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Suporte Nutricional Enteral e Parenteral NUTRIENTES Prof. Elisa Liz Belli Cassa Domingues UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, NATURAIS E DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA E NUTRIÇÃO ÁGUA Organismo humano é constituído por soluções aquosas ~ 60% do peso corporal : Líquido extracelular Líquido intracelular Intracelular: 50% do peso do indivíduo Interior das células Meio adequado para diversas reações químicas necessárias para a manutenção da vida celular Extracelular: Líquido Intersticial : permite troca de gases e substâncias entre o sangue e as células Líquido Intravascular : formando a parte extracelular do sangue – Plasma hipoperfusão de órgãos e tecidos Congestão vascular e edema pulmonar Líquido transcelular : 2% do total de líquidos corporais (Sinovial, peritoneal, pericárdio, intra-ocular e cefaloraquidiano) ÁGUA A proporção de água no organismo varia de acordo com sexo e idade Idade proporção de água As crianças possuem uma maior perda de água : diarreia, vômitos e/ou privação de água Idosos possuem vulnerabilidade a perde de água Jovens Sexo: Mulheres possuem menor proporção de água corpórea Tecido adiposo Obesos x Magros ÁGUA FUNÇÕES: Intravascular: Meio de transporte de gases, alimentos e produtos do metabolismo celular Extracelular: Meio onde ocorre os processo metabólicos Transcelular: Processos digestivos – 10 L para o trato gastrintestinal, onde desempenha suas funções e é reabsorvido Regulação da temperatura corporal Osmolalirade ÁGUA OSMOLALIDADE A membrana plasmática das células é totalmente permeável à água. Líquido extracelular X Líquido intracelular Menor concentração Maior concentração OSMOSE Depende do número de partículas de soluto Concentração osmolar Osmolalidade: Osmoles por quilograma de água Osmolaridade: osmoles por litro de solução Um osmol (Osm) é igual a um mol (6,02 x 10²³) de particulas de soluto Tonicidade Hipertônica: fluxo para fora da célula Hipotônica: fluxo de agua para dentro da célula Hipoosmolalidade Hiponatremia Hiperosloladidade ~ Hipernatremia Terapia de reposição de fluídos Objetivo: estado de hemodinâmica e osmolalidade corporal normais Principais pontos a serem observados : Identificar os déficits e perdas e providenciar sua reposição Providenciar as necessidades basais de sódio, potássio e água Necessidade basal de água para um adulto: 1250 a 3000ml/dia Idade, Sexo, quantidade de massa celular, superfície corporal e perdas Vários fatores modificam a necessidade diária de água: Febre Sudorese excessiva Metabolismo aumentado Desidratação Metabolismo diminuído Carboidrato 50 à 70% da energia proveniente da dieta humana Monómeros Dímeros Polímeros Classificação dos carboidratos : Monossacarídeos : 1 monómeros -> Açúcares Pentoses: Ribose e Desoxirribose Hexoses: Glicose, Frutose e Galactose De cada monómero é derivado um álcool: Glicose sorbitol Terapia parenteral Frutose manitol Galactose galactitol Dissacarídeos : 2 monossacarídeos ligados Maltose Lactose Sacarose Oligossacarídeos: 3 a 10 monossacarídeo ligado Rafinose Estaquiose Enzimas digestivas não conseguem quebrar essas moléculas. No cólon, bactérias presentes metabolizam a enzima, produzindo gases e outro produtos Polissacarídeos: Carboidratos complexos Importantes para dieta humana: Glicose Amido glicogênio Função dos carboidratos Maior fonte de energia Poupa proteína Produção excessiva de cetona SNC não armazena glicose Fluxo contínuo Digestão e absorção de carboidratos Início: boca Amilase ( Glândulas salivares) Estômago pH ácido Duodeno Amido -> Maltose Intestino Delgado Secreção de enzimas Glicose, Frutose e galactose Absorvidos pelos enterócitos Lançados na circulação portal Conduzidos ao fígado ( Metabolizados e armazenados) Uso dos carboidratos na Nutrição Parenteral Total Maior fonte calórica nas dietas de nutrição parenteral Metabolismo insulino-dependente Tolerância reduzida Síntese Disponibilidade Ação Pós traumáticos Infecções graves Substitutos de Glicose: Frutose, Sorbitol e Xilitol Administrado em casos de diabetes, traumas e infecções Reduz a neoglicogênese dos aminoácidos Têm efeito anticetogênico Desvantagens: Metabolismo somente no fígado Oferta exagerada causa diurese osmótica Proteínas Formada por complexos de aminoácidos que podem estar ligados em formação peptídica Simples X Conjugadas Grupos prostéticos Função biológica da proteína E Digestão e Absorção Estrutura espacial Nas dietas enterais os peptídeos e dipeptídeos de sequência secundária simples são de fácil absorção intestinal Funções Estrutura tecidual Anticorpos e enzimas Atividades de coagulação e transporte Concentração muscular Nível intracelular: Atividade enzimática Hormonal Imunológica Transporte de substâncias Aminoácidos Dispostos em sequências específicas, os aminoácidos ( Aa) dão identidade e caráter às proteínas 20 tipos de Aa Essenciais x não –essenciais 8 essenciais : Valina, leucina, isoleucina, lisina, metionina, treonina, fenilalanina e triptofano. Condicionalmente indispensáveis : Histidina, Arginina, Cisteína e Tirosina Função metabólica do Aas Glutamina: Em condições de trauma e jejum, passa a ser Aa indispensável Maior carreador de nitrogênio do musculoesquelético para órgãos viscerais Mais importante fonte de energia para mucosa intestinal, macrófagos e linfócitos Arginina: Promove secreção de hormônio: prolactina, insulina, GH Reparação tecidual por aumento da síntese de colágeno Ação imunofarmacológica Recomendação não estabelecida na NE Cisteína e Taurina: Sintetizada a partir de metionina, sendo necessária a presença de vitamina B6. Taurina está reduzida no plasma e urina em casos de doenças catabólicas Existem evidências científicas experimentais de que a taurina inibe a produção de substâncias inflamatórias, como óxido nítrico e TFN Desenvolvimento da retina, agregação plaquetária e função de neutrófilos Alfacetoácidos : Alfacetoglutarato de ornitina ( OKG) e Alfacetoglutarato (AKG) Precusrsores de glutamina OKG Estimula a liberação de insulina e GH A administração enteral de OKG resultou em melhora na retenção de N e síntese proteica no pós operatório em queimados e sepse. Digestão e Absorção de proteínas Início: Estômago Melhor desenvolvida no Duodeno e jejuno (Proteases pancreáticas) Após degradação: Aa atravessam aos poucos a membrana celular, adentram o citoplasma e passam para os vasos sanguíneos. Os dipeptídeos e o tripeptídeos também são capazes de ultrapassar intactos a mucosa intestinal até a circulação sanguínea Funções metabólicas Absorção mais rápida e eficiente de Aas Peptídeos x Aas livres Alguns estudos provaram que os As são absorvidos no lúmem intestinal mais rapidamente na forma de peptídeos do que Aas livres Comparadas as fórmulas com proteínas completas, as dietas com pequenos peptídeos foram mais eficazes, em pacientes submetidos á cirurgia abdominal e internados em UTI, no sentido de restaurar níveis proteicos e Aa no plasma. No pós operatório, com dietas enterais , ambas formas não apresentaram diferenças em termos de balanço nitrogenado ou cinética proteica. Absorção de peptídeos pode ser modulada de acordo com o tipo de carboidratos simultaneamente presente na dieta Observações importantes Implicam no objetivo da TN Lipídeos São armazenados na forma de triglicérides , moléculas de ácidos graxos acoplados ao glicerol Classificação: ácidos graxos Saturado Insaturado: Mono ou Poliinsaturado Essenciais Triglicérides: TCC TCM TCL Degradação dos Ácidos graxos Maior reserva energética do organismo Sua oxidação gera em torno de 9,3kcal/g Local: fígado e no músculo Não ocorre no cérebro, hemácias e na medula da adrenal Corpos cetônicos Substâncias equivalente a ácidos graxos Via alternativa de energia Produção: jejum prolongado, diabetes descompensado e excesso de exercício físico. Uso de lipídeos em Nutrição Enteral e Parenteral Importância: Concentração calórica Ácidos graxos essenciais Poupança proteica Manutenção da integridade da mucosa intestinal Modulação do sistema imune Via Enteral Via entérica x percurso da alimentação convencional Absorção/ transporte / metabolismo A concentração lipídica da fórmula a ser utilizada e a sua fonte devem ser correlacionar com as alterações metabólicas presentes. Dietas enterais normocalóricas oferecem 30% a 35% do valor calórico total. O requerimento mínimo de AG essenciais devem ser requeridos Contraindicações do uso de Emulsões lipídicas: Hiperlipidemias Cirrose hepática descompensada Encefalopatia hepática Pancreatite aguda na fase hiperlipidêmica Via Parenteral As emulsões lipídicas disponíveis para uso endovenoso são derivadas: óleos de soja, girassol, peixe, oliva ou algodão + lecitina A taxa máxima é de 3,8g/kg/24horas Trauma, Sepse e jejum prolongado Vantagens do uso de lipídeos nas emulsões endovenosas : Fornecimento de ácidos graxos essenciais Alta concentração calórica com menor volume infundido e menor carga glicídica infundida Economia de proteínas e glicose Diminuição da produção de CO2 Administração possível em veia periférica pela baixa osmolaridade. Contra-indicações do uso de gorduras em NE e NPT Distúrbios de hidrólise intralumial das gorduras Deficiência de sais biliares Deficiência de enzimas pancreáticas Distúrbios de absorção Superfície absortiva intestinal diminuída Distúrbios de transporte linfático de gordura Deficiência de lipoproteínas Os TCL podem ser substituídos pro TCM Única fonte gordurosa, não devem ultrapassar 17% 3% de TCL AGE Fibras São todos os polissacarídeos vegetais da dieta Celulose, hemicelulose, pectinas, gomas e mucilagens Lignina Não são hidrolisadas Solúveis: Pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses Retarda o esvaziamento gástrico Reduz o tempo de trânsito intestinal Diminui a absorção de glicose e colesterol Insolúveis: Celulose, lignina e hemicelulose Pouco fermentáveis Aceleram o tempo de transito intestinal Aumenta o bolo fecal Metabolismo Decomposição das fibras alimentares ocorre em maior parte no cólon Fermentação Grau de fermentação é variável Produtos do metabolismo bacteriano das Fibras Ácidos graxos de cadeia curta Gases Energia Suplementação energética A carga fermentável que chega ao cólon diariamente varia de 30g a 80g, dependendo da quantidade e tipo de carboidrato na dieta. 90 a 240kcal produzidas por AGCC 5% a 10% das necessidades energéticas totais do organismo Importante fonte calórica para pacientes: Síndrome do intestino curto Má absorção intestinal Nutrição enteral prolongada Estudo realizado por Bowling e col. (1993) revelou que a infusão direta de AGCC no ceco reverte a secreção fluida observada durante nutrição enteral Ramakrishna e Mathan (1993), reportaram que o suprimento lúmial de AGCC restaurou a absorção aquosa basal em pacientes com diarreia aquosa. Nightingale e col. (1992) demostraram que pacientes com intestino curto e cólon preservado tinham menor necessidade de reposição de eletrólitos e calorias que pacientes sem cólon. Outros benefícios: - Paciente encefalopatia hepática - Paciente com insuficiência renal Estimula a absorção de vitamina K e Magnésio Deficiência de AGCC: Menor consumo de fibra X doenças intestinais Apendicite Câncer colorretal Doença diverticular Retocolite ulcerativa Doença de Crohn Fibras e Nutrição Enteral Aplicações clínicas das fibras na terapia nutricional enteral: Reduzir a obstipação intestinal Diminuir a incidência da diarreia secundária a NE Promover um trofismo intestinal Melhorar a adaptação intestinal em pacientes com síndrome do intestino curto que conservam os cólons Aspectos negativos quando o consumo é elevado : Redução de absorção de vitaminas, minerais, proteínas e calorias Obstrução da sonda Flatulência e distensão abdominal Avaliação Nutricional
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