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ESCOLA E IMPOTÊNCIA ESTRUTURAL (Autoria própria) PS.: possível haver erros de concordância e de escrita

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
TEORIA DO CURRICULO EDU02029 - A (17/2)
Fabio Machado Sant'anna Junior; Jerônimo da Rosa Coelho
ESCOLA E IMPOTÊNCIA ESTRUTURAL
Muitos acadêmicos e até pessoas fora da academia consideram que a instituição escolar tenha fracassado em seu objetivo, mesmo que esse muitas vezes seja abstrato e de difícil compreensão. O Fracasso escolar se da tanto por uma metodologia voltada para o desempenho do aluno em provas e exames avaliativos e por julgar como culpado desse mau desempenho o próprio aluno. [1]
A Escola moderna tem um viés de reclusão. Aqui a comparamos com quarteis, internatos, seminários, orfanatos, e outras instituições que privam a liberdade de individuo, tanto física como filosófica. Essas instituições doutrinam e impõem condutas de acordo com o interesse de seus mantenedores, clero ou do próprio Estado. [1]
Como características de sua doutrina, organizar o corpo e a mente (isso por meio de classes enfileiradas, com a proibição da conversa entre os alunos). Manipulação e definição de costumes que devem ser seguidos pelos alunos. [1][2] A escola tem metodologia mecanizada, onde há repetição de exercícios, aqui podemos usar como exemplo aulas de matemática e física. Ensino com objetivos principais falhos como, por exemplo, a leitura e escrita, que deveriam ser meios para outro objetivo e não o principal. [5] Atividades com objetivo único de preparar alunos para exames avaliativos, sem uma maior preocupação com o entendimento e flexão acerca do conteúdo. [1] Há também exames externos que visão avaliar o aluno, julgando o sucesso do mesmo pelo seu desempenho nessa prova, sem levar em consideração a complexidade dos alunos que tem saberes divergentes entre si. Quando não apresenta uma boa nota o aluno teria falhado em aprender. [1][3] Assim a escola é definida como um local de produção de saberes e um local de dominação. Professores são adestradores das massas e devem manter os alunos dóceis, molda-los resultando em adultos facilmente manipulados. A Escola moderna é um local de passagem obrigatória, com legislação especifica para que essa seja o único local onde possa ocorrer o ensino, quem não cumprir essa será penalizado, isso contribui para o cenário citado acima. [5]
É propagado por professores e órgãos responsáveis por essa instituição, que se busca um qualidade de ensino, porém é extremamente difícil alcança-la, visto que não se define com clareza o que é essa qualidade. [6] 
Há ainda diferenças entre o ensino público e o privado. No privado o aluno é condicionado, tem imposições, mas essas são justificadas para um melhor aprendizado fazendo que esse foque no estudo, os doutrinar de acordo com os interesses da instituição, presumindo que os pais que escolheram a instituição, assim também é do interesse deles. Já na instituição pública os filhos dos trabalhadores e classes de baixo nível econômico terão uma educação focada em: Modelar o aluno para que esse não seja marginalizado pela violência que o cerca. Doutrinado segundo os interesses do estado, pois é esse que mantem a instituição, organiza e de certa forma dita o comportamento do professor. O que vemos é um profissional que tem extrema dificuldade de passar saberes e tem suas ações voltada/focadas em manter os indivíduos domados. Ainda tem que lembrar que o professor que, de certa forma, escolhe o conhecimento (conteúdo) que será passado para o aluno. Mesmo que haja um currículo onde se tem uma estrutura a ser seguida, na maioria das vezes temos “adaptações” que os professores fazem no que será passado para o aluno. Isso fica mais claro quando visitamos duas escolas, mesmo que fiquem uma ao lado da outra, vamos encontrar divergências quanto a conteúdo passado para os alunos, isso também é influenciado pela direção da escola que ajuda a organizar o mesmo. Temos que lembrar que os conteúdos transpassados são de pouco valor para muitos alunos, considerados como banalidade, isso por que não levam na elaboração não levam em consideração o meio em que o aluno vive e suas demandas. [4] 
Todo esse discurso pode parecer pouco anacrônico, mas mesmo estando na pós-modernidade ainda carregamos essa organização escolar, apenas estamos acrescentado instrumentos como a tecnologia, com isso nós referimos a informática, internet e periféricos. Que de certa forma ajudam a melhorar o ensino. [7] Mudanças curriculares acontecem durante todo o tempo e são constantes, mas para alcançarmos essas temos que ter meios mais efetivos, agora, quais? 
Fica o questionamento. 
Referências:
[1]ESTEBAN, M. T.; FETZNER, A. R. A. A redução da escola: a avaliação externa e o aprisionamento curricular. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 1/2015, p. 75-92 
[2]Benelli, Silvio José. A lógica da internação: instituições totais e disciplinares (des) educativas. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2014. Pg. 13-22.
[3]Benelli, Silvio José. A lógica da internação: instituições totais e disciplinares (des) educativas. São Paulo: Editora Unesp Digital, 2014. Pg 63-84.
[4]VARELA, Julia., ALVAREZ-URIA, Fernando. A Maquinaria escolar. Teoria & Educação. São Paulo, n. 6, p.68-96, 1992.
[5]Marília Gouvea de Miranda. O processo de socialização na escola: a evolução da condição social da criança. PSICOLOGIA SOCIAL: o homem em movimento. Editora Brasiliense. 8ª edição. 1989. Pg 125-135.
[6]Carlos Roberto Jamil Cury. A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA COMO DIREITO. Educ. Soc., Campinas, v. 35, nº. 129, p. 1053-1066, out.-dez., 2014.
[7]Adenir Carvalho Rodrigues; Nilcélio Sacramento Sousa. ESCOLA, PASSADO E PRESENTE: MUDANÇAS SOCIAIS E NOVAS EXIGÊNCIAS PARA OS PROFESSORES. EDUCERE XIII Congresso Nacional de Educação. Formação de professores: Contextos, sentidos e práticas. IV Seminário de representações Sociais, subjetividade e Educação – SIRSSE. VI Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente (SIPD/CÁTEDRA UNESCO).

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