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A atuação do Psicólogo na educação não formal Práticas emergentes em Psicologia Educacional e Escolar: a mediação no desenvolvimento de competências dos educadores sociais. Pollianna Galvão Soares Claisy Maria Marinho Araujo. Psicologia Educacional II 7º e 8º semestre A atuação do Psicólogo na educação não formal. A atuação do Psicólogo Educacional e Escolar: possibilidades Educação Infantil Ensino Fundamental e Médio Ensino Superior Educação não-formal Educação não formal: terceiro setor - ONG OSIPS: instituições que, originalmente, atenderam as demandas do campo educacional. Problematização: o perfil pouco definido do profissional (educador) das ONGs. Objetivos das ONGs: combate à exclusão social. A atuação do Psicólogo na educação não formal. Psicologia e Educação Nos anos de 1960 ampliação dos sistema de educacional: Aumento da demanda da queixa escolar Psicologia escolar concepção individualista: modelo positivista. Visão causal e reducionista: ambiente, família, aluno. Psicologia Educacional e escolar ligada às causas elitistas; predomínio do modelo clínico e, por isso, não atende às demandas dos educadores sociais. A atuação do Psicólogo na educação não formal. Psicologia e Educação Uma psicologia com fundamentação histórico-social indica a superação do modelo adaptacionista da relação Psicologia e Educação, paradigmática até os anos de 1970. Segundo Marinho Araujo e Soares Galvão, 2010, p. 47 A teoria vygotskiana vem agregando grandes contribuições teóricas e conceituais que alicerçam o trabalho da Psicologia Escolar, especialmente por defender que o desenvolvimento humano ocorre a partir dos processos de mediação simbólica, os quais são desencadeados pelas ricas trocas de experiências entre sujeitos nas relações em sociedade. As competências tipicamente humanas são subsidiadas pelas atividades em sociedade e surgem pela mediação de instrumentos de natureza concreta e simbólica. Esses instrumentos são desenvolvidos historicamente e estão continuamente presentes no contexto cultural no qual determinados sujeitos estão inseridos. A concepção de homem, nessa perspectiva, parte da ideia de que as funções psicológicas superiores constituem-se a partir das relações sociais estabelecidas nos contextos histórico-culturais (Vygotsky, 1998, 2000, 2004). A atuação do Psicólogo na educação não formal. Psicologia, Educação e Terceiro Setor Terceiro setor – objetivo: o bem comum? Nas últimas décadas, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) vêm ganhando espaço entre os setores público e privado, concretizando-se como nova forma de organização social que permite aproximação entre os cidadãos e a esfera pública em prol da garantia do atendimento aos direitos sociais básicos e do combate à exclusão social (SOUZA e MARINHO ARAUJO, 2010, p. 48) Reposicionamento do Estado e posicionamento da sociedade civil organizada. Primeiro setor: o Estado Segundo Setor: a esfera privada Terceiro setor: sem fins lucrativos. Associações, Fundações e Cooperativas. A atuação do Psicólogo na educação não formal. Psicologia, educação e Terceiro Setor A emersão de tais instituições sem fins lucrativos também recebem críticas, pois se identificam em suas estruturas, modelos assistenciais que na prática camuflam os verdadeiros problemas sociais produzidos no interior do sistema capitalista de produção. (Áreas de atuação: educação, saúde, trabalho e meio ambiente) Contradição: O que vem se observando, nos últimos governos, é que o Estado tem privilegiado políticas econômicas voltadas para as empresas de capital. Como exemplo, somente no ano de 2004 foram liberados R$ 4,1 bilhões para oito transnacionais e R$ 6,2 bilhões para 5 milhões de pequenos agricultores1. Empresas aéreas e os bancos também são os alvos privilegiados pelo apoio estatal, sob uma lógica de governança que investe na estabilização do mercado econômico e um afinamento de verbas destinadas às demandas sociais mais elementares, em detrimento da seguridade anunciada pelo Estado de Bem Estar Social. (SOUZA e MARINHO ARAUJO, 2010, p. 48) A atuação do Psicólogo na educação não formal. Terceiro setor: origens históricas no Brasil No Brasil este setor ganha força a partir da ECO 92; Anterior a este fato, deve-se dar destaque, aos setores da igreja, partidos políticos e universidade. Igrejas: CEB – Comunidades Eclesiais de Base Educação Popular: Paulo Freire As ONG – durante o período militar - tinham como objetivo fortalecer a educação popular, visto que, naquele momento a Escola bastante excludente e representada como Aparelho Ideológico do Estado. As CEB eram compreendidas como subversivas ao poder do estado. Pós-golpe: as ONGs se desvinculam das igrejas. LDB – legisla sobre a organização do Terceiro Setor. A atuação do Psicólogo na educação não formal. Desde o final do século XX as ONG, que já atuavam em sua origem no setor educacional, se constituem e se legitimam e mantém o objetivo de sanar as desigualdades de acesso aos bancos escolares. “não aprendeu na escola, aprende na educação não formal” A formalização dessa iniciativa do Terceiro Setor exige a profissionalização dos educadores que estão atuando nesse setor. Identifica-se que, o educador social tem um perfil pouco definido. A atuação do Psicólogo na educação não formal. A Psicologia Educacional e Escolar na atuação do educador social: [...] o educador que se encontra nos contextos da educação não formal tem sido pouco estudado e desvalorizado diante da missão social dessa profissão e, consequentemente, da sua relevância no cenário nacional. Diante disto, enfatiza-se que a Psicologia Escolar, enquanto área de atuação e produção de conhecimento já consolidada na instituição escolar formal, possa contribuir, também, nos contextos de educação não formal junto aos educadores sociais, especialmente para a compreensão das atribuições, funções, responsabilidades, papéis e perfil desses profissionais. Para isso, há que se compreender as características institucionais deste novo cenário social onde emergem as atividades educativas. (SOUZA e MARINHO ARAUJO, 2010, p. 51) A atuação do Psicólogo na educação não formal. Uma possível proposta de formação dos educadores sociais, segundo (SOUZA e MARINHO ARAUJO, 2010): Perfil profissional de educadores sociais com base em uma pesquisa em contexto de ONG para o desenvolvimento de formação continuada: Recursos teóricos: fundamentação teórica e conceitual de assuntos acerca da área da Educação; Recursos técnicos: conhecimentos didático-metodológicos, tecnológicos e operacionais; Recursos dos saberes práticos: conhecimentos prévios, oriundos da história de vida e da experiência cotidiana, que se somam constantemente aos conhecimentos técnicos, teóricos e metodológicos formais da Educação; . A atuação do Psicólogo na educação não formal. Recursos interpessoais: características favorecedoras das interações e relações sociais, que contribuam ao desenvolvimento dos sujeitos por meio da intervenção socioeducativa; Recursos pessoais: aspectos pessoais que são disponibilizados antes, durante e após a atuação pedagógica, com o objetivo de proporcionar melhores ações socioeducativas; Recursos éticos: habilidade em perceber, criticar e combater preconceitos presentes nas intersubjetividades, buscando romper discursos discriminatórios, individuais ou sociais; Recursos estéticos: proeza e habilidade no uso da criatividade e imaginação, como características psicológicas favoráveis à atuação profissional Referência Bibliográfica SOARES, Pollianna Galvão, MARINHO ARAUJO, Claisy Maria. Práticas emergentes em Psicologia Escolar: a mediação no desenvolvimento de competências dos educadores sociais. RevistaSemestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, SP. Volume 14, Número 1, Janeiro/Junho de 2010: 45-54
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