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15/08/2017 1 FISIOTERAPIA EM UTI Infecções no ambiente de UTI. Controle de infecções - papel da CCIH. SEPSE e SDOM FISIOTERAPIA EM UTI Infecções Definição Infecção é uma doença causada microrganismos (bactérias, fungos, vírus). Muito frequente nos pacientes internados na UTI e piora o prognóstico FISIOTERAPIA EM UTI Infecções Infecção hospitalar É a infecção adquirida após a hospitalização ou devido à realização de procedimentos invasivos à nível ambulatorial. Procedimentos invasivos na UTI favorecem as infecções hospitalares. (Cid David, 1998) FISIOTERAPIA EM UTI Infecções Infecção de origem comunitária → presente ou incubada na admissão Infecção nosocomial → aparecimento após 48 horas de internação FISIOTERAPIA EM UTI Infecções infecção → desequilíbrio dos mecanismos imunitários e o patógeno (bactéria, vírus, fungo, protozoário). A resposta pode ser intensa e disseminada (sistêmica) repercussões à distância do local afetado. Cid David, 1998 FISIOTERAPIA EM UTI Infecções Indicativos clínicos : febre leucocitose alterações dos exames laboratoriais dor 15/08/2017 2 FISIOTERAPIA EM UTI Controle de infecções CCIH Ministério da Saúde cada hospital deve ter uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Funções executadas pela CCIH (Veiga e Padoveze, 2003). FISIOTERAPIA EM UTI Controle de infecções Funções da CCIH - Detectar casos de infecção hospitalar - Identificar as principais infecções hospitalares - Avaliar se a ocorrência está dentro de parâmetros aceitáveis - Elaborar normas de padronização dos procedimentos FISIOTERAPIA EM UTI Controle de infecções Funções da CCIH - Promover treinamento de dos profissionais de saúde - Controlar prescrição de antibióticos - Fornecer apoio técnico à administração hospitalar para a aquisição de materiais/equipamentos e para o planejamento adequado da área física - Cobrar medidas preventivas como lavar as mãos e vacinações. FISIOTERAPIA EM UTI Controle de infecções Precauções básicas - Lavagem de mãos, - uso de EPIs, - uso de alcool gel (70%), - acondicionamento adequado de materiais perfurocortantes e vias de acessos - desinfecção do estetoscópio antes e após atendimento. - Precaução de Contato/Precaução Respiratória. FISIOTERAPIA EM UTI Controle de infecções infecções mais freqüentes - urinárias (35 a 45%), - catéter intravascular, - feridas cirúrgicas - pneumonias (10 a 25%). - Infecções relacionadas ao cateter intravascular (David, Cid. 1998) 15/08/2017 3 FISIOTERAPIA EM UTI Controle de infecções Bactérias altamente resistentes transferidas entre os pacientes da UTI é essencial diminuir o risco de contaminação cruzada. * A lavagem técnica das mãos reduz drasticamente o índice de contaminação 15/08/2017 4 FISIOTERAPIA EM UTI SIRS Definição: Sindrome da resposta inflamatória sistêmica (systemic inflammatory response syndrome ). Resposta do organismo a um agente variado (trauma, pancreatite, grande queimado, infecção sistêmica) FISIOTERAPIA EM UTI SIRS Efeitos da liberação dos mediadores inflamatórios: - hipermetabolismo, - depressão da contratilidade do coração, - vasodilatação e diminuição da resistência vascular periférica, - alteração microvascular com desregulação regional da perfusão tissular, FISIOTERAPIA EM UTI SIRS Efeitos da liberação dos mediadores inflamatórios: - aumenta a permeabilidade vascular, com extravasamento de líquido para o espaço extravascular e edema intersticial - alterações de coagulação, - alterações funcionais orgânicas **CONSEQUÊNCIAS: HIPÓXIA, ACIDOSE METABÓLICA MORTE CELULAR (Cid David, 1998). FISIOTERAPIA EM UTI SIRS Diagnóstico presença de pelo menos dois dos critérios Hipertermia ou hipotermia Taquicardia Taquipnéia ou PaCO2 < 32 mmHg; Leucocitose ou leucopenia ou presença > 10% de formas jovens (bastões). FISIOTERAPIA EM UTI sepse, sepsis ou septicemia Sepse - Resposta inflamatória sistêmica à infecção grave (SRIS + Foco infeccioso). - resposta sistêmica à infecção grave. - causa mais comum de morte em UTI 15/08/2017 5 FISIOTERAPIA EM UTI sepse, sepsis, septicemia Incidência “vem aumentando” - métodos invasivos de diagnóstico e tratamento cateteres intravasculares, uso de citotóxicos e imunodepressores aumento de microorganisrnos resistentes aos antimicrobianos FISIOTERAPIA EM UTI sepse, sepsis, septicemia Sepse grave sepse associada à manifestações - hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica, - acidose láctica - Oligúria, anúnria - alteração do nível de consciência, - hipotensão arterial PAS <90 mmHg. Porém, sem a necessidade de agentes vasopressores. I CONSENSO BRASILEIRO DE SEPSE Revista Brasileira Terapia Intensiva Volume 16 - Número 2 - Abril/Junho 2004 FISIOTERAPIA EM UTI sepse, sepsis, septicemia Choque séptico hipotensão ou hipoperfusão induzida pela sepse é refratária à reanimação volêmica adequada, e com subseqüente necessidade de administração de agentes vasopressores. I CONSENSO BRASILEIRO DE SEPSE Revista Brasileira Terapia Intensiva Volume 16 - Número 2 - Abril/Junho 2004 FISIOTERAPIA EM UTI sepse, sepsis, septicemia instabilidade hemodinâmica, injúria pulmonar aguda e SARA, coagulopatia, hemorragia digestiva, disfunção cerebral, insuficiência renal aguda, disfunção hepática e metabólica. FISIOTERAPIA EM UTI sepse, sepsis, septicemia Falência de múltiplos órgãos - alteração na função orgânica de forma que a homeostasia não possa ser mantida sem intervenção terapêutica. falência orgânica é um processo continuo e dinâmico, que pode variar desde disfunção leve até falência total do órgão. seis órgãos-chave: pulmonar, cardiovascular, renal, hepático, neurológico e coagulação FISIOTERAPIA EM UTI SDOM Síndrome da disfunção orgânica múltipla (SDOM) caracterizada pela deterioração aguda da função de dois ou mais órgãos. *pulmões, rins, coração (incluindo o sistema vascular) e fígado. Outro órgão comumente envolvido é o sistema nervoso central. 15/08/2017 6 FISIOTERAPIA EM UTI SDOM MECANISMOS PROPOSTOS - Formação de Energia - disfunção mitocondrial - Diminuição da Disponibilidade de Oxigênio Tecidual - Hipotensão Arterial e Diminuição do Débito Cardíaco - vasodilatação periférica e da síndrome de extravasamento vascular FISIOTERAPIA EM UTI SDOM Resposta Inflamatória leva à disfunção endotelial, incluindo as alterações na adesividade celular, na coagulação e na regulação do tônus vasomotor Disfunção mitocondrial Depleção de ATP → dano irreversível durante episódios de isquemia tecidual e hipóxia celular
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