Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Seminário Teoria das Organizações II – Profª Simone Fernandes Grupo: Andressa Marangoni, Antonio Bruno, Brenda Lourencini, Cirilo Andrade, Marcelo Frechiani, Marcos Vinicius Medeiros, Nickolas Caldeira, Thaianny Teixeira. JOGOS DE PODER O tema é frequentemente analisado de 4 formas: 1. Na perspectiva marxista: fenômeno de alienação econômica 2. No nível psicanalítico: fenômeno psicológico de alienação (dependência, projeção e introjeção) 3. Como um fenômeno político: de imposição e de controle sobre as decisões e sobre a organização do trabalho 4. No nível ideológico: fenômeno de apropriação do significado e dos valores INTRODUÇÃO Metáfora Política Práticas de ação estratégica • Organizações vistas como arenas complexas, onde os indivíduos buscam seus interesses particulares por intermédio dos meios oferecidos pelas estruturas e regras burocráticas. • Autoridade, poder e relações superior-subordinado são aspectos políticos • A política pode ser parte essencial da vida organizacional, e não necessariamente algo disfuncional. • Significado original da noção política: consulta e negociação para reconciliar interesses divergentes. • Compreensão de qualidades importantes da organização que são, frequentemente, encobertas ou ignoradas. METÁFORA POLÍTICA • Ação Social de Weber • Habermas estabelece três tipos de ação: DIMENSÃO ESTRATÉGICA DA AÇÃO SOCIAL Tipos de Ação/Orientação Ação Social Orientada para o Sucesso Ação Social Orientada para a Compreensão Não Social Ação instrumental ---------------------------- Social Ação estratégica Ação comunicativa Ações instrumentais são direcionadas para a eficiência administrativa ou técnica. Ação estratégica é a capacidade perceber as oportunidades de ação, prever as consequências e os riscos de cada alternativa e assumir esses riscos executando a decisão. Ação comunicativa é voltada para acompreensão entre as partes. APROFUNDANDO CONCEITOS BÁSICOS Ação estratégica em grupo - Organização é uma estrutura estratégica de ação coletiva que visa oferecer soluções especificas para a concretização de objetivos do grupo social. Efeitos inesperados de ação estratégica em grupo e disfunções - incoerências e incertezas dado ao fato de múltiplas racionalidades e interesses divergentes. Problemas da ação coletiva - Negociação entre os grupos Organização como arena política - Jogos de poder As incertezas e o poder - Controle de recursos organizacionais As organizações, igualmente aos governos, empregam alguns sistemas de regras como meio de criar e manter a ordem entre seus membros. As formas de governar a seguir são variações mais comuns das regras políticas encontradas nas organizações ORGANIZAÇÕES E FORMAS DE GOVERNO POLÍTICO AUTOCRACIA: Governo absoluto em que o poder é sustentado por um individuo ou pequeno grupo, no qual a tradição, posse de direitos, carisma são usados para estabelecer privilégios pessoais. BUROCRACIA: Regra estabelecida por meio da palavra escrita, que oferece as bases de uma autoridade racional-legal. TECNOCRACIA: Regra exercida através do uso do conhecimento, poder de especialistas e habilidade de resolução de problemas relevantes. CO-GESTÃO: Forma de governo em que as partes opostas entram em entendimento para gerar interesses mútuos. DEMOCRACIA REPRESENTATIVA: Regra exercida através da eleição de membros que tem mandato para agir em nome daqueles a quem representam. DEMOCRACIA DIRETA: É o sistema no qual cada um tem direito igual de governar tomando partes em todas as decisões. A politica de uma organização é mais claramente manifestada nos conflitos e jogos de poder. Pode-se analisar a política organizacional de maneira sistemática, focalizando as relações entre interesses, conflitos e poder. A política organizacional nasce quando as pessoas pensam e agem diferentemente. Isso cria uma tensão que precisa ser resolvida por meios políticos através das formas de governo apresentadas: -autocraticamente -burocraticamente -tecnocraticamente -democraticamente ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO SISTEMAS DE ATIVIDADE POLÍTICA Análise de Interesses FATORES QUE INFLUENCIAM OS INTERESSES DO INDIVÍDUO NAS ORGANIZAÇÕES Aspirações e visões; Personalidades, atitudes próprias, Valores, preferências, Crenças e conjuntos de comprometimento com o mundo exterior INTERESSES Os três domínios podem interagir e também permanecerem separados. Busca pelo equilíbrio Tensões A METÁFORA POLÍTICA Define as organizações como rede de pessoas independentes Ganhar a vida, Desenvolver uma carreira, Perseguir um objetivo ou meta desejados. Coalizões A organização, enquanto coalizão de pessoas que possuem interesses diferentes é uma coalizão com múltiplos objetivos. A COMPREENSÃO DO CONFLITO O conflito aparece sempre que os interesses colidem O conflito pode ser: Pessoal, Interpessoal ou Entre grupos rivais e coalizões. Manobras políticas diariamente são utilizadas nas organizações visando equilibrar a cooperação e a competição no ambiente de trabalho Surge quando os interesses entre os autores se colidem Reação natural ao conflito na organização - comumente visto como uma força disfuncional Organizações modernas e suas manobras políticas - Competição e Colaboração coexistem simultaneamente. O USO DO PODER O poder é o meio através do qual conflitos de interesse são resolvidos. Influência quem consegue o que, quando e como. Poder como recurso x poder como dependência 20 AUTORIDADE FORMAL A mais clara fonte de poder numa organização é fundamentada por uma ou mais características. Autoridade carismática Autoridade tradicional Autoridade Burocrática 21 CONTROLE SOBRE RECURSOS ESCASSOS Toda organização depende de fluxo adequado de recursos. Habilidade de exercer o controle sobre qualquer dos recursos pode favorecer importantes fontes de poder dentro da organização. 22 USO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, REGRAS E REGULAMENTOS Regras e regulamentos são criados e usados de maneiras tanto proativa como retroativa dentro de relações de poder. A habilidade de usar regras para a vantagem de alguém é assim uma importante forma de poder organizacional. 23 CONTROLE DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO A tomada de decisão organizacional envolve favorecer decisões que alguem realmente deseja. O indivíduo e o grupo que agir de maneira clara na tomada de decisão tem o poder influéncia nos negócios da organização. 24 CONTROLE DO CONHECIMENTO E DA INFORMAÇÃO Controlando esses recursos uma pessoa pode influenciar a definição das situações organizacionais e criar padrões de dependência. Posse da informação certa. 25 CONTROLE DOS LIMITES Ganha-se acesso a informações críticas que colocam a pessoa numa posição poderosa para interpretar aquilo que está acontecendo. Monitorando e controlando as transações as pessoas são capazes de obter considerável poder. 26 HABILIDADE DE LIDAR COM INCERTEZA A habilidade de lidar com situações descontinuas e imprevisíveis , podendo ser dois tipos de incertezas: INCERTEZAS AMBIENTAIS: diz respeito ao mercado, fontes de matéria-prima ou financeira, por exemplo. INCERTEZAS OPERACIONAIS: quebra de maquinário crítico na produção de fábrica ou no processamento de dados, etc. CONTROLE DE TECNOLOGIA A tecnologia utiliza da nas organizações provê aos seus usuários a habilidade de chegar a resultados desejados na atividade produtiva, fornecendo a eles também uma habilidade de manipular essa força produtiva e fazendo-a trabalhar eficazmente em favor dos objetivos dos próprios usuários. Alianças interpessoais, redes e controle da “organização informal” Amigos altamente colocados , mentores, coalizões com pessoas preparadas para transacionar apoio e favores para promover os fins individuais das pessoas, bem como redes informais ou simples bate-papos, tudo isso oferece poder aos envolvidos. CONTROLE DAS CONTRA ORGANIZAÇÕES O sindicato desenvolve-se como um modo de vigiar a administração nas indústrias que pertencem a um setor industrial; governo e outras agências reguladoras agem também para eliminar ou prevenir o abuso de poder por parte de um monopólio, etc. Simbolismo e administração do significado Imagens, linguagem, símbolos, histórias, rituais etc. são ferramentas que podem ser usadas na administração do sentido e para delinear relações de poder na vida organizacional. Administração das relações entre os sexos: Muitas organizações são dominadas por valores relacionados a um dos sexos e distorcem a vida organizacional a favor de um sexo com relação a outro, a ponto de criar rivalidades entre eles. • Enfatiza a natureza pluralista de interesses, conflitos e fontes de poder que retratam a vida organizacional. → INTERESSES: ênfase na diversidade do indivíduo e dos grupos de interesse. → CONFLITOS: considera o conflito como uma característica inerente e inevitável das atividades organizacionais. → PODER: a organização é vista como uma pluralidade de detentores de poder obtido de uma pluralidade de fontes. ADMINISTRAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES PLURALISTAS • É a principal preocupação da administração de organizações pluralistas. • Resolver o conflito para que ele traga benefícios para toda a organização ou de maneira que promova os seus interesses próprios dentro da organização. • O gerente pluralista depara-se com uma escolha de estilos para a administração de conflito. Administração do conflito • Impeditivo: → Ignora os conflitos, esperando que desapareçam → Coloca os problemas sob consideração → Apela para regras burocráticas → Quando uma questão tem pouca importância • Negociador: → Discute → Encontra soluções satisfatórias ou aceitáveis → Procura entendimentos e compromissos → Para chegar a soluções cômodas quando há pressão de tempo. • Competitivo: → Cria situações claras de ganhar ou perdes → Utiliza a rivalidade → Quando existe a necessidade absoluta de uma ação rápida e decisiva • Acomodador: → Cede → Submete-se e obedece → Quando a harmonia e estabilidade importam • Colaborador: → Confronta as diferenças, compartilhando informações → Busca soluções integradoras → Quando os dois conjuntos de princípios são muito importantes ESTILOS DE ADMINISTRAÇÃO DO CONFLITO 32 1980, fez uma descoberta notável acerca da natureza da cooperação, queria entender o motivo da cooperação emergir numa sociedade tão egoísta, tendo como foco atingir os objetivos pessoais, procurando na organização meios para isso. COOPERAÇÃO E O PODER NAS ORGANIZAÇÃO Robert Axelrod, sociólogo americano Neste livro, Axelrod mostra que o maior problema ocorre quando a busca dos interesses específicos, individuais de cada ator, cria uma sistema que prejudica a todos. December 5, 2006 Dilema do Prisioneiro Teoria dos Jogos Situações estratégicas onde jogadores escolhem diferentes ações na tentativa de melhorar seu retorno Matemática aplicada 1978 – Albert W. Tucker 1950 - Merrill Flood e Melvin Dresher 2 Jogadores Cooperar ou Não Cooperar Escolha da estratégia individual (Opção de Ação) *Sem saber a do sseu parceiro. Não há solução correta para o Dilema do Prisioneiro. De um ponto de vista puramente de interesse próprio, ou seja aquele que não toma em consideração os interesses do outro prisioneiro, é o racional. Para cada prisioneiro, confessar — e se cada um fizer o que é racional, do ponto de vista do interesse próprio, ficarão ambos na pior situação, ao contrário de escolher a opção que leva em conta a cooperação. O dilema prova que quando cada um de nós, individualmente, escolhe aquilo que é do seu interesse próprio, pode ficar com a pior consequência, do que ficaria se tivesse sido feita uma escolha que fosse do interesse coleivo. “Olho por olho, dente por dente” Muitas vezes optar pela não cooperação é uma estratégia que oferece maiores ganhos, principalmente se a interação é de curta duração ou tem duração limitada e fim previsto. Esse jogo, na verdade, representa de modo simplificado a ação estratégica dos atores sociais na organização. As estratégias ganhadoras são: • Para manter ganhos constantes e médios, evitar conflitos que não são necessários e, quando o outro coopera, continuar a cooperar também até que o outro jogador adore uma estratégia não-cooperativa • Responder a uma “não-cooperação” com outra “não-cooperação” a fim de mostrar que não “se deixa explorar” e não criar tal reputação. • Ter uma estratégica estável e comunica-la claramente, permitindo ao outro adaptar-se à estratégia do adversário/sócio. ESTRATÉGIAS DE COOPERAÇÃO NO DILEMA DO PRISIONEIRO Indivíduos Apáticos Indivíduos Ativos ESTUDO DE LEONARD SAYLES 42 Mostrou o inter-relacionamento entre a capacidade de ação estratégica individual e a ação estratégica coletiva. Quatro tipos de lutas coletivas. APATIA: Poucas revoltas e ausência de líder. AÇÃO ERRÁTICA: Líder autoritário, muitas revoltas, porém desproporção quanto aos objetivos de luta. ESTUDO DE LEONARD SAYLES 43 AÇÃO ESTRATÉGICA: Forte capacidade de negociação, menor dependência de um líder. POSIÇÃO CONSERVADORA: Coesos e fechados defesa de interesses particulares. ESTUDO DE LEONARD SAYLES 44 CARACTERÍSTICA DOS GRUPOS E LOCAL DE TRABALHO: Grupos Apáticos; Grupos Erráticos; Grupos Estratégicos e Conservadores. ESTUDO DE LEONARD SAYLES 45 RESULTADOS DO ESTUDOS DE SAYLES: As diferenças existente entre a condição de trabalho influencia no grau de aprendizagem relacional e inserir em um grupo. O grau de poder e controle influencia nas atitudes em grupo e sua reação quanto a liderança. ESTUDO DE LEONARD SAYLES 46 Inevitável na organização Privacidade e Segredo para fins políticos FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA POLÍTICA 47 MITO DA RACIONALIDADE ORGANIZACIONAL: Racional; Eficiente; Eficaz. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA POLÍTICA 48 OUTRA FORÇA DA METÁFORA POLíTICA: Aponta tensões desintegradoras dos diversos conjuntos de interesse sobre o qual as organizações se estrutura. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA POLÍTICA 49 METÁFORA POLíTICA Reconhecimento do ator organizacional e importância das politicas de modelo. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA POLÍTICA 50 ORIGEM MAQUIAVÉLICA: Existe um perigo real de que o seu uso possa gerar cinismo ou seja situações que antes não havia nada começa desconfiança. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA POLÍTICA 51 RESULTADOS DA METÁFORA POLITICA: Reconhecimento das implicações sociopolíticas dos diferentes tipos de organizações e do papel que desempenham na sociedade. FORÇAS E LIMITAÇÕES DA METÁFORA POLÍTICA 52 Google Images - https://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=wi&ei=7ca5U8XMB6XWsQTXu4HQBQ&ved=0CAQQqi4oAg MORGAN, Gareth. Imagens da Organização. 1ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 1996. Pp. 147-203 (“Capítulo 6: Interesses, Conflitos e Poder”) MORGAN, Fernando C. Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia. Teoria Geral da Administração. 3ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2006. Pp. 350-366 (“Capítulo 12: O Poder nas Organizações”) Referências Bibliográficas: Obrigada pela atenção! 1 - De acordo com a metáfora política, quais são os três objetivos para organização enfatizar a importância da administração? Perguntas: PARTE 1 2 - Cite e explique dois estilos de administração de conflitos que um gerente pluralista pode desempenhar. 3 - Qual é a melhor forma de obter cooperação de diferentes atores sociais na organização? 4 - Quando o conflito aparece? 5 - Qual é a melhor solução para o Dilema do Prisioneiro? Por quê? 6 - Cite três tipos de formas de governo politico nas organizações. 7 - Defina democracia representativa e cite exemplos? 8 - Característica dos grupos erráticos e apáticos e estratégico e conservadores? 9 - Quais são os dois tipos de incertezas que foram comentadas? 10 - Dê exemplos dos três tipos de autoridade. 11 – Que tipos de indivíduos as organizações mais burocratizadas e as politizadas geram?
Compartilhar