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24/04/2016 1 Guidelines Terapia nutricional Enteral e Parenteral Profa. Ms. Priscila Paiva Dias ASPEN, ESPEN, FELANPE, SBNPE Resultados Clínicos Pesquisa Guidelines Guidelines clínicos são definidos como estatutos sistematicamente desenvolvidos para a tomada de decisões na assistência de pacientes sobre cuidados de saúde apropriados em circunstâncias clínicas específicas. DEFINIÇÃO DE GUIDELINES • ASPEN – American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. • ESPEN – European Society for Clinical Nutrition and Metabolism. • FELANPE – Federation Latino Americana de Nutrition Parenteral e Enteral. • SBNPE – Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição ÓRGÃOS ENVOLVIDOS As diretrizes são basicamente recomendações apoiadas por grandes estudos, instituições nacionais e internacionais e em alguns casos a opinião de expertises na prática clínica. Tais orientações podem e devem ser levadas em consideração por profissionais da área de saúde envolvidos no tratamento de pacientes. 1. ASPEN PRINCIPAIS GUIDELINES 1.1 A.S.P.E.N. Enteral Nutrition Practice Recommendations (Recomendações Práticas de Nutrição Enteral): Recomendações baseadas nas conclusões gerais de profissionais de saúde no desenvolvimento de recomendações que equilibrem os potenciais benefícios da nutrição enteral, bem como os riscos associados a esta terapia. • Ferramenta para auxiliar as decisões dos profissionais de saúde à luz das circunstâncias que envolvem o paciente; • Não substitui o exercício do julgamento do profissional de saúde; • Uso voluntário e não invalida demais documentos ASPEN, 2009 24/04/2016 2 PRINCIPAIS GUIDELINES 1.1 A.S.P.E.N. Enteral Nutrition Practice Recommendations (Recomendações Práticas de Nutrição Enteral): • Força-tarefa que examinou a literatura disponível a indicação, preparação, distribuição e monitoramento da nutrição enteral e o estabelecimento de recomendações baseadas em evidências; • Limitações nas pesquisas que dessem força na evidência no suporte em muitos aspectos; ASPEN, 2009 PRINCIPAIS GUIDELINES • Após revisão de literatura considerou-se que a evidência teria o suporte de acordo com as categorias: A - O guideline tem bom suporte baseado em evidência (prospective, randomized trials). B - O guideline tem razoável suporte baseado em evidência (well- designed studies without randomization). C - O Guideline é baseado na opinião de experts ou consenso editorial. • Revisado a cada 5 anos ASPEN, 2009 PRINCIPAIS GUIDELINES Orientações sobre: Introdução Indicação e Rotulagem Regulação da Fórmula Enteral e Infantil Segurança e Cuidados na Fórmula Enteral e Água Acesso Enteral Administração da Nutrição Enteral Administração de Medicação Monitoramento Sumário ASPEN, 2009 PRINCIPAIS GUIDELINES 1.2 A.S.P.E.N. Statement on Parenteral Nutrition Standardization – Padronização na Nutrição Parenteral. • Em resposta às questões relacionadas com a padronização da nutrição parenteral (NP) foi desenvolvida força-tarefa; • Necessária para melhorar a segurança do paciente e maximizar sua eficiência; • O processo de padronização pode incluir desde formulações e também indicação, rotulagem, avaliação, composição e administração da NP • Padronização através de revisão de literatura sobre NP ASPEN, 2007 PRINCIPAIS GUIDELINES 2. Introductory to the ESPEN Guidelines on Enteral Nutrition: Terminology, Definitions and General Topics – Introdução aos Guidelines ESPEN na Nutrição Enteral: Terminologia, Definições e Tópicos • Primeiros guidelines do ESPEN sobre NE • Vários grupos de experts em doenças estiveram envolvidos • Durante o desenvolvimento ficou evidente a inconsistência de termos e definições • Acurácia na explanação de termos e definições ESPEN, 2006 PRINCIPAIS GUIDELINES 2. Terminologia Nutrição Enteral Suplemento nutricional oral Suporte Nutricional Fórmula Padrão Fórmula especializada para doenças Fórmulas imunomoduladoras Fórmula hipo, normo e hipercalóricas Fórmula proteina intacta, baseada em peptídeos e aa livres Fórmulas hiperlipídica e com MUFA ESPEN, 2006 24/04/2016 3 PRINCIPAIS GUIDELINES 2. Terminologia Alimento normal e fortificado Aconselhamento nutricional Má-nutrição, subnutrição, risco nutricional severo Caquexia, anorexia e sarcopenia Triagem nutricional Avaliação Nutricional Fórmulas contendo fibras Fórmulas para pacientes com DM ESPEN, 2006 PRINCIPAIS GUIDELINES 3. FELANPE • Declaração de Cáncun – 2008 Garantir que todo paciente admitido em hospital público e privado de todo o mundo receba uma atenção nutricional oportuna, completa, suficiente e de qualidade por profissionais de saúde capacitados, que prevejam o risco nutricional, a desnutrição hospitalar e reduza a severidade de complicações relacionadas com o processo de enfermidade. PRINCIPAIS GUIDELINES 3. FELANPE • Declaração de Cáncun – 2008 Além de melhorar a qualidade de vida, sua sobrevida e reduzir custos relacionados com a atenção da enfermidade nos hospitais. Ainda de detectar casos de sobrepeso e obesidade que incrementam o risco de complicação hospitalar . PRINCIPAIS GUIDELINES 3. FELANPE a) A atenção ao paciente é uma necessidade e o suporte nutricional é obrigatório para todo paciente em risco ou desnutrido b) Todo paciente hospitalizado deve ser avaliado nas primeiras 24-48 horas de admissão. c) O cuidado nutricional e a administração do suporte nutricional requerem a implementação de guias de prática clínica que contemplem: avaliação nutricional, evolução metabólica-funcional, implementação do plano alimentar e de TN, seguimento e reavaliação. PRINCIPAIS GUIDELINES 3. FELANPE • Consenso Latinoamericano Sobre Preparación De Mezclas De Nutrición Parenteral (2005-2008) • Funciones y Competencias del Nutricionista Clínico (2012) PRINCIPAIS GUIDELINES 4. SBNPE (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL) • Não há guideline elaborado pela SBNPE e sim, recomendações baseadas nos guidelines já existentes: Portarias e Resoluções (http://www.sbnpe.com.br/sbnpe/portarias-e- resolucoes) • ASPEN • ESPEN • Canadian Clinical Practice Guidelines for Nutrition Support in Mechanically Ventilated, Critically Ill Adult Patients. www.criticalcarenutrition.com/docs. 24/04/2016 4 Orientações sobre nutrição enteral: cuidados intensivos ESPEN -2006 INDICAÇÕES • Todos os pacientes em que não se espera uma alimentação oral completa em torno de 3 dias deve receber nutrição enteral (NE). ESPEN 2006 Aplicação • Não existem dados que mostram relevante melhoria nos parâmetros utilizando NE no início com os pacientes críticos. • No entanto, recomenda-se que pacientes críticos, hemodinamicamente estáveis, que possuem um trato gastrointestinal funcionante devem ser alimentados precocemente (menos de 24 h), utilizando uma quantidade apropriada de alimento. • Nenhuma quantidade geral pode ser recomendada na NE, pois tem que ser ajustada para a progressão / curso da doença e para melhorar a tolerância. ESPEN 2006 • Usar NE em pacientes que podem ser alimentados por via enteral. • Não há diferença significativa na eficácia da alimentação via gástrica x jejunal em pacientes em estado crítico. • Evitar suplementar NP em pacientes que toleram a NE e podem ser alimentados aproximadamente no valor da meta. • Usar suplementação com NP em pacientes que não podem ser alimentados suficientemente por via enteral. Em pacientes intolerantes a NE, considerar NP a um nível igual, mas não superior as necessidades nutricionais do paciente. Via ESPEN 2006 ASPEN 2016 Orientaçõespara o fornecimento e Avaliação da Terapia de Suporte Nutricional em pacientes adultos criticamente enfermos PACIENTES CRÍTICOS Grau de recomendação/ Critério envolvido: Estudos randomizados: ALTO (Grau de confiança final: alto, moderado, baixo, muito baixo) Estudos observacionais – BAIXO (Grau de confiança final: baixo e muito baixo) Recomendações práticas – SEM GRAU ASPEN 2016 24/04/2016 5 A. Avaliação Nutricional • A1: Sugere-se uma determinação de risco nutricional (por exemplo, risco nutricional triagem [NRS 2002], pontuação NUTRIC) a ser realizada em todos os pacientes internados na UTI. • A2: marcadores de proteínas séricas tradicionais (albumina, pré-albumina, transferrina, proteína de ligação do retinol) são um reflexo da resposta de fase aguda e não representam com precisão o status nutricional. Antropometria não é confiável na avaliação do estado nutricional ou de adequação da terapia nutricional. ASPEN 2016 A. Avaliação Nutricional • A3a: Sugere-se que a calorimetria indireta (IC) deve ser utilizada para determinar a demanda calórica (Grau de evidência: muito baixo) • A3b: na ausência de IC, sugere-se equação baseada no peso atual (25-30 kcal/kg/dia) a ser usado para determinar as necessidades de energia. • A4: As necessidades proteicas devem ser de 1,2 a 2g/kg/dia ASPEN 2016 B. Iniciando a Alimentação Enteral • B1: A alimentação enteral deve ser iniciada precocemente, nas primeiras 24-48 horas após a admissão (Grau de evidência: muito baixo). • B2: A nutrição parenteral deve ser suplementada se o nutrição enteral não atender as metas do paciente crítico (Grau de evidência: baixo a muito baixo). • B3: Em pacientes de UTI, ruídos intestinais/ peristalse não são necessárias para avaliar o início da alimentação enteral ASPEN 2016 B. Iniciando a Alimentação Enteral • B4a: Recomenda-se posicionament inferior da sonda no TGI em pacientes criticamente doentes com elevado risco de aspiração ou aqueles que mostraram a intolerância gástrica (Grau de evidência: moderado a alto). • B4b: Se não houver risco de aspiração, preferir inicia a nutrição enteral no estômago. ASPEN 2016 B. Iniciando a Alimentação Enteral • B5: Na presença de comprometimento hemodinâmico a nutrição enteral deve ser suspensa e o início deve ser considarado após estabilidade e retirada de drogas vasopressoras. ASPEN 2016 Tópicos seguintes.... • C. Dosagem de Alimentação Enteral • D. Monitoramento da Tolerância e Adequação da NE • E. Seleção de Formulação Enteral Adequada • F. Terapia Adjuvante • G. Quando usar a NP • H. Quando indicado maximizae a NP ASPEN 2016 24/04/2016 6 Tópicos seguintes.... • I. Insuficiência Pulmonar • J. Insuficiência Renal • K. Insuficiência Hepática • L. Pancreatite Aguda • M. Situações cirúrgicas • N. Sepse • O. Pós-operatório • P. Paciente crônico • Q. Obeso crítico • R. Terapia nutricional em situações terminais ASPEN 2016 PERGUNTAS ASPEN/ESPEN 1 – No paciente crítico: quando iniciar a TNE, em quanto tempo e qual a via de alimentação preferencial? 2 – Quando associar a NE e NP no paciente crítico? 3 – Quais as metas para alcançar as necessidades nutricionais em pacientes críticos (eutrófico e obeso)? 4 – Qual a recomendação para prevenir a aspiração? 5 – O que fazer em caso de resíduo gástrico no paciente crítico? 6 – Qual o tipo de fórmula enteral adequada para o paciente crítico? PERGUNTAS ASPEN/ESPEN 7 – Quando usar a fibra no paciente crítico? 8 – Quando utilizar a glutamina? 9 – Como iniciar a NE no paciente com sepse? 10 – Cite pelo menos uma recomendação: na insuficiência pulmonar, 11 – insuficiência renal; 12– insuficiência hepática 13 – pancreatite; 14 – situações terminais FIM!
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