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Rota de Aprendizagem Storyboard NÍVEL Graduação EaD CURSO Núcleo Comum (GPI, Logística e Engenharia de Produção) DISCIPLINA Projeto e desenvolvimento de produto MÓDULO C1 2015 AULA 5 PROFESSOR Prof. Ricardo Lucena de Souza LIVRO Projeto de Produto: Planejamento, Desenvolvimento e Gestão DESIGNER EDUCACIONAL Giselle Pupo NÚMERO DE MÍDIA MT50031 Conversa Inicial Olá! Seja bem-vindo à quinta aula da disciplina Projeto e Desenvolvimento do Produto! Na aula de hoje iremos estudar quais devem ser as competências e estratégias que envolvem a chamada gestão de projetos. Pronto para começar os estudos? Vamos lá! Rota de Aprendizagem Storyboard Contextualizando Estudamos em nossas aulas anteriores, dentre outros assuntos, sobre projetos em relação a suas ferramentas, seus ciclos e como o gestor deve observar um projeto, inclusive os diferenciais básicos para projetos duradouros. O gestor deve definir seus recursos em relação a real necessidade, deve pensar em certificar seus produtos e ter uma metodologia de projeto. Para aplicar a metodologia é de suma importância que haja um escritório de projetos para retirar o máximo de resultados esperados, visando lançar um produto de confiabilidade reconhecida. Objetivos da Aula Proporcionar ao aluno o conhecimento base para que o mesmo possa: lembrar, entender, aplicar, analisar, sintetizar e classificar os seguintes temas: Áreas de conhecimento do Gestor de Projeto Ciclo de vida de Projetos Modelo de desenvolvimento de Produto Certificação de Produto Escritório de Projetos Rota de Aprendizagem Storyboard Pesquise Áreas de Conhecimento do Gestor de Projeto Acompanhe a primeira parte da nossa aula preparada pelo professor Ricardo no material online, ele faz uma apresentação de como se dará a organização da nossa aula e, também traz as explicações sobre o nosso primeiro tema de estudo da aula de hoje. Confira! Normalmente as organizações elegem um líder para o projeto, e esse líder seleciona estrategicamente os integrantes que se envolverão no projeto do produto, de diversos departamentos como setor de finanças, de marketing, de produção, entre outros. Vale lembrar que, a escolha desses integrantes não implica sua retirada definitiva de seus departamentos de origem, de modo que a melhor estrutura organizacional para o planejamento, a execução e o controle é uma estrutura matricial, ou seja, os responsáveis continuam a trabalhar em seu setor, porém também respondem ao gestor de projeto. Algumas organizações ainda mantêm um departamento específico para o desenvolvimento de produtos ou novos projetos, com uma gerência previamente escolhida e treinada para essa função. Rota de Aprendizagem Storyboard Tanto numa estrutura como noutra, o PMI (Instituto de Gerenciamento de Projetos – instituição que chancela gestores de projeto pelo mundo) também indica que a GERÊNCIA DE PROJETOS deve definir áreas de conhecimento, para fins de elaboração de planos de desenvolvimento, que correspondem às competências necessárias para que o projeto atinja seu objetivo. Quando se fala em desenvolvimento do produto, é importante considerar três áreas básica. Clique nos botões a seguir para conhecer as características de cada uma delas! Área de aplicação Representa a essência da organização, em que é fundamental o conhecimento técnico sobre o que se produz e, desse modo, corresponde a expertise da organização, ou seja, são a própria ideia do produto. Para compreender melhor esse conceito, podemos dizer que a área de aplicação de uma indústria têxtil é, por exemplo, o vestuário Administração Geral Compreende as competências gerais necessárias à elaboração do plano estratégico, tendo por função oportunizar a efetivação da área de aplicação Rota de Aprendizagem Storyboard Área de conhecimento Corresponde aos elementos do projeto que deveriam ser planejados, executados e controlados e que envolvem todas as variáveis a serem consideradas no desenvolvimento do produto O esquema a seguir demonstra as áreas de conhecimento em gerência de projetos, poderíamos acrescentar a ele um tópico sobre meio ambiente que, apesar de não estar apresentado no esquema proposto pelo PMI (Instituto de Gerenciamento de Projetos), consideramos que seja importante. Rota de Aprendizagem Storyboard Confira a seguir a descrição sucinta de cada elemento descrito no esquema da tela anterior. Cada um desses elementos compreende técnicas próprias de gestão. Gerência das áreas Descrição Integração Visa assegurar que os diversos elementos do projeto sejam adequadamente coordenados e integrados. Escopo Visa assegurar que o projeto complete todo o trabalho requerido para que possa ser completado com sucesso. Tempo Visa assegurar que o projeto termine dentro do prazo previsto. Custo Visa assegurar que o projeto seja completado dentro do orçamento previsto. Qualidade Visa assegurar que serão satisfeitas as necessidades que originaram o desenvolvimento do produto. Comunicação Visa assegurar que a geração, captura, a distribuição, o armazenamento e a pronta apresentação das informações sejam feitos de forma adequada e no tempo previsto. Rota de Aprendizagem Storyboard Riscos Diz respeito a identificação, a análise e as respostas aos riscos de projeto. Recursos Humanos Visa proporcionar a melhor utilização das pessoas envolvidas no projeto. Aquisição Define os processos para aquisição de mercadorias e serviços fora da organização que desenvolve o projeto. Meio Ambiente Define e leva em consideração as necessidades de desenvolvimento de um projeto sustentável. Como podemos verificar, existem áreas fundamentais para o desenvolvimento do produto em uma organização, porém algumas organizações concentram seus recursos exclusivamente nas características do produto e não nas do planejamento. Em vista disso, dentre todos esses elementos, consideramos a integração, o escopo, os custos, a qualidade e o meio ambiente como fundamentais para o processo de desenvolvimento do mesmo, enquanto que os outros setores também são contemplados, mas de forma acessória. Disso decorre que o resultado da gestão dos recursos representados pelas áreas de conhecimento descritas anteriormente, é o próprio PRODUTO, que, por sua vez, deve estar revestido das especificações definidas e ajustadas durante seu desenvolvimento e atender as funções para as quais foi projetado. Rota de Aprendizagem Storyboard Vale lembrar que o projeto do produto pode ser realizado tanto com vistas ao desenvolvimento de um serviço destinado a um perfil de cliente específico como a uma abordagem geral. Em qualquer dos casos, devemos ter em conta os recursos para sua criação e implementação, da mesma forma que tratamos de bens, passando da ideia criativa ao fornecimento projetado. A partir da definição desses aspectos gerenciais, o desenvolvimento de produto deve considerar as peculiaridades implicadas nesse processo, a fim de assegurar que o produto (bem ou serviço) produzido atingirá os objetivos da organização. Em função disso, é necessário atentar para todos os elementos, desde as características básicas, próprias de todo e qualquer produto, até seu potencial de vendas. Aplicação prática O gerente de projetos deve conhecer de várias áreas, mas não precisa necessariamenteser um grande especialista técnico o mais importante é ter as características de um líder completo. Cada uma das áreas de conhecimento, aplicação e administração geral devem fazer parte da vida do gerente de projetos, na prática a maioria dos projetos tem ótimos técnicos com capacidade limitada para ser um líder, o que leva a inúmeros gastos com revisões, multas, etc. Rota de Aprendizagem Storyboard Ciclo de Vida de Projetos Já sabemos que um projeto tem início e fim predeterminados, passando por evoluções e cumprindo o que se costuma chamar de “ciclo de vida do projeto” que são uma sequência de atividades que geralmente são agrupadas em fases. O projeto pode ser composto por cinco fases: Iniciação Planejamento Execução Controle Encerramento Conheça a seguir uma breve caracterização de cada uma dessas fases: Fase de Iniciação Esta fase caracteriza o início do projeto e constitui um conjunto de percepções, vontades e interesses, em geral estimulado por uma demanda/necessidade de entidade externa ou por uma oferta/oportunidade da organização ou do grupo que empreenderá o projeto. Segue-se a identificação da necessidade ou da oportunidade, e da maneira de supri-la, isto é, identificar o problema e conceber via de solução. A fase caracteriza-se pelo comprometimento da organização em dar prosseguimento com a fase seguinte. É comum fazer-se aqui uma estimativa aproximada dos esforços a serem despendidos, especialmente em termos de custos e prazos, para dar base a iniciação. Rota de Aprendizagem Storyboard Fase de Planejamento Com as informações levantadas na fase de iniciação, procede-se ao planejamento, estabelecendo- se progressivamente o escopo do projeto. Em geral, costuma-se desdobrar o planejamento em duas subfases: planejamento preliminar e planejamento detalhado. O planejamento preliminar contém informações globais do empreendimento que será encetado, com a definição do produto do projeto, a maneira de obtê-lo, os custos, os prazos, os demais recursos e os comprometimentos necessários, os riscos envolvidos etc. No planejamento preliminar, a decomposição do produto até o segundo ou terceiro níveis é suficiente. Esta subfase é útil para as negociações com as partes interessadas, a fim de conciliar os objetivos, os esforços a serem empregados, começar a definição de responsabilidades, etc. Em seguida é realizado um planejamento detalhado do projeto para permitir sua execução e controle. Enquanto o planejamento preliminar visa a compreensão do problema ou da necessidade e sua forma de realização, o planejamento detalhado precisa definir todas as atividades que envolvem utilização dos recursos, com a explicitação dos produtos de cada “pacote de trabalho”, seus requisitos e seus destinos. As interfaces, os diversos processos técnicos e administrativos e compromissos internos são preestabelecidos. Todo um esquema de controle é instituído à medida que a definição das condições de execução for sendo fixada. Este controle será exercido sobre o produto (processos, materiais, qualidade), sobre os processos gerenciais e administrativos, sobre os recursos (custos) e sobre os prazos planejados. A equipe do projeto é definida, selecionada e montada em negociações, em geral, com a administração da organização executante do projeto. Fase de Execução Consiste em pôr em ação todas as tarefas planejadas, nas condições de qualidade, custos, prazos e de forma a alcançar os objetivos das partes interessadas. Esta fase caracteriza-se por um intenso trabalho de equipe, sob a coordenação geral do gerente de projeto, com muitas ações gerenciais Rota de Aprendizagem Storyboard descentralizadas como, por exemplo, as gestões do projeto. Assim, o gerente poderá delegar a um dos executantes, a gestão da qualidade, a outro, a gestão do suprimento, etc. Os resultados da execução devem ser documentados e fazem parte fundamental da gestão das comunicações. Fase de Controle A fase de controle do projeto segue passo a passo a da execução, podendo dar origem a diversos retoques e ajustagens no planejamento inicial, mantendo, porém, o escopo do projeto. Cada gestão tem seu controle peculiar, mas os controles de todas as gestões são coordenados e harmonizados pelo controle integrado de mudanças, importante processo da gestão da integração. Fase de Encerramento Uma vez atingido o objetivo, o projeto deve ser encerrado com algumas disposições finais a partir da aceitação do produto. Deverão ser tomadas providências para a conclusão de contratos, encerramento administrativo, devolução de materiais, espaços etc. e, antes da dispensa e dissolução da equipe, deve ser procedida uma avaliação geral e levantamento das “lições aprendidas”. Rota de Aprendizagem Storyboard Confira a seguir um gráfico que indica as fases de um projeto que acabamos de ver! Como se vê, as três fases centrais, planejamento, execução e controle são quase simultâneas. Na realidade, o controle, agindo sobre todas as atividades da execução, promove, em muitos casos, reajustes no planejamento. Por outro lado, à medida que os fatos vão-se sucedendo, são criadas condições de detalhamento de partes do plano que estavam sem as minúcias necessárias à execução. Várias são as dimensões que envolvem os gestores de projetos. Aproveite para acessar o vídeo disponível no material online e acompanhar uma entrevista com Hiero Bonatti – Professor do Ietec (Instituto de Educação Tecnológica), realizada no 14º Seminário Nacional de Gestão de Projetos em 2011. Rota de Aprendizagem Storyboard Aplicação prática Um dos grandes equívocos de um gestor de projeto é ter uma equipe do mesmo tamanho (mesma quantidade de recursos) em todas as fases do projeto, quando estamos no meio do projeto executando o planejado deveremos ter o máximo de recurso apoiando as necessidades nas fases iniciais e de encerramento, temos que ser produtivos tendo menos funcionários. Porém em casos de inexperiência do gestor, normalmente no meio do projeto temos recursos escassos e, algumas vezes, quando a situação está mais controlada é comum ter pessoas sobrando e, por vezes, na fase de encerramento ao invés de conseguir realocar os recursos em novos projetos, pela perda do tempo correto na tomada de uma estratégia a única decisão possível é demitir um colaborador para não colocar em risco o custo financeiro do projeto mesmo. Agora, acompanhe com bastante atenção a videoaula, no material online, do tema que acabamos de estudar e aproveite para fixar os conhecimentos. Rota de Aprendizagem Storyboard Tema 3: Modelo de Desenvolvimento de Produto Acompanhe na tela seguinte um modelo de referência para o business process de desenvolvimento de produto, que resultou de vários trabalhos junto a empresas de manufatura, ajustado a pesquisas de padrões existentes. Esse primeiro nível de representação é bem geral, adotando-se aqui uma representação analógica para facilitar a transmissão da visão holística inicial com as explicações posteriores. No segundo nível de representação tem-se uma representação mais formalizada, que não será apresentada neste trabalho. Este primeiro nível é muito parecido com a forma de representação adotada pelo APQP (Advanced Product Quality Planning) da QS 9000. Desenvolvimento de novos produtos Rota de Aprendizagem Storyboard Conceber Produto É quando se pensa em um novo produto. Tem início com ideias vindasde informações de mercado, análises encomendadas ou realizadas pelos dirigentes, observações de concorrentes, necessidades de melhoria, opinião de clientes, etc. Após uma análise de atratividade decide-se “pensar" nesta ideia. Um grupo composto por pessoas da alta gerência e um coordenador de produto definem as diretrizes do produto, como custo, retorno esperado, data de lançamento, especificação final do produto, etc. Este coordenador acompanhará todo o ciclo de vida do produto, sendo a “melhor interface” juntamente com as informações geradas. Com o uso de workgroup computing consegue-se preparar as pessoas para as reuniões, aumentando-se assim a sua eficácia. Conceituar Produto Consiste em complementar as diretrizes obtidas anteriormente com uma definição detalhada das características técnicas do produto. Esta atividade é desempenhada por um time multifuncional, composto por engenheiros de qualidade, processo, projeto, marketing, entre outros. O coordenador de produto é responsável pela liderança. Aplicam-se aqui filosofia de engenharia simultânea, com ênfase na técnica de QFD (Quality Function Deployment). O trabalho eficaz desta equipe também é suportado por sistemas de workgroup computing. Todas as possíveis informações criadas nesta fase são arquivadas de forma sistemática, garantindo a sua reutilização em fases posteriores. Já são tomadas aqui decisões de make or buy, graças ao uso de sistemas de orçamentação. Dessa forma pode-se convidar fornecedores para participar desta fase do desenvolvimento. Os conceitos especificados nesta fase são valorizados, as diretrizes são detalhadas e Rota de Aprendizagem Storyboard validadas e finalmente toma-se a decisão em conjunto com o grupo de concepção se a empresa deve investir mais recursos no detalhamento do melhor conceito. Projetar Produto e Processo É quando se realiza o detalhamento do produto. Também é desenvolvido por um time multifuncional, porém com pessoas de perfil mais operacional que o anterior. Informações de produtos semelhantes são recuperadas de forma sistemática, para que possam ser reutilizadas. Então, novos desenhos e processos são elaborados em detalhes. São avaliadas suas características determinantes e estas são calculadas e verificadas através de simulações. Nesta etapa é utilizada também a técnica de DFMA (Design for Manufacturing and Assembly). Pode-se utilizar aqui um protótipo eletrônico do produto, que economiza muito dinheiro na construção do protótipo de laboratório, chegando até em alguns casos a substituí-lo. Rota de Aprendizagem Storyboard Antes do detalhamento de um componente, toma-se a decisão definitiva de make or buy, na maior parte das vezes confirmando aquela tomada na fase de conceituação. No entanto já devem aqui ser tomadas decisões quanto à procedência do item, ou seja, qual o fornecedor amarrando-se o fornecimento e seu preço, para que surpresas não aconteçam na época de sua industrialização. Após o detalhamento, existe uma montagem eletrônica do conjunto final, onde a cadeia dimensional é verificada, aperfeiçoando-se as especificações do detalhamento, sem impedir que essas informações já estejam sendo utilizadas por outras pessoas. Um princípio para o trabalho das pessoas nessa fase é a qualidade assegurada nos serviços. Isso significa que as informações produzidas em um estágio já são liberadas para o time dar continuidade aos trabalhos dependentes dessa informação, antes da sua aprovação, garantindo assim um trabalho paralelo. Toda informação é controlada por sistema PDM (Product Data Management), garantindo a sua integridade. Caso uma informação, por exemplo um desenho seja desaprovado, fica fácil rastrear os processos que dependem deste desenho. O envio de tarefas entre os membros do time acontece através de um software de workflow, que elimina o correio interno para troca de informações. Essa forma de trabalho depende de um trabalho em equipe do time multifuncional e de uma mentalidade de autocontrole. Graças a esse conceito consegue-se diminuir o tempo de desenvolvimento /detalhamento do produto. Rota de Aprendizagem Storyboard É na fase de detalhamento que se pode utilizar ferramentas automáticas, uma vez que muitas atividades são repetitivas e simples. Um exemplo é o desenho parametrizado de determinadas peças, que permite até a automação da obtenção do plano de processo e programa CN (programação de usinagem para máquinas automáticas), sem a necessidade de uma verificação. A qualquer momento nessa atividade, qualquer membro do time pode considerar um item como sendo um item crítico. Isto pode significar que ele pode ter uma complexidade incompatível com a empresa ou deve demandar um longo tempo de desenvolvimento. Esse tempo pode resultar de importação, desenvolvimento de dispositivos, protótipos, etc. Nesses casos é chamada uma reunião extra de todos os membros do time, com o objetivo de liberar com maior rapidez os itens críticos. Eles são então considerados gargalos do desenvolvimento e começam a ser acompanhados com maior precisão. Rota de Aprendizagem Storyboard No final da fase de detalhamento acontecem reuniões para definir os potenciais de falhas do projeto e processo, que serão verificados durante a homologação do produto e processo respectivamente. Aqui utilizam-se conceitos da QS 9000, que é uma evolução da ISO 9000, aplicando-se particularmente aqui a técnica de FMEA (Failure Model and Effect Analysis). No detalhamento são obtidas também outras informações, tais como fluxo de processo, carta de controle estatístico de processo, croquis de fabricação, de setup de equipamento, de inspeção, lista de ferramental, etc. Agora, aproveite para ler um artigo, que está disponível no material online, que apresenta determinado posicionamento em relação ao processo de desenvolvimento de produto e a relevância de uma transferência consistente de tecnologia adquirida neste processo através de um sistema de informação estruturado para este fim. Rota de Aprendizagem Storyboard Aplicação prática Para ser bem sucedido, o projeto precisa de uma modelo a ser seguido, o modelo apresentado no APQP é um dos modelos mais aplicados em indústrias do ramo automotivo ao redor do mundo, na atual fase de globalização uma montadora que vai comprar um produto da Rússia, China, Canadá ou Índia vai exigir que o fornecedor tenha a metodologia de APQP instaurada dentro de sua empresa. Agora acompanhe a videoaula preparada pelo professor Luciano no material online e preste bastante atenção! Certificação do Produto Certificar um produto significa assegurar ao consumidor que as características e os benefícios do produto apresentados ao consumidor são reais. Para tanto, a certificação compreende um processo normalizado, que visa garantir ao consumidor o atendimento as normas de segurança, de confiabilidade, de atendimento as características básicas e de proteção à saúde e ao meio ambiente. A certificação pode ser interna ou externa, sendo que a primeira acontece sempre que a organização definir sua necessidade, e, nesse aspecto, como em algumas empresas os produtos são desenvolvidos por fases ou etapas, cada uma delas pode ser certificada; a segunda é aquela correspondente as exigências dos órgãos regulamentadores. Rota de Aprendizagem Storyboard Em vista disso, é pertinente que a empresa se antecipe e realize algumas tarefas na atividade de certificação do produto, como proceder a avaliação das exigênciasda regulamentação, submeter ao cliente o processo de certificação ou aprovação, avaliar todos os serviços associados ao produto e, finalmente, obter a documentação para a certificação do produto. Normalmente a certificação de produtos é realizada por um organismo isento, não comprometido com o consumidor nem com o produtor, cujo crédito se dá em função de sua isenção, idoneidade, credibilidade e competência técnica para verificação das características do produto. Mas vale lembrar que, em função da natureza do produto, este pode requerer certificação nacional ou certificação internacional, sendo que todo país tem suas diretrizes estabelecidas em normas e leis, fiscalizadas por diversos órgãos regulamentadores e certificadores de produtos. Esses órgãos atuam no sentido de assegurar aos consumidores a qualidade e as características dos produtos comercializados no país. Para tanto, utilizam-se de processos de auditoria para avaliação do produto conforme suas normas e leis. Nesse sentido, podemos compreender que algumas CERTIFICAÇÕES SÃO COMPULSÓRIAS, isto é, são impostas pela legislação para que o produto possa vir a ser comercializado ou utilizado no país, ou ainda podem ser CERTIFICAÇÕES VOLUNTÁRIAS, solicitadas ao organismo certificador por iniciativa do produtor, que quer oferecer garantias de seus produtos a seus clientes. Operacionalmente, a certificação é identificada por uma marca no produto, em seu corpo e/ou embalagem, de modo que um mesmo produto pode apresentar diversas marcas de certificação, para atender as exigências de diferentes países. Confira um vídeo, disponível no material online, sobre a necessidade de certificação compulsória para o setor de autopeças, principalmente peças que tem risco de segurança para o motorista, preste atenção as necessidades de prazos e sobre a necessidade em pensar nestas certificações ainda no projeto para evitar gastos no futuro. Rota de Aprendizagem Storyboard Aplicação prática As certificações estão em todo o lugar, as que não existem ainda em nosso país poderão ser requisitadas, em relação ao vídeo proposto para este tema ele apresenta a certificação compulsória, ou seja, obrigatória para peças de segurança do setor de autopeças brasileiro, dentro em breve não somente as peças de “segurança” precisarão desta certificação, mas também as peças de reposição de acabamento e o mercado deve estar preparado. Mas será que os empresários nacionais estão pensando nisto, no quanto eles poderiam economizar em um estudo antecipado para implantação de uma certificação voluntária transformando-a em vantagem competitiva? Aproveite para assistir às explicações do professor Luciano sobre o tema que acabamos estudar, disponível no material online! Tema 5: Escritório de Projetos Antes de iniciarmos, confira os tópicos a seguir com três advertências importantes sobre a expressão “escritório de projetos”, título do tema que iremos estudar a partir de agora. Este nome confunde-se com aquele tradicionalmente utilizado como parte de um único projeto, de caráter gerencial e administrativo, chefiado pelo gerente de projeto e contando com assessores e auxiliares, a equipe do “escritório”. Este local trata de uma entidade que tem sob sua responsabilidade vários projetos. Para distingui-los, o escritório multiprojeto é aqui chamado de “escritório de projetos", em contraposição ao “escritório do projeto” que é vinculado a um só projeto. Rota de Aprendizagem Storyboard Em diferentes organizações ele é tratado por outros nomes, como comitê diretor de projetos, coordenação de projetos, escritório de apoio a projetos, grupo de apoio a gerência de projetos etc., embora haja uma tendência acentuada de se adotar o “escritório de projetos”, independentemente das atribuições que tenha. As funções e a abrangência do escritório de projetos variam com o estágio de implantação e com as necessidades de cada organização. Ha escritórios de projetos que apenas prestam serviços aos projetos, mas há os que têm grande autoridade gerencial sobre estes e sobre os recursos da organização, priorizando e efetivando sua utilização pelos projetos. Neste meio, há imensa variedade, quase todas evoluindo no sentido de ampliar a autoridade dos escritórios de projetos. Atribuições do Escritório de Projetos As organizações podem ser voltadas para projetos e aquelas que adotaram a administração pelos mesmos chegam a ter dezenas e centenas de projetos simultaneamente. Fica evidente que, para conduzir elevado número de projetos, de várias naturezas em diversos estágios de seus ciclos de vida, a organização responsável necessita de um instrumento de coordenação, o escritório de projetos. Rota de Aprendizagem Storyboard Para desempenhar suas funções, o escritório de projetos exerce várias atribuições de acordo com a organização a que serve e com a natureza, quantidade e grau de complexidade dos projetos. As atribuições mais características são exemplificadas a seguir, mostradas em conjuntos típicos dos estágios de evolução por que passam os escritórios. Estágios iniciais Prestação de serviços de controle e custos; elaboração de relatórios multiprojetos e interdepartamentais; treinamento em aspectos específicos de gerenciamento de projeto; ligações com os gerentes departamentais e, em especial, com os gerentes de recursos empresariais; melhoria contínua de processos de gerenciamento de projeto; levantamento e arquivo de "lições aprendidas”. Estágios intermediários Nos estágios intermediários, mantém-se os anteriores e mais: Arquivo do histórico de projetos; administração dos processos de gerenciamento de projeto; consultoria interna sobre gerenciamento de projeto; desenvolvimento e aperfeiçoamento de métodos e padrões; apoio a reuniões de avaliações e revisões de projetos. Estágios avançados Nos estágios avançados e de acordo com o nível de autoridade atribuído, mantém-se os anteriores e mais: Rota de Aprendizagem Storyboard Análise e aprovação de propostas de projetos segundo objetivos estratégicos da organização e critérios complementares; distribuição de recursos de acordo com prioridades estabelecidas; identificação de conflitos e recomendações para solução; revisão crítica e avaliação de projetos; e atuação externa com foco nos clientes e patrocinadores. Em um caso especial, com a mais elevada autoridade atribuída: Celeiro de gerentes de projeto, tratando de sua formação, treinamento e plano de carreira; gerência direta dos projetos da organização. O escritório de projetos como integrante do sistema de informações estratégicas O escritório de projetos tem importância fundamental pois, para muitos, o constitui-se em significativa parte de um sistema de informações estratégicas de abrangência empresarial. Para desempenhar bem suas funções, o escritório de projetos precisa dispor de um sistema de comunicações ágil e ao mesmo tempo abrangente, pelo qual fluem informações vitais para a organização. Estas informações dizem respeito não somente a intimidade da organização, mas também ao ambiente externo do qual ela faz parte e delas podem ser inferidas as fraquezas e as forças da organização, bem como as oportunidades e ameaças do ambiente. De fato, o escritório de projetos busca, processa e armazena dados e informações de todas as partes interessadas nos projetos: a alta administração, os gerentes, empregados e colaboradores da organização;os fornecedores; o governo e sua política; clientes e concorrentes; patrocinadores, Rota de Aprendizagem Storyboard financiadores etc. O acervo de dados históricos sobre projetos, tanto de caráter interno como externo, completam as informações “em tempo real” manipuladas no dia-a-dia dos projetos. Evidentemente deverá haver um sistema de segurança que permitirá o acesso as informações ou a suas partes apenas as pessoas autorizadas. Rota de Aprendizagem Storyboard Estas informações obtidas, sob a óptica de projetos, devem ser completadas pelas colhidas junto a clientes, distribuidores, serviços de apoio pós-venda, etc. que avaliam o produto e serviços associados quando em operação. Estes fatos devem ser levados em conta no planejamento, na implantação e implementação do escritório de projetos. Agora, acesse um artigo disponível no material online e confira um artigo que apresenta uma pesquisa sobre o perfil do escritório de projetos e várias de suas características aqui no Brasil. Aplicação prática As equipes de projeto estão cada vez mais engajadas nas empresas, porém escritórios de projeto ainda não são maioria, muitas empresas montam uma estrutura separada inclusive fisicamente para que sejam completamente autônomas dos setores fabris, trabalhar em um escritório de projetos necessita do funcionário uma grande gama de conhecimentos voltados a área de projetos desde suas fases criativas até o auxílio na elaboração de estandes inteligentes para alavancar as vendas do produto. Agora, assista ao vídeo com as explicações trazidas pelo professor Luciano sobre o tema que acabamos de estudar, disponível no material online. Preste bastante atenção! Rota de Aprendizagem Storyboard Trocando Ideias Durante nossas aulas foi apresentada a proposta sobre “melhorar o projeto de qualquer produto ou serviço é possível”. Uma grande parte das vezes os responsáveis por projeto dizem que a única maneira de melhorar é gastando grandes quantias monetárias. Dê sua opinião e, se tiver exemplos de soluções criativas compartilhe em nosso fórum, vamos juntar boas ideias e construir nosso conhecimento coletivo. Na Prática Agora, vamos colocar em prática os conhecimentos adquiridos até agora? Resolva os exercícios a seguir! Rota de Aprendizagem Storyboard 1. O gerente de projetos deve ter um conhecimento amplo, para tal, algumas áreas são marcadas como de extrema importância. Marque a alternativa que não correlaciona corretamente área de conhecimento com o resultado esperado por ela: a. ( ) Tempo: visa assegurar que o projeto termine dentro do prazo previsto. b. ( ) Qualidade: visa assegurar que serão satisfeitas as necessidades que originaram o desenvolvimento do produto. c. ( ) Integração: visa assegurar que os diversos elementos do projeto sejam adequadamente coordenados e integrados d. ( ) Comunicação: visa assegurar que o projeto seja completado dentro do orçamento previsto. e. ( ) Riscos: diz respeito a identificação, a análise e as respostas aos riscos de projeto. Gabarito: Alternativa D. O custo visa assegurar que o projeto seja completado dentro do orçamento previsto. Rota de Aprendizagem Storyboard 2. A gestão dos recursos deve estar ligada ao ciclo de vida dos projetos, cada uma destas fases tem uma intensidade (necessidade de recursos) que mudam com o passar do tempo e, também, conforme o projeto. Devemos ter cuidado para termos a quantidade adequada de recursos no momento em que são requeridos. De acordo com esta proposição marque a fase onde respectivamente devemos ter maior quantidade de recursos e menor quantidade de recursos alocados. a. ( ) Fase de Execução e Encerramento. b. ( ) Fase de Planejamento e Encerramento. c. ( ) Fase de Controle e Execução. d. ( ) Fase de Iniciação e Encerramento. e. ( ) Fase de Iniciação e Controle. Gabarito: Alternativa A. Durante a Fase de Execução deveremos ter a maior quantidade de recursos alocados, pois temos várias tarefas acontecendo simultaneamente. Na fase de Encerramento temos a menor quantidade de recursos requerida e, para termos um projeto mais lucrativo devemos pensar em realocar nossos recursos diminuindo o impacto no custo do projeto. Rota de Aprendizagem Storyboard 3. Durante as fases do Projeto segundo as diretrizes do APQP (Planejamento Avançado da Qualidade de Produto) duas fases se destacam por serem de extrema importância estratégica para o sucesso do projeto que são as fases de protótipo e o piloto (processo). Descreva por que estas fases são tão importantes. Gabarito: Relatar a importância para diminuir os erros enquanto está na fase de gastos moderados, podendo citar que a necessidade de correções vistas no protótipo ou no piloto são muito menos onerosas do que modificação a serem realizadas na fase de Lançamento e Produção. 4. As certificações dos produtos e processos podem ser vistas de diversas maneiras, porém por vezes elas são impostas pela legislação vigente e por vezes ela é voluntária, ou seja, solicitada pela própria empresa. Marque a única alternativa errada em relação ao tema de certificações: a. ( ) As certificações podem ser solicitadas a órgão nacionais e internacionais. b. ( ) Uma certificação voluntária é imposta pelas leis vigentes no país, sem a qual o produto não pode ser comercializado. c. ( ) As certificações podem ser utilizadas para aumentar a vantagem competitiva da empresa podendo ser um diferencial de marketing. Rota de Aprendizagem Storyboard d. ( ) Ter uma certificação é um atestado de qualidade que foi auditado por um órgão competente e normalmente são identificadas por uma marca ou selo em no corpo do produto. e. ( ) Inmetro e Anvisa são exemplos de órgãos certificadores no Brasil. Gabarito Alternativa B. O texto trata de uma certificação compulsória pela obrigatoriedade e não de uma certificação voluntária. Rota de Aprendizagem Storyboard 5. Os escritórios de projeto estão em plena evolução seja na quantidade, que por necessidade de um melhor rendimento, vem se multiplicando ou depois da sua implantação onde percebemos uma evolução que parte dos estágios iniciais para intermediários e, por fim, avançados onde o trabalho continua para manter o escritório de projetos em um nível de excelência. Marque a única alternativa que correlaciona erroneamente o estágio do escritório de projeto com sua atribuição. a. ( ) Estágio Avançado - distribuição de recursos de acordo com prioridades estabelecidas. b. ( ) Estágio Intermediário - consultoria interna sobre gerenciamento de projeto. c. ( ) Estágio Inicial - prestação de serviços de controle de prazos e custos. d. ( ) Estágio Avançado - levantamento e arquivo de "lições aprendidas”. e. ( ) Estágio Inicial - ligações com os gerentes departamentais e, em especial, com os gerentes de recursos empresariais. Gabarito Alternativa D. Muito bem, você acertou! A característica de levantamento e arquivamento de “lições aprendidas” é uma das primeiras fases de um escritório de projeto, ou seja, acontece no estágio inicial. Rota de Aprendizagem Storyboard Síntese Neste tema com o conhecimento mais apurado navegamos sobre diferentes bases do desenvolvimento de projetospara um futuro gestor de projetos, vimos suas áreas de conhecimento para a busca do sucesso e, dentro desta área, temos o gerenciamento do tempo e dos recursos que trabalhamos também no ciclo de vida dos projetos. Após revisarmos esta parte trabalharmos sobre metodologias de processo, tanto em nossa aula teórica como também em nossas aulas práticas, e pudemos perceber que a metodologia é pesada, mas sua aplicação resultará em um projeto confiável e trará os resultados esperados para a empresa e também para o gestor do projeto. A certificação dos produtos, seja ela compulsória ou voluntária, deve ser tratada não como somente um requisito, mas sim como vantagem competitiva e, como projetistas, devemos estar atualizados sobre o que a legislação nos exige e o que ela nos exigirá no futuro, um bom projetista antecipa as tendências. Para finalizar este tema vimos sobre escritórios de projeto que consolidam todas as características anteriormente estudadas, as atuais empresas já não os tem como mais uma área e sim como um diferencial estratégico da empresa trabalhando em todas as áreas desde a criação até a distribuição com resultados apresentados. Não deixe de acompanhar a síntese da aula e dos conteúdos vistos nos temas de hoje, disponível no material online! Rota de Aprendizagem Storyboard Referências Bibliográficas SELEME, Robson; PAULA, Alessandra de. Projeto de produto: desenvolvimento e gestão de bens, serviços e marcas. 3. reimp. Curitiba: IBPEX, 2009. VALERIANO, D. L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos. Porto Alegre. PEARSON, 2000. FERREIRA J.; Achiles B. Desenvolvimento de produto e mercado. Curitiba: IBPEX, 2003.
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