os GPs devem gerenciá-los, ao invés de eliminá-los. Dos anos 1940 até meados dos anos 1970. Visão interacionista: conflitos são necessários para melhorar o desempenho da equipe. Os GPs devem encorajar o conflito, ao invés de simplesmente aceitá-lo. Dos meados de 1970 até os dias atuais. Níveis de Conflito Conflito Intrapessoal: indivíduos que não estão satisfeitos em relação ao papel que exercem na empresa e executam tarefas que não atendem às suas expectativas ou indivíduos insatisfeitos com sua vida pessoal ou familiar. Conflito Interpessoal: pode ocorrer entre determinados membros da equipe ou entre uma pessoa e o resto da equipe. Causado por diferenças de personalidade, habilidade de comunicação, estilos, egos ou ambições pessoais. Conflito Intragrupal: conflito entre um indivíduo e um grupo de pessoas quando existe um espírito de união no grupo. Se o indivíduo atrapalha a equipe o melhor é afastá-lo doprojeto. Conflito Intergrupal: Ocorre entre grupos de pessoas dentro ou fora da equipe de projeto. Normalmente um grupo é contra as normas estabelecidas por outro grupo. Condições de Conflito Papéis ambíguos, em que os limites, autoridade e responsabilidades não estão claros; Objetivos incompatíveis entre os membros da equipe; Problemas de comunicação; Dependência de outra pessoa para a realização da tarefa; Especialização ou diferenciação; Necessidade de consenso para tomada de decisão; Comportamento reativo a regras e regulamentos; Conflitos anteriores mal resolvidos. Fontes de Conflito Prioridades do projetos e compatibilidade de objetivos; Procedimentos administrativos; Opiniões técnicas e balanceamento de desempenho; Incerteza da tarefa e requisitos de informação; Incerteza de seu papel e responsabilidade; Diferenças em alcance da visão; Personalidades de membros da equipe ou cultura de costumes diferentes; Alocação de recursos; Orçamentos e custos; Cronogramas; Problemas de comunicação. Conflito e Estresse Estresse é uma resposta a pressões, responsabilidades e ameaças reais ou imaginárias do ambiente. Principais Consequências do Estresse Técnicas para Resolução de Conflitos Retirar-se temporariamente: desistir ou recusar tratar do conflito no momento; Mudar o foco: evitar pontos de discordância e enfatizar as áreas de concordância; Empregar a força: utilizar o poder da posição para resolver o conflito. Utilizar em casos extremos; Firmar um compromisso: receber algo em troca do que se está pedindo. O relacionamento e a confiança são fatores primordiais; Resolver o conflito: definir o problema, coletar os fatos, analisar a situação, incorporar as idéias de pessoas com perspectivas diferentes e selecionar a ação mais adequada; Negociar: buscar uma solução aceitável para todos (ganha-ganha). Motivação das Pessoas O que significa Motivação? Não há envolvimento do eu interior Força interna, faz porque gosta e deseja O que te motiva? Teorias sobre Motivação? Teoria de Maslow Teoria ERG Teoria de Herzberg Teoria de McClelland Teoria de McGregor Teoria da Expectativa Teoria do Reforço Teoria da Humanística da Hierarquia das Necessidades de Maslow Desenvolvida pelo psicólogo americano Dr. Abraham H. Maslow (1908-1970) A motivação nasce da busca da satisfação de necessidades; Existem 5 níveis de necessidades – 2 primeiros são as básicas e os 3 seguintes as de crescimento (organizados do mais primitivo ao mais civilizado); Apenas as necessidades não-satisfeitas são fontes de motivação. Ao atingir um determinado nível, o indivíduo luta para se manter ou subir de nível; Cada nível deve ser satisfeito antes que se possa mover para o nível seguinte; Maslow acreditava que os seres humanos aspiravam a serem autorealizados. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow Teoria da Existência, Relacionamentos e Crescimento – Teoria ERG Necessidades de existência: referem-se a nossas preocupações com os motivadores básicos de existência; Necessidades de relacionamento: referem-se à motivação para mantermos relacionamentos interpessoais; Necessidades de crescimento: referem-se ao desejo intrínseco do indivíduo para seu desenvolvimento pessoal. Não há rigidez hierárquica; A transferência de um nível para o outro não ocorre somente após a satisfação do nível inferior, ela é simultânea (mais um de um nível pode ser satisfeito ao mesmo tempo). Hierarquia das necessidades de Alderfer ... Desenvolvida pelo psicólogo americano Clayton P. Alderfer (1940 – 2015) Comparativo entre as duas teorias Crescimento Relacionamento Existência Frustação Regressão Satisfação Progresso Teoria Higiênico-Motivacional de Herzberg (Teoria dos dois fatores) Quais são os fatores que afetam a motivação e ... Conduzem à insatisfação (higiênicos): Política da empresa Supervisão Relacionamento com o gerente Condições de trabalho Salário Relacionamento com os pares Conduzem à satisfação (motivacionais): Conquistas pessoais Reconhecimento O próprio trabalho realizado Responsabilidade Promoção Crescimento Desenvolvida pelo psicólogo americano Frederick Herzberg (1923 – 2000) Comparativo entre as duas teorias Fatores Motivacionais Fatores Higiênicos Não motivam, mas podem desmotivar Teoria funciona melhor em equipes mais maduras – nível 4 Teoria das necessidades adquiridas de McClelland Fatores motivacionais que levam os indivíduos a se comportarem de maneira diferente ... necessidade de conquistas pessoais: relacionada ao desenvolvimento de tarefas e à consecução de desafios; necessidade de poder: relacionada a status, prestígio e posições de influência; necessidade de conexão: relacionada ao sentimento de pertencimento a um grupo. Desenvolvida pelo psicólogo americano David McClelland (1917 - 1998) Apenas 10 % a 15 % são altamente produtivos nas empresas; Nem todas as pessoas aspiram o poder; Nem todo indivíduo muito produtivo será um bom gerente ou coordenador de equipe. Teoria X e Y de McGregor Teoria X se não controlar diretamente, a equipe não produz às vezes, é preciso repreender ou até mesmo demitir um profissional, para ensinar os demais para manter o comando, é preciso distanciar-se um pouco da equipe a maioria dos profissionais não tem ambição e precisa de um empurrão as decisões mais importantes devem ser tomadas pelo GP, sem a participação dos profissionais Teoria Y qualquer pessoa pode ser criativa, desde que devidamente estimulada de modo geral, os profissionais são merecedores de sua confiança em algumas ocasiões, os integrantes da equipe podem conduzir as reuniões os integrantes da equipe são capazes de se autocontrolarem sob condições favoráveis, as pessoas gostam de trabalhar Desenvolvida pelo economista americano Douglas McGregor (1906 - 1964) Descreve o relacionamento entre gerentes e seus subordinados do valor que ela atribui ao resultado advindo de cada alternativa (valor), (valores de -1 a +1); (ex: promoção com mudança de cidade) da percepção de que a obtenção do resultado está ligada a uma compensação (instrumentalidade), (valores de 0 a 1); da expectativa que ela tem de poder obter cada resultado (expectativa) (valores de 0 a 1). • As pessoas pensam cuidadosamente na quantidade de esforço que devem dedicar a uma tardefa antes de realizá-la. Motivação = valor X instrumentalidade X expectativa Teoria da Expectativa de Victor Vroom A motivação das pessoas depende de 3 fatores: Desenvolvida pelo professor universitário Victor Vroom (1932) Teoria utilizada para maximização do desempenho das pessoas da equipe Teoria do Reforço de Skinner • Baseada no conceito de como as pessoas aprendem; • Um comportamento desejável será repetido se for recompensado e um indesejável será desencorajado com uma punição; • Existem 4 técnicas básicas de reforço: reforço positivo: usado para aumentar a incidência de um comportamento desejado. reforço negativo: usado para reduzir a incidência de um comportamento não-desejado, mas não tem caráter punitivo. punição: usada para diminuir a incidênciade um comportamento não-desejado, causando prejuízos financeiros ou emocionais ao profissional. extinção: usado para reduzir a incidência de um comportamento não-desejado, ignorando-o e esperando que ela simplesmente desapareça. Desenvolvida pelo psicólogo americano Frederic Skinner (1904-1990) O que é Gerenciar? A gerência é a arte de pensar, de decidir e de agir, é a arte de fazer acontecer, de obter resultados. Resultados que podem ser definidos, previstos, analisados e avaliados, mas que têm de ser alcançados através das pessoas e numa interação humana constante. Paulo Roberto Motta Organizações que Aprendem O processo de aprendizagem deixou de ser uma preocupação exclusiva do âmbito acadêmico e passou a integrar a agenda das empresas mais competitivas; A administração estratégica extrapola a mera visão do planejamento, do posicionamento ou do design, incorporando elementos claramente relacionados ao processo de aprendizagem estratégica; Peter Senge* enumerou cinco disciplinas capazes de orientar as organizações rumo ao aprendizado contínuo, tendo reservado especial ênfase à “quinta disciplina” – raciocínio sistêmico. “As organizações que aprendem são aquelas nas quais as pessoas aprimoram continuamente suas capacidades para criar o futuro que realmente gostariam de ver surgir” * Professor universitário americano (1947), autor do livro A quinta disciplina (1994) Organizações que Aprendem Idéia Principal Formar uma equipe que seja capaz de : o Criar novas premissas; o Desenvolver novas técnicas e capacidades de percepção e criação As empresas do futuro serão aquelas que descobrirem como fazer com que as pessoas se comprometam e queiram aprender, desde o chão de fábrica até a alta gerência. Organizações que Aprendem TODA ORGANIZAÇÃO É UM PRODUTO DE COMO SEUS MEMBROS PENSAM E INTERAGEM As Cinco Disciplinas Aprendizagem Organizacional Modelos Mentais Visão Compartilhada Aprendizagem em Equipe Pensamento Sistêmico Domínio Pessoal Primeira Disciplina Domínio Pessoal • Aprender a expandir nossa capacidade pessoal para criar os resultados que mais almejamos; • Esclarecer e aprofundar nossa visão pessoal, concentrar nossas energias, desenvolver a paciência e ver a realidade objetivamente. Segunda Disciplina Modelos Mentais • Muitas modificações administrativas não podem ser postas em prática por serem conflitantes com modelos mentais tácitos e poderosos; • Incluem idéias arraigadas e paradigmas que interferem sobre as nossas atitudes, muitas vezes sem que tenhamos consciência disso. Terceira Disciplina Visão Compartilhada • Construir um senso de compromisso grupal, desenvolvendo imagens compartilhadas do futuro que buscamos criar. • A empresa deve ter uma missão genuína para que as pessoas dêem o melhor de si e adotem uma visão compartilhada, na qual prevaleça o compromisso e o comprometimento em lugar da aceitação. Quarta Disciplina Aprendizagem em Equipe • A unidade de aprendizagem moderna é o grupo e não o indivíduo. • O diálogo facilita a aprendizagem em equipe e, quando esta produz resultados, seus integrantes crescem mais rápido e a organização também. Quinta Disciplina Pensamento Sistêmico • A disciplina que integra todas as outras, o elo de ligação, fundindo- as em um corpo coerente de teoria e prática. • O pensamento sistêmico ajuda-nos a enxergar as coisas como parte de um todo, não como peças isoladas, bem como criar e mudar a sua realidade. Peter Drucker Obrigada!
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