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FÉRIAS Acadêmicas: Daísy, Débora, Marciéli, Sabrina, Thaís e Thamires. 10 FÉRIAS 10.1 CONCEITO E FINALIDADE 10.2 PERÍODO DE FÉRIAS E DURAÇÃO 10.3 AQUISIÇÃO DO DIREITO DE FÉRIAS 10.4 FÉRIAS PROPORCIONAIS 10.5 CONCESSÃO DAS FÉRIAS 10.6 FORMA DE PAGAMENTO 10.7 TERÇO CONSTITUCIONAL 10.8 CONCESSÃO FORA DO PRAZO 10.9 FÉRIAS COLETIVAS 10.1 FÉRIAS – CONCEITO E FINALIDADE Direito do empregado de paralisar a prestação dos serviços; Iniciativa do empregador, durante certo número de dias em cada ano; Período do contrato de trabalho em que o empregado não presta serviços, mas tem direito à remuneração do empregador após ter adquirido o direito no decurso de 12 meses; Objetivo: proporcionar o descanso, a recuperação psíquica e física do empregado, além do convívio social; Finalidade: restauração do organismo após um período em que foram despendidas energias no trabalho; O direito às férias integra o conjunto de garantias conferidas ao empregado visando a defesa do seu lazer e repouso. 10.2 PERÍODO DE FÉRIAS E DURAÇÃO PERÍODO DE FÉRIAS: A legislação assegura a todos os trabalhadores um período de folga ou descanso, denominado férias. Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), o empregado tem direito ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. O período aquisitivo é computado na data em que o empregado é admitido até que ele complete um ano de serviço. DURAÇÃO DAS FÉRIAS: O período de férias do empregado é fixado pela legislação, sendo consideradas para tanto a jornada de trabalho semanal para qual ele foi contratado e a proporção das faltas injustificadas ao serviço, ocorrida durante o período aquisitivo. 10.2 PERÍODO DE FÉRIAS E DURAÇÃO Sobre a duração das férias: Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. § 1.º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. § 2.º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço. 10.3 AQUISIÇÃO DO DIREITO DE FÉRIAS Também pode ser chamado de Período Aquisitivo; É o período de 12 (doze) meses corridos de trabalho na empresa, a contar da data de admissão do empregado, que, uma vez completados, geram o direito ao empregado de gozar os 30 (trinta) dias de férias. Essa condição é determinada pelo art. 130 da CLT e vale para o funcionário que trabalha sob o regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Os 30 (trinta) dias de férias, devem ser gozados dentro do Período Concessivo. 10.4 FÉRIAS PROPORCIONAIS Se refere ao pagamento em dinheiro na cessação do contrato de trabalho, pelo período aquisitivo não completado, em decorrência da rescisão. No caso de empregado de mais de um ano de casa, aplica-se o disposto no art. 146, § único da CLT: “na cessação do contrato de trabalho após 12 meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias; Para empregados com menos de 1 ano de casa, é aplicável o art. 147 da CLT: “o empregado que for despedido sem justa causa ou cujo contrato se extinguiu em prazo pré-determinado, antes de completar 12 meses, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o artigo anterior”. 10.5 CONCESSÃO DE FÉRIAS Também pode ser chamado de Período Concessivo; É o prazo que a lei estabelece para que o empregador conceda as férias ao empregado. Este prazo equivale aos 12 (doze) meses subsequentes a contar da data do Período Aquisitivo completado. O funcionário deve gozar de seu direito a 30 (trinta) dias de férias dentro do Período Concessivo, caso contrário, a empresa fica sujeita a pagar férias em dobro ao profissional. 10.6 FORMA DE PAGAMENTO • O pagamento deve ser realizado dois dias antes das férias do trabalhador; • O empregado recebe a sua remuneração normal, mais um terço constitucional; • Inclui-se nesta remuneração os adicionais das horas extras, noturno, insalubridade e periculosidade; • O empregado tem o direito de converter este terço constitucional em abono pecuniário, que seria uma conversão do terço das férias em dinheiro, porém deve requere-las com 15 dias de antecedência das férias ao empregador. 10.6 FORMA DE PAGAMENTO Se o empregado for demitido por justa causa perde total direito de receber as férias proporcionais; Caso ele possua férias vencidas ele poderá recebe-las; Exemplo: se o empregado trabalhou 18 meses e não saiu de férias, então vai receber pelos 12 meses (férias atrasadas), e perderá o direito de férias pelos demais seis meses trabalhados. Se o empregador for demitido sem justa causa possui direito de receber 1/12 (um doze avos) por cada mês que trabalhou, ou então uma fração igual ou superior a 15 dias. Exemplo: se o funcionário receber R$ 12 mil por ano e trabalhou seis meses, vai ter o direito do valor proporcional de seis meses. Se o funcionário pedir demissão ele tem direito as férias proporcionais. 10.7 TERÇO CONSTITUCIONAL Equivale a 1/3 do salário normal, que deve ser atribuído ao valor mensal no mês de férias; Esse valor adicional é caracterizado como uma indenização; “Art. 7º da Constituição Federal: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.” 10.8 CONCESSÃO FORA DO PRAZO Caso o empregador não conceda as férias ao empregado dentro do Período Concessivo (doze meses imediatamente posteriores ao final do período aquisitivo), diz-se que as férias venceram. Na verdade, o que venceu foi o prazo estipulado para Concessão das Férias (Período Concessivo), pelo que o empregador deverá suportar a pena consistente no pagamento em dobro da remuneração das férias. Tal consequência legal em referência tem fundamento no art. 137, caput, da CLT: Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134 (período concessivo), o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. 10.9 FÉRIAS COLETIVAS São aquelas concedidas a todos os empregados, ou de determinados estabelecimentos, ou setores de uma empresa. Essa decisão é exclusivamente do empregador. Duas formalizações que se destacam para a concessão de férias coletivas: Estabelecer as datas de início e fim das férias coletivas e comunicar ao órgão local da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. Além disso, deverá especificar quais estabelecimentos ou setores serão beneficiados com a medida; Com antecedência de 15 dias, enviar cópia comunicando sobre a concessão das férias coletivas aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional. Duração Como as férias coletivas não são obrigatórias, o empregador poderá definir dois períodos anuais para a concessão, porém nenhum deles poderá ser inferior a 10 dias corridos. O empregador pode concederas férias em parte coletiva e outra parte individual. Ou seja, o empregador poderá destinar 10 dias de férias coletivas a seus empregados e os outros 20 dias como férias individuais. 10.9 FÉRIAS COLETIVAS Condições especiais Trabalhadores menores de 18 anos ou maiores de 50 anos devem ter o período de férias concedido apenas uma única vez. Se o menor de 18 anos for estudante, as férias devem coincidir com as férias escolares. Assim, no caso das férias coletivas, se estas ocorrerem em período diferente das férias escolares, serão consideradas como licença remunerada e, posteriormente, as férias individuais serão atreladas às férias escolares. Tanto as férias individuais quanto as coletivas não poderão coincidir com sábados, domingos, feriados ou dias de compensação de repouso semanal. Remuneração Durante as férias coletivas, o trabalhador tem direito à remuneração integral, como se o mês realmente fosse de serviço. Contudo, o pagamento da remuneração referente às férias coletivas é proporcional ao número de dias que terá de descanso, obedecendo sempre a proporção de meses trabalhados no período de um ano acrescidos de 1/3. Se o funcionário não tiver um ano de carteira assinada, o pagamento do período de descanso coletivo será proporcional ao tempo de serviço que tem direito, e o restante computado como licença remunerada. 10.9 FÉRIAS COLETIVAS . PERGUNTAS: O funcionário tem a opção de não tirar as férias coletivas? Não. Todos os funcionários da empresa precisam tirar férias coletivas ao mesmo tempo? Não necessariamente. As férias coletivas são descontadas do período de férias individuais de cada trabalhador? Sim, o período poderá ser descontado. A empresa pode cancelar as férias coletivas, uma vez que tenham sido comunicadas? Não, se uma empresa avisou aos funcionários que concederá férias coletivas, não pode cancelá-las. 10.9 FÉRIAS COLETIVAS .PERGUNTAS: O funcionário poderá rejeitar o período de férias coletivas? Não. Férias coletivas são obrigatórias e não opcionais. Férias coletivas é sinônimo de crise nas empresas? Não. As férias coletivas bem planejadas podem ser dadas em um período de festas de fim de ano para que seus colaboradores curtam com sua família datas festivas ou até mesmo em períodos com baixa sazonalidade de produção adequando o número de funcionários com a demanda do mercado, gerando menos impacto negativo. BIGARELLI, B. Direito do trabalho: entenda como funcionam as férias. 2016. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2016/10/vai-sair-de-ferias- tire-duvidas-sobre-seus-direitos.html> Acesso em: 08 set. 2017 CAVALLINI, M. Vai sair de férias? Tira-dúvidas mostra quais são os seus direitos. 2012. Disponível em: <http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2012/06/vai- sair-de-ferias-tira-duvidas-mostra-quais-sao-os-seus-direitos.html> Acesso em: 08 set. 2017 Convenia. Férias coletivas – tudo o que você precisa saber sobre o tema. Disponível em: <http://blog.convenia.com.br/ferias-coletivas-o-que-saber-sobre-o-tema/>. Acesso em: 11 set. 2017. Direito Trabalhista. Férias. Disponível em: <http://direito-trabalhista.info/direitos-do-trabalhador/ferias.html>. Acesso em: 18 set. 2017. Época negócios. Entenda como funcionam as férias coletivas. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=44526&chapterid=342>. Acesso em: 12 set. 2017. E-disciplinas. Legislação. 2013. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2016/12/entenda-como-funcionam-ferias-coletivas.html>. Acesso em: 20 set. 2017. Frota, J. H. S. A remuneração adicional das férias gozadas do terço constitucional como hipótese de incidência de Impostos de Renda. 2015. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16532&revista_caderno=26> Acesso em: 31 ago.2017 Gen Jurídico. Dica 027 – Concessão das férias fora do prazo. 2016. Disponível em: <http://genjuridico.com.br/2016/12/01/dica-027-concessao-das-ferias-fora-do-prazo/> Acesso em: 07 set. 2017. Guia Trabalhista, Férias – período aquisitivo x período concessivo. Disponível em: < http://contadores.cnt.br/noticias/tecnicas/2016/05/17/ferias-periodo-aquisitivo-x- periodo-concessivo.html > Acesso em: 08 set. 2017. Jornal Contábil, Período aquisitivo e período concessivo para férias, o que são? . Disponível em: < https://www.jornalcontabil.com.br/periodo-aquisitivo-e-periodo- concessivo-para-ferias-o-que-sao/ >. Acesso em: 08 set. 2017. MITNE, G. R. Contribuições previdenciárias, férias gozadas e terço constitucional. 2013. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/justica- direito/artigos/contribuicoes-previdenciarias-ferias-gozadas-e-o-terco-constitucional-bjjt1ee5erbx7gp95v5u8kk7i> Acesso em: 31 de ago.2017 Paralello. Férias: conheça as normas para a concessão. 2013. Disponível em: <http://www.paralello.com.br/2013/04/ferias-normas-concessao/>. Acesso em: 20 set. 2017. Portal Educação. Férias: Conceito e Natureza Jurídica. 2012. 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