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Identificar o Problema; 
Colher Dados: observação, entrevistas, questionários, 
etc; 
Recortar a Realidade: definição do universo de pesquisa; 
Aplicar Instrumentos: par educativo; 
Levantar Hipóteses; 
Propor Alguma Intervenção. 
ProfªMst. Salete Santos Anderle – 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
salete_anderle@hotmail.com fone 54 32114257 
 2 
SUMÁRIO 
 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA .........................02 
MATRIZ DIAGNÓSTICA ...................................................................................04 
ROTEIRO DE AVALIAÇÃO...............................................................................05 
A QUEIXA .........................................................................................................06 
E.O.C.A. ............................................................................................................07 
OBSERVAÇÃO LÚDICA ...................................................................................12 
Provas Piagentianas – Diagnóstico Operatório .................................................13 
Provas Projetivas Psicopedagógicas ................................................................18 
Exame Motor .....................................................................................................25 
O Processo de Aquisição da Linguagem ..........................................................29 
Prova de Realismo Nominal..............................................................................43 
Linguagem Oral.................................................................................................48 
Teste de Audibilização ......................................................................................50 
Roteiro de Observação do Desempenho Lógico Matemático ...........................51 
Orientação Temporal.........................................................................................53 
Informação Social..............................................................................................54 
Teste Visual.......................................................................................................55 
HISTÓRIA DE VIDA – ANAMNESE ..................................................................56 
LEVANTAMENTO DE DADOS ESCOLARES...................................................62 
INFORME PSICOPEDAGÓGICO .....................................................................63 
Avaliação das Capacidades Básicas.................................................................65 
ANEXOS ...........................................................................................................78 
Anexo 01 – A Queixa ........................................................................................79 
Anexo 02 – Teste de Audibilização ...................................................................82 
Anexo 03 – Técnicas de Administração e Avaliação das Provas Operatórias ..97 
Anexo 04 – Devolutiva e Encaminhamento.....................................................111 
Anexo 05 – Recurso para Diagnóstico Psicopedagógico................................115 
BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................117 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
salete_anderle@hotmail.com fone 54 32114257 
 3 
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA 
 
A psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana. Como se 
preocupa com o problema da aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente dos 
processos de aprendizagem. E se preocupa como se aprende, como esta 
aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, 
como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-
las e preveni-las. Adquire características específicas a depender do trabalho 
clínico e preventivo. 
O diagnóstico Psicopedagógico possui especificidade própria que 
permite, diante de uma “queixa motivo” de dificuldades de aprendizagem, fazer 
uma leitura dinâmica de forma global, envolvendo o sujeito, a família e o 
processo de escolarização, como resultado de um conjunto de inter-relações 
complexas. Para tanto faz-se necessária a escolha de referências teóricas que 
dêem respaldo aos instrumentos usados na avaliação e aos resultados obtidos 
na mesma. 
Devido a complexidade de seu objeto de estudo, são importantes à 
psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais 
incidem sobre os conhecimentos específicos de diversas outras teorias. Por 
exemplo: 
− A Psicanálise encarrega-se do mundo inconsciente, das 
representações profundas, operantes através da dinâmica psíquica que se 
expressa por sintomas e símbolos, permitindo-nos levar em conta a face 
desejada do homem; 
− A Psicologia Social encarrega-se da constituição dos sujeitos, que 
responde a reações familiares, grupais e institucionais, em condições 
socioculturais e econômicas específicas e que contextuam toda a 
aprendizagem; 
− A Epistemologia e a Psicologia Genética se encarregam de 
analisar e descrever o processo construtivo do sujeito em interações com 
outros e com objetivos; 
− A Lingüística traz a compreensão da linguagem como um dos 
meios que o caracterizam tipicamente humano e culturais: a língua enquanto 
código disponível a todos os membros da sociedade e a fala como fenômeno 
subjetivo, evolutivo e historiado de acesso a toda estrutura simbólica; 
− A Pedagogia contribui com as diversas abordagens do processo 
ensino-aprendizagem, analisando-o do ponto de vista de quem ensina; 
− Os fundamentos na Neuropsicologia possibilitando a compreensão 
dos mecanismos cerebrais que subjazem ao aprimoramento das atividades 
mentais, indicando-nos a que correspondem, do ponto de vista orgânico, todas 
as evoluções ocorridas. 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
salete_anderle@hotmail.com fone 54 32114257 
 4 
Surgiram decorrentes da diversidade de campos teóricos, diversas 
possibilidades de atuação e “caminhos” a serem trilhados, que embasam a 
ação psicopedagógica. 
 
ALGUNS CAMINHOS 
 
1. E.F.E.S. 
2. Entrevista de Anamnese 
3. Sessões lúdicas centradas na 
aprendizagem 
4. Complementação com provas e 
testes 
5. Síntese diagnóstica – Prognóstico 
6. Entrevista de devolução e 
encaminhamento 
(Maria Lúcia Weiss) 
1. Anamnese (história de caso) 
2. Testagem de provas pedagógicas 
3. Laudo (síntese das conclusões e 
prognóstico) 
4. Devolução (verbalização do laudo) 
ao paciente e/ou aos pais 
 
(Transtorno da clínica psicológica – 
segue o modelo médico) 
1. E.O.C.A. (levantamento do 1º 
sistema de hipóteses, definições 
das linhas de investigação, escolha 
de instrumentos) 
2. Testes (levantamento do 2º sistema 
de hipótese e investigação) 
3. (Anamnese – verificação e 
decantação do 2º sistema de 
hipóteses, formulação do 3º 
sistema de hipóteses) 
4. Elaboração do informe 
Psicopedagógico. 
 
(Jorge Visca) 
1. Entrevista com a Família: 
1.1 Contatos anteriores a consulta 
1.2 Escuta do motivo da consulta 
1.3 História vital ou anamnese 
 
2 Entrevista com o sujeito: 
2.1 Escuta do motivo da consulta 
2.2 Instrumentos escolhidos pelo 
psicopedagogo com base nas 
necessidades 
2.3 Devolutiva ao sujeito 
 
3 Contato com a escola (Prévio ao 
finalizar) 
4 Contato com outros técnicos 
5 Devolutiva e encaminhamento 
 (Edith Rubstein) 
 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, InstitucionalPedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
salete_anderle@hotmail.com fone 54 32114257 
 5 
MATRIZ DIAGNÓSTICA 
 
O diagnóstico do aprendizado ou psicopedagógico se diferencia dos 
psicodiagnósticos em geral e ao da criança em particular, a partir das 
particularidades do objeto de estudo e se conjuga na matriz do pensamento e 
processos diagnósticos. 
O objeto de estudo adota distintos estados: normais e patológicos, 
para serem reconhecidos contam com a matriz do pensamento diagnóstico 
(instrumento conceitual, que embasa a ação e apresenta os estados do objeto 
sem que o mesmo perca a unicidade) apresentada pela epistemologia 
convergente apóia-se em princípios interacionistas, construtivistas e 
estruturalistas. A matriz está organizada em três partes: diagnóstico 
propriamente dito, prognóstico e indicações. 
 
� Diagnóstico 
Refere-se a caracterização do sujeito e do meio onde se manifesta o 
sintoma no momento do diagnóstico, fundado no pressuposto que o sintoma é 
o emergente da interação do subsistema, personalidade como o sistema social 
e seus mediadores. Análise do contexto em que se desenvolve o processo de 
aprendizagem; leitura de sintomas que emergem na interação social voltada 
para o sujeito que aprende; explicação de causas que coexistem 
temporalmente com o sistema; explicação da origem desta causa; análise do 
distanciamento do fenômeno em relação aos parâmetros considerados 
aceitáveis. 
Podem ser observados aspectos como: as características da 
instituição educacional (aprendizagem sistemática), comunidade 
(aprendizagem assistemática), como as condutas exigidas que ajudam na 
manifestação ou não das dificuldades em um outro campo. 
Dentro da caracterização interessa: sexo, idade, meio cultural..., que 
permitem a compreensão de se a conduta é ou não sintomática. 
 
� Prognóstico 
Levantamento de hipóteses sobre a configuração futura do fenômeno 
atual, na presença e na ausência dos processos corretores. 
Terapia no campo do aprendizado sistemático (alexia, dislexia, 
TDAH...), e assistemático (sem nomenclatura) podem ou não ser 
acompanhados de sintomas, expectativas. 
 
� Indicações 
Indicações gerais que incluem outras disciplinas, assim como 
indicações específicas, inerentes a atuação psicopedagógica. 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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 6 
Análise das causas internas do sujeito contemporâneas ao sintoma e 
suas interações são de extrema relevância para a orientação, também, das 
indicações e recomendações. 
As causas que podem provocar o aparecimento de sintomas são 
três: 
1. A afetividade (predomina os oponentes energéticos da 
aprendizagem) 
2. As funcionais 
3. O estágio de pensamento (cognitivo) 
Origem e evolução são causas históricas e dos sintomas, mediante o 
estacionamento das cadeias casuais, pois as funções e o estágio de 
pensamento podem sofrer alterações orgânicas, emocionais ou mistas e o grau 
de reversibilidade varia de acordo com o inter-relacionamento destes. 
 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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 7 
ROTEIRO DA AVALIALÇÃO DIAGNÓSTICA 
PSICOPEDAGÓGICA 
 
Tomando por referência principal a Epistemologia Convergente, do 
autor Jorge Visca , nossa opção de avaliação propõe os seguintes 
instrumentos. 
 
1. QUEIXA 
 
2. E.O.C.A. e/ou OBSERVAÇÃO LÚDICA 
(levantamento dos primeiros sistemas de hipóteses, definição das 
linhas de investigação, escolha dos instrumentos). 
 
3. PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DAS PROVAS 
 
4. INSTRUMENTOS FORMAIS 
4.1. Área cognitiva; 
4.1.1. Provas Piagetianas; 
4.1.2. Provas projetivas psicopedagógicas; 
4.1.3. Provas psicométricas (uso exclusivo do psicólogo); 
4.2. Área Afetiva 
4.2.1. Provas projetivas psicopedagógicas 
4.2.2. Provas projetivas psicológicas (uso exclusivo do 
psicólogo); 
4.3. Área Funcional 
4.3.1. Aspectos psicomotores; 
4.3.2. Linguagem; 
4.3.3. Sensorial; 
4.3.4. Conceitos básicos; 
4.3.5. Habilidades acadêmicas: leitura, escrita, matemática 
(levantamento do 2º sistema de hipóteses e 
investigação) 
5. HISTÓRIA DE VIDA - ANAMNESE 
 
6. LEVANTAMENTO DE DADOS ESCOLARES 
6.1. Entrevista com os profissionais da escola; 
6.2. Análise do material escolar; 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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 8 
 
7. PROVAS E TESTES COMPLEMENTARES (desempenho da 
análise das provas anteriores; exames clínicos complementares; 
análise da expressão plástica; análise de tarefas; outros) 
 
8. ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONCLUSÃO DA HIPÓTESE 
DIAGNÓSTICA (verificação e decantação do 2º sistema de 
hipóteses, formulação do 3º sistema de hipóteses) 
 
9. INFORME PSICOPEDAGOGO 
 
10. DEVOLUTIVA 
 
11. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO 
 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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 9 
A QUEIXA 
ENTREVISTA PARA ESCLARECER O MOTIVO DA CONSULTA 
 
OBJETIVO: 
� Estabelecer hipóteses sobre aspectos importantes para o 
diagnóstico de aprendizagem. 
� COM OS PAIS (representantes da família) observar: 
- Significação do sintoma na família ou, com maior precisão, 
articulação funcional do problema de aprendizagem; 
- Significado do sintoma para a família, isto é, as reações 
comportamentais de seus membros ao assumir a presença do problema; 
relaciona-se os valores da família com o respeito ao não aprender; 
- Fantasias de enfermidade e cura e expectativas acerca de sua 
intervenção no processo diagnóstico e de tratamento; sentindo o que a família 
espera a respeito de seu trabalho, modalidade de comunicação do casal e 
função do terceiro, observar a relação dos pais entre si, os valores da família, a 
comunicação entre os pais e você. 
� COM A ESCOLA (PROFESSOR ORIENTADOR) observar: 
- Significação do sintoma na escola; 
- Significação do sintoma para o professor, reações dos 
membros da escola ao assumirem o problema; 
- Significado do sintoma, no sentido do que a escola espera a 
respeito de sua intervenção (confirmação do não aprender, como: tirar da 
responsabilidade da escola o fracasso, uma possibilidade de auxilio para o 
sucesso, uma ameaça externa); 
- Observar os valores da escola, a comunicação entre seus 
profissionais e entre profissionais e aluno; 
� COM O SUJEITO observar: 
- Visão do sintoma para o sujeito; 
- Significação do problema para o sujeito; 
- Sentido do que o sujeito espera de sua intervenção 
- Observar as modalidades de comunicação do sujeito (pode ser 
obtida na entrevista realizada com o sujeito no primeiro encontro – antes do 
E.O.C.A.). 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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ENTREVISTA COM O SUJEITO 
 
Nome: 
Data de nascimento: Idade: Série: Período: 
Escola Atual: 
Nome do Professor: 
O que disseram que você vinha fazer aqui? 
Por que você acha que veio aqui? 
Você acha que tem alguma dificuldade? Em que? 
Gostaria de fazer um trabalho comigo para verificarmos onde posso lhe ajudar? 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestradoem Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
salete_anderle@hotmail.com fone 54 32114257 
 11 
E.O.C.A. 
ENTREVISTA OPERATIVA CENTRADA NA APRENDIZAGEM 
 
O processo diagnóstico consta por uma série de passos por cujo 
meio se realiza o reconhecimento das dificuldades, o prognóstico e as 
indicações. 
Entre estes processos destacamos a E.O.C.A. – Entrevista Operativa 
Centrada na Aprendizagem, elaborada pelo professor argentino Jorge Visca, 
cujo objetivo é de estudar as manifestações cognitivo-afetivas da conduta do 
entrevistado em situação de aprendizagem. Permite ainda se obter uma visão 
conjugada e uma hipótese diretriz do interjogo dos aspectos cognitivos e 
afetivos da aprendizagem, bem como os pontos de alerta que deve ser 
verificada para constatação ou não das hipóteses levantadas. 
A EOCA é utilizada como ponto de partida em todo processo de 
investigação diagnóstica das dificuldades de aprendizagem. 
Este instrumento consiste em uma entrevista estruturada que põe em 
evidência o aprendizado e conta como reativos quaisquer material, 
dependendo da idade do educando e da queixa. Na idade escolar podem ser: 
folhas pautadas, lápis de escrever, borracha, lápis colorido, giz de cera, papéis 
variados, revistas, tesoura, cola, livros de acordo com a idade do entrevistado, 
apontador, canetas, canetas hidrocor, folhas sulfite, régua, etc. 
Os objetos são deixados sobre uma mesa, organizados de tal forma 
que o entrevistado precise abrir as caixas de lápis, o estojo, apontar o lápis 
preto sem ponta, procurar o que deseja observar todo material para decidir o 
que vai utilizar. 
 
1. CONSIGNAS E INTERVENÇÕES 
As consignas e intervenções possibilitam observar: 
- a possibilidade de mudança de conduta; 
- a desorganização ou reorganização do sujeito; 
- as justificativas verbais ou pré-verbais; 
- a aceitação ou a recusa do outro (assimilação, acomodação, 
introjeição, projeção). 
1.1. Tipos de consignas e intervenções: 
� De abertura: 
“Gostaria que você me mostrasse o que sabe fazer, o que lhe 
ensinaram e o que você aprendeu. Esse material é para que você utilize como 
desejar, pode escolher e usar o que quiser”. 
� Para mudança de atividade: 
- Consigna aberta: “Gostaria que você me mostrasse o que 
quisesse com esses materiais”. 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
salete_anderle@hotmail.com fone 54 32114257 
 12 
- Consigna Fechada: “Gostaria que você me mostrasse outra 
coisa que não seja...”, ou “Gostaria que você me mostrasse algo diferente do 
que já me mostrou”. 
- Consigna Direta: “Gostaria que me mostrasse algo de... 
(matemática, escrita, leitura)”. 
- Consigna Múltipla: “Você pode ler, escrever, pintar, recortar 
desenhar, etc?”. 
- Consignas para Pesquisa: “Para que serve isto, o que você 
fez, que horas são, que cor você está utilizando?”. 
� As respostas geralmente após a consigna de abertura 
são: 
a. Sujeito começa a fazer algo (desenha, pinta, recorta, etc) 
b. Pede que lhe indique o que precisa fazer, ao que se responde: 
“o que você quiser”. 
c. Fica totalmente paralisado sem poder reagir. Mesmo diante do 
modelo múltiplo não realiza nada. 
� Qualquer uma das respostas já são dados significativos 
para a avaliação. 
� Quando o entrevistado apresenta alguma produção, é 
aconselhável que se incida sobre ela, perguntando, argumentando, 
investigando, apresentando um problema, pedindo que relate o que leu, 
escreveu ou desenhou. Observa-se o grau de mobilidade e de modificabilidade 
do entrevistado. 
 
1.2. Fatores de observação durante a EOCA 
 
� Através da observação do tema, da dinâmica e do produto, 
pode se observar o sintoma e as causas históricas coexistentes (ansiedade, 
defesa, funções, nível de pensamento utilizado, grau de exigência, aquisições 
automáticas, aspectos da lateralidade, organização, ritmo de trabalho, 
interesses, etc). 
� Estes três níveis de observação são indicadores do 1º sistema 
de hipóteses: 
a. Temática 
- Consiste em tudo que o sujeito diz, o que terá, como toda conduta 
humana, um aspecto manifesto e outro latente; 
b. Dinâmica 
- consiste em tudo que o sujeito faz e não é estritamente verbal: 
gestos, tom de voz, postura corporal, etc. a forma de sentar ou de pegar o lápis 
podem ser mais reveladoras que os comentários e até mesmo que o produto. 
c. Produto 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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- é o que o sujeito deixa gravado no papel, na dobradura, na 
colagem, etc. incluindo a seqüência em que foram feitos. 
 
� Dimensão afetiva 
- Alguns indicadores: 
Alterações no campo geográfico e o de consciência (distração, 
inadequação da postura, fugas, etc). 
Aparecimento de condutas defensivas (medos, resistência à 
tarefas, à mudanças, à ordens, etc). 
Ordem e escolha dos materiais. 
Aparecimento de condutas reativas (choro, ansiedade, etc). 
 
� Dimensão cognitiva 
- Alguns indicadores: 
Leitura dos objetos e situação 
Utilização adequada dos objetos 
Estratégias utilizadas na produção de tarefas 
Organização 
Planejamento da atividade (antecipação) 
Nível de pensamento utilizado 
 
2. POSTURA DO EXAMINADOR 
� Deve ser um mero observador da conduta do avaliado,. 
Participando com intervenções somente quando achar necessário. 
� Utilizar-se de vários tipos de consignas para maior riqueza das 
observações. 
� Colocar limites quando achar necessário. 
� Quando o avaliado apresenta dificuldades para entrar na tarefa, 
deverá utilizar consigna múltipla para facilitar a decisão do avaliado. 
� Caso o avaliado permaneça sem iniciativa, devemos lembrar 
também que esta também é uma postura a ser analisada, é uma forma de agir 
frente a situações novas, deve ser avaliada em seus vários fatores. 
� Se necessário, pode ser feitas mais de uma entrevista de EOCA. 
 
3. FORMA DE REGISTRO 
� Papel pautado dividido em duas colunas, sendo a da esquerda 
maior, pois servirá para as anotações do que ocorrerá na entrevista e a coluna 
da direita para anotações das hipóteses levantadas. 
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� Deve-se anotar tudo que ocorrer, postura, ações, palavras, frases, 
etc. 
 
4. LEVANTAMENTO DAS HIPÓTESES 
� as hipóteses serão levantadas de acordo com as observações 
feitas durante a entrevista. Levando-se em conta as três linhas de pesquisa 
que serão realizadas: cognitiva, afetiva e orgânico-funcionais. 
� Quando as hipóteses nos levarem a uma área específica(ex: 
psicologia, fonoaudiologia, neurologia, etc), deve-se pedir a avaliação de um 
profissional competente, sempre que possível. 
 
PRINCIPAIS OBSTÁCULOS DAS DIFICULDADES DE 
APRENDIZAGEM 
 
1. Obstáculos Funcionais 
- Assimilação 
- Lentidão 
- Domínio especial 
- Motor 
- Elaboração mental 
- Etc 
2. Obstáculos Epistemofílicos (emocionais) 
- Estado confusional 
- Perseveração 
- Exigência 
- Conduta evitativa 
- Mecanismos defensivos 
- Etc 
3. Obstáculos Epistêmicos (Cognitivos) 
- Desempenho 
- Antecipação 
- Insensibilidade – não percebe determinados conflitos 
- Não possui mecanismo de integração. Ex: colocam-se vários 
fósforos de tamanhos iguais alinhados com outros fósforos de tamanho menor. 
Junta-se até as duas linhas atingirem o mesmo comprimento e pergunta-se se 
os fósforos são iguais. O sujeito não percebe que só o comprimento final é o 
mesmo, mas que os fósforos são diferentes. 
- Assimilação, acomodaçãoAnderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
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- Nível cognitivo 
- Etc 
 
Observações gerais 
 
1. Cada nível de estrutura cognitiva corresponde a uma leitura da 
realidade e um nível de evolução afetiva para estabelecer um vínculo com o 
objeto 
2. Cognitivo – Operações lógicas que regulam os intercâmbios com o 
meio externo, com a lógica correspondente ao estágio cognitivo a que percebe 
o sujeito. 
3. Diante de determinada situação, o sujeito passará pelos 
momentos de indiscriminação, objetiva parcial e total, em movimentos de ir e 
vir. Quando atinge o patamar, pode passar para outro no mesmo movimento. 
 
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(MODELO DE REGISTRO) 
Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem – EOCA 
Nome: Idade: 
Data: / / Horário: a 
Observador; 
 
Anotações Hipóteses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações: 
 
 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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OBSERVAÇÃO LÚDICA 
 
1. CONCEITO 
Toda a criança interage com brinquedos e expressa a realidade do 
mundo interno e sua relação com o mundo externo. 
Brincar é uma forma de expressão, pois através do jogo ela define 
seus papéis, seu espaço, mostrando suas relações interpessoais. 
Pode receber os limites que lhe são impostos e demonstra como lidar 
com eles. 
 A observação lúdica é uma técnica de compilação de dados que 
auxilia a investigar os aspectos mais significativos para a formulação das 
hipóteses. 
Trata-se de uma observação espontânea na qual a motivação por 
brincar deve ser a sua maior preocupação, do que o fato de se sentir 
observada. 
 
2. OBJETIVOS 
- Auxiliar no diagnóstico de crianças que não responde a outras 
formas de avaliação. 
- Auxiliar na investigação das dificuldades apresentadas nas 
áreas diversas de desenvolvimento, possibilitando o levantamento de 
hipóteses. 
 
3. ESTRATÉGIAS 
- Brinquedos diversos de acordo com a faixa etária, o interesse e 
o que se quer investigar. 
- Os brinquedos são expostos para que a criança interaja com 
eles. 
 
4. PONTOS A SEREM OBSERVADOS 
- A interação da criança frente ao brinquedo 
- O repertório cognitivo, afetivo, motor, funcional, social 
- O nível e o tipo de linguagem 
- A conduta 
- O uso do brinquedo enquanto função real 
- A proposta de brincadeiras 
- A centralização de brinquedos regressivos ou superiores a idade 
da criança 
- O levantamento de hipóteses 
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Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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5. DEMANDA 
A observação lúdica é também indicada no diagnóstico de: 
- Crianças portadoras de necessidades especiais em idade pré-
escolar ou escolar quando não tem repertório de linguagem verbal e não 
respondem a outras formas de investigação; 
- Crianças com suspeita de hiperatividade ou distúrbios de 
comportamento como autismo, psicose, esquizofrenia, etc. e que não 
respondem a outras formas de investigação. 
 
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DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO 
 
Características Gerais 
Jean Piaget e colaboradores, após intensas pesquisas, elaboraram 
as provas do diagnóstico operatório que determinam o grau de aquisição de 
algumas noções chaves do desenvolvimento cognitivo, tais como: noção de 
tempo, espaço, conservação, causalidade, numero, etc. 
Por meio das provas operatórias é Possível detectar o nível da 
estrutura cognitiva com que o sujeito opera diante da situação apresentada, ou 
seja, o nível de pensamento alcançado pelo sujeito. 
As idades cronológicas apresentadas para os diversos níveis de 
desenvolvimento estão relacionadas às condições sócio-culturais, sendo 
portanto, uma idade aproximada. 
 
Momento do Diagnóstico 
1. Vínculo 
2. Clarear o que se vai fazer 
3. Apresentação do material da prova (quando o sujeito manuseia 
deve-se ouvir o que ele diz). 
4. A ordem ou consigna 
5. A pergunta propriamente dita não precisa ser translúcida que dirija 
ou direcione a resposta. 
6. Resposta 
7. Primeira transformação do objeto, introdução de uma variável nula, 
ou seja, não transforma o aspecto considerado. 
8. Pedido de argumentação. 
9. Resposta argumentada por: 
- Identidade: quando o sujeito percebe que não se acrescenta nada 
ao material utilizado 
- Identidade subjetiva: quando o sujeito identifica que a quantidade 
de material dada possui a mesma quantidade. 
- Reversibilidade: quando o sujeito argumenta – “se você voltar a 
forma antiga”. 
- Compensação: quando o sujeito argumenta compensando as 
diferenças das formas apresentadas: “é mais comprida; mais larga; etc”. Pode 
ser conservadora ou não. 
10. Contra-argumentação: Pode-se contradizer o pensamento 
exprimido pelo sujeito (tentar levar em consideração o ponto de vista do sujeito 
e pesquisar se a resposta tem um esquema ou é por mero acaso). 
11. Justificação: resposta do sujeito, pode ser conservadora ou não. 
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12. Segunda transformação 
13. Seqüência dos passos anteriores 
 
Observações 
Quando op sujeito, na argumentação ou justificativa, responde “não 
sei”, pode ter dificuldades no aspecto operativo, possui a imagem, mas não 
opera mentalmente, ou pode estar no nível intermediário entre um período e 
outro. 
 
Provas Horizontais 
- Seriação 
- Números pequenos 
- Dicotomia 
- Quantidade e inclusão de classes 
- Interseção de classes 
- Transvasamento de líquidos 
- Massa 
- Peso 
- Comprimento 
- Espaço unidimensional 
- Superfície 
- Espaço bi e tridimensional 
- Substâncias homogêneas 
 
Provas complementares e suplementares 
São provas para avaliar os patamares intermediários mais sutis, para 
se saber se o sujeito está longe ou perto do nível. 
- Peso (complementar heterogêneo) 
- Açúcar 
- Ilhas 
- Combinações e permutações 
 
PROVAS DO DIAGNÓSTICO OPERATÓRIO 
 
As provas do diagnóstico operatório adotadas no momento atual, 
foram selecionadas pelos pesquisadores de acordo com os trabalhos de Barbel 
Inhelder e são assim relacionadas: 
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1. Provas de Classificação – avaliam o domínio do sujeito a 
respeito da classificação. São elas: conservação do número, matéria e líquido. 
2. Provas de Seriação – Consta de 10m palitos graduados para 
serem organizados segundo seu tamanho. 
3. Mudança de critério ou Dicotomia – consta de fichas com os 
atributos: cor, forma e tamanho, que devem ser destacados pelo sujeito, 
conforme ordem dada. 
4. Qualificação da inclusão de classes – esta prova pode ser 
realizada com flores, como o original, ou com animais ou frutas, pois permiteavaliação da qualificação inclusiva a respeito das classes com os elementos 
das subclasses. 
5. Interseção de classes – nesta prova se investiga o grau de 
operatividade a respeito das operações lógicas no trato com as classes. 
6. Conservação – a conservação diz respeito a igualdade e 
possibilita a percepção de que mesmo diante de transformações o objeto 
conserva sua identidade, integridade ou qualidade em questão. Estas questões 
são importantes para os processos reguladores das atividades do sujeito em 
sua adaptação frente a realidade. O que se observa nestas prova é o êxito ou 
não na variável quantitativa em distintos conteúdos. 
6.1. Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos – 
prova das fichas ou dos números, possibilita a verificação da conservação da 
equivalência numérica com quantidades discretas, apesar das transformações 
que foram expostas. Parte-se da correspondência termo a termo. 
6.2. Conservação da quantidade de líquido – prova do 
transvasamento de líquido, investiga-se o grau de conservação com um 
material físico continuo em diversas variáveis. 
6.3. Composição da quantidade de líquido – nesta prova o sujeito 
deve encontrar a solução num processo de síntese, diferente do anterior que 
era por meio da análise do material. 
6.4. Conservação da quantidade de matéria – prova da massa, 
utiliza um novo material (massa de modelar), ma está correlacionada a anterior. 
6.5. Conservação de peso – esta prova tem êxito no segundo nível 
das operações concretas e indaga sobre o grau de aquisição da invariância de 
peso. 
6.6. Conservação de volume – esta conservação é alcançada por 
volta dos 11/13 anos dentro do período das operações concretas 
6.7. Conservação de comprimento – esta prova é somente 
administrada somente quando o sujeito atingiu a conservação das 
equivalências numéricas, pois ela estuda a capacidade dos mesmos a respeito 
da transposição ou reconstrução deste conhecimento ao nível da conservação 
de um contínuo unidimensional – o comprimento e a largura. 
7. Provas do pensamento formal ou Hipotético dedutivo – são as 
provas de combinatórias entre os elementos, que possibilitam perceber se o 
sujeito alcançou o nível de pensamento formal, apesar do material ser 
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concreto,a formulação do pensamento exige um sistema de lógica 
proporcional. 
 
Aplicação das provas 
As provas consistem de uma situação experimental elaborada mas a 
técnica utilizada para as provas é basicamente igual a todas. Consta em se 
interrogar o avaliado frente aos fenômenos observáveis e/ou manipuláveis a 
partir dos quais se leva o sujeito a raciocinar. Variam somente segundo a 
natureza lógica dos problemas ou de fenômenos físicos. 
 
Quadro de seleção de provas conforme a idade 
Até 6 anos Provas de conservação: de pequenos conjuntos discretos de elementos da 
quantidade de líquido 
Provas de classificação: de mudanças de critério ou dicotomia 
Provas de seriação 
6 e7 anos Provas de conservação: de pequenos conjuntos discretos de elementos da 
quantidade de líquido, da quantidade de matéria, da composição da 
quantidade de líquido; 
Provas de classificação: de mudanças de critério ou dicotomia, interseção 
de classes ou qualificação da inclusão de classes. 
Provas de seriação 
8 e 9 anos Provas de conservação: da largura, de peso, do volume. 
Provas de classificação: interseção de classes ou qualificação da inclusão 
de classes 
Provas de seriação 
10 a 12 anos Provas de conservação: da quantidade de matéria, da largura, da 
composição da quantidade de líquido, de peso 
Provas de classificação: interseção de classes ou qualificação da inclusão 
de classes 
 
12 anos ou 
mais 
No caso de se obter êxito na prova de conservação de volume, administra-se 
as provas para o pensamento formal. 
 
 ANEXO 3 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), 
Alfabetizadora (UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos 
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NOME:______________________________________DATA____________IDADE CRONOLÓGICA____________ 
 
 
 NÃO CONSERVAÇÃO CONDUTA 
INTERMEDIÁRIA 
CONSERVAÇÃO NÍVEL 
CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADE 4-5 ANOS 5-7 ANOS A PARTIR 7 ANOS 
CLASSIFICAÇÃO 4-5 ANOS 5-6 ANOS A PARTIR 6 ANOS 
SERIAÇÃO 3-4 ANOS 6 ANOS (Tateamento) A PARTIR 6-7 ANOS 
INCLUSÃO DE CLASSES 5-6 ANOS 6-7 ANOS 7-8 ANOS 
TRANSVAZAMENTO DE LÍQUIDOS 5-6 ANOS 6-7 ANOS A PARTIR 7 ANOS 
COMPOSIÇÃO QUANT LÍQUIDOS 5-6ANOS 6-7 ANOS A PARTIR 7 ANOS 
CONSERVAÇÃO QUANT MATÉRIA 5-6 ANOS 6-7 ANOS A PARTIR 7 ANOS 
CONSERVAÇÃO DE SUPERFÍCIE 5-6 ANOS 6-7 ANOS A PARTIR 7 ANOS 
CONSERVAÇÃO DE PESO 6-7 ANOS 8 ANOS A PARTIR 8-9 ANOS 
CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO 6-7 ANOS 7-8 ANOS A PARTIR 8 ANOS 
INTERSEÇÃO DE CLASSE 4-5 ANOS 6 ANOS 7-8 ANOS 
CONSERVAÇÃO DE VOLUME 7-8 ANOS 9-10 ANOS 11-12 ANOS 
COMPOSIÇÃO DE PESOS 7-8 ANOS 9 ANOS 10-12 ANOS 
COMBINAÇÃO DE FICHAS 
 
PERMUTAÇÃO DE FICHAS 
 
 
NÍVEIS: Pré-Operatório -intuitivo Global 
 -Intuitivo articulado 
 Operatório Concreto 
 Hipotético Dedutivo ou Formal 
 
NÍVEL GERAL:_________________________ 
TÉCNICAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS 
Baseadas na teoria de Jorge Visca e Alícia Fernandez 
As técnicas projetivas psicopedagógicas têm o objetivo de investigar a rede de 
vínculos que o sujeito possui em três domínios: o escolar, o familiar e consigo mesmo. 
Em cada um destes domínios, guardando as diferenças individuais, é possível 
reconhecer três níveis em relação ao grau de consciência dos distintos aspectos que 
constituem o vínculo da aprendizagem. 
Em seguida apresentaremos um quadro onde se reproduzem os diversos 
domínios com suas correspondentes técnicas projetivas e os objetivos de cada uma: 
DOMÍNIO PROVA INVESTIGAÇÃO IDADE 
 
Escolar 
Par educativo 
Eu e meus 
companheiros 
Planta da Sala de Aula 
Vínculo com aprendizagem 
Vínculo com os componentes da classe 
A representação do campo geográfico da sala de 
aula e a desejada 
6-7 anos 
7-8 anos 
8-9 anos 
 
Familiar 
Planta da Casa 
Os quatro momentos 
do dia 
Família educativa 
A planta da casa onde habita, sua representação 
real e desejada 
Os vínculos ao longo do dia 
O vínculo da aprendizagem com o grupo familiar 
e cada um dos integrantes da mesma 
8-9 anos 
 
6-7 anos 
6-7 anos 
 
 
Consigo 
Mesmo 
O desenho em 
episódios 
O dia de meu 
aniversário 
Desenho de minhas 
férias 
Fazendo o que mais 
gosto 
A delimitação da permanência da identidade 
psíquica em função dos afetos 
A representação que se tem de si e do contexto 
físico sociodinâmico em um momento de 
transição de uma idade para outra 
As atividades escolhidas durante o período de 
férias escolares 
O tipo de atividade que mais gosta 
4 anos 
 
6-7 anos 
 
6-7 anos 
 
6-7 anos 
 
Advertências Necessárias 
 
1. A interpretação de cada uma das provas projetivas devem ser feitas em 
função do sujeito em particular e em função do total de informações que se obteve; 
2. O total de técnicas aqui expostas não significa a necessidade de que se 
utilizem todas. É adequado usar somente aquelas que se consideram necessárias em 
função das hipóteses que se aja formuladas, podendo significar que: 
a. Que se aplique somente uma prova; 
b. Que se aplique provas de alguns domínios; 
c. Que se aplique todas as provas de um único domínio; 
d. Que se apliquem todas as provas, coisa que não é muito comum. 
3. Certos indicadores de uma técnica sesuperpõem com os de outra; 
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4. Os critérios para interpretação sugeridos para cada prova, devem somar-se 
aos critérios gerais para a interpretação das provas projetivas; 
5. Os indicadores e significados encontrados não implicam numa questão 
fechada ou sem lugar para dúvidas, cada especialista pode realizar novas descobertas, 
ampliando os aspectos de indicadores e significados; 
 
Fonte: Visca. Jorge – Técnicas Projetivas Psicopedagógicas – 1994 – Buenos Aires, Argentina 
 
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ANÁLISE DAS PROVAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS 
PAR EDUCATIVO 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
Tamanho total Muito grande ou muito pequeno Vínculo negativo com a aprendizagem 
 Dimensão razoável Relação equilibrada. Vínculo positivo e 
negativo estão equilibrados 
Tamanho dos personagens Pequeno Desvalorização 
 Grande Supervalorização (persecutório) 
Tamanho dos objetos Muito pequeno Depósito de projeções negativas 
 Muito grande Cisão de quem aprende e quem ensina 
Posições Frente a frente Bom vínculo com a aprendizagem 
 Lado a lado Regular vínculo com a aprendizagem 
 Docente de costas para a turma O aluno sente-se rechaçado pelo docente 
 O aluno de costas para o docente O aluno rechaça o docente 
Distância entre os personagens 
e o objeto da aprendizagem 
Grande distância Não comprometimento com o conteúdo e 
transmissão de conhecimentos 
 Mínima distância Supervalorização de conhecimentos sobre o 
ato de transmissão 
 Distância adequada Quem ensina usa os conteúdos como 
instrumento para ensinar e aprender 
Perspectiva Com perspectiva Vínculo maduro do ponto de vista afetivo, 
cognitivo e social 
Âmbito onde se dá a cena Escolar Centração na aprendizagem sistemática, 
pode ser positivo ou negativo 
 Extra-escolar Melhor vínculo com aprendizagem 
assistemática 
Características corporais Só cabeças Supervalorização do intelectual que pode 
ser persecutório 
 Corpo do docente inacabado Agressão oculta a quem ensina 
 Simplificação dos personagens Quando não há dificuldades em desenhar, 
significa uma desvalorização do vínculo de 
aprendizagem com o docente 
Título do desenho Nega o vínculo com a 
aprendizagem 
 
 Resume as características do 
vínculo 
 
Relato Também é uma projeção onde se pode analisar o vínculo estabelecido 
através: 
- do conteúdo mesmo; 
- sua correspondência com o desenho; 
- sua relação com o título 
obs: tanto no relato quanto no título podemos observar os mecanismos de 
dissociação, negação e repressão 
 
 
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EU COM MEUS COMPANHEIROS 
INDICADORES CARACTERÍSITCAS SIGNIFICADOS 
Tamanho total Grande Bom vínculo com colegas e com a 
aprendizagem 
 Pequeno Vínculo negativo 
Tamanho do 
personagem principal 
Grande Liderança ou incapacidade para 
descentrar-se 
 Pequeno Submissão e sentimento de ser 
vítima do grupo 
 Igual Relação igualitária: aceita e é 
aceito 
Posição Lado a lado Comunicação superficial 
 Concêntrica (centralizado) Comunicação profunda: reflexiva e 
sensível 
Inclusão de docente Inclusão Relação deficitária com os 
colegas: dependência. Grande 
afeto pelo docente 
Relato ou comentário 
sobre colegas 
Observar se há contradições entre o que 
diz e o desenho. Comentários gerais dão 
uma visão do conjunto, que indica como o 
entrevistado está inserido no grupo ou 
deseja estar. Comentários pessoais 
revelam os subvínculos com cada 
membro do grupo 
 
 
PLANO DE SALA DE AULA 
INDICADORES CARACTE
RÍSTICAS 
SIGNIFICADOS 
Tamanho da sala Pequeno Restrição , que se apresenta como uma inibição 
 Muito grande Descontrole, falta de limites adequados 
Disposição Tradicional Respostas rígidas ou ordenadas 
Localização quando é uma 
escola do entrevistado 
Em frente Bom vínculo com o docente e/ou com aprendizagem 
é negativo 
 No fundo O vínculo com o docente e/ou aprendizagem é 
negativo 
 Na lateral O vínculo com o docente e/ou aprendizagem é 
negativo 
 No centro Vínculo positivo com a aprendizagem e com os 
colegas e vínculo positivo ou negativo com o docente 
 Não se localiza na sala Vínculo negativo com o espaço geográfico 
Perspectiva Constante Geralmente aprende bem 
 Inconstante Tendência a automatização de conhecimentos e 
quadros de ansiedade frente a novas aprendizagens 
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FAMÍLIA EDUCATIVA 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
Frente ao Processo O vínculo com a aprendizagem não é nem demasiado 
positivo ou negativo. O grupo familiar não é um referencial 
muito adequado. 
Em Meio ao Processo O entrevistado sente que o grupo serve de referência 
para desenvolver e integrar meios de aprendizagem 
 
Posição dos 
Personagens 
Fora do Processo Á carência de modelos significativos de identificação 
 
PLANO DE MINHA CASA 
INDICADORES CARACTERÍSITCAS SIGNIFICADOS 
Desenho pequeno Inibição para o uso do espaço, diminuição do 
uso potencial emocional com que investe as 
situações e objetivos com que aprende 
Desenho que ocupa a folha toda Expansão egótica e uma aprendizagem 
positiva, desde que não haja um descontrole 
motor 
Tamanho do plano 
da casa 
Desenha usando mais de uma 
folha 
Descontrole, falta de antecipação e vínculo 
negativo ou instável com a aprendizagem em 
geral e ao estudo sistemático em particular 
Desenhar pessoas Incluir pessoas neste desenho pode ter significados diversos e contraditórios de 
aceitação ou rechaço 
As aberturas Representadas, esquecidas, transladas e objetivas encontram-se ligadas 
diretamente aos canais de comunicação imaginários ou reais. 
Ponto de vista Interno Sente-se incluído no contexto familiar e sente 
que o mesmo é um continente adequado 
 
Externo Sente-se estranho e admira a casa 
Espaços 
representados 
Interior da casa Privilegia-se a aprendizagem formal de tipo 
intelectual 
 
Horta, galinheiro, jardim, parque 
e espaços abertos 
Valorização da aprendizagem vinculada ao 
corpo e a natureza 
Comentários sobre 
o dormitório 
Detectar as tentativas realizadas ou não para mudar a habitação e o grau de 
aceitação e resistência que o meio lhe oferecer. 
Os comentários podem revelar aceitação, rechaço, indiferença ou objetividade 
Escolha do 
dormitório 
A maneira como e por quem foi escolhido possui grande importância a partir dos 
8 ou 10 anos 
O lugar de estudo Revela o vínculo com a aprendizagem que se estabelece nas situações e os 
estilos de aprendizagem que se pode estruturar 
Lugar de reunião 
familiar 
Onde, quem, com, por que e quando se reúnem são perguntas que revelam os 
modelos familiares da aprendizagem 
 
 
 
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OS QUATRO MOMENTOS DE UM DIA 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
Adequação a 
consigna 
Desenho adequado a 
consigna 
Capacidade de adaptação às 
exigências externas e tolerância a 
frustração 
Eleiçãoautomática Vida monótona e sem criatividade 
Eleição em função da carga 
afetiva positiva 
Dinamismo, criatividade e uso 
instrumental e enriquecedor do tempo. 
 
 
Os momentos 
escolhidos Eleição em função da carga 
afetiva negativa 
Apatia, solidão e deposição de 
impulsos agressivos manifestos ou 
latentes. 
Atividade 
realizada 
Indica os gostos do sujeito e imposições externas, as aspirações e 
frustrações, as identificações e o potencial de organização que 
possui. 
As pessoas Modelo de Identificação. Modelos de aprendizagem familiar, que 
pode ser compacto ou diversificado. 
O campo 
geográfico da 
cena 
Na casa (parcial ou totalmente) 
em dependência adequada ou 
não, realizando atividades de 
acordo ou desacordo com o 
lugar. 
Indicam o estilo de vínculo, a 
adequação e a flexibilidade 
destes. 
Os objetivos do 
ambiente 
Indica como se encontra povoado o mundo interno do sujeito e revela 
a realidade objetiva quanto aos ambientes físicos: desprovido, 
sobrecarregado, ordenado, confuso ou indiscriminado. 
Os detalhes do 
desenho 
O tipo de traços, proporções, posições, retoques, detalhes, 
estereotipias, mobilidade, etc 
Seqüência 
espacial 
Seqüência A, B, C, D Principio da realidade e da capacidade de 
acomodação, aprendizagem realista. 
Com seqüência lógica Uso ordenado do tempo, alta tolerância a 
frustração. 
 
Seqüência 
temporal Sem seqüência lógica Impulsividade, uso desordenado do tempo e 
baixa tolerância a frustração. Aprendizagem 
inconstante. 
Seqüência do relato em 
concordância com a espacial 
Reforça os aspectos assinalados na seqüência espacial 
Seqüência do relato em 
concordância com a temporal 
Reforça os aspectos assinalados na seqüência temporal 
Seqüência do relato em 
concordância com as 
seqüências espacial e temporal 
Severa desorganização temporo e conseqüentemente 
severas dificuldades de aprendizagem. 
 
 
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DESENHOS EM EPISÓDIOS 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
 
Tempo e espaço 
Pode ser observado através da transformação ou não de objetos 
animados (árvores, flores) de estados de tempo (sol nuvens, 
chuva) das estações (primavera, verão, inverno) 
O tema Pode ser único, com critério estável ou não. 
Os afetos Simples ou complexos 
Elementos relacionais 
ou sociais 
Adequadamente elaborados ou não em termos de comunicação 
e movimento 
 
FAZENDO O QUE MAIS GOSTA 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
Indecisão na hora 
do tema. Desenhar, 
apagar ou mudar de 
tema 
Pode indicar problema entre o desejo do sujeito e uma forte 
proibição do meio ou contradições entre distintos interesses não 
adequadamente discriminados ou hierarquizados. Indecisão na 
eleição do tema 
Apagar objetos sem 
mudar de tema 
Indica a consolidação de uma eleição e uma marcada tendência ao 
perfeccionismo. 
Coerência no relato é produto de maior influência de censura sobre 
o domínio verbal que sobre a produção gráfica 
Coerência entre o relato e o desenho revela os conflitos sujeito-
realidade e do sujeito consigo mesmo 
 
 
Relato 
Contexto espacial e temporal onde ocorre pode significar a 
realização possível 
 
NAS MINHAS FÉRIAS 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
Adequação Vínculo positivo, flexível com a capacidade 
de acomodação. Flexível 
Adequação ou não 
a consigna 
Não adequação Vínculo negativo, rígido, com 
predominância da assimilação e pouca 
criatividade. 
Atividade 
representada 
Depositarão os desejos mais íntimos e das capacidades que se 
deseja desenvolver 
Continua fazendo o mesmo Por que gosta muito do que faz, por que não 
sabe fazer algo diferente (falta de 
criatividade) ou representa predomínio da 
assimilação. 
 
 
Desenhos 
Realiza algo totalmente 
distinto 
Criatividade, flexibilidade, tendência a 
acomodação e capacidade de aprendizagem. 
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Leva acabo uma atividade Capacidade de aprendizagem criadora 
DIA DO MEU ANIVERSÁRIO 
INDICADORES CARACTERÍSTICAS SIGNIFICADOS 
Muito grande ou muito pequeno Vinculo negativo com a 
aprendizagem 
Tamanho total 
Tamanho razoavelmente dimensionado Relação equilibrada. Vínculos 
positivos e negativos estão 
equilibrados. 
Pequeno Desvalorização Tamanho dos 
personagens Grande Supervalorização 
De frente Vínculo positivo Posições 
De constas Vínculo negativo 
Própria casa Atitude realista 
Lugar público Posição de abertura as 
aprendizagens 
Fora do contexto real possível Pode sugerir uma capacidade 
criadora ou um mundo 
imaginário do impossível, 
compensador de sentimentos 
de frustrações com baixa 
tolerância e uma 
predominância do princípio do 
prazer sobre o da realidade. 
A idade do personagem que faz aniversário comparada com a idade do 
entrevistado diz respeito a aceitação do mesmo neste momento da vida. Se for 
menor pode significar desejo de não crescer e não aprender. Se for igual indica 
aceitação e uma tolerância a aprendizagem. Quando é maior regularmente 
indica alto nível de aspiração. 
A caracterização dos demais personagens determina aceitação ou rechaço 
Espaço 
geográfico 
As contradições entre o desenho e o relato revelam o grau de coerência ou 
não dos aspectos em conflito que implicam ou não perturbações nos vínculos 
que o entrevistado estabelece consigo mesmo. 
Rodeado de pessoas Possui um mundo interno rodeado de identificações 
múltiplas que indicam uma adequada capacidade de 
aprendizagem em termos qualitativos e quantitativos 
Sozinho Aprendizagem predominante assimilativa, dificuldade 
de descentração do pensamento. 
Posição Frente a frente sugere identificação introjetiva 
positiva. Todas as outras indicam introjetivas 
negativas 
Indicadores 
geográficos 
Presentes recebidos Os mesmo representam objetos desejados 
 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), Alfabetizadora 
(UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos salete_anderle@hotmail.com fone 54 
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EXAME MOTOR 
 
1. Coordenação Fixa 
Diadococinesia - (Marionetes) 
Coloca-se diante da criança com os braços dobrados na altura dos cotovelos, 
lateralmente, e balanças as mãos de um lado para outro. 
Pedir a criança que observe execute os mesmos movimentos que o 
profissional fizer (primeiro com uma e depois com as duas mãos). 
 
Pianotages – (contar nos dedos) 
Com os braços dobrados lateralmente na altura dos cotovelos, encostar 
suavemente a ponta de cada dedo na ponta do polegar. 
Pedir para a criança executar o mesmo movimento utilizando apenas uma e 
depois a outra mão. 
 
Cópia 
Colocar a folha na horizontal, lápis colorido. Pedir para que a criança pegue o 
lápis e copie o que está vendo. 
 
2. Coordenação Global 
a. Andar – andar pela sala livremente 
b. Correr – correr numa determinada direção 
c. Pegar e arremessar a bola com as duas mãos e depois com uma e com a 
outra mão. 
 
3. Equilíbrio Dinâmico 
a. Andar em uma linha reta 
b. Andar em uma linha curva 
c. Andar com um pé na frente do outro 
 
4. Equilíbrio Estático 
a. Ficar parado com os pés e os braços ao longo do corpo de olhos fechados 
(10 segundos). 
b. Ficar num pé só (perna dobrada na altura do joelho para traz, permanecer 
por 10 segundos). Repetir com o outro pé. 
 
 
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5. Dissociação 
- Abrir e fechar as mãos juntas 
A criança sentada com as mãos sobre a mesa faz o movimento com a “E” e 
“D”. 
- Abrir e fechar as mãos alternadamente. 
- Dissociação entre mão D e mão E: a criança bate as duas mãos sobre a 
mesa e depois só a direita, novamente as duas e depois só a esquerda. 
- Dissociação entre mãos e pés: bater um pé e bater palmas, bater o outro e 
bater palmas. 
 
6. Lateralidade 
- Qual a sua mão direita? 
- Qual a sua mão esquerda? 
- Qual seu pé direito? 
- Qual seu pé esquerdo? 
- Qual seu olho direito? 
- Qual minha mão esquerda? 
- Qual minha mão direita? 
Coloque a: 
- Mão E no olho D 
- Mão D no olho E 
- Mão E na orelha D 
- Mão D na orelha E 
- Mão E no olho E 
- Mão D no olho D 
Predominância lateral 
Dominância da mão 
- Atirar a bola 
- Pregar um prego 
- Escovar os dentes 
- Pentear-se 
- Girar o trinco da porta 
- Escrever 
Dominância do olho 
- Telescópio (tubo de cartolina) 
- Rifle 
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Dominância dos pés 
- Chutar a bola 
- Jogo de amarelinha 
 
7. Esquema Corporal 
Pedir que a criança reconheça as partes do corpo em si e no examinador. Se a 
criança tiver mais de 6 anos solicitar mais detalhadamente. 
 
8. Orientação Espacial 
Pesquisar com a criança noções de espaço 
- O que tem acima de você? 
- O que tem abaixo de você? 
- O que tem a sua frente? 
- O que tem atrás de você? 
- De que lado seu está o objeto? 
Relação perto – longe 
- O que tem perto de você aqui na sala? 
- O que tem longe de você aqui na sala? 
- Você mora perto ou longe da cidade? 
- A clínica é perto ou longe da sua casa? 
- Qual das duas (casa ou clínica) é mais perto da cidade? 
 
9. Orientação Temporal 
Noção de velocidade 
- Pedir para a criança andar devagar 
- Pedir para a criança andar bem depressa 
- Pedir para a criança andar de pressa e você faz o mesmo percurso a 
passos lentos e pergunta quem chegou primeiro e por que? 
- O que anda mais depressa: o coelho ou a tartaruga? 
- Como você chega primeiro em um lugar, correndo ou pulando? 
 
Noção de tempo 
- O que você estava fazendo antes de vir aqui? 
- Qual o exercício que você fez antes deste? 
- Para você entrar numa sala em que a porta está fechada, o que você 
precisa fazer? 
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- O que você fez depois que entramos aqui? 
- O que você faz depois que põe o pijama? 
- O que você faz antes do almoço? 
- O que você faz depois do almoço? 
 
10. Ritmo 
- Pedir à criança que bata com o lápis sobre a mesa no ritmo dela 
- Pedir à criança que bata com o lápis na mesa em um ritmo lento e depois 
mais rápido. 
- Pedir a criança que escute bem e faça como o examinador. Suspender 
após quatro estruturas erradas. (colocar um anteparo para que a criança não veja o lápis 
enquanto bate). 
- Ensaio 00 
0 0 
1 000 
2 00 00 
3 0 00 
4 0 0 0 
5 0000 
6 0 000 
7 00 0 0 
8 0 0 0 0 
 
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NOME:_________________________________________________________________________________________ 
DATA:____/____/______ EXAMINADOR:______________________________________________________________ 
PSICOMOTRICIDADE - CONDUTAS OBSERVADAS OBSERVAÇÃO 
Diacocinesia 
Pianotagem 
Coordenação 
fina 
Cópia 
Andar livremente 
Pegar com as duas mãos 
Coordenação 
global 
Arremessar com uma das mãos 
Trocar e jogar a bola 
Andar em linha reta 
Andar em linha curva 
 
Equilíbrio 
dinâmico 
Andar com um pé na frente do outro 
Ficar parado em pé 
Manter-se em um pé 
Equilíbrio 
estático 
Manter-se no outro pé 
Abrir e fechar as mãos juntas 
Abrir e fechar as mãos alternadas 
Dissociação entre mão D e E 
 
Dissociação 
Dissociação entre mãos e pés 
Simples em si 
Simples em outro 
 
Lateralidade 
Imitar gestos 
Olhos 
Pés 
Predominância 
lateral 
Mãos 
Denominação em si Esquema 
corporal Denominação o outro 
A 
B 
C 
D 
 
 
Posição no espaço 
E 
A 
B 
C 
D 
E 
 
 
 
 
Orientação 
espacial 
 
 
Relação perto longe 
F 
A 
B 
C 
D 
E 
 
 
Noção de velocidade 
F 
A 
B 
C 
D 
E 
F 
 
 
 
 
 
Orientação 
temporal 
 
 
 
Noção de tempo 
G 
Próprio ritmo da criança A 
Ritmo lento e rápido B 
 
Ritmo 
Imitar batidas do examinador C 1 2 3 4 5 6 7 8 
 
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O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA REALIZADO 
PELA CRIANÇA 
 
A escrita, como sistema semiótico, usada para representar de forma gráfica a 
linguagem verbal, foi construída pela humanidade durante milhares de anos. 
Para pessoas já alfabetizadas, parece fácil a compreensão de uma palavra, 
cada sinal gráfico corresponde a um som na mesma. Porém, esta compreensão 
alfabética da escrita não foi a primeira que surgiu na sua construção social (Rego, 1983). 
O homem, na busca de uma comunicação mais duradoura, encontrou formas 
de se comunicar graficamente. 
Uma das formas de registro, mais antigas, encontradas na história escrita é a 
Pictografia. 
A pictografia é uma forma gráfica que não se refere diretamente à linguagem 
verbal. São desenhos figurativos usados como linguagem comunicativa (espécie de 
desenhos que representam objetos). 
Na evolução de sua história, a escrita passou a ser utilizada como 
representação de idéias. Esta fase foi denominada Ideografia. 
Como o nome está dizendo, ideogramas não são apenas as idéias de objetos 
representados, são mais abstratos. 
O homem, nesta etapa passa a lançar mão da arbitrariedade e passa a 
representar graficamente substantivos abstratos que na fase anterior era impossível. Ex: 
os chineses representam a cor vermelha, com o desenho de uma rosa, uma cereja e um 
flamingo. 
Nesta fase ideográfica, apesar do aprimoramento, a representação gráfica 
ainda não tinha relação com o som das palavras. 
A evolução da escrita, depois deste momento, chega a representação da 
linguagem verbal articulada. Esta etapa foi denominada Logografia. 
Rego (1983), considera a logografia como um grande passo para a história 
escrita, pois nela surgem as representações dos aspectos sonoras da palavra. Apesar de 
serem utilizados desenhos figurativos, eles não tinham a finalidade de representar o 
objeto em si e nem uma idéia, seu objetivo era combinar dois pictogramas com o 
propósito de representar dois ou mais segmentos sonoros de uma palavra. Esta 
representação não exigia uma correspondência som - símbolo. Um desenho ou um sinal 
podia representar um ou mais sons de uma palavra. 
Desta forma tornou-se possível representar graficamente outras palavras além 
dos substantivos. 
A logografia surgiu na impossibilidade prática de uma representação icônica 
generalizada. 
Esta preocupação de representar aspectos sonoros da palavra deu margem ao 
aparecimento da fonografia, que tem como característica principal a representação da 
palavra em uma seqüência fônica, fazendocorresponder para cada sílaba fonética, um 
grafema diferente, dando origem aos silábicos. 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), Alfabetizadora 
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Os sistemas silábicos exigem um grande número de grafemas, tornando pouco 
prática sua aplicação. 
A grande inovação da escrita silábica é que se baseia numa análise da palavra 
enquanto forma lingüística, ou seja, seqüência de sons, desmembrando-a em sílabas, 
que são unidades sonoras e não necessariamente unidades de significado. 
Reduzindo de forma significativa os sinais a serem utilizados na escrita, surge 
a escrita Alfabética, na qual as letras constituem a representação de unidades mínimas 
das palavras, que são as formas. 
Este sistema de escrita proporcionou o aparecimento das leis de combinação, 
possibilitando, com poucos signos, representar todas as palavras utilizadas na linguagem 
verbal. 
Esta pequena revisão histórica permite que se afirme que a linguagem escrita é 
fruto de uma construção do homem, calçada nas necessidades de comunicação e 
perpetuação desta linguagem. 
Emilia Ferreiro, Doutora da Universidade de Genebra, onde foi orientada e 
colaboradora de Jean Piaget, desenvolveu várias pesquisas sobre a comunicação da 
língua escrita em crianças, levando como hipótese inicial a lei de biogenética de Herckel: 
a ontogênese repete a filogênese, ou seja, o desenvolvimento do ser repete o 
desenvolvimento da espécie. 
A criança, segundo a autora, constrói a linguagem escrita, passando em seu 
desenvolvimento pelas mesmas seqüências e etapas que a humanidade passou para 
chegar ao sistema de escrita alfabética. Muito embora tenha constatado na análise de 
produção escrita que algumas crianças saltem etapas, observou-se também que uma 
etapa posterior nunca aparece antes de outra mais primitiva. 
Etapas da História Escrita Processo Construído pela Criança 
1. Etapa Pictográfica – desenho do objeto 
de forma livre, não havia convenção 
Desenhando o objeto a criança inicia sua 
construção gráfica representativa 
1. Etapa Ideográfica – desenho da idéia, 
inicia da convenção 
Distingue a diferença entre o desenho e a 
letra e faz sua 1ª descoberta – a convenção 
2. Etapa Logográfica – desenho do som, 
início da fonética 
Descobre que a palavra é o desenho do 
som e não do objeto 
3. Fase Silábica – desenho arbitrário do 
som, onde cada sinal gráfico corresponde a 
um som 
Faz a hipótese silábica, descobre a 
correspondência som – sinal gráfico 
4. Fase Alfabética – redução de sinais. 
Surgimento das leis de combinação. 
Correspondência fonema – grafema. 
A criança faz sua mais importante 
descoberta – as leis da combinação 
 
Anderle, Salete Santos, Psicopedagoga- Clínica, Institucional Pedagoga (UCS/RS), Alfabetizadora 
(UCS/RS) Mestrado em Psicopedagogia UNISUL/SC contatos salete_anderle@hotmail.com fone 54 
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Nível Categoria Subcategorias 
A – Grafismos primitivos, 
escritas unificadas ou sem 
controle de qualidade 
1. Grafismo primitivo 
2. Escritas unigráficas 
3. Escritas sem controle de qualidade 
B – Escritas Fixas 1.Escritas fixas – com predomínio de grafias 
convencionais 
C – Escritas diferenciadas (com 
predomínio de grafias 
convencionais) 
1. Seqüência de repertório fixo com quantidade 
variável; 
2. Quantidade constante com repertório fixo parcial 
3. Quantidade variável com repertório parcial 
4. Quantidade constante com repertório de posição 
variável 
5. quantidade variável com repertório variável 
1 
Pré 
silábico 
D – Escrita diferenciada com 
valor sonoro inicial 
Quantidade e repertório variáveis e presença de 
valor sonoro inicial. 
A – Escritas silábicas iniciais 1. Escritas silábicas iniciais, sem o predomínio do 
valor sonoro convencional 
2. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro 
convencional sem correspondência sonora 
3. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro em 
escritas e correspondência sonora 
B – Escritas silábicas com 
marcada exigência de qualidade 
1. Escrita silábica com marcada exigência de 
quantidades e sem predomínio do valor sonoro 
convencional. 
2. Escrita silábica com marcada exigência de 
qualidade e predomínio do valor sonoro 
convencional 
2 
Silábico 
C - Escritas silábicas escritas 1. Escritas escritas, sem predomínio do valor 
sonoro convencional 
2. Escritas silábicas com predomínio do valor 
sonoro convencional 
3 
Silábico 
Alfabético 
Escritas Silábico-alfabéticas 1. Escrita Silábico-alfabética sem predomínio de 
valores sonoros convencionais 
2. Escrita Silábico-alfabética com predomínio de 
valores sonoros convencionais 
4 
Alfabético 
Escritas Alfabéticas 1. Escritas alfabéticas em predomínio do valor 
sonoro convencional 
2. Escrita alfabética com falhas na utilização dos 
valores sonoros convencionais 
3. escritas alfabéticas com valor sonoro 
convencional 
 
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1. NÍVEL PRÉ-SILÁBICO 
Neste nível as escritas são alheias à busca de correspondência entre grafias e 
sons. 
A construção gráfica de um significado está determinada por outro tipo de 
considerações, como no caso da Pictografia e da Ideografia nas etapas da evolução 
escrita. 
 
Grafismos primitivos, escritas unigráficas ou sem controle de qualidade 
As escritas que não são formadas por grafias convencionais (letras e 
números); as que só se constituem de um elemento (convencional ou não); e aquelas em 
que não há limites a não ser as condições materiais para controlar a quantidade dos 
elementos da escrita, foram classificadas nesta categoria. 
1. Nesta 1ª sub-categoria, denominada por Emilia Ferrero por Grafismo 
Primitivo, predominam as garatujas ou peseudo-letras. Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
Obs: cada linha representa uma palavra ou frase. 
 
2. A escrita unigráfica caracteriza-se por utilizar só uma grafia para cada 
palavra ou frase a representar 
- A quantidade é constante 
- O repertório pode ser fixo (utilizado na mesma grafia) 
- O repertório pode ser variável 
 
 
 
 
 
 
 
1. 
 
 
2. 
 
 
3. 
1. 
 
 
2. 
 
 
3. 
 
O gato bebe leite Cavalo Borboleta 
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3. A escrita sem controle de quantidade é determinada pela observação que é 
o limite do papel que controla a quantidade de sinais a serem utilizados 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escritas fixas 
Estas escritas se utilizam grafias convencionais (na sua totalidade ou com 
pouquíssimas exceções) e pelo controle de qualidade desta grafia (não usa uma só letra, 
nem um número indeterminado). Não apresenta a exigência de diferenciar os sinais ao 
representar nomes diferentes. Tudo é escrito da mesma maneira. 
- Na escrita fixa: a mesma série de letras, na mesma ordem, serve para 
representar diferentes nomes. A criança nesta sub-categoria já adquiriu grafias 
convencionais mas não usa para reproduzir diferenças objetivas em sua escrita. 
 
 
 
 
 
Escritas Diferenciadas 
Esta forma de escrita se utiliza predominantemente de grafias convencionais, 
utiliza o controle de qualidade e se preocupa em produzir diferenciações intencionais, 
muito embora não existe a compreensão de critérios de correspondência sonora. 
1. Seqüência de repertório fixo com quantidade variada: as grafias utilizadasaparecem sempre na mesma ordem, porém a escrita possui diferentes quantidades de 
grafias, o que determina a diferenciação entre os nomes a serem representados. 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
2. Quantidade constante com repertório fixo: esta escrita mantém uma mesma 
quantidade de elementos gráficos, porém uma mesma grafia é mantida no início, no final 
ou no meio da representação, servindo as demais para diferenciar. Exemplos: 
 
A O 8 – Mariposa 
 
A O 8 – Mar 
 
A O 8 - Cavalo 
Angeival – Gato 
 
Angeival – Mariposa 
 
Angeival – O gato bebe leite 
J S I E V I E T N G – O gato bebeu leite 
 
J S T G – gato 
 
J S I G V - borboleta 
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3. Quantidade variável com repertório fixo parcial: como na subcategoria 
anterior, aparecem constantemente algumas grafias, na mesma ordem e no mesmo lugar 
e outras grafias de formas diferentes, em ordens diferentes de uma representação para 
outra. A diferença está na quantidade de grafias, que não é sempre a mesma. Isso indica 
um elemento a mais para diferenciação. Exemplo: 
 
 
 
 
 
4. Quantidade constante com repertório e posição variável: nestes casos a 
quantidade de grafia se mantém em todas as representações, porém se usam recursos 
de diferenciação qualitativa: trocam-se as letras ao passar de uma escrita para outra, ou 
troca-se a ordem das letras. Exemplo: 
 
 
 
 
 
5. Quantidade variável e repertório variável: estas escritas expressam a 
máxima diferenciação controlada que permite o nível pré-silábico: variar a quantidade e o 
repertório para diferenciar uma escrita da outra. 
As variações na quantidade de grafia podem ter relação com o tamanho do 
objeto que se representa. Exemplos: 
 
 
 
 
Escritas diferenciadas com valor sonoro inicial 
As diferenciações entre escritas se representam plenamente desenvolvidas 
nesta categoria, com o acréscimo de um dado importante: a presença de letra com 
correspondência sonora (uma só letra, quase sempre a primeira). 
 
- Gato 
- Borboleta 
- O gato bebe leite 
E O I R I I 8 a – gato 
E a R i i – borboleta 
E r i i 2 o 8 – cavalo 
E R V I – o gato bebe leite 
O C A – gato 
J E P – borboleta 
F I - – cavalo 
E B T – o gato bebe leite 
O C A – gato 
J E P – borboleta 
F I - – cavalo 
E B T – o gato bebe leite 
A d i o n – gato 
C i d s – borboleta 
T c r o s m a e u l – cavalo 
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Esta categoria é uma zona intermediária entre a ausência de correspondência 
sonora (nível pré-silábico); por outro lado a letra que inicia a escrita não é fixa nem 
aleatória, mas tem relação com o valor sonoro da primeira sílaba da palavra (prenúncio 
do nível silábico). Além disso a quantidade e o repertório são variáveis. Exemplos: 
 
 
 
 
 
2. NÍVEL SILÁBICO 
Comparando com a evolução da escrita universal, este nível corresponde às 
etapas Logográficas e Fonográficas. 
Quando a criança compreende que as diferenças das representações escritas 
se relacionam com as diferenças sonoras da palavra, busca descobrir que tipo de recorte 
da palavra é aquele que corresponde com os elementos da palavra escrita. No nível 
silábico existe claramente esta tentativa de corresponder grafia e sílaba sonora 
(geralmente uma grafia para cada sílaba), o que não inclui problemas derivados de 
exigências de quantidade mínima de letras. 
 
Escritas silábicas iniciais 
Nesta categoria aparecem as primeiras tentativas de escrever designando a 
cada grafia um valor silábico. Como são as primeiras tentativas, o resultado muitas vezes 
é incompleto e coexistente com escritas que não correspondem com este princípio, e 
com exigência de quantidade mínima de grafias. 
1. Escritas silábicas iniciais sem predomínio do valor sonoro convencional: se 
trata da coexistência de escritas silábicas com escritas sem correspondência sonora, 
todas com ausência (completa ou quase total) do valor sonoro convencional. A presença 
dos tipos de escrita pode dever-se a coexistência de diversas hipóteses escritas. 
exemplos 
 
 
 
2. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro convencional em escritas sem 
correspondência sonora: a única diferença deste grupo em relação ao grupo anterior é 
que a escrita sem correspondência sonora tem um valor sonoro convencional inicial e as 
escritas com correspondência sonora não apresentam valores sonoros convencionais. 
Exemplos: 
 
 
 
 
Asohl – lápis 
Pals – pagamento 
Ialta – giz 
Sasa – sal 
Lapea – lápis 
Pepe – pagamento 
Gifi – giz 
Cici – Chile 
I hgo 
 
Lá pis 
I q s t 
 
Pa ga men to 
I e c 
 
Ce bo la 
Ondan salet 
 
 
O Gato toma leite 
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3. Escritas silábicas iniciais com valor sonoro convencional em escritas com 
correspondência sonora: nesta sub-categoria coexistem escritas com ou sem 
correspondência sonora, como na anterior, porém o valor sonoro convencional pode 
estar presente nas duas. Exemplos: 
 
 
 
 
Escritas silábicas com marcada exigência de quantidade 
Nesta categoria se agrupam as categorias construídas a partir de análises 
silábicas das palavras, mesmo que em alguns casos apareçam mais grafias que as 
exigidas por tais análises. 
Há o predomínio de uma exigência mínima de quantidade superior a 2. 
portanto são as escritas dos monossilábicos e dos dissilábicos as que mais apresentam 
dificuldades. Esta situação é tão conflitiva que para compensá-la as crianças se 
descontrolam a tal ponto que não se limitam a escrever com a mínima quantidade que os 
mesmos postulam como necessária, duvidando por vezes da correspondência silábica 
que tem demonstrado manejar perfeitamente em ausência deste conflito. Por isso se fala 
em uma marcada exigência de qualidade. 
1. Escritas silábicas com marcada exigência de qualidade e sem predomínio de 
valor sonoro convencional: as escritas que se apresentam aqui tendem a estabelecer 
uma correspondência sistemática entre quantidade de grafias e quantidade de sílabas da 
palavra que se escreve. Os monossílabos e dissílabos normalmente são escritos com 
número superior às suas sílabas, por se entender que com tão poucas sílabas não é 
possível representar a palavra. 
Não há predomínio do valor sonoro convencional neste grupo. Exemplos: 
 
 
 
2. Escritas silábicas escritas, com marcada exigência de quantidade e 
predomínio do valor sonoro convencional: a diferença com relação ao grupo anterior é o 
predomínio do valor sonoro convencional nas letras utilizadas.exemplos: 
 
 
 
Escritas silábicas escritas 
São aquelas em que predominam a hipótese silábica (correspondência entre 
quantidade de grafias na escrita e sílabas na palavra que se escreve). 
Esta correspondência se estabelece quase sempre destinando uma grafia para 
cada sílaba, as vezes duas. 
O conflito que aparece na categoria anterior é resolvido em favor da hipótese 
silábica e a criança pode escrever a palavra com um ou mais sinais gráficos. 
G o l o 
 
G a t o 
Aovlo 
 
cavalo 
L i o p 
 
Bor bo le ta 
A I O E 
Bor bo le ta 
EO OAT 
Ga to 
E O A 
Ce bo la 
O g o e p 
O ga to co me pão 
Anderle,

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