Buscar

ψ do trânsito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Faculdade de Psicologia
Franciely Karolina Lopes de Andrade
João Victor Almeida Pimenta
Luciano Ludgero Couto Souza
Matheus Ferreira de Sousa
Paula Larissa Gomes Pinheiro
Psicologia do Trânsito
	A Psicologia do Trânsito nasce como resultado de numerosas pesquisas em dezenas de institutos, laboratórios e centros de pesquisa nas últimas duas décadas. Pode ser entendida como o estudo científico do comportamento dos participantes do trânsito, entendendo-se por trânsito o conjunto de deslocamentos dentro de um sistema regulamentado. A psicologia do trânsito teve início no Brasil em 1951 e está longe de resolver todas as questões referentes à segurança e comportamento humano no trânsito. Se o Brasil for comparado, por exemplo, a países como Alemanha, Áustria e Suíça, veremos que o nosso país ainda possui fortes deficiências referentes ao trânsito que necessitam ser estudadas. 
	Este tipo de Psicologia estuda portanto o comportamento dos pedestres (de todas as idades), do motorista amador e profissional, do motoqueiro, do ciclista, dos passageiros e do motorista de coletivos, e num sentido mais largo ainda, de todos os participantes do tráfego aéreo, marítimo, fluvial e ferroviário. Sendo assim, a Psicologia do Trânsito se restringe ao comportamento dos usuários das rodovias e das redes viárias urbanas. 
	Este comportamento, aparentemente simples, é na realidade bastante complexo. Ele pode incluir processo de atenção, de detecção, de diferenciação e de percepção, a tomada e o processamento de informações, a memória a curto e a longo prazo, a aprendizagem e o conhecimento de normas e de símbolos, a motivação, a tomada de decisões bem como uma série de automatismos percepto-motores, de manobras rápidas e uma capacidade de reagir prontamente ao feedback, a previsão de situações em curvas, em cruzamentos e em lombadas, e também, uma série de atitudes em relação aos outros usuários, aos inspetores, às normas de segurança, ao limite de velocidade, etc. Uma análise detalhada da tarefa do condutor de veículos revela uma infinidade de fatores, cada um dos quais pode ser importante para evitar um acidente, merecendo portanto ser assunto de um estudo aprofundado. A metodologia aplicada na psicologia do trânsito não difere essencialmente daquela usada nas outras áreas de psicologia. Ao lado de muitos estudos experimentais, realizados em laboratórios, tem sido desenvolvidos numerosos estudos observacionais feitos nas rodovias e nos cruzamentos urbanos, além de análises dos casos de acidentes. Entre o método de observação em situação real e o experimento no laboratório está o método que usa simuladores, estes últimos variando do mais simples ao mais sofisticado. Tem sido também utilizados em pesquisas, carros equipados com todos os registradores possíveis de movimentos e modificações fisiológicas durante a direção do veículo. Um primeiro carro deste tipo foi introduzido na França por G.Michaut, no Laboratoire de Psychologie de la Conduite de ONSER, em Montlhery.
	A psicologia do trânsito se relaciona com quase todas as áreas especializadas da psicologia: desde a psicofísica e psicofisiologia até a teoria de decisão e os processos cognitivos, procurando explicações na teoria do condicionamento operante e na teoria psicanalítica. Relaciona-se também com a psicologia do desenvolvimento, gerontologia e com a psicologia da motivação e da aprendizagem, com a psicopedagogia e com a psicologia social.
	O comportamento no trânsito é algo que compreende as reações de todas as pessoas que se movimentam, independente de sua idade, condição socioeconômica, nível de instrução, sexo ou profissão. É um campo que envolve grande complexidade de fatores, e por isto mesmo não muito fácil de ser estudado. Além de estar ligado às diversas áreas da Psicologia, este campo requer também contatos com a engenharia de estradas e de veículos, com a medicina do trabalho, com a estatística, a física (um carro é uma massa em movimento), a ergonomia, a sociologia, a psicopedagogia e mesmo com o direito e com a criminologia.
	Entretanto, ao se preguntar "para que serve" a psicologia do trânsito, a resposta será um pouco mais complexa. Em primeiro lugar, serve para conhecer toda a gama de comportamentos neste tipo de situações, comportamentos individuais e sociais, contribuindo para um melhor conhecimento do homem. Em segundo lugar, o estudo dos diversos fatores perceptivos, cognitivos e de reação podem contribuir para melhorar por um lado a situação da estrada e da sinalização rodoviária e urbana, e por outro lado pode aperfeiçoar os veículos, permitindo maior visibilidade, melhor feedback e colocação mais eficiente dos comandos, e como consequência, a psicologia do trânsito pode contribuir para diminuir a enorme quantidade de acidentes nas estradas. Em terceiro lugar, ela pode dar as diretrizes educacionais, sugerindo recursos mais eficientes para o ensino, pois dirigir é aparentemente simples mas um pequeno erro pode ter consequências seríssimas. Sendo assim, podemos afirmar que a psicologia do trânsito oferece elementos para garantir a todo ser humano condições de maior segurança no trânsito, promovendo trabalhos para educação do mesmo e tentando despertar uma consciência crítica de todos aqueles que compõem o seu contexto. 
REFERÊNCIAS
ROZESTRATEN, Reinier J.A. Psicologia do trânsito: o que é e para que serve. Psicol. cienc. prof. [online]. 1981, vol.1, n.1, pp. 141-143. ISSN 1414-9893.
BIANCHI, Alessandra Sant’Anna. Psicologia do Trânsito: O Nascimento de Uma Ciência. Interação em Psicologia (Qualis/CAPES: A2), [S.l.], v. 15, Dez. 2011. ISSN 1981-8076
SESTARE, Sueli Aparecida. "PSICOLOGIA DO TRÂNSITO." 2ª Jornada de Psicologia Junguiana de Bauru e Região & 7ª Mostra de Pesquisas do Curso de Técnicas Terapêuticas Junguianas: 338.
Belo Horizonte
2014

Outros materiais