Buscar

Do lenocínio e trafíco de pessoas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Do lenocínio e do tráfico de pessoas para fim de prostituição ou outra forma de exploração sexual 
UNINASSAU
Direito penal 3

Art. 227 – Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem. 
-> outrem é uma pessoa determinada. Induzir alguém a satisfação de lascívia de várias pessoas indeterminadas poderá configurar o delito de favorecimento de prostituição. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo qualquer pessoa
Objeto jurídico: liberdade sexual
Mediação para servir à lascívia de outrem

Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo qualquer pessoa
Objeto jurídico: liberdade sexual
Tipo subjetivo: dolo
Consumação: com a prática do ato que importe na satisfação da lascívia.
Elementos do crime

Se a vítima é maior de 14 anos e menor de 18
(Se for menor de 14, responde o agente pelo delito do artigo 218)
O agente é: descendente, ascendente, ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda. 
Formas qualificadas (§1°)

Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude.
O que diferencia essa conduta do estupro ou violação sexual mediante fraude? 
Formas qualificadas (§2°)

Art. 228.  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone.
Sujeito ativo: qualquer pessoa
Sujeito passivo: qualquer pessoa
Objeto jurídico: liberdade sexual
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: Nas formas induzir, atrair ou facilitar: no momento em que a pessoa começa a se dedicar; nas demais, quando ela não consegue sair. 
Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual

Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude. 
Formas qualificadas (§1°)

Art. 229.  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente.
A conduta criminosa é de manter o estabelecimento onde ocorre exploração sexual. Há quem defenda a necessidade de descriminalizar a presente conduta. 
-Pune-se os donos de motéis? 
Estabelecimento para a exploração sexual

HC 108891 / MG
HABEAS CORPUS
2008/0131993-0
Relator(a)
Ministro FELIX FISCHER (1109)
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
19/02/2009
Data da Publicação/Fonte
DJe 23/03/2009
Ementa
PENAL. HABEAS CORPUS. CASA DEPROSTITUIÇÃO.TOLERÂNCIA SOCIAL. TIPICIDADE (ART. 229 DO CP). I - A eventual tolerância ou a indiferença na repressão criminal, bem assim o pretenso desuso não se apresentam, em nosso sistema jurídico-penal, como causa deatipia(Precedentes). II - Na hipótese, comprovado que a paciente mantinha e explorava, desde o ano de 2003, com habitualidade,estabelecimentodestinado àprostituição,deve ser mantido o r. decisum que a condenou como incursa no art. 229 do Código Penal. Ordem denegada.

REsp 65951 / DF
RECURSO ESPECIAL
1995/0023348-7
Relator(a)
Ministro EDSON VIDIGAL (1074)
Órgão Julgador
T5 - QUINTA TURMA
Data do Julgamento
01/09/1998
Data da Publicação/Fonte
DJ 28/09/1998 p. 88
RJADCOAS vol. 1 p. 164
RT vol. 761 p. 567
Ementa
PENAL. CASA DEPROSTITUIÇÃO. ESTABELECIMENTOCOMERCIAL. MATÉRIA DE FATO. REEXAME DE PROVA. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. 1. A simples manutenção deestabelecimentocomercial relativo a casa de massagem, banho, ducha, "relax" e bar não configura o delito do art. 229 do CP. Hipótese que demanda análise do material fático-probatório, vedado nesta instância. Incidência da Sum. 7/STJ. 2. Dissídio jurisprudencial caracterizado. 3. Recurso conhecido, pelo dissídio, mas improvido.

REsp 102912 / DF
RECURSO ESPECIAL
1996/0048551-8
Relator(a)
Ministro FERNANDO GONÇALVES (1107)
Órgão Julgador
T6 - SEXTA TURMA
Data do Julgamento
10/03/1998
Data da Publicação/Fonte
DJ 30/03/1998 p. 145
LEXSTJ vol. 108 AGOSTO/1998 p. 337
Ementa
RESP. PENAL. CASA DEPROSTITUIÇÃO. ESTABELECIMENTOCOMERCIAL. 1. PARA A CONFIGURAÇÃO DO DELITO DO ART. 229 DO CODIGO PENAL, EM SE TRATANDO DE COMERCIO RELATIVO A BAR, GINASTICA, ETC., E NECESSARIA A TRANSFORMAÇÃO DOESTABELECIMENTOEM LOCAL EXCLUSIVO DEPROSTITUIÇÃO,INTENTO CUJA APURAÇÃO REFOGE AO AMBITO DO ESPECIAL POR DEMANDAR INVESTIGAÇÃO PROBATORIA. SUMULA NUM. 07/STJ. 2. RECURSO ESPECIAL NÃO CONHECIDO.

Sujeito ativo: qualquer pessoa (chamado de proxeneta)
Sujeito passivo: coletividade (afetaria a moral)
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: crime habitual ou permanente? 
Elementos do delito

Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça.
O crime é o de viver à custa da prostituição alheia. 
Rufianismo

Sujeito ativo: qualquer pessoa (rufião, cafetão)
Sujeito passivo: pessoa que exerce a prostituição
Elemento subjetivo: dolo
Consumação: trata-se de crime habitual. 
O crime de favorecimento à prostituição é absorvido pelo de rufianismo, pois é meio para este. O STJ tem decisão nesse sentido. 
Elementos do crime

Tráfico internacional (art. 231)
Tráfico interno (art.232)
O crime é promover ou facilitara entrada ou saída de pessoa do território nacional para a prostituição ou outra forma de exploração sexual.
O crime é promover ou facilitara entrada ou saída de pessoa do território nacional para a prostituição ou outra forma de exploração sexual.
Sujeito ativo:qualquer pessoa
Sujeito passivo:qualquer pessoa.
Elemento subjetivo:dolo. ParaNucci, há o dolo específico consistente na vontade de querer submeter a pessoa à prostituição.
Tráfico internacional de pessoas para a prostituição e exploração sexual

Art. 231.  Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro.
§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la.
O crime é promover ou facilitar ou de qualquer outra forma participar da entrada ou saída de pessoa do território nacional para a prostituição ou outra forma de exploração sexual. Todos aqueles que auxiliam na atividade incorrem no crime. 
Tráfico internacional de pessoas para a prostituição e exploração sexual

I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; 
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; 
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou 
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. 
Causas de aumento de pena

Art. 231-A.  Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual:
§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la
O crime é promover ou facilitar ou de qualquer outra forma participar do deslocamento de pessoas no território nacional para a prostituição ou outra forma de exploração sexual. Todos aqueles que auxiliam na atividade incorrem no crime. 
Tráfico interno de pessoas

I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
III - se o agente
é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude
Causas de aumento de pena


Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando