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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS FACULDADE DE GEOLOGIA Prof. Francisco Ribeiro da Costa PROJEÇÃO ESTEREOGRAFICA PARA ANÁLISES DE ESTRUTURAS Prof. Francisco Ribeiro da Costa Faculdade de Geologia Aulas sobre projeção estereografica baseada no livro PROJEÇÃO ESTEREOGRÁFICA DE ESTRUTURAS sob a coordenação do Prof. Celso Dal Ré Carneiro Carneiro, C .D .R. Projeção Estereográfica de Estruturas , INTRODUÇÃO A projeção estereográfica permite a representação, no plano de feições espaciais, sejam elas planares ou lineares. Possibilita, ainda, a realização de inúmeras operações, indispensáveis em estudos de Geologia, Cristalografia, Cartografia e Ciência dos Materiais, além das aplicações especificas em Geologia Estrutural. A sua principal virtude – Facilitar o entendimento das situações geológicas complexas - explica porque esta técnica é utilizada ha mais de três quartos de século em Geologia Estrutural Dados tridimensionais de estruturas, das mais variadas naturezas, podem ser reduzidos a conjuntos de planos e retas (Phillips, 1971), para fins de análise e lançamento em mapas e perfis Pode-se investigar sistemas estruturais complicados, bem como arranjos ou associações de diversos tipos rochosos do terreno, uma vez decompostos em suas feições geométricas elementares: Contatos ESTRUTURAS PLANARES como estratificação, foliações, falhas, juntas etc ou ESTRUTURAS LINEARES, como lineações de estiramento, budinagem, estrias de atrito e charneiras de dobras. A interpretação geológica dos dados irá depender da natureza, complexidade e escala considerada, mas o tratamento em projeção estereográfica não sofre qualquer restrição sob o aspecto de escala ou posição absoluta no espaço Podem ser abordadas feições mesoscópicas ou de magnitude continental, como direções de encurtamento crustal ou grandes lineamentos ou, até mesmo, microscópicas, como as obtidas sob platina universal (Analise de Petrotrama ou Microtectônica) PRINCÍPIOS GERAIS Tome-se um plano estrutural qualquer, no espaço, que passa por um ponto da superfície da Terra, chamado, por convenção, de O (Fig. II.2a). Admitindo-se uma esfera de raio r centrada em O, a interseção do plano p com a esfera constitui a projeção esférica do plano, que é única para sua atitude no espaço (Fig. II.2b). A representação bidimensional da projeção esférica do plano é feita sobre uma superfície de referência, delimitada por uma circunferência denominada primitiva, ou círculo-base. Projeção de uma Reta Para projetar uma reta é necessário fazc-la passar pelo centro da esfera de referência. A reta intercepta a superfície esférica em dois pontos. Ligando o ponto do hemisfério inferior com o pólo norte da esfera e o ponto do hemisfério superior com o pólo sul, obtcm-se duas retas que cortam o plano do equador em dois pontos, que são os pólos estereo- gráficos Uma reta e representada por dois pólos. Obviamente, se a reta é vertical, os dois pólos coincidem com o centro do estereograma. Se ó horizontal, ambos caem na borda do plano equatorial, em posições diametralmente opostas. Como a reta é imaginada passando pelo centro da esfera, não precisamos de dois pólos estereográficos para representá-la: basta um. Convencionou-se, em Geologia Estrutural, utilizar o hemisfério inferior da esfera. Algumas escolas, como a francesa, adotam representações no hemisfério superior. Em resumo, uma reta é representada por apenas um pólo estereográfíco: aquele obtido pela sua projeção, a partir do hemisfério inferior da esfera de referencia Projeção de um Plano Para projetar um plano (Fig. II.4), toma-se necessário faze-lo passar pelo centro da esfera de referência. Podemos representar o plano: Pelos pólos da reta perpendicular ao plano e, nesse caso, caímos na situação anterior; Pelo traço do plano na esfera, que é um círculo. Ligando os pontos desse traço, situados no hemisfério inferior com o pólo norte, obtemos sobre o plano do Equador um conjunto de pontos que definem um arco de círculo (Fig. II.5). Pela mesma razão já exposta, existirá um segundo arco, obtido de maneira idêntica, a partir do hemisfério superior. Um deles e suficiente. Convém lembrar que o uso do hemisfério superior fornece uma figura simétrica à do inferior. TIPOS DE NOTAÇÃO Os tipos de notação mais comuns cm Geologia Estrutural, para planos ou retas, correspondem às bússolas disponíveis no mercado: QUADRANTE, AZIMUTAL e CLAR, existindo certas variações dentro desses formatos- padrões. A notação deve indicar a atitude do plano ou reta, isto c, sua direção, mergulho e rumo do mergulho. TIPOS DE NOTAÇÃO A notação quadrante considera os quadrantes: Nordeste (NE), Noroeste (NW), Sudeste (SE) e; Sudoeste (SW). Um intervalo de variação (campo) de 360° e, pois, dividido em quatro partes, cada qual com 90°. TIPOS DE NOTAÇÃO A direção de um plano ou rcta, por não ser vetorial, é referida aos quadrantes do Norte (NE e NW, N-S e E-W), que correspondem a um campo de 180°; o rumo do mergulho do plano ou reta, por ser vetorial, é referido aos quadrantes. Exemplos: TIPOS DE NOTAÇÃO E menos usual, mas igualmente correta, a indicação do ângulo de mergulho, no caso de retas, precedendo o rumo em que se dá o caimento, separados por ponto e vírgula. Dispensa-se, por convenção, a indicação de grau (°) para os ângulos. NOTAÇÃO AZIMUTAL A notação azimutal considera a direção de plano ou reta segundo o azimute entre O e 360 graus; o rumo do mergulho e referido ao quadrante para o qual se dá o caimento da reta ou o mergulho do plano considerado. Os planos e retas anteriormente citados são representados, respectivamente, por: NOTAÇÃO CLAR A notação CLAR considera o campo de rumos possíveis, segundo azimutes. A direção do plano e definida pelo azimute do rumo de mergulho de sua reta de maior pendente ou seja, a reta de maior valor de caimento pertencente ao plano; a direção de uma reta e definida pelo azimute do rumo para o qual mergulha. Os mesmos planos e retas citados são representados, respectivamente, por: Notação e essencialmente, uma questão de convenção Há outras possibilidades, mas limitando-nos a referir neste ponto apenas as citadas. A Tabela II.l fornece exemplos adicionais. DIAGRAMA DE WULFF Para facilitar a projeção estereográfica existem alguns tipos de diagramas. Planos que contêm o diâmetro ântero-postcrior da esfera Os planos considerados, normalmente, são tais que dois deles sucessivos formam ângulos diedros de 2° (Figs. II.6 c II.7) Os arcos de circulo que aparecem no diagrama de Wulff são chamados CÍRCULOS MÁXIMOS, ou meridianos. Planos perpendiculares ao diâmetro àntero-posterior. Dois planos sucessivos guardam entre si uma distância dada por um arco (na esfera) que. ligado ao centro da mesma, corresponde a um ângulo de 2°. Os arcos de círculo que aparecem no diagrama de Wulff são os CIRCULOU MÍNIMOS, ou paralelos, formados a partir da projeção esférica de uma família de cones coaxiais com o mesmo diâmetro da primitiva (Fig. 11.8). Círculos Maiores ou MÁXIMOS Longitude Meridianos Círculos MÍNIMOS ou Menores Latitude Paralelos 0º 10º 20º 30º 40º 50º 60º 70º 80º 90º 100º 110º 120º 130º 140º 150º 160º 170º180º190º 200º 210º 220º 230º 240º 250º 260º 270º 280º 290º 300º 310º 320º 330º 340º 350º N E S W NOTAÇÃO AZIMUTAL 0º 10º 20º 30º 40º 50º 60º 70º 80º 90º 80º 70º 60º 50º 40º 30º20º 10º0º10º 20º 30º 40º 50º 60º 70º 80º 90º 80º 70º 60º 50º 40º 30º 20º 10º N E S W NOTAÇÃO QUADRANTE 0º 0º90º 90º 0º 0º80º 80º90º 80 º 0º 0º70º 70º80º 80º90º 70 º 0º 0º60º 60º70º 70º80º 80º90º 60 º 0º 0º50º 50º60º 60º70º 70º80º 80º90º 50º 0º 0º40º 40º50º 50º60º 60º70º 70º80º 80º90º 40º 0º 0º30º 30º40º 40º50º 50º60º 60º70º 70º80º 80º90º 30º 0º 0º20º 20º30º 30º40º 40º50º 50º60º 60º70º 70º80º 80º90º 20º 0º 0º10º 10º20º 20º30º 30º40º 40º50º 50º60º 60º70º 70º80º 80º90º 10 º 0º 0º10º 10º20º 20º30º 30º40º 40º50º 50º60º 60º70º 70º80º 80º90º Em suma. os CÍRCULOS MÁXIMOS são os arcos de círculo que ligam dois pontos diametralmente opostos no diagrama de Wulff. originados pela rotação de um plano vertical, segundo um eixo horizontal. Um dos círculos e uma reta e será designado, para facilitar, diâmetro vertical. Os CÍRCULOS MÍNIMOS são os arcos transversais; um deles e uma reta e o designaremos diâmetro horizontal (note-se que esse diâmetro é exatamente igual ao vertical). PLOTANDO UM PLANO EM UMA NOTAÇÃO DE QUADRANTE EXEMPLO N30E 40NW N30E 40NW N30E 40NW N30E 40NW N30E 40NW N30E 40NW PLOTANDO UM PLANO EM UMA NOTAÇÃO CLAR EXEMPLO N300/40 40/300AZ N300/40 40/300AZ N300/40 40/300AZ N300/40 40/300AZ 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 DETERMINAÇÃO DO POLO DO PLANO N300/40 40/300AZ MEDIÇÃO DE ÂNGULOS EM ESTEREOGRAMA Os ângulos entre retas, reta e plano ou planos PODEM SER MEDIDOS SOMENTE AO LONGO DE CÍRCULOS MÁXIMOS. Isso porque, as retas ou planos são imaginados passando pelo centro da esfera e o ângulo desejado tem vértice exatamente nesse centro. A única exceção à regra diz respeito ao círculo máximo N-S. Suas divisões são iguais às do círculo E-W e, assim, podemos fazer medidas, indiferentemente, sobre um ou outro. MEDIÇÃO DE ÂNGULO ENTRE DOIS PÓLOS ➢ Para se fazer medidas de ângulos entre dois pólos, podem-se adotar os seguintes passos: 1. Colocar os dois pólos sobre um mesmo CÍRCULO MÁXIMO. Para isso, basta girar adequadamente o papel transparente sobre o diagrama, desde que ambos estejam no hemisfério inferior; Geralmente é medido o menor ângulo entre dois pólos, que corresponde ao ângulo agudo entre duas retas, entre uma reta e a normal ao plano ou entre dois planos. MEDIÇÃO DE ÂNGULO ENTRE PLANOS POR MEIO DE CICLOGRAMAS O arco de círculo que representa a projeção de planos por meio de círculos máximos é denominado ciclograma. Existem dois processos distintos para essa operação: PRIMEIRO PROCESSO: 1) a partir do ponto de intersecção dos dois círculos máximos, traçar tangentes a esses círculos; 2) o ângulo entre essas tangentes é o ângulo diedro. SEGUNDO PROCESSO: 1) determinar os pólos correspondentes a dois círculos máximos (o pólo situa-se a 90° do arco); 2) determinados os dois pólos, cai-se no caso anterior. - DIAGRAMA DE IGUAL ÁREA (SCHMIDT-LAMBERT) A principal diferença em relação ao diagrama de Wulff é manter constante a área da unidade de malha (apesar das distorções próprias da rede) em qualquer ponto de observação (Fig. 11.10). Se um conjunto de linhas próximas da vertical, ou dispostas ao acaso no espaço, é plotado no diagrama de Wulff, sua distribuição tende a se concentrar no centro do estereograma. Isso pode dar a falsa impressão de orientação preferencial das linhas, pois uma área angular no centro da rede é menor que a encontrada junto à borda. Por meio do diagrama de igual-área, pode-se evitar tal deficiência, mesmo que a forma das áreas tenha que ser modificada (Fig. II. l Q) EXERCÍCIO Calcule o angulo entre os plans PLANO ATITUDE A N30E 50NW B N40W 30NE C N70W 50NE D N80W 40SW Determinação de lugares Geométricos A determinação do lugar geométrico das retas que fazem uma com a outra um certo ângulo especificado desdobra-se em três casos distintos. A reta dada pode ser horizontal (paralela ao plano de projeção), vertical ou inclinada em relação ao plano de projeção (caso geral). Na construção das redes, os círculos mínimos são representados por lugares geométricos que fazem determinado ângulo com os pólos Norte e Sul da rede. Estes ângulos aumentam de N e S rumo ao centro da rede. Imaginando-se uma reta N40W horizontal, para determinar o lugar geométrico de todas as retas que façam com a primeira ângulo de 50° (Fig. II. 19a), definimos uma superfície cónica, disposta no "centro" da rede, que faz, com a reta dada, igual ângulo. Os dois círculos mínimos traçados correspondem às projeções das metades de um cone com eixo horizontal. Se a reta dada for vertical, o problema acima é solucionável com facilidade, tanto por meio do diagrama de Wulff. quanto o de Schmidt. Para isto, basta traçar por meio de compasso um circulo, a partir do centro do estereograma e abertura igual ao ângulo especificado, e o traço do cone estará devidamente projetado. FIGURA 11.19 - Determinação de lugar geométrico: (a) das retas que fazem 50° com uma reta dada; (b) cone resultante Se a reta for inclinada, porém, é preciso construir um círculo menor em tomo da mesma, que faça com ela o ângulo indicado. Para isso, projetam-se pontos correspondentes a retas que fazem o ângulo indicado com a reta dada. É indiferente utilizar os diagramas de Wulff ou Schmidt neste caso. Na Figura 11.20 aparecem dois casos distintos, construídos da seguinte forma: FIGURA 11.20 –Determinação de lugar Geométrico: (a) das retas que fazem 30º com a reta N60W 40 NW; (b) das retas que fazem 30º com a reta N60W 20NW 1) marcamos o ponto representativo da reta L considerada; 2) colocamos L sobre um círculo máximo qualquer e, ao longo dele, marcamos dois pontos (um para Norte, outro para Sul), distantes x graus de L; 3) giramos o papel transparente de modo que L ocupe sucessivos meridianos (Fig. n.20a), repetindo-se a operação anterior; 4) caso se atinja a borda do estereograma, é necessário continuar a contagem pelo lado oposto (Fig. II.20b); 5) unindo todos os pontos, obtém-se uma figura, que será tanto mais precisa quanto maior o número de pontos que forem marcados; 6) retornando-se o papel transparente para a posição original, determinamos o lugar geométrico pretendido. A determinação de uma reta que faça determinados ângulos com duas ou mais retas dadas requer a definição de lugares geométricos dois a dois, tantos quantos forem as retas envolvidas. Para determinar a reta L4 que faz com as retas L1 (N40E 50NE), L2 (N70W 40SE) e L3 (N20E 64SW) respectivamente ângulos de 40°, 30° e 30°, procedemos da seguinte forma: 1) marcamos as três retas e, do modo acima descrito, os lugares geométricos indicados, ou seja, 40° ao redor de L1 e 30° ao redor de L2 e L3 (Fig. II.21); 2) as interseções dos cones definem as retas L.4,L,5, L6 e L7. A reta L5 está a 40° de L1 e a 30° de L2, mas não está a 30° de L3, e assim por diante. No exemplo dado, a reta que satisfaz os requisitos tem atitude N63W 70SE. OPERAÇÕES DE ROTAÇÃO NO ESTEREOGRAMA Suponhamos um eixo que admite uma rotação de A° e vejamos como se comporta um ponto P com a rotação. Utilizamos, nos exemplos a seguir, o diagrama de Wulff, mas o de Schmidt poderia ser igualmente empregado, com bons resultados. O estereograma admite três casos possíveis, a seguir analisados Operações com Eixo de RotaçãoVertical A projeção de eixo vertical cai no centro do estereograma (Fig. II.22). A rotação é tal que um ponto P descreve um círculo com o centro em E. Se o giro é de A°, o ponto P descreve um arco de círculo de A°, colocando-se na posição P'. FIg.- II.22 - Rotação de uma reta. P' resulta da rotação de P, segundo n graus com o eixo vertical E. O ângulo PM (inclinação de b graus) é igual a NP'. A seta indica a rotação efetuada pelo papel transparente Para marcar P', colocamos P sobre o diâmetro vertical e, na borda do diagrama de Wulff, localizamos M à distância de A°. P' se situa sobre a reta EM. Giramos o papel transparente, colocando EM em coincidência com o eixo vertical. Marcamos MP’ (=NP), assim localizando P’. Operações com Eixo de Rotação Horizontal A projeção do eixo E cai na borda do estereograma (Fig. 11.23). Giramos o papel transparente, de modo que o eixo E coincida com uma extremidade do eixo vertical do diagrama de Schmidt. Se girarmos agora o eixo E, o ponto P vai se deslocar sobre um círculo mínimo. Com a rotação de A graus, P passa a P'. Basta contar A graus sobre o circulo mínimo, a partir de P, para obter P'. Se o ângulo A é maior que PQ, efetua-se a contagem de P a Q e continua-se de Q' para R até totalizar o valor. Os dois círculos mínimos considerados são simétricos. Um processo mais complicado para essa situação consiste em contar de P e Q e voltar de Q para P, até totalizar A°. Nesse caso, o ponto resultante está situado no hemisfério superior da esfera, mas como só interessa o hemisfério inferior, deve-sc localizar o ponto diametralmente oposto a esse. Isto se faz, colocando o ponto O resultante sobre um dos eixos do diagrama de Wulff e contando 180° a partir dele FIG. II. 23 - A seta indica o movimento do papel transparente. Inicialmente, o eixo'horizontal E é levado a coincidir com o diâmetro vertical do diagrama de Wulff; P desloca-se sobre um circulo mínimo e origina P'. A contagem da rotação efeito de P para P'. Se a rotação é maior que o arco PQ. deve-se contar de P para Q, depois recomeçar em O' e continuar no sentido de R. As demais etapas acham-se descritas no texto Operação com Eixo de Rotação Obliquo Para operarmos com um eixo oblíquo, é preciso lançar mão de um artifício: dispor o eixo na posição vertical ou horizontal, deslocando os pólos a serem gerados de maneira idêntica e operar como nos casos anteriores; depois, fazer os pontos voltarem à posição real. Sejam o eixo E e o ponto P. Para Horizontalizar o eixo vamos agir do seguinte modo: O movimento do papel transparente está assinalado pela seta. (a) lançamento dos dados do problema; 1) giramos o papel transparente até que E caia sobre o eixo horizontal do diagrama de Wulff O movimento do papel transparente está assinalado pela seta. (b) mediante emprego de eixo auxiliar A, 2) imaginamos um eixo auxiliar horizontal A e operar com ele. Assim, levar E para a posição E‘. Solidariamente, P passa à posição P1, segundo um círculo mínimo. O movimento do papel transparente está assinalado pela seta. (c) girando o papel transparente, o eixo E e o ponto P deslocam-se de modo a atingir uma posição favorável para operar com E como eixo horizontal; 3) giramos o papel transparente; colocar E' numa das extremidades do eixo vertical do diagrama de WulfF e operar com ele, de tal modo que P’ passa à posição P", deslocando-se sobre um CÍRCULO MÍNIMO (Fig. II.24c). A rotação é aquela admitida para o eixo E, ou seja, a prevista no problema; O movimento do papel transparente está assinalado pela seta. (d) retornando os pólos ao passo anterior à operação, opera-se novamente com o eixo auxiliar Apara restituir os pontos à sua disposição original 4) Tomamos a girar o papel transparente, colocando E' como na Figura II.24b e voltar a operar com o eixo A, fazendo-o voltar à posição E original. Com isso, P" se desloca sobre um círculo mínimo para a posição P1(Fig.II.24d); 5) P1 é o ponto resultante da rotação de P de A° pelo eixo E; O movimento do papel transparente está assinalado pela seta. (e) em alguns casos, pode ser necessário passar de uma borda a outra do estereograma 6) nas rotações auxiliares realizadas é possível que o ângulo de rotação leve a uma mudança de hemisfério; nesses casos, usamos o artifício, anteriormente descrito, para obter o pólo oposto no hemisfério inferior. Por exemplo, se a rotação é tal que leva M até N (Fig. II.24e), o ângulo de giro é contado de M para O e de O'para N EIXO 18/70SE LINHA POLO DO PLANO 18/70SW (LINHA)