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ONCOLOGIA AULA 4

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ONCOLOGIA 
Evanderson Samuel Quirino Silva
ENFEVAN7@OUTLOOK.COM
(81) 99920-8834
QUIMIOTERAPIA
Quimioterapia
É considerada um tratamento sistêmico, que ataca pela corrente sanguínea todas as células cancerosas do organismo. 
A quimioterapia ataca as células que estão crescendo ativamente. 
No entanto, essas drogas não conseguem diferenciar as células normais, que são células de reprodução, das cancerígenas; como resultado, verificamos os efeitos secundários do tratamento. 
O objetivo primário da quimioterapia é eliminar as células cancerosas e impedir a recorrência da doença (o câncer voltar após o tratamento).
Quando não é possível uma eliminação, a quimioterapia pode ser usada para controle, por retardar o crescimento das células e/ou reduzir os sintomas causados pelo câncer (chamado de terapia paliativa).
É administrada principalmente por via sistêmica (endovenosa)
De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: 
Quimioterapia adjuvante: quando usado em conjunto com outra modalidade de tratamento (cirurgia, radioterapia, bioterapia) e com a finalidade de prevenir de micro metástases.
Quimioterapia neoadjuvante: administração de quimioterápicos para diminuir o tamanho do tumor antes da remoção cirúrgica ou da radioterapia.
Quimioterapia primária: tratamento de clientes com câncer localizado, para os quais há uma alternativa de controle do tumor
Quimioterapia paliativa: administração de quimioterápicos em clientes, com metástase diagnosticada ou recidiva do câncer.
Cuidando do paciente em quimioterapia
É importante que o planejamento do tratamento oncológico seja feito de forma individualizada. Para isso, são analisados diversos aspectos na tomada de decisão, tais como: sítio de origem do tumor, tamanho do tumor, grau de diferenciação das células, presença ou não de metástases, avaliação clínica do paciente e avaliação multiprofissional.
É importante que você conheça conceitos, objetivos, planejamento, cuidados de enfermagem e efeitos colaterais das diversas modalidades de tratamento oncológico.
A quimioterapia antineoplásica é o tratamento que utiliza agentes químicos, isolados ou em combinação, no tratamento de tumores malignos e que faz parte da maioria dos planejamentos de tratamento oncológico, principalmente aqueles sem condições imediatas de abordagem cirúrgica e/ou pela radioterapia.
Sempre que falarmos de tratamento do câncer, é importante ressaltar a importância da participação de uma equipe multiprofissional, devido à complexidade da doença e às diferentes abordagens terapêuticas.
 A equipe multiprofissional começa sua atuação desde o início do tratamento oncológico. Para que você possa atuar de forma harmoniosa com essa equipe, é muito importante conhecer as ações dos diferentes profissionais.
Cada profissional da equipe interdisciplinar tem uma parcela de participação importante no tratamento dos pacientes com câncer. 
Todas as informações colhidas, quando compartilhadas, subsidiam a atuação de todos os profissionais da equipe, promovendo aos pacientes uma assistência individualizada e específica às suas necessidades.
Atualmente, preconiza-se o uso de quimioterápicos em associação, o que é chamado de poliquimioterapia, ou seja, a utilização de duas ou mais drogas que, combinadas, agem de forma complementar, trazendo vantagens consideráveis ao tratamento.
 A superioridade da poliquimioterapia sobre a monoquimioterapia é justificada pela diminuição da resistência tumoral à ação dos fármacos e ao efeito sinérgico e da combinação das drogas. 
Os efeitos colaterais da terapêutica podem ser reduzidos pela utilização de dosagens menores de cada quimioterápico e, devido ao efeito tóxico, em intervalos e órgãos distintos.
Alguns tipos de câncer são passíveis de cura completa com tratamento quimioterápico exclusivo; podemos citar como exemplos os pacientes acometidos por linfomas, leucemias, tumores da infância e câncer de testículo. As quimioterapias curativas são usadas nos casos em que o tratamento tem como proposta a cura do paciente, deixando-o completamente livre de doença.
 No tratamento quimioterápico paliativo, o grau de desenvolvimento dos tumores, a extensão da doença, o acometimento de outras estruturas do corpo (metástases), associados às condições clínicas do paciente, impedem a realização de medidas curativas. Nesse caso, o tratamento quimioterápico tem como principal objetivo reduzir o tumor, estabilizar o quadro clínico e garantir uma melhor qualidade de vida.
Para o planejamento do tratamento quimioterápico, é muito importante que a equipe de saúde conheça as condições clínicas dos pacientes que necessitam desse tipo de tratamento com vistas a uma assistência humanizada e segura.
De acordo com a especificidade no ciclo celular, podemos classificá-las em cicloinespecíficos,
cicloespecíficos e fase-específicos. Veja, no quadro a seguir, a ação das drogas quimioterápicas
conforme o ciclo celular
CLASSIFICAÇÃO
AÇÃO NO CICLO CELULAR
Cicloinespecíficos
Quimioterápicos que atuam nas células que estão ou não na fase proliferativa.’
Cicloespecíficos
Quimioterápicos que atuam somente nas células que se encontram em proliferação.
Não são efetivos nas demais fases do ciclo celular.
Fase-Específicos
Quimioterápicos que atuam somente em determinada fase do ciclo celular.
CLASSIFICAÇÃO
TIPO
DROGA
EFEITOCOLATERAL
Agentesalquilantes
Mostarda nitrogenada
Derivados de
etilenomímicos
Alquilsulfonatos
Nitrossoureias
Triazina
Sais metálicos
Mecloretamina,
Ciclofosfamida
Tiotepa
Bussulfano
Carmustina,Lomustina,
Streptomizicin
Dacarbazina
Cisplatina,Oxaliplatina,
Carboplatina
Náuseas, vômitos
Leucopenia
Agentes
antimetabólitos
Análogos do ácido fólico
Análogos das purinas
Análogos das pirimidinas
MetrotexatoMercaptopurina,
Tioguanina
Citarabina,Fluoracil
Mielodepressão,
alopecia,
mucosite
Antibióticos
antitumorais
Antacíclicos
Doxorubicina,Bleomicina,
Mitomicina,Idarrubicina
Náusea, vômitos,
estomatite, leucopenia
Plantas alcaloides
Derivados da
podofilotoxina
Alcaloides da vinca
Vincristina, Vimblastina e
Vindesina
Etoposídeo,Topotecano,
Irinotecano
Alopecia,
estomatite,
mielodepressão
Como estratégia de avaliação das condições clínicas dos pacientes oncológicos utilizamos escalas e índices internacionalmente aceitos. As escalas mais comumente usadas são as de avaliação de performance e status dos pacientes, principalmente: a escala de performance Eastern Cooperative Oncology Group (Ecog) e índice de Karnofsky (KPS), o mais utilizado no Brasil.
O Índice de Karnofsky descreve os níveis crescentes de atividade e independência com valores que variam de 0 a 100. Zero indica morte e 100 o nível normal de desempenho físico e aptidão para realizar atividades normais. É o instrumento mais utilizado no prognóstico da terapia de câncer por tratar-se de medida do rendimento para classificação da habilidade de uma pessoa para desempenhar atividades, avaliando-se o progresso do paciente após um procedimento terapêutico e determinando sua capacidade para terapia. 
Na escala Ecog, é realizada uma avaliação do desempenho funcional do paciente. Nela, classificamos o paciente numa escala de 0 a 4, sendo o 0 completamente capaz, até 4 completamente incapaz. Essa escala é importante para avaliação funcional do paciente, geralmente é utilizada Associada ao índice de Karnofsky. 
ECOG
0
Pessoa capaz de exercer uma atividade
normal e ir ao trabalho; nenhum cuidado
especial é necessário.
1
Restrição a atividades físicas rigorosas;
é capaz de trabalhos leves e de natureza
sedentária.
2
Capaz de realizar todos os autocuidados,
mas incapaz de realizar qualquer atividade de trabalho em pé aproximadamente 50% das horas em que o paciente está acordado.
3
Capaz de realizar somente autocuidados
limitados, confinado ao leito ou cadeira
mais de 50% das horas em que o paciente está acordado.
4
Completamente incapaz de realizar
autocuidados básicos, totalmente confinado ao leito
ou à cadeira.
KARNOFSKY
100
Pessoa normal, sem queixas, sem evidência de doença.
90
Capaz de exercer uma atividade normal, com pequenos sinais ou sintomas da doença.
80
Atividade normal com esforço, alguns sinais ou sintomas da doença.
70
Cuidados para si, incapaz de exercer uma atividade normal ou para fazer um trabalho ativo.
60
Requer assistência ocasional, mas é capaz de cuidar mais de suas necessidades pessoais.
50
Requer considerável assistência e cuidados médicos frequentes.
40
Com deficiência; requer cuidados e assistência especiais.
30
Com deficiência grave, a hospitalização é indicada, embora a morte não seja iminente.
20
Muito doente, a hospitalização é necessária; tratamento de suporte ativo necessário.
10
Moribundos; processo fatal progredindo rapidamente.
0
Morte
Fatores considerados na escolha de medicamentos
Elegibilidade do cliente para quimioterapia (diagnóstico confirmado, avaliação da medula óssea, do estado nutricional, hepático e renal; expectativa de sobrevida; histórico de quimioterapia e radioterapia) 
Diagnóstico histopatológico (p. ex., células escamoas, adenocarcinoma)
Velocidade de absorção dos medicamentos 
Localização do tumor (muitos medicamentos não atravessam a barreira hematocefálica)
Carga tumoral (tumores maiores em geral respondem menos à quimioterapia)
Resistência do tumor à quimioterapia (as células tumorais podem sofrer mutações e produzir célular variantes diferentes das células-mães originais do tumor)
Administração da quimioterapia	
Normas gerais para a administração: as preparar e reconstituir os medicamentos, a equipe deve usar técnicas assépticas de acordo com as recomendações do fabricante. Rotular imediatamente todas as seringas de medicamentos reconstituídos com o nome do medicamento. 
Vias de administração
ORAL: Enfatizar a importância de o cliente obedecer ao regime prescrito. Planejar e confirmar que medicamentos com potencial emético sejam tomados com as refeições; medicamentos que necessitem de hidratação (ciclofosfamida) devem ser tomados no início do dia. 
SUBCUTÂNEA E INTRAMUSCULAR: Pode ser necessário fazer uma demonstração seguida de uma demonstração pelo cliente, se ele for se auto-aplicar injeções. Assegurar-se de fazer um rodízio de locais de injeção para cada dose. 
TÓPICA: Cobrir a área com uma camada fina de medicação; instruir o cliente para usar roupas de algodão frouxas. Usar luvas e lavar as mãos completamente após o procedimento. Avisar ao cliente para não tocar na área de aplicação. 
INTRA-ARTERIAL: Requer a colocação de um cateter em uma artéria próxima ao local do tumor. Por causa da pressão arterial, administrar o medicamento em uma solução heparinizada, através de uma bomba de infusão. Durante a infusão, monitorar sinais vitais, cor e temperatura da extremidade, e o potencial de sangramento no local do cateter temporário. Instruir o cliente e a família sobre os componentes do cateter e bombas de infusão, e a terapia for feita em casa.
Vias de administração
INTRACÁVITÁRIA: instalar a medicação na bexiga através de um cateter e/ou de um dreno na cavidade preural. Seguir a pré-medicação prescrita para minimizar irritação local potencial causada por medicamentos aplicados por via intracavitária. 
INTRAPERITONIAL: aquecer a solução a ser infundida (com calor seco) até a temperatura corporal de 38°C antes da administração. Injetar o medicamento na cavidade peritoneal através de um cateter de curta permanência ou um cateter peritoneal de longa permanência. Monitorar a pressão abdominal, dor, febre e estado eletrolítico do cliente, além de medir e anotar a circunferência abdominal durante 48 horas. 
INTRATECAL: reconstituir toda a medicação intratecal com salinal normal estéril, sem preservativo, ou água estéril. A infusão da medicação pode ser feita através de um reservatório de Ommaya, se por um procedimento de punção lombar. O volume usual de medicação instilada é de 0,5 ml, não ultrapassando 10 ml. A medicação deve ser injetada lentamente. Se os quimioterápicos citarabina ou metotrexato forem dados em altas doses, monitorar o cliente cuidadosamente para neurotoxicidade potencial. Só um médico pode aplicar medicamentos intratecais. 
Vias de administração
Via intravenosa: A medicação pode ser aplicada através de cateteres venosos centrais ou acesso venoso periférico. Os métodos de administração incluem:
 Infusão contínua – a medicação é administrada usando uma bolsa (frasco) e tubos secundários; a infusão primária é mantida simultaneamente durante toda toda a administração da medicação.
Em bolo – medicamento administrado através de seringa e agulha em uma entrada lateral de uma infusão intravenosa fluindo livremente. 
 Verificar o retorno de sangue antes, durante e após a infusão de quimioterápicos. Seguir as normas para frequência de monitoração de infusões contínuas de quimioterápicos. Para a infusão contínua de um medicamente vesicante, as sugestões incluem a validação do retorno do sangue a cada duas horas; para medicamentos não vesicantes, validar o retorno de sangue a cada quatro horas.
 Observar constantemente a área puncionada durante a aplicação do quimioterápico, especialmente se o medicamento for vesicante. 
Escolha da veia e punção venosa
A escolha do local e dos equipamentos é determinada pela idade do cliente, estado das veias, medicamentos a serem infundidos e tempo esperado de infusão. 
A extremidade deve ser observada e palpada. 
Usar primeiro as veias distais e escolher uma veia acima das áreas de flexão.
As veias distais da mão e do braço devem ser usadas primeiro, e punções venosas subsequentes devem ser feita proximamente aos locais anteriores.
Escolher o cateter mais curto e mais estreito, adequado para o tipo e a duração de infusão.
Veias comumentes usadas incluem a basílica, a cefálica e as metacarpianas. 
Procedimentos para administração de quimioterápicos
Verificar a identificar do cliente, medicamento, dose, via e tempo de administração na prescrição médica.
Rever o histórico de alergia a medicamentos com o cliente.
Antecipar e planejar possíveis efeitos colaterais e toxicidade sistêmica importantes.
Rever os dados laboratoriais e outros testes adequados. 
Verificar o consentimento informado para o tratamento.
Escolher os equipamentos e dispositivos adequados.
Reconstituir o medicamento usando técnica asséptica; seguir as normas de manuseio seguro. 
Procedimentos para administração de quimioterápicos
Explicar o procedimento ao cliente e à sua família. 
Administrar antieméticos ou outras medicações prescritas. 
Preparar o local de infusão intravenosa periférica e/ou o local de acesso venoso central.
Administrar o quimioterápicos. 
Monitor o cliente em intervalos programados durante todo o período de administração de medicamentos. 
Descartar todos os dispositivos usados e medicamentos não-usados em recipientes aprovados à prova de punções e vazamentos, fora da área do cliente.
Documentar o procedimentos segundo as normas institucionais. 
Preparo de medicamentos
Para garantir um manuseio seguro, todos os quimioterápicos devem ser preparados de acordo com a bula em uma câmara de segurança biológica do tipo II;
Exaustão para exterior é indicada; 
O equipamento de proteção pessoal inclui luvas cirúrgicas de borracha descartáveis, não entalcadas, avental feito de tecido sem fiapos e de baixa permeabilidade com a frente fechada, mangas compridas e punhos elásticos ou de malha e máscara. Usar óculos de proteção contra respingos ou um escudo facial quando preparar os medicamentos, se não estiver usando uma câmara de segurança biológica. 
Trocar de luvas entre a preparação e administração do medicamento, pelo menos a cada 30 minutos durante a preparação e administração. 
Sugestões para minimizar a exposição:
Lavar as mãos antes e após o manuseio dos medicamentos
Limitar o acesso à área de preparação de medicamentos
Manter o kit rotulado de respingo de medicamento próximo à área de preparação 
Colocar luvas antes de
manusear medicamentos 
Preparar os medicamentos usando técnicas asséptica 
Evitar comer, beber, fumar, goma de mascar, aplicação de cosméticos e guardar comida na ou próximo à área de preparação 
Abrir frascos e ampolas e medicamento longe do corpo 
Sugestões para minimizar a exposição:
Ventilar os frascos com agulha com filtro hidrófobo para impedir formação de aerossol 
Enrolar uma compressa de álcool em torno da parte fina da ampola antes de abrir
Preparar os tubos contendo medicamento dentro da câmara de segurança biológica usando o frasco original do medicamento ou uma bolsa plástica com zíper
Cobrir a ponta da agulha com gaze estéril ou compressa com álcool quando expelir ar na seringa
Rotular todos os quimioterápicos 
Limpar imediatamente qualquer respingo
 Transportar os medicamentos para área de aplicação em um recipiente à prova de vazamente
Administração de medicamentos
Usar equipamento de proteção (luvas, avental, máscara)
Informar ao cliente que os quimioterápicos são lesivos para células normais e que as medidas de proteção usadas pela equipe minimizam sua exposição aos medicamentos
Administrar medicamentos em um ambiente seguro e tranquilo
 Colocar material absorvente forrado de plástico sob os tubos durante a administração, para captar qualquer vazamento 
Não descartar qualquer dispositivo ou medicamento não-usado na área de cuidado do cliente
Descarte de dispositivos e medicamentos não-usados
Não cortar ou colocar a capa em agulhas ou quebrar seringas
Colocar os dispositivos usados intactos em um recipiente rotulado adequado, à prova de punção e vazamento; manter esses recipientes em todas as áreas onde são preparados medicamentos, de forma a que os materiais usados não tenham que ser movidos de uma área para outra
Descartar os recipientes cheios dos dispositivos de quimioterapia e medicamentos não usados de acordo com as normas de resíduos perigosos, por exemplo, em um aterro ou inicineração a 1000°C
Tratamento de respingos de quimioterápicos
Respingos de quimioterápicos devem ser limpos imediatamente por pessoal adequadamente protegido e treinado nos procedimentos apropriados. 
Um respingo deve ser identificado com um cartaz de aviso, para que outras pessoas não se exponham às medicações. São os seguintes os dispositivos e procedimentos recomendados para tratar os respingos de quimioterápicos sobre superfícies rígidas, planas, pessoais e clientes: 
Dispositivos
Kit de respingos quimioterápicos: Máscara de respiração para respingos de pó em suspensão no ar, óculos de segurança de plático, luvas de borracha resistentes, compressas absorventes para conter respingos líquidos, toalhas absorventes para limpeza dos respingos, pequenas colher para recolher fragmentos de vidro, dois grandes sacos para coletar resíduos. 
Avental descartável de proteção
Recipientes de solução detergente e de água corrente limpa para lavagem após respingos
Recipiente aprovado à prova de punção e vazamento para descarte de material de quimioterapia 
Sacos de roupa impermeáveis, aprovados, especialmente rotulados
Adaptadores de torneira ou bebedouro para lavagem ocular dentro ou próximo da área de trabalho
Cuidados com os clientes que recebem quimioterápicos
Pessoal manuseando sangue, vômitos ou excreções de clientes que receberam quimioterapia nas 48 horas anteriores deve usar luvas cirúrgicas de borracha descartáveis e aventais a serem descartados adequadamente após o uso. 
Tecidos contaminados com quimioterápicos, sangue, vômitos ou excreções desses clientes devem ser colocados em sacos de roupa impermeáveis especialmente marcados, de acordo com o procedimento para respingos em tecidos. 
Práticas de trabalho relacionadas com questão de reprodução
O manuseio de quimioterápicos por mulheres grávidas ou que estão tentando engravidar e pelas que estão alimentando no peito permanece uma questão sensível e indefinida. 
Alguns sugerem que ofereça a essas pessoais a oportunidade de transferência para áreas que não envolvam quimioterápicos. 
Todas as normas de manuseio seguro devem ser praticadas com o máximo cuidado por todas as mulheres grávidas.
Cuidados com extravasamento
Extravasamento é a infiltração acidental de quimioterápicos vesicantes ou irritantes da veia para os tecidos circundantes do local da punção venosa. 
Um agente vesicante é o que produz uma bolha e/ou destruição tecidual. 
Um agente irritante é o que é capaz de produzir dor venosa no local e ao longa da veia, com ou sem reação inflamatória. 
Lesões que podem resultar do extravasamento incluem descolamento de tecido, infecção, dor e perda de mobilidade de uma extremidade. 
O grau da lesão tecidual está relacionado a diversos fatores, como potencial vesicante do medicamento, concentração do medicamento, quantidade extravasada, duração da exposição do tecido, local/dispositivo de punção venosa, técnica de inserção de agulha e respostas teciduais individuais. 
Prevenção de extravasamento
As responsabilidades do pessoal de enfermagem na prevenção do extravasamento incluem:
 Conhecimento dos medicamentos com potencial vesicante
 Habilidade de administração de medicamentos
Identificação de fatores de risco, por exemplo, punções venosas múltiplas, tratamento anterior
Antecipação do extravasamento e conhecimento do protocolo de tratamento prescrito
Obter um novo local de punção venosa diariamente, se for usado acesso periférico
Considerar acesso venoso central se o acesso periférico é difícil
Prevenção de extravasamento
As responsabilidades do pessoal de enfermagem na prevenção do extravasamento incluem:
 A maioria das fontes de consulta recomenda que se faça infusão de 24 horas d vesicantes somente através de acesso venoso central
Administração de medicamento em um ambiente calmo e pouco movimentado
Testar o fluxo da veia não usando quimioterápicos
Diluir adequadamente o medicamento, por exemplo, infusão lateral em uma infusão venosa fluindo livremente
Observação cuidadosa do local de acesso e da extremidade durante todo o procedimento
Validação do retorno de sangue do local de acesso antes, durante e após a infusão de medicamentos vesicantes
Orientar os clientes sobre os sintomas de infiltração de medicamentos, por exemplo, sensações de dor, queimação e formigamento no local de acesso 
Pacientes que apresentaram sinais e/ou sintomas após extravasamento de drogas antineoplásicas segundo tipos de drogas infundidas – Ambulatório de Quimioterapia relatam:
Ardor 
Dor e edema 
Soroma 
Dor e ardor 
Edema e hiperemia 
Vesícula, escaras e calor
 Pápulas vermelhas
Dormência
Protocolo para tratamento do extravasamento em um local periférico
As recomendações e o procedimento para tratar o extravasamento, junto com a prescrição do médico responsável, devem estar facilmente acessíveis à equipe. Os antídotos aprovados devem estar disponíveis prontamente, e o procedimento a seguir deve ser iniciado logo que se suspeite ou ocorra um extravasamento de um medicamento vesicante ou irritantes:
Interromper o quimioterápico
Deixar a agulha ou cateter no local de acesso
Aspirar todo o medicamento residual e o sangue dos tubos, agulhas ou cateter e local suspeito da infiltração 
Instilar o antídoto intravenoso 
Remover a agulha 
Se for impossível aspirar o medicamento residual dos tubos, remover a agulha ou cateter
Injetar subcutaneamente o antídoto em sentido horário no local infiltrado, usando uma agulha de calibre 25; trocar a agulha a cada nova injeção
Evitar aplicar pressão no local suspeito da infiltração 
 Fotografar a área suspeita de extravasamento de acordo com as normas e procedimento para documentação e acompanhamento, após consentimento livre e esclarecido do cliente ou familiares
 Aplicar medicação tópica, se prescrita
 Cobrir levemente com um curativo estéril oclusivo
Aplicar compressas quentes ou frias, como indicado
Elevar a extremidade
Observar regularmente para dor, eritema, endurecimento tecidual ou necrose
Documentar o tratamento do extravasamento:
data, hora, local/dispositivo inserido, sequencia de medicamentos, notificação do médico e tratamento de enfermagem do extravasamento. 
Anafilaxia
A equipe de enfermagem deve estar informada e preparada para medicamentos específicos com risco conhecido de anafilaxia.
Anafilaxia ou Choque anafilático é uma reação alérgica grave e de rápida progressão que pode provocar a morte. Geralmente causa um ou mais dos seguintes sintomas: eritema pruriginoso, inflamação da garganta ou da língua, falta de ar, vómitos, atordoamento e diminuição da pressão arterial. 
 Uma dose de teste anterior à infusão do medicamento e precauções após a infusão diminuem a incidência de anafilaxia. Medicamentos e dispositivos de emergência para o tratamento da anafilaxia incluem:
Aminofilina, hidrocloreto de difeniramina, dopamina, epinefrina, heparina e hidrocortisona injetáveis
Instalação de oxigênio, cânula ou máscara e dispositivo para vias respiratórias
Equipamento de aspiração 
Líquidos IV (soluções isotônicas)
 Equipo e dispositivos para acesso venoso
 Suspender imediatamente a infusão do medicamento 
Manter a linha intravenosa com soro fisiológico
Posicionar o cliente com conforto para promover a perfusão dos órgãos vitais
Notificar o médico, o posto de enfermagem e/ou serviços médicos de emergência 
Manter as vias respiratórias e antecipar a necessidade de reanimação cardio-pulmonar
Monitorar os sinais vitais de acordo com as normas
Administrar os medicamento prescritos 
Seguir o protocolo do centro de enfermagem para cuidados de acompanhamento 
Registrar o incidente do prontuário do cliente
Ambientes de tratamento alternativos
O progresso dos métodos de aplicação, contenção de custos e considerações sobre a qualidade de vida afetou as tendências na administração de quimioterápicos. 
O controle dos sintomas, como náuseas e vômitos, e o controle melhorado da dor reduziram a necessidade de hospitalização. Opções de quimioterapia em ambientes fora do hospital incluem centros de tratamento ambulatorial, consultórios médicos, sistemas de tratamento estendido e organizações de tratamento domiciliar.
Alguns princípios de administração de quimioterápicos e padrões de assistência ao cliente devem ser mantidos pela equipe, independendo do ambiente. 
O cliente oncológico é agora, e continuará a ser, um segmento do tratamento em casa. Critérios específicos para administração domiciliar de quimioterápicos incluem: equipe preparada e empenhada na assistência; estado físico do cliente estável e dentro dos recursos disponíveis em casa; condições de moradia estáveis e adequadas, incluindo limpeza, encanamentos, refrigeração, telefone e acesso a socorro de emergência.
CONDUTAS DE ENFERMAGEM
Avaliação e intervenção de enfermagem 
 Os quimioterápicos podem causar efeitos colaterais adversos e toxicidade e disfunção importante de sistemas. 
Os efeitos colaterais e toxicidade variam de acordo com a resposta individual do cliente à quimioterapia. 
Os efeitos colaterais mais frequentes são mielossupressão, náuseas, vômitos. A mielossupressão pode ser uma toxicidade limitante da dose. Os quimioterápicos agem destruindo e/ou suprimindo novos leucócitos, plaquetas e hemácias. Portanto, é indispensável monitorar esses efeitos por meio de avaliação de hemogramas em intervalos periódico planejados. O período em que as contagens de leucócitos alcançam o mínimo é o nadir. Esse período varia de acordo com os medicamentos utilizados e as respostas individuais, mas, em geral, ocorre entre 10 a 15 dias após a administração de quimioterápicos. 
CONDUTAS DE ENFERMAGEM
Avaliação e intervenção de enfermagem 
 Náuseas e vômitos são frequentemente os efeitos colaterais mais desconfortáveis da quimioterapia. Esses efeitos podem ser agudos, antecipatórios, retardados ou persistentes. 
A avaliação e o registro de sua frequência, gravidade, padrões e duração auxiliam na prevenção e no controle dos sintomas. O melhor para as náuseas e vômitos é a prevenção.
Intervenções comportamentais, como relaxamento, distração e imaginação guiada, podem ajudar nas náuseas e nos vômitos antecipatórios. 
A administração de antieméticos 30 a 60 minutos antes da quimioterapia pode aliviar os sintomas. Os antieméticos devem ser mantidos em intervalos planejados durante todo o período de duração esperado das náuseas e vômitos. 
Quimioterápicos com potencial eméticos devem ser sempre levados em consideração, sendo eles classificados com potencial leve, moderado ou grave.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Déficit de conhecimento relacionado aos efeitos colaterais da quimioterapia 
INTERVENÇÕES
Avaliar o nível educacional, capacidade, desejo de aprender e barreiras ao aprendizado
Avaliar a compreensão acerca do diagnóstico específico, do prognóstico e do tratamento planejado
Identificar junto à família um responsável para participar da assistência ao cliente e do processo de tratamento
Avaliar as necessidades do cliente/família de consulta a diversos recursos (ex: grupos de apoio)
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para lesão relacionado à alteração do sistema imunológico; fatores de coagulação
INTERVENÇÕES
Monitorar as contagens sanguíneas, hemoglobina, tempo de protrombina, TTP e contagem de plaquetas
Avaliar o tipo de tratamento (quimio, radio) e o medicamentos em uso (ASS, anticoagulantes) que podem alterar os tempos de sangramento e coagulação
Avaliar os fatores que podem alterar o processo de coagulação – febre, sepse, função hepática alterada e função da medula óssea
Observar e relatar sintomas: equimoses, sangramento nos locais de acesso venoso, nariz, gengivas, vagina, reto; hemoptise (expulsão sanguínea ou sanguinolenta através da tosse), hematêmese, sangue nas fezes, melena intermitente ou perda abundante; aumento do fluxo menstrual usual; alteração dos sinais vitais, petéquias e hematomas espontâneos.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Nutrição alterada: ingestão abaixo das necessidades corporais relacionada com náuseas e vômitos
INTERVENÇÕES
Avaliar quantidade, cor, consistência e frequência dos vômitos e episódios de náuseas.
Determinar que fatores facilitam e/ou impedem as náuseas e vômitos
Avaliar as possíveis variações do peso: antes de apresentar os sintomas da doença, na época do diagnóstico e antes de iniciar o tratamento. Registrar perdas e ganhos.
Monitorar os valores laboratoriais: albumina sérica, níveis séricos de transferrina, hemograma e eletrólitos.
Avaliar a história dietética: hábitos e preferências alimentares (tipo de alimento ingerido no café da manhã, almoço, jantar e lanches)
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Distúrbio da imagem corporal relacionado com alopecia
INTERVENÇÕES
Informar o cliente que a perda de cabelos é temporária e que eles crescerão de novo quando o tratamento for interrompido; o crescimento normal de cabelos volta em dois a seis meses. 
Fornecer recursos para a compra, aluguel de perucas, lenços e toucas
Informar o cliente sobre cuidados de saúde para proteção do couro cabeludo: uso de xampus suaves, evitar secadores de cabelo e ferros de encaracolar, permanentes e tinturas de cabelo; proteger o couro cabelo no inverno e no verão (frio/perda de calor) e usar coberturas protetoras quando fora de casa. 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para infecção: imunossupressão, lesões na pele ou contaminação de suprimentos
INTERVENÇÕES
Monitorar o hemograma e a contagem de granulócitos
Monitorar a expectativa do nadir relacionado com a quimioterapia 
Instruir e monitorar os clientes acerca das técnicas de lavagem de mãos antes-após as refeições, após o uso do banheiro e antes de qualquer atividades de autocuidado relacionada com o tratamento 
Restringir visitantes com infecções potenciais ou recentemente imunizados com vacinas de vírus vivos atenuados
Prioridades de instrução de cliente para quimioterapia 
Avaliar a vontade, a velocidade de aprendizado e as barreiras ao aprendizado (prevenção da doença, deficiências sensoriais, dor e/ou medo e ansiedade com relação ao diagnóstico/tratamento)
Informar o cliente/família sobre a programação de atividades para administração de quimioterápicos e monitoração dos testes laboratoriais e diagnósticos 
Encorajar a prática e a repetição de habilidades recém-aprendidas para melhorar o comportamento do cliente em relação ao autocuidado
Validar as habilidades do cliente ou de quem cuidar dele quanto a técnica asséptica no manuseio das medicações e equipamentos, e instruir quanto aos efeitos da medicação e possíveis complicações.
Fornecer materiais escritos, como manuais de informação, telefones e informação e outros materiais, como necessário 
Orientar acerca de medicamentos específicos e seus efeitos colaterais que o cliente possa experimentar e quando, onde, como e a quem recorrer se aparecerem problemas 
Fornecer informações e uma lista de recursos para obter, armazenar e descartar medicamentos e dispositivos.
Consideração geriátrica 
Risco para comprometimento sistêmico: cardíaco, renal, respiratório e hepático; a dose e/ou o protocolo de administração pode ser alterado. 
Tratamentos com medicamentos em altas doses são associado a maior toxicidade (ex: neurotoxicidade com citarabina em altas doses, clientes com mais de 50 anos de idade são particularmente suscetíveis a essa toxicidade).
Considerar deficiências neuromusculares ou sensoriais que possam estar presentes, como perda visual e auditiva, e artrites; planejar sessões de orientação individualizadas; usar material impresso com letras grandes, para facilidade de leitura; técnica de demonstração e verificação de aprendizado podem requerer passos simplificados para facilitar o aprendizado do procedimento necessário pelo cliente/família. 
Coniderar alterações relacionadas com a idade em acomodações de funções corporais; tonicidade intestinal e vesical (incapacidade de manter grandes volumes de hidratação, incapacidade de reter preparações de limpeza intestinal em grandes volumes); garantir necessidades de eliminação prontas e frequentes. 
Consideração geriátrica 
Pré-medicações podem provocar sonolência; encorajar o cliente/família a usar transportes familiares se estiverem recebendo quimioterapia, e/ou se for necessária a monitoração de testes laboratoriais. 
Orientar o cliente/quem cuida dele sobre os riscos do uso de medicamentos vendidos sem receita e/ou medicamentos previamente prescritos; alguns podem alterar os tempos de coagulação e sangramento e/ou interferir com a quimioterapia prescrita. 
Avaliar a capacidade do cliente ou de quem cuida para determinar necessidade de recursos adicionais, como agentes de tratamento em casa, alimentação encomendada e serviços sociais para assistência financeira. 
ONCOLOGIA 
Evanderson Samuel Quirino Silva
ENFEVAN7@OUTLOOK.COM
(81) 99920-8834

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