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Prévia do material em texto

A inclusão de pessoas com ne-
cessidades especiais no mercado de 
trabalho
 Introdução 
	 Prezados	educadores.	O	tema	sobre	o	qual	refletiremos	neste	encontro	trata	
de um assunto	que	há	pouco,	podemos	assim	dizer,	começou	a	vigorar	nas	discus-
sões	acadêmicas	e	sociais.	Porém,	não	por	se	tratar	de	um	aspecto	que	antes	não	
permeava	espaço	algum,	mas	porque	só	recentemente	vislumbrou-se	que	a	possi-
bilidade	de	inserção	no	mercado	de	trabalho,	de	pessoas	com	necessidades	espe-
ciais,	vai	além	da	obrigatoriedade	prevista	em	lei,	também	recente,	em	nosso	país.	
	 A	 inclusão	social	de	pessoas	com	necessidades	especiais	no	mercado	de	
trabalho,	atualmente,	é	um	dos	temas	mais	pertinentes	no	que	se	refere	à	educa-
ção	inclusiva	e	seus	organismos:	pesquisas,	documentos	federais,	estabelecimen-
tos	de	ensino	especiais	e	regulares,	mercado	de	trabalho.
 Em	 linhas	gerais,	o	mercado	de	trabalho	tem	passado	por	transformações	
decorrentes	de	contextualizações	sociais	e	valores	vigentes	nas	sociedades	orga-
nizadas,	de	acordo	com	seu	tempo	e	cultura.	O	trabalho,	como	atividade	de	pro-
dução,	passa	a	cada	período	de	tempo,	anos	ou	décadas,	por	modificações	advin-
das	das	variações	sobre	conceitos	sociais	e	econômicos.	Tentando	ilustrar	essas	
transformações,	temos	o	marco	da	Revolução	Industrial	e,	na	atualidade,	o	avanço	
tecnológico	que,	assim	como	o	marco	anterior,	sugere	a	readaptação	da	mão	de	
obra	do	trabalhador,	face	às	tarefas	prescritas.
 Segundo	o	professor-pesquisador	Celso	Goyos	 (1995),	o	 respaldo	para	a	
profissionalização	de	pessoas	com	necessidades	especiais	deu-se	a	partir	da	pre-
ocupação	com	a	recuperação	de	soldados	veteranos	da	Primeira	Grande	Guerra	
e	de	funcionários	das	fábricas,	operadores	de	equipamentos,	que	tivessem	sofri-
do	algum	tipo	de	acidente	ocasionando	amputação	de	membros.	Porém,	essa	foi
uma	preocupação	limitada	aos	países	industrializados	e	participantes	da	Guerra	
Mundial.	Mais	tarde,	com	a	reincidência	de	uma	Segunda	Grande	Guerra,	a	preocu-
pação	com	a	recuperação	de	pessoas	com	necessidades	especiais	(físicas,	princi-
palmente)	que	tinha	o	cunho	de	treinamento	vocacional,	passou	a	abranger,	tam-
bém,	as	pessoas	que	apresentavam	algum	tipo	de	deficiência	mental.	Tais	serviços
ofereciam	avaliação,	treinamento	vocacional,	colocação	em	empregos,	aconselha-
mento	vocacional	e	acompanhamento,	e	se	tornaram	a	raiz	das	denominadas	ofi-
cinas	abrigadas.
 Outra	referência	no	campo	da	origem	da	profissionalização	da	pessoa	com	
necessidades	 especiais	 foi	 a	 influência	 da	 professora	 russa	 Helena	 Antipoff.	 O	
movimento,	idealizado	por	ela	visando	à	profissionalização,	surge	em	nosso	país	a	
partir	das	décadas	de	1960	e	1970,	tendo,	nessa	última,	impresso	ações	mais	prio-
ritárias	e	definidas	dentro	da	educação	especial.	
 No	período	seguinte,	anos	1980,	a	difusão	dos	programas	de	profissionaliza-
ção	acentuou-se.	As	instituições	(Sociedade	Pestalozzi,	APAEs,	entre	outras),	que	
já	participavam	desse	processo,	intensificaram	suas	ações	nas	pesquisas,	na	orga-
nização	de	cursos	e	na	organização	de	propostas	visando	à	formação	profissional
das	pessoas	com	necessidades	especiais.
 Nesse	 contexto,	 ainda	 que	 os	 esforços	 apresentassem	 uma	 perspectiva	
evolutiva,	a	forma	de	atendimento	dos	programas	oferecidos	para	a	formação	do	
indivíduo	com	alguma	necessidade	especial	tinha	um	formato	institucionalizador.	
Ou	seja,	eram	oferecidos	programas	de	formação	para	o	trabalho,	e	a	pessoa	fica-
va	“trabalhando”,	com	raríssimas	exceções,	dentro	da	instituição.	Glat	et	al.	(1998),
sobre	essa	questão,	trazem	uma	reflexão	bastante	pertinente.	A	autora	relata	que	
o	treinamento	apresentado	nas	oficinas	tenta	aproximar-se,	em	ambiente	segre-
gado,	das	condições	de	trabalho	no	mercado	competitivo,	esperando	que	a	pes-
soa	com	necessidades	especiais	possa	ser	preparada	de	acordo	com	as	exigên-
cias	desse	mercado.
 Nesse	sentido,	há	ações	que	mostram,	por	exemplo,	o	estabelecimento	de	
contratos	com	empresas	através	das	quais	as	oficinas	e	seus	integrantes	passam	a	
prestar	seviços	comerciais	a	partir	da	mão	de	obra	terceirizada,	porém	ainda	den-
tro	da	instituição.	Outra	realidade	ainda	presente,	como	aponta	a	mesma	autora,	
é	a	existência	de	muitos	programas	de	oficinas	destinados	àquelas	pessoas	con-
sideradas	sem	os	 “pré-requisitos”	exigidos	pela	 instituição	para	 serem	 inseridos	
no	mercado	de	trabalho.	A	estes	indivíduos,	assim	categorizados,	são	oferecidas	
atividades	que	se	 limitam	à	elaboração	de	produtos	artesanais	comercializados	
em	feiras	não	formais	ou	por	meio	de	venda	local.	E,	completando	a	reflexão	da	
autora	acima	referida,	tendo	os	espaços	destinados	à	formação	profissional	o	per-
fil	especializado	para	trabalhos	manuais,	artesanais,	de	acordo	com	as	demandas	
e	cultura	locais,	pode-se	concluir	que	o	referencial	passa	a	ser	mais	um	espaço	de	
“terapia”	ocupacional	do	que	realmente	profissionalizante.	Um	status	muito	mais	
segregador	do	que	inclusionista.
 Legalmente nos respaldando (será?!) 
	 A	Constituição	Federal	de	1988	assegurou	a	reserva	de	um	percentual	em	
empregos	 públicos	 para	 pessoas	 com	 necessidades	 especiais.	 Passados	 dois	
anos,	 é	 apresentada	 uma	 nova	 lei	 com	maiores	 definições	 nesse	 campo.	 A	 Lei	
8.213	estabeleceu	uma	série	de	cotas	para	a	inserção	das	pessoas	com	necessi-
dades	especiais	no	mercado	de	trabalho.	Nessa	proposta,	a	Lei	estabeleceu	que	
empresas	privadas	a	partir	de	100	funcionários	contratados	teriam	que	obedecer	
a	essa	regulamentação.	Assim,	empresas	com	até	200	funcionários	deveriam	cum-
prir	a	cota	de	2%	de	funcionários	contratados	com	alguma	necessidade	especial,	
de	201	a	500,	3%;	de	501	a	1	000;	4%,	e	a	partir	de	1	000	funcionários,	5%.
	 Diante	dessa	proposta	social	e	política,	a	base	para	um	desenvolvimento	ple-
no	e	seguro	teria	que	ser	o	princípio	de	igualdade	de	oportunidades	entre	os	traba-
lhadores,	sejam	eles	com	necessidades	especiais	ou	não.	A	igualdade	de	oportuni-
dades	e	de	tratamento	deveria	ser	respeitada	no	locus	trabalhista,	a	fim	de	prover	
um	ambiente	saudável	e	produtivo	para	todos	os	funcionários,	numa	atitude	pre-
ventiva	de	posturas	discriminatórias	em	relação	ao	novo	corpo	de	trabalho.
	 Entre	os	percalços	que	surgem	nos	meios	que	norteiam	a	inclusão	social	e	a	
inserção	no	mercado	de	trabalho,	quase	sempre	dificultando	o	desenvolvimento	
do	percurso	e	a	concretização	dos	projetos,	Glat	(1995)	aponta	que,	antes	de	tudo,	
a	inserção	social	é	um	“processo	subjetivo	e	afetivo”	e	está	vinculada	à	represen-
tação	social,	aos	estereótipos	e	significados	que	as	pessoas	formulam	a	respeito	
da	pessoa	com	necessidades	especiais.	Como	exemplo,	no	contexto	profissional,	
apresento	a	vocês	o	testemunho	de	uma	pessoa	com	necessidades	especiais	ad-
quiridas,	que	relata	sua	vivência	e	as	suas	percepções	diante	das	relações	sociais	
ao	retornar	ao	campo	de	trabalho,	após	o	comprometimento	total	da	sua	visão:
 No	trabalho	você	tem	que	procurar	estratégias,	eu	tive	a	chance	de	encontrá-	las	
muito	mais	do	que	tecnológicas,	mas	principalmente	humanas.	De	sentar	e	conversar:	–	
Olha,	eu	preciso	de	alguém	que	me	empreste	o	olhar...	complicado	isso	de	emprestar	o	
olhar...	um	olhar	inteligente,	não	é	só	um	olho,	de	tal	modo	que	a	pessoa	veja	e	te	explique	
o	que	está	vendo	e	você	procura	estratégias	para	abreviar	os	conceitos,	enfim...	a	respos-
ta	que	um	equipamento	pode	dar	no	painel...	Quando	se	estabelece	uma	comunicação	
compreensível,	técnica	ou	não,	a	coisa	vai	fluindo.	(Adulto/faixa	etária	40	anos)
 A	 forma	como	são	determinadas	as	categorias	de	pertencimento,	os	con-
juntos	de	valores	nos	quais	os	indivíduos	são	situados,	geralmente	é	organizada	
de	acordo	com	os	interesses	e	as	demandas	sociais,	políticas	e	econômicas.	Nesse	
sentido,	 há	duas	 formulações:	 indivíduos	adequados	e	 indivíduos	 inadequados,	
impróprios.	O	que	caracteriza	taisformulações	são	as	diferenças	percebidas	por	e	
entre	eles.
 O	conceito	de	diferença	é,	e	sempre	foi,	uma	grande	marca,	como	uma	cica-
triz,	que	tem	delimitado	ações	no	campo	do	desenvolvimento	psicossocial,	edu-
cacional	e,	consequentemente,	da	inclusão	social	de	muitos	indivíduos,	sejam	pes-
soas	com	necessidades	especiais	ou	não,	visto	que	em	nossa	realidade	ainda	não	
foram	vencidas	nem	as	prioridades	básicas	necessárias	à	dignidade	de	qualquer	
indivíduo,	como	saúde,	educação,	alimentação,	moradia.
 A sociedade	na	qual	vivemos	e	estabelecemos	nossas	relações	sempre	está	
apontando,	suscitando	o	que	ou	quem	pode	ser	o	diferente,	no	sentido	de	ter	um	
diferencial,	ser	melhor,	mais	eficiente.	Ao	mesmo	tempo,	é	capaz,	face	à	percepção	
da	imagem	ideal,	de	estigmatizar	a	diferença	que	não	lhe	oferece	–	do	seu	ponto	
de	vista	–	nenhum	proveito	econômico	ou	estético.	Nesse	sentido,	a	imagem	re-
fletida	nas	interações	pessoais	e	sociais	acaba,	muitas	vezes,	impossibilitando	uma	
relação	mais	integrada,	cooperativa,	ou	seja,	uma	efetiva	inclusão	social.
	 Com	base	 nas	 legislações	 até	 então	 formuladas	 (Declaração	dos	Direitos	
das	 Pessoas	 Portadoras	 de	 Deficiência,	 1975;	 ONU/artigo	 12	 do	 Programa	 de	
Ação	Mundial	para	as	Pessoas	com	Deficiência	de	1982;	Organização	Internacio-
nal	do	Trabalho/Decreto	129/91;	Constituição	Federal	de	1988;	Lei	Orgânica	da	
Assistência	Social	–	LOAS	–,	Lei	8.742,	em	seu	artigo	1.º,	 IV,	entre	outros),	o	Bra-
sil	tem	procurado	amparo	legal	para	respaldar	a	oferta	e	a	inserção	no	mercado	
de	trabalho	da	pessoa	com	necessidades	especiais.	Porém,	são	as	linhas	de	ação	
previstas	que	efetivam	a	inserção,	de	fato,	nesse	espaço	social.	Em	nosso	país,	há	
um	considerável	número	de	legislações,	mas	a	ausência	de	ações	eficazes	que,	de	
fato,	possibilitem	a	qualificação,	reabilitação	e	inserção	no	mercado	de	trabalho,	
ainda	deixam	a	desejar.
	 Em	muitas	situações,	o	que	parece	uma	proteção	legitimada	por	lei,	acaba	
por	ter	sua	finalidade	desperdiçada,	tendo	um	fim	contrário,	pois	em	vez	de	ampa-
rar	a	pessoa	com	necessidade	especial,	a	base	legal	transforma-se	em	motivo	de
discriminação,	deixando-os	à	mercê	das	ideias	de	tempos	atrás,	quando	a	cidada-
nia	ainda	era	um	atributo	a	ser	adquirido.
 Algumas	pesquisas	revelam	que	quando	os	empregadores	ganham	experi-
ência	na	vivência	de	empregar	pessoas	com	necessidades	especiais,	eles	acabam
valorizando	o	desempenho	delas.	Ao	mesmo	tempo,	as	pessoas	com	necessidades	
especiais	que	melhor	se	beneficiarão	desse	sistema	serão	aquelas	que	apresenta-
rem	indícios	de	que	sua	produtividade	compensa	os	custos	iniciais	de	adaptação,
quando	estes	existem.
 Por	isso,	é	importante	termos	prudência	e	segurança	no	momento	da	inser-
ção.	Não	há	vantagem	alguma	quando	o	processo	é	obrigatório,	forçado.	A	frustra-
ção	de	ambos	os	lados	acaba	sendo	o	argumento	para	futuras	negações	de	con-
tratação.	Portanto,	é	fundamental	que	sejam	estudadas,	analisadas	as	situações,	a
qualificação	necessária	ao	empregado	e	ao	empregador,	bem	como	as	condições
físicas	e	organizacionais	(competências	e	habilidades	necessárias	para	a	função)	
em	que	serão	desenvolvidas	as	atividades.
 Formação, ética, cidadania e inclusão social 
	 Em	nosso	país,	como	é	de	conhecimento,	a	profissionalização	de	pessoas	com
necessidades	especiais	acontece	basicamente	em	estabelecimentos	educacionais	
no	formato	de	oficinas	protegidas,	abrigadas	ou	pedagógicas.	Com	a	determinação	
da	Lei	de	Cotas	8.213/91,	novas	perspectivas	são	redimensionadas,	mas	novas	pos-
turas	também	são	exigidas	em	relação	à	formação	do	profissional	com	necessida-
des	especiais	que	irá	preencher	a	vaga	oferecida	no	mercado	competitivo.
 De	acordo	com	Metetti	e	Goyos	(1998),	vários	são	os	autores	e	pesquisadores
que	têm	apresentado	a	importância	da	profissionalização	do	indivíduo	com	necessi-
dades	especiais	(deficiência	mental)	e	sua	inserção	no	mercado	de	trabalho	formal.	
Pois	o	trabalho	associado	a	outros	fatores	pode	ser	o	viés	para	o	reconhecimento	
e	desenvolvimento	das	competências	e	habilidades	dessas	pessoas	afastadas	dos	
efetivos	 espaços	de	 crescimento	 e	 convivência.	 Portanto,	 poderíamos	dizer	 que	
pessoas	com	necessidades	especiais	inseridas	no	mercado	real	de	trabalho,	atuan-
do	em	situação	de	igualdade	com	as	pessoas	pertencentes	a	uma	mesma	socieda-
de,	poderiam	ter	melhores	condições	de	desenvolverem	suas	capacidades	e	de	se	
relacionarem	com	e	como	cidadãos.
	 Tanaka	e	Almeida	(1988)	observam	que	muitos	indivíduos	com	necessidades	
especiais,	 especificamente	 com	 deficiência	 mental,	 apresentam	 dificuldades	 de	
participação	social	abrangente,	pela	ausência	de	oportunidades,	de	preparo	para	
manter	um	relacionamento	adequado	com	outras	pessoas	da	sua	comunidade.	As	
interações	pessoais	diante	do	campo	de	trabalho	assumem	significativa	relevância,	
uma	vez	que	as	ações	de	trabalho	geralmente	se	dão	em	ambientes	compartilha-
dos	por	um	grupo	de	pessoas	que	pode	ser	reduzido	ou	mais	abrangente.	Face	a	
essa	questão,	antes	mesmo	de	o	candidato	ao	emprego	saber	suas	tarefas,	é	fun-
damental	que	saiba	conviver	em	sociedade,	em	grupo,	compartilhando	não	só	um	
espaço	físico,	mas	valores	e	habilidades	de	convivência	culturalmente	aceitas.
	 Caballo	 (1987)	destaca	que	o	comportamento	socialmente	habilidoso	 re-
fere-se	ao	conjunto	de	comportamentos	emitidos	por	um	indivíduo	no	contexto	
interpessoal,	que	expressa	sentimentos,	atitudes,	desejos,	opiniões	ou	direitos	do
indivíduo	de	um	modo	adequado	à	situação	ao	mesmo	tempo	em	que	minimiza	a
probabilidade	de	problemas	futuros.
 Assim,	podemos	encarar	como	sendo	fundamental	a	construção	de	espaços	
profissionalizantes	 que	 possibilitem	 a	 formação	 de	 um	 profissional	 humanizado	
e	não	estereotipado,	ativo	e	não	passivo,	mecanizado,	 incluído	e	não	segregado.	
Desse	modo,	os	espaços	que	nos	parecem	mais	adequados	seriam	aqueles	que	
proporcionassem	uma	situação	real	de	mercado	competitivo	e	sociedade,	ao	con-
trário	dos	espaços	que	procuram	simular	ou	se	aproximar	de	situações	de	trabalho.
	 Face	a	essa	necessidade,	temos,	na	nossa	realidade,	algumas	agências	edu-
cacionais	que	são	responsáveis	pela	formação	das	pessoas	com	necessidades	es-
peciais.	As	escolas	especiais	têm	se	caracterizado	como	a	principal	agência	nesse
contexto.	Logo,	torna-se	necessário	pesquisarmos	e	refletirmos	sobre	como,	efe-
tivamente,	as	escolas	têm	mediado	a	relação	 interação	social,	profissionalização	
e	inclusão	social.	Entender	as	dinâmicas	adotadas	compreende	contextualizar	as	
formas	de	profissionalização	estendidas	às	pessoas	com	necessidades	especiais,
no	intento	de	poder	analisar	a	relevância	de	questões	como:
 • A	pessoa	com	necessidades	especiais	que	foi	inserida	no	mercado	de
trabalho	competitivo	está	realmente	formando	vínculos	sociais	no	grupo
de	funcionários?
 • As	relações	sociais	estão	sendo	entendidas	a	outros	espaços	fora	do	local
onde	executa	sua	função,	como	festas	de	confraternização,	intervalos	de
descanso	ou	almoço?
 • Além	de	saber	desempenhar	a	tarefa	prescrita,	que	habilidades	sociais
lhe	são	necessárias?
	 Diante	desses	questionamentos,	podemos	constatar	que	para	que	uma	pes-
soa	com	necessidades	especiais	adquira	tais	competências,	é	importante	que	lhe
seja	oferecida	a	oportunidade	de	ter	atividades	reais	de	trabalho.	Entende-se	que,
na	situação	real	de	trabalho,	em	uma	fábrica,	loja,	departamento,	enfim,	em	um	lu-
gar	formal	de	mercado	trabalhista,	o	principiante	terá	a	chance	de:
 • desenvolver	e	transformar	suas	atitudes	e	comportamentos	necessários
para	sua	inserção	de	maneira	efetiva	e	real;
 • praticar	seus	direitos	e	deveres	com	funcionalidade,	e	não	mais	em	situa-
ções	hipotéticas	e	resguardadas	sem	contextualização	e,	principalmente,	sistema-
tização	dos	seus	atos	(oficinas);
 • conquistar	o	reconhecimento	social	diante	da	sua	capacidade	adquirida	e
exercida,ou	seja,	realmente	ser	incluído	no	locus	e	não	apenas	ser	colocado
por	meio	de	decretos;
 • generalizar	suas	capacidades	para	além	da	sua	profissionalização,	possibi-
litando	sua	real	construção	cidadã.
	 Há	ainda	um	outro	ponto	a	ser	lembrado	nessa	dinâmica	de	inclusão	no	mer-
cado	de	trabalho	da	pessoa	com	necessidades	especiais:	é	a	figura	da	empresa	
que,	assim	como	a	escola	que	forma,	também	está	tentando	se	adaptar	às	novas	
premissas	da	realidade	expressa,	tanto	no	paradigma	social	quanto	legal	e	produ-
tivo.	Pelo	lado	do	paradigma	social,	as	metas	que	têm	permeado	suas	adaptações	
passam	pelo	âmbito	das	relações	interpessoais;	no	paradigma	legal,	deparam-se	
com	legislações	que	definem	decretos,	e	no	paradigma	da	produtividade,	têm	que
lidar	com	conceitos	como	quantidade/qualidade/lucro.
 Visões para o futuro 
	 Para	tentarmos	buscar	os	caminhos	que	ainda	não	foram	trilhados	é	impor-
tante	que	busquemos	algumas	considerações	nas	pesquisas	que	estão	sendo	de-
senvolvidas	sobre	esse	tema.	Vejamos,	então,	três	exemplos	de	pesquisas	recente-
mente	desenvolvidas	sob	o	foco	da	profissionalização	e	inserção	no	mercado	de	
trabalho	de	pessoas	com	necessidades	especiais.
 Caso 1
As habilidades sociais de pessoas portadoras de deficiência mental 
inseridas no mercado de trabalho competitivo: um estudo exploratório 
 Segundo	as	autoras	da	pesquisa,	há	a	necessidade	de	pesquisas	e	intervenções	
sobre	as	interações	sociais	e	profissionalização	para	a	efetivação	da	inserção	da	pessoa	
com	necessidades	especiais	no	mercado	de	trabalho	formal.	Trata-se	de	um	estudo	pre-
liminar	para	uma	tese	de	doutorado,	realizado	com	três	indivíduos	sem	necessidades	es-
peciais	que	foram	entrevistados	por	trabalharem	em	locais	que	empregam	pessoas	com	
necessidades	especiais.	A	pesquisa	foi	realizada	na	cidade	de	Sertãozinho,	localizada	a	
20km	da	cidade	de	Ribeirão	Preto.	Nos	resultados	obtidos,	nesse	estudo	preliminar,	as	
pesquisadoras	constataram	que:
 • em	 relação	 aos	 dados	 pessoais	 dos	 trabalhadores	 portadores	 de	 deficiência	
mental,	todos	eram	do	sexo	masculino,	ocupavam	cargos	de	auxiliar	de	serviços,	e	apre-
sentavam	tempo	de	serviço	que	variava	de	três	a	quinze	anos;
 • considerando	os	funcionários	que	trabalhavam	nos	supermercados,	segundo	os	
entrevistados,	o	diferencial	do	bom	profissional	 relaciona-se	ao	bom	atendimento	e	à	
aparência	pessoal;	
 • quanto	às	dificuldades	no	desempenho	da	tarefa,	as	mesmas	ocorriam	em	fun-
ção	da	deficiência;	e	com	exceção	de	um	funcionário,	os	demais	não	apresentavam	pro-
blemas	de	relacionamento	entre	os	colegas;
 • em	relação	ao	primeiro	entrevistado,	este	relatou	que	a	grande	dificuldade	que	
seus	funcionários	apresentam	diz	respeito	à	aparência	pessoal	e	conversar	olhando	para	
as	pessoas,	 sendo	que	um	deles	apresenta	 limitações	significativas	quanto	a	oferecer	
e	solicitar	ajuda,	atender	quando	solicitado,	finalizar	tarefa	e	expressar	discordância	de	
opiniões;
 • já	em	relação	aos	dados	da	segunda	entrevistada,	verificou-se	que,	no	geral,	os	
funcionários	que	acompanham	foram	positivamente	avaliados;	no	entanto,	um	deles	tem	
dificuldades	em	oferecer	ajuda,	falar	sobre	si	e	suas	necessidades	pessoais,	argumentar	
e	defender	os	seus	direitos;
 • quanto	ao	quarto	entrevistado,	este	relatou	que	o	seu	funcionário	apresenta	difi-
culdades	em	solicitar	e	oferecer	ajuda,	bem	como	o	cuidado	com	a	sua	aparência	pessoal;
 • os	resultados	preliminares	apontam	que	a	maioria	das	dificuldades	enfrentadas	
refere-se	aos	comportamentos	de	solicitar	e	oferecer	ajuda,	bem	como	a	questões	rela-
cionadas	ao	cuidado	com	a	aparência	pessoal	e	à	importância	em	se	conversar	olhando	
para	a	pessoa;
 • por	outro	lado,	as	experiências	relatadas	pelos	entrevistados	aparentam	ser	oti-
mistas,	sendo	que	os	funcionários	apresentam	um	tempo	considerável	de	trabalho	e,	se-
gundo	os	relatos,	o	trabalho	tem	contribuído	para	a	melhoria	da	qualidade	de	vida	de	
seus	funcionários	(Paula;	Almeida,	2004).
 Caso 2
 Empresa e profissionalização de portadores de deficiência: 
um trabalho de consultoria
	 Este	estudo	teve	como	objetivo	identificar	os	possíveis	cargos	e	funções	disponí-
veis	para	colocação	de	pessoas	portadoras	de	deficiência,	e	as	necessidades	de	adap-
tações	estruturais	e	físicas	no	ambiente	de	trabalho.	O	trabalho	foi	desenvolvido	junto	
a	uma	empresa	do	setor	sucroalcooleiro	(agroindústria	e	destilaria),	localizada	na	região	
urbana	da	cidade	de	Ribeirão	Preto	e	com,	aproximadamente,	3	500	 funcionários.	Em	
seus	resultados,	constata-se	que	dos	29	cargos	oferecidos,	12	eram	para	deficientes	au-
ditivos,	9	para	deficientes	mentais	leves	a	moderados	e	8	para	pessoas	com	deficiência	
física.	Diante	da	realização	do	estudo,	as	autoras	fizeram	algumas	considerações:
 • Acessibilidade	–	observando	toda	a	estrutura	das	empresas	visitadas,	constata-
mos	a	necessidade	de	adaptações	arquitetônicas,	como	um	dos	pré-requisitos	à	contra-
tação	de	pessoas	portadoras	de	deficiências,	bem	como	o	livre	acesso	de	visitantes	em	
condições	restritas.	Como	exemplo,	constatamos	a	necessidade	de	rampas	que	facilitem	
a	locomoção	de	pessoas	com	deficiência	física.
 • Pensando	em	novos	cargos:	 
Lavador de veículos pequenos	–	poderia	ser	executado	por	pessoas	portado-
ras	de	deficiência	mental	leve,	ou	deficientes	auditivos;
Mensageiro	 –	 poderia	 ser	 executado	 por	 pessoas	 portadoras	 de	 deficiência	
mental	leve;	sendo	feitas	pequenas	adaptações	como,	por	exemplo,	“bilhetes	e	
fichas	coloridas”;
Auxiliar de escritório “multifuncional”	–	pessoa	com	deficiência	mental	 leve	
ou	deficiência	auditiva,	já	que	poderia	executar	tarefas	simples	(ex.:	organizar	e	
guardar	notas	fiscais;	separar	papéis	para	arquivo	morto),	em	sistema	de	rodízio	
nos	diferentes	setores	administrativos.
 Em	relação	à	pessoa	portadora	de	deficiência	e	sua	inserção	no	mercado	de	tra-
balho,	pode-se	verificar	uma	nova	visão	social:	de	dar-lhes	a	oportunidade	de	exercer	
um	emprego	normal,	sob	condições	normais,	ou	seja,	entre	companheiros	com	ou	sem	
deficiência.
 • O	trabalho	de	consultoria	sobre	a	colocação	de	pessoas	portadoras	de	defici-
ência	surge	como	uma	área	em	expansão,	uma	vez	que	as	empresas	estão	encontrando	
dificuldades	em	“pensar”	nos	possíveis	cargos	e	funções	que	essa	clientela	poderia	estar	
ocupando,	bem	como	o	(re)arranjo	de	novas	possibilidades	de	atuação	no	exercício	de	
uma	profissão	(Paula;	Ragazzi,	2004).
 Caso 3
 Emprego com apoio: alternativa viável para a profissionalização
de pessoas com deficiência no mercado de trabalhoa
	 Para	esse	estudo,	 foram	selecionados	4	 jovens,	sendo	3	rapazes	e	1	moça,	com	
idades	variando	entre	17	e	26	anos,	todos	matriculados	em	uma	escola	especial.	A	pes-
quisa	foi	realizada	em	quatro	locais	comerciais	de	trabalho,	onde	os	jovens	exerciam	suas	
funções.	O	objetivo	do	estudo	era	descrever	e	avaliar	os	efeitos	de	um	programa	de	ca-
pacitação	profissional	em	ambientes	naturais	de	trabalho,	para	pessoas	com	diagnóstico	
de	deficiência	mental,	tendo	como	base	a	modalidade	emprego	com	apoio.	Nos	resulta-
dos	do	estudo,	as	autoras	constataram	que	o	programa	foi	eficaz,	uma	vez	que	a	moça,	
como	a	pesquisa	demonstrou,	foi	capaz	de	apresentar,	segundo	as	tabelas	de	avaliação,	
um	rendimento	máximo	em	7	de	9	tarefas	desempenhadas.	Em	suas	conclusões,	afirmam:
Com	a	pesquisa,	pode-se	verificar	que	os	participantes	desempenham	as	atividades	com	
êxito,	mostrando	que	algumas	dessas	pessoas	ainda	necessitam	de	apoio	na	locomoção	
para	os	seus	devidos	empregos.	Finalmente,	contrapondo	a	ideia	de	que	a	organização	
de	nossa	cidade	ainda	se	baseia	no	conceito	de	que	o	indivíduo	é	avaliado	de	acordo	
com	sua	capacidade	de	produzir,	o	emprego	com	apoio	procura	mostrar	que	a	capaci-
tação	do	trabalhador	com	deficiência	mental	no	ambiente	natural	de	trabalho	possibilita	
sua	inserção	na	sociedade	produtiva,	mostrando,assim,	que	a	ação	do	homem	pode	ser	
modificada	em	prol	das	pessoas	que	apresentam	necessidades	especiais,	como	afirma	
Manzini	(1999).	(Ragazzi;	Almeida,	2004)
Finalizando 
	 Percebe-se	que	é	imprescindível	que,	primeiro,	os	espaços	para	a	formação	
profissional	da	pessoa	com	necessidades	especiais	seja	real,	em	locus	onde	realmen-
te	 irá	desenvolver	sua	carreira	profissional;	para	tanto,	é	necessário	um	empenho	
das	escolas	especiais	na	reformulação	das	propostas	que	ainda	não	tenham	sido	
modificadas	para	esse	contexto.	Segundo,	que	sejam	viabilizadas	estratégias	de	in-
serção	no	mercado	de	trabalho,	baseadas	em	respaldos	práticos	como	mostram	as	
pesquisas,	com	a	finalidade	de	prover	os	recursos	técnicos,	sociais	e	humanos	para	
a	efetivação	da	proposta.	Terceiro,	que	os	espaços	oferecidos	sejam	contextos	que	
possibilitem	a	autonomia	e	a	cidadania	do	indivíduo,	para	que	aqueles	que	ocupam	
Trechos	do	livro	Projetos de Inclusão Social: casos de sucesso 
da	Prof.ª	Patrícia	Braun
esse	espaço	de	trabalho	se	formem	eticamente	a	partir	da	possibilidade	de	posicio-
namento,	de	ter	opinião	própria,	de	exercer	seus	direitos	e	cumprir	seus	deveres.	
Quarto,	que	as	leis	sirvam	como	respaldo	e	não	como	fonte	de	obrigatoriedade	e	
discriminação,	e,	por	último,	mas	não	menos	importante,	que	o	mercado	de	trabalho,	
as	empresas,	procurem	respaldar	suas	dúvidas	para	poder	apostar	em	uma	nova	
força	de	trabalho,	contribuindo	para	um	meio	social	mais	humano	e	igualitário.
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