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BRINCADEIRAS DE INFÂNCIA LIBERALI, Francieli de Fátima Masson TEODORO, Marivane Catarina Atualmente as crianças brincam muito pouco. Em nossa singela opinião, a modernidade tirou das crianças uma infinidade de brinquedos e brincadeiras saudáveis. Ultimamente temos observado a ausência dos grupos de meninos e meninas que antes eram comuns em cada rua, em cada bairro. O que existe são alguns poucos que ainda resistem com a brincadeira de bola e gol mirim. No tempo de nossos avós, diríamos até mesmo em nossa infância, a maioria das brincadeiras faziam as crianças praticar exercícios físicos sem perceber. Muitos objetos serviam para brincar e fabricar brinquedos. Lata de óleo ou leite, pneus velhos, tábuas e até meias serviram para alegrar a garotada. Sem brinquedo algum, corríamos para chegar em determinados destinos. O mais rápido ganhava a aposta que em muitas vezes eram coisas da natureza como frutas da época que estavam à disposição da criançada, na maioria dos quintais das casas. Algumas escolas ainda conservam algumas brincadeiras e cantigas de roda e os contadores de histórias. Quem lembra dos famosos carinhos de rolimã? Não era preciso ter dinheiro. Bastava procurar ou negociar com algum amigo para obter os rolamentos de ferro em alguma oficina mecânica da cidade. Após possuir as rodas de ferro, era a vez de ir em busca de madeira nas serralherias. Os mais experientes ajudavam os novatos na montagem do brinquedo sempre utilizando as ferramentas dos pais ou de algum conhecido. Depois de pronto, era hora de sair percorrendo as ruas sobre as rodinhas de ferro. Era uma das melhores brincadeiras daquela época. Podemos até afirmar, que aquele arcaico brinquedo era um precursor do famoso skate. Os inúmeros campos de futebol foram mitigados. Atualmente há uma certa quantidade de quadras poliesportivas espalhadas pelos bairros e comunidades em que para se jogar, faz-se necessário possuir ordens privadas, de escolas ou de clubes organizados. Nos prédios escolares, poucos são os espaços destinados ao lazer das crianças. Seja através da televisão, do computador ou do celular, o que se sabe é que os eletrônicos dominam a vida das pessoas. Um avanço significativo em alguns aspectos, mas prejudicial em outros. Você conhece alguma criança de hoje que brincou ou sabe brincar de “a gol mande” num campinho feito no chão com rabiscos de giz com jogadores formados por tampinha de remédios, de talco ou de tampa de refrigerante em que haviam figuras coladas com imagens dos seus jogadores favoritos? Que recordação, meu Deus! Gostaríamos de ver a criançada de hoje brincando e se divertindo de modo saudável, em que as interações e relações interpessoais existiam desde os primeiros anos de vida. Ao mesmo tempo aproveitamos para mais uma vez afirmar, sem medo de errar que nos divertimos muito, mas muito mesmo. Nessa mesma oportunidade perguntamos: e você, se divertiu em sua infância?