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REVISTA DO PROFESSOR, out./dez. 2003 29 (76):Porto Alegre, 19 29-33, CLASSE MULTISSERIADA Estrutura frasal Atividades para o estudo da frase promovem a qualidade da mensagem É possível que Rubem Braga, eventualmente, tenha cometido erros de grafia, de acentuação ou de pontuação! Quem de nós não os comete, vez ou outra? Mas, reconheçamos: em maté- ria de estrutura frasal, o autor, como tantos outros que manejam com maestria a nossa língua, é um verdadeiro artesão. Comunica-se perfeitamente, remete a sua mensagem e nos per- mite entender com clareza o que pensa a respeito de qualquer tema, em suas crônicas. A língua é o instrumento de que mais fazemos uso para nos enten- dermos; é o maior veículo por meio do qual a comunicação se processa e, salvo exceções, está ao alcance de todos, no dia-a-dia: mesmo que não saibam escrever, as pessoas fa- lam sua língua. Quando fomos para a escola, não sabíamos escrever, mas falávamos perfeitamente e nos •NORA CECÍLIA BOCACCIO CINEL Especialista em Lingüística e em Supervisão de Sistemas Educacionais. Porto Alegre/RS. fazíamos entender. Isto não significa que valoriza- mos a fala em detrimento da escri- ta. Ambas são importantes manifes- tações comunicativas do indivíduo, mas é preciso considerar que: – a linguagem verbal oral (a fala) tem sido usada pela humanidade desde a era neolítica; – a linguagem verbal escrita apa- receu, aproximadamente, há 4000 anos. A fala, já dissemos, está ao al- cance de todos, mas a escrita fun- ciona como registro do que pen- samos ou fazemos, em condições muito diferentes da língua oral. Como ser social, o homem necessita da fala e da escrita para expressar-se e comunicar- se com seus semelhantes, usan- do o código lingüístico, seja oral, seja escrito, servindo-se de enunciados com intenção definida: frases. Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim Conhece o vocábulo escar- dinchar? Qual o feminino de cu- pim? Qual o antônimo de póstu- mo? Como se chama o natural de Cairo? O leitor que responder não sei a todas estas perguntas não pas- sará provavelmente em nenhuma prova de Português de nenhum concurso oficial. Mas, se isso pode servir de algum consolo a sua ig- norância, receberá um abraço de felicitações deste modesto cronis- ta, seu semelhante e seu irmão. Porque a verdade é que eu também não sei. Você dirá, meu caro professor de Português, que eu não deveria confessar isso; que é uma vergonha para mim, que vivo de escrever, não conhecer meu instrumento de trabalho, que é a língua. (...) Con- fesso que escrevo de palpite, como outras pessoas tocam pia- no de ouvido. De vez em quando um leitor culto se irrita comigo e me manda um recorte de crôni- ca anotado, apontando os erros de Português. (...) Alguém já me escreveu tam- bém – que sou um escoteiro ao contrário. Cada dia você parece que tem de praticar a sua má ação – contra a língua. (...) Morrerei sem saber isso. E o pior é que não quero saber; nego- me terminantemente a saber, e, se o senhor é um desses cava- lheiros que sabem qual é o femi- nino de cupim, tenha a bondade de não me cumprimentar. (...) No fundo o que esse tipo de gramático deseja é tornar a lín- gua portuguesa, não alguma coi- sa através da qual as pessoas se entendam, mas um instrumento de suplício e de opressão que ele, gramático, aplica sobre nós, os ignaros. (...) Rubem Braga Sem título-3 09/02/2006, 15:3329 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer REVISTA DO PROFESSOR, out./dez. 2003(76):Porto Alegre, 19 29-33, 30 CLASSE MULTISSERIADA Frase É um enunciado com sentido completo; é uma unidade autôno- ma de comunicação intencional e particularmente melódica. Como diz Othon Garcia, frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comu- nicação. Tradicionalmente, é costume classificar as frases como: inter- rogativa (direta ou indireta), de- clarativa (afirmativa ou negativa), imperativa, optativa e exclamativa. Garcia, fugindo à classificação tradicional, nos apresenta outros padrões válidos na linguagem moderna e viva, porque está pre- sente na fala e na escrita do povo. São eles: ãfrase de situação (Que calor! Ótimo!); ãfrase nominal (Casa de ferrei- ro, espeto de pau.); ãfrase de arrastão (Cedo me le- vantei e me vesti e fui pra escola e comi o lanche e voltei pra casa.) A ausência da correlação expressa entre as frases é carac- terística da linguagem infantil e das pessoas com pouca ou nenhu- ma escolarização; ãfrase entrecortada ou picadinha (A boca tremeu. Os olhos se apertaram. Estava cansado.) Breves, curtas e incisivas são co- muns no discurso livre, indireto; ãfrase de ladainha (O vento ba- tia e a tarde estava cinzenta e fazia frio e um frio de beira de praia...) Usada na linguagem co- loquial, apresenta orações coor- denadas entre si e, eventualmen- te, subordinadas iniciadas por que que não sejam adjetivas. (Pensei que pneus não furavam e que as ruas não eram armadilhas, que os homens brincavam vestidos de branco.); ãfrase labiríntica ou centopéica (Discursos do Pe. Antônio Viei- ra). São frases confusas, sem cla- reza, repetitivas e prolixas; ãfrase fragmentária (Ela sempre embrabecia. Ainda que não ti- vesse razão. Furiosa e cruel.) Nesse caso, há interligação de orações sem sentido completo, formando um contexto; ã frase caótica (Flávio olhou para baixo. O vão das escada- rias escuro. Vazio. E o vulto, onde está? Os gemidos que vi- nham dali? O choro? Seria água ou soluço? São soluços ou go- teiras?) Usada pelos escritores modernos, é frase livre, fluente, geralmente reproduz um monólo- go interior (fala ou pensamento de personagem de um texto); ãfrase parentética (Achei o livro, se não me falha a memória, na prateleira de baixo.). É formada por orações justapostas e que não pertencem de modo integral ao sentido lógico do texto. Devemos observar que, com exceção das frases de situação e nominal (classificadas sintatica- mente), as demais são classifica- das estilisticamente. Qualquer frase pode expressar um juízo, indicar uma ação, um estado ou um fenômeno, transmi- tir um apelo, uma ordem ou exte- riorizar emoções, desde que es- teja adequadamente estruturada. Sabemos, conforme já explica- do anteriomente, que uma frase pode apresentar-se como uma só palavra ou um conjunto organiza- do de palavras com sentido com- pleto e que comunique uma men- sagem. No entanto, esta organiza- ção é essencialmente gramatical porque: • obedece só às características es- pecíficas das classes gramaticais? • atende somente aos aspectos re- lacionados à sintaxe? • considera, é lógico, os valores semânticos, dando atenção exclu- siva à natureza, às funções e aos usos dos significados das palavras? • preocupa-se unicamente com o caráter utilitário da linguagem ver- bal (pragmática)? • leva em conta todos os fatos científicos que estão subjacentes, ao usar-se a expressão oral e es- crita e ao valer-se dela para pas- sar aos outros cada uma das nos- sas mensagens? A resposta é clara: uma frase adequadamente estruturada é o resultado de uma organização mental que leva em consideração o que sabemos, de modo sistemá- tico ou assistemático, a respeito da língua sob os pontos de vista fonético, fonológico, morfológi- co, sintático, semântico e pragmá- tico. Além disso, a nossa língua, como qualquer outra, só apresen- ta o errado ou o certo unicamente em relação a sua estrutura, uma vez que em relação ao seu uso não há como considerar certo ou er- rado: existem, sim, as diferenças. A frase pode apresentar-se como nominal ou verbal. Por exemplo, são frases nominais usa- das diariamente: Bom dia! Boa sorte! Meus parabéns, amigo. Sinceros agradecimentos. Céu pedrento, ou chuva ou vento, ou outro qualquer tempo... Estas po- demser consideradas palavras- frase. A frase verbal, como podemos depreender, é identificada pela presença de um verbo – As crian- ças fizeram toda a tarefa. – e estruturada por: – um sujeito (As crianças, cons- tituído por um artigo e um subs- tantivo): – um predicado (fizeram toda a tarefa, que apresenta um núcleo e um objeto direto, constituídos respectivamente por um verbo, um pronome, um artigo e um substantivo). Normalmente, este é o arcabouço lingüístico (míni- mo de dois termos) de uma frase, mas não obrigatoriamente, como expressa Othon Garcia. Não po- demos esquecer que na Língua Portuguesa há frases sem sujeito (Chove muito.). Morfológica e sintaticamente, a frase do exemplo (As crianças fizeram toda a tarefa.) está cor- retamente estruturada, obedecen- do às caracterísitcas do discurso direto. Sob os pontos de vista se- mântico e pragmático, a frase nos passa uma mensagem que pode- Sem título-3 09/02/2006, 15:3330 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer REVISTA DO PROFESSOR, out./dez. 2003 31 (76):Porto Alegre, 19 29-33, CLASSE MULTISSERIADA mos decodificar com clareza, em linguagem padrão, utilizada no cotidiano. Além disso, o professor deve ficar atento aos critérios de gramaticalidade e aceitabilidade. Por exemplo: A Geografia gosta de jaboticabas. Gramaticalmen- te, esta frase está correta. Sua es- trutura se apresenta de modo ade- quado (tem sujeito, predica- do...).Quanto à mensagem? A aceitabilidade deixou a desejar e a semântica foi totalmente igno- rada, a não ser que o autor esteja usando linguagem metafórica! Com as crianças de classes multisseriadas e mesmo nas de 1a a 8a séries, é interessante o pro- fessor realizar algumas atividades nas quais os alunos possam dis- cernir os aspectos morfológicos, sintáticos e semânticos e avaliar a qualidade e o tipo das mensagens que sua fala ou sua escrita passam a quem os ouve ou lê. Um trabalho com a estrutura frasal, na escola, deveria ser rea- lizado desde que o aluno começa a freqüentar as classes mais ini- ciais de educação infantil. Oral- mente, o trabalho pode ser desen- volvido na contação de histórias, nas perguntas e respostas da rodinha das novidades, no relato de experiências pessoais, nas dramatizações, etc. Nas séries do primeiro ciclo do ensino funda- mental, é preciso que o professor retome com a criança, de modo mais sistematizado, a identifica- ção das frases, sejam nominais, sejam verbais, utilizando o crité- rio da letra maiúscula inicial e a pontuação (. ! ? ...) no final. Uma das atividades mais co- muns realizadas pelos professo- res para que os alunos construam as noções de estrutura frasal é aquela conhecida como: Coloque os termos na posição correta ou, então, Varie a posição dos ter- mos. Na realidade, esses exercí- cios, na maioria das vezes, são executados em sala de aula sem que o professor identifique, exa- tamente, o porquê de realizá-los e para que fazê-los. Frase/oração/período O estudo da estrutura frasal tam- bém nos leva, quase que automati- camente, ao estudo do que signifi- ca oração e o que é período. Nesse aspecto, é preciso cui- dar que, muitas vezes, oração é si- nônimo de frase ou até de perío- do (simples), no momento em que contém um pensamento, um sen- tido completo e é acompanhada por pontuação adequada. Porém, em certas situações, nem sempre uma oração é uma frase. Por exemplo, em Seria necessário que estudasses mais temos duas orações, no entanto, uma só fra- se: é o conjunto das duas que ex- pressa o pensamento completo. Se as separarmos em Seria neces- sário e que estudasses mais, te- mos dois fragmentos de frases em que uma é parte da outra: a segun- da oração é sujeito da primeira. Ao professor compete estar atento às nuances que a nossa lín- gua materna nos apresenta e cui- dar para orientar de modo conve- niente e adequado os alunos para que eles entendam que não se es- tuda gramática pela gramática, nem a frase pela frase ou a oração pela oração, mas se trabalha com a estrutura frasal para que possa- mos nos comunicar a contento com todos os que convivem co- nosco, com todas as pessoas a quem nos dirigimos, seja falando, seja escrevendo. O ponto de partida para um es- tudo mais completo sobre pará- grafo, tópico frasal, etc. é, exata- mente, a exploração do trabalho com a frase, nas suas múltiplas facetas, inclusive considerando o discurso direto e o indireto. Ao identificar o parágrafo, as crian- ças constatam que ele se consti- tui de um agrupamento de frases relacionadas entre si pelas idéias, pelo sentido e que podem ou não apresentar pontuação e letra maiúscula semelhante à frase úni- ca, anteriormente explorada. O trabalho com o parágrafo permite, ainda, o estudo de dois aspectos bem significativos: as partes constitutivas de um texto, isto é, melhor organização de fa- tos e idéias na elaboração textual e a identificação de tópico frasal. O tópico frasal é a idéia-núcleo que se pode extrair, sintética e cla- ramente, de um parágrafo, uma vez que o parágrafo é uma unidade redacional que divide ou serve para dividir um texto (um todo redacional) em partes menores. Oportunizar aos alunos ativida- des que possibilitem detectar a idéia principal de cada parágrafo é dar-lhes condições para a me- lhor compreensão de um texto e para interpretá-lo, auxiliando-os na elaboração de síntese, conhe- cida como redução verbal. Cada parágrafo pode significar um enfoque diferente para o tema ou o assunto de um texto de uma redação ou de uma exposição oral. A diferença reside em que no texto escrito é mais fácil discernirmos o parágrafo pelo as- pecto gráfico. Oralmente, ouvidos atentos e treinados poderão defini-los com clareza. Sugestões de atividades As atividades que apresentare- mos, a seguir, buscam atender aos princípios organizadores dos con- teúdos de Língua Portuguesa (uso " reflexão " uso), contidos nos Parâmetros Curriculares Nacio- nais – Língua Portuguesa, carac- terizando a linha metodológica da ação " reflexão " ação a ser considerada e observada pelo pro- fessor, no seu trabalho diário. As práticas educativas devem ser organizadas pelo professor, especialmente nas classes multis- seriadas, com níveis de 1a a 4a ou 5a séries do Ensino Fundamental, tendo em vista que os alunos pos- sam, com as atividades, atingir os seguintes objetivos: • compreender o sentido de men- Sem título-3 09/02/2006, 15:3331 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer REVISTA DO PROFESSOR, out./dez. 2003(76):Porto Alegre, 19 29-33, 32 CLASSE MULTISSERIADA ! ? horta bonita corda não n a A menina trabalha Bom dia pula homem Socorro Aquele • ... l l l QUADRO 1l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l sagens orais e escritas, desenvol- vendo a capacidade de analisá-las criticamente; • utilizar a linguagem oral e escri- ta de modo eficaz e adequado a di- ferentes situações, com precisão e coerência, expressando suas idéias, apresentando razões e ar- gumentos, enviando suas mensa- gens, defendendo suas posições. Os conteúdos conceituais e os conteúdos atitudinais são vá- lidos para as duas sugestões. Para os conceituais, aponta- mos: • estrutura frasal – frase verbal e frase nominal; • tipos de frases e pontuação; • características das frases, ora- ções, parágrafos e tópico frasal. As atividades oportunizam o desenvolvimento da atenção, do raciocínio lógico, da capacidade de análise crítica da produção tex- tual e de participação responsável em diferentes situações. Para os atitudinais, foram de- finidos: • participar atenta e responsavel- mente de todas as atividades; • realizar corretamente as tarefas propostas peloprofessor. ATIVIDADE 1 10 ciclo (1a e 2a séries) Título Formando frases Conteúdos procedimentais O professor deverá organizar os alunos em grupo e preparar o seguinte material: • fichas de cartolina (3 cm x 3 cm) com sinais de pontuação. Exem- plos: verbais (Figuras 3 e 4). Para iniciar a atividade, o pro- fessor reúne os alunos de 1a e 2a séries e entrega-lhes as fichas para que as examinem. Depois, solicita a eles que di- gam o que pensam do material e o que podem fazer com ele. O pro- fessor deverá ficar atento ao que as crianças falam e pedirá a elas que mostrem que tipo de pontua- ção usariam para cada frase. Per- gunta-lhes o que significa cada cena e que palavras usamos para dizer o que vemos nas figuras. O professor pode orientar os alunos de 2a série para que auxi- liem os menores. A partir das gravuras, o profes- sor escreve, no quadro-de-giz, pa- lavras para que as crianças for- mem frases com elas. Para as crianças que ainda não dominam a escrita, o professor pode solicitar que façam oralmen- te as frases. Para as últimas tarefas da ati- vidade, o professor prepara, em primeiro lugar, fichas de cartoli- na com palavras ou expressões, como o exemplo do Quadro 1. Depois, orienta os alunos para que ordenem as palavras para for- mar idéias completas (frases) e as coloquem sobre as mesas do gru- po, abaixo das gravuras que repre- Figura 4 Figura 3 ! ?• ... • fichas de cartolina (15cm x 15 cm) com cenas onde apareçam frases nominais (Figuras 1 e 2). • fichas de cartolina (15 cm x 15 cm) com gravuras (cenas coladas ou de- senhadas) que representem frases Figura 1 Figura 2 Sem título-3 09/02/2006, 15:3332 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer REVISTA DO PROFESSOR, out./dez. 2003 33 (76):Porto Alegre, 19 29-33, CLASSE MULTISSERIADA l l l QUADRO 2l l l l l l l l das pétalas azuis.vermelhas, das flores sãoamarelas eAs cores O barco navega em alto mar. sentam as idéias formadas. Após a ordenação das palavras formando frases (nominais ou ver- bais), o professor prepara, junto com os alunos, um dominó adap- tado de frases, em fichas de car- tolina. Por exemplo: de, o professor deverá: • recortar manchetes de jornais e revistas, separando as palavras uma a uma. Estas manchetes de- verão ser de diferentes páginas de jornais e de revistas, sobre temas diferentes: cultura, educação, economia, política, direitos huma- nos, ecologia, etc.; • misturar bem as palavras e dis- tribuí-las em tantos envelopes quantos forem necessários. En- tão, cada envelope deverá conter palavras de várias manchetes, de diferentes páginas de revistas e de jornais, num máximo de 20 palavras; • providenciar, com cordão, um varal, num canto da sala de aula; • solicitar aos alunos de 3a, 4a e 5a séries que se organizem em du- plas, entregando um envelope fe- chado a cada dupla e propondo uma competição; • explicar às duplas como será o jogo: - abrir o envelope, quando for dado o sinal, separar as palavras, examiná-las atentamente e procu- rar, se necessário, o significado de alguma delas no dicionário; - iniciar o trabalho, elaborando o maior número de novas manche- tes, utilizando todas as palavras do envelope; - aproveitar as manchetes criadas e elaborar pequenas frases ou notícias; - realizar a tarefa no menor tem- po possível; - colar suas manchetes, frases ou notícias em folhas de papel ofí- cio e pendurá-las no varal, conclu- indo a tarefa. O professor deverá orientar as duplas a escolherem um represen- tante para fazer a avaliação dos tra- balhos, juntamente com o profes- sor, de acordo com os critérios expressos no Quadro 3. A equipe de avaliação lê, anali- sa, julga e confere os pontos aos trabalhos. Será vencedora a dupla que somar o maior número de pontos. Uma observação se faz neces- sária: o professor deve estar aten- to às possibilidades de seus alu- nos, na escolha das palavras das manchetes que lhes oferece nos envelopes. Muitas outras atividades pode- rão ser realizadas aproveitando-se esse material. BIBLIOGRAFIA BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 4. ed. Rio de Janeiro: Ed. do Autor, 1964. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Língua Portuguesa, 1a a 4a série. Brasília, 1997. ______. Parâmetros curriculares nacionais: Lín- gua Portuguesa, 5a a 8a séries. Brasília, 1998. BUYSSENS, Eric. Semiologia e comunicação lin- güística. 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São Paulo: Ícone, 1988. Â Organização lógica da manchete, das frases ou das pequenas notícias ÂOriginalidade da man- chete, das frases ou das pequenas notícias ÂMenor tempo de elabo- ração da tarefa Total 10 pontos 10 pontos 10 pontos 30 pontos l l l QUADRO 3l l l l l l l l Podem ser preparadas de 10 a 12 frases, divididas em 3 ou 4 peças cada uma. O número de peças (ou fichas) pode oscilar de 30 a 48. Para realizar o jogo do dominó adapta- do, o professor embaralha bem as peças e as distribui entre os alunos. O objetivo do jogo é que, com os pedaços de frases, se formem as frases inteiras, gramatical e seman- ticamente corretas. Cada aluno deve procurar, junto aos colegas, os pe- daços que correspondem às peças que possui, provocando dessa for- ma um verdadeiro troca-troca de peças para que as frases possam ser completadas. O professor pode tornar mais complexas as frases, exigindo com isso um raciocínio mais apu- rado, na medida do desenvolvi- mento dos seus alunos, como o exemplo do Quadro 2. ATIVIDADE 2 20 ciclo (3a e 4a séries) 30 ciclo (5a série) Título Manchetes Conteúdos procedimentais Para a realização desta ativida- Sem título-3 09/02/2006, 15:3333 Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer