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BORGES 2002 Cap4 eletrico

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CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
4.2 DADOS DE ELETRORRESISTIVIDADE 
 
A análise dos dados das investigações elétricas foi realizada tanto com base na 
interpretação qualitativa quanto na interpretação quantitativa. A interpretação 
qualitativa foi realizada de acordo com a classificação de curvas de Telford, et al. 
(1990)4. A interpretação quantitativa permite caracterizar os materiais de subsuperfície 
determinando-se as espessuras e as resistividades das camadas. Foram adotados 
modelos de camadas horizontais para a interpretação dos dados, ajustando os dados de 
resistividade aparente, através do algoritmo de inversão 1D do programa RESIXIP da 
INTERPEX LTD. 
É importante ressaltar que os modelos de inversão 1D dos dados elétricos 
ajustados não são únicos, podendo variar de acordo com o intérprete, no entanto, todos 
os modelos de inversão apresentados neste trabalho foram elaborados com base em 
dados geológicos de poços de investigação e furos a trado com o intuito de diminuir a 
ambigüidade dos resultados. 
 
4.2.1 IAG/Física 
 
SS01-IAG/Física 
 
A SS01-IAG/Física teve como objetivo determinar a profundidade da rocha 
granítica, ou seja, o topo do embasamento da Bacia de São Paulo. Para tanto, a abertura 
máxima dos eletrodos de corrente (AB/2) foi de 400m, cuja abertura foi posicionada 
paralela à Rua do Matão (Figura 3.7). 
Os valores de resistividade aparente obtidos em campo foram utilizados no 
ajuste do modelo geolétrico de Terra 1D, com a finalidade de se obter um modelo 
geológico-geolétrico compatível. 
 
4 A classificação de Telford et al. (1990) é feita com base nos valores de resistividade do modelo de 3 
camadas. Curva tipo H - apresenta um valor mínimo (ρ1 > ρ2 < ρ3). Curva tipo K - apresenta um valor 
máximo (ρ1 < ρ2 > ρ3). Curva tipo A - apresenta valores de resistividade crescentes (ρ1 < ρ2 < ρ3). Curva 
tipo Q - apresenta valores de resistividade decrescentes (ρ1 > ρ2 > ρ3). Para se classificar uma curva com 
mais de 3 camadas, toma-se o tipo que corresponde as três primeiras camadas, seguido do tipo 
correspondente a segunda, terceira e quarta camadas, seguido do tipo que corresponde a terceira, quarta e 
quinta camadas, e assim por diante. Por exemplo, uma curva com ρ1 > ρ2 < ρ3 > ρ4 > ρ5 é classificada 
como tipo HKQ. 
 93
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A Figura 4.28 mostra a SS01 – IAG/Física. Os dados de campo são 
representados por ? e a linha cheia é o resultado do ajuste do modelo de Terra 1D aos 
dados. 
 
 
Figura 4.28 - Dados da SS01-IAG/Física ajustados ao modelo (lado esquerdo) e 
modelos equivalentes de camadas horizontais 1D (lado direito). O erro 
de ajuste é de 10,25%. 
 
A curva de sondagem foi obtida para um modelo de 5 camadas correspondendo 
ao tipo HKQ (ρ1 > ρ2 < ρ3 > ρ4 > ρ5). A curva do tipo Q indica que a sondagem não 
conseguiu atingir o topo do embasamento. 
A análise quantitativa foi realizada com base em dados de poços, sendo proposto 
um modelo geológico para o modelo geolétrico da SS01-IAG/Física (Figura 4.29). 
 94
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
 
 
Figura 4.29 – Modelo Geológico-Geolétrico para os dados da SS01-IAG/Física. 
 
 
Analisando-se o modelo, nota-se que a camada superior (1) que vai da 
profundidade de 0,00 à 2,3m possui uma resistividade aparente por volta de 516ohm.m, 
sendo a mesma caracterizada como uma camada de material areno-argiloso (aterro), 
conforme observado em campo. 
A segunda camada (2) vai da profundidade de 2,3 à 15,2m possui uma 
resistividade em torno de 87ohm.m. Com base nos dados dos poços esta camada é 
caracterizada como uma camada de material argiloso. 
A camada (3) possui uma espessura de 2,0m e vai da profundidade de 15,2 à 
17,2m possui uma resistividade em torno de 598ohm.m sendo caracterizada como uma 
camada de areia grossa (cascalho) com cimento de óxido de ferro. 
A quarta camada vai da profundidade de 17,2 à 42,8m possui uma resistividade 
em torno de 384ohm.m. Com base nos dados dos poços esta camada é caracterizada 
como uma série de camadas de arenito com interdigitações de camadas de argila siltosa. 
A última camada vai da profundidade de 42,8m em diante, possui uma 
resistividade em torno de 76,7ohm.m. Esta camada é interpretada como uma camada 
argilosa condutora. 
Devido ao fato da SS01-IAG/Física não ter conseguido determinar o topo do 
embasamento da bacia, suspeitou-se da existência de uma zona de falha paralela à Rua 
 95
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
do Matão que pudesse estar absorvendo grande parte da corrente injetada nos eletrodos 
AB. Para confirmar esta hipótese, foi adquirida uma outra SEV com arranjo 
Schlumberger, denominada SS02-IAG/Física, cuja a abertura dos eletrodos de corrente 
foi posicionada perpendicular à Rua do Matão. 
 
 
SS02-IAG/Física 
 
A Figura 4.30 mostra a SS02 – IAG/Física. Os dados de campo são 
representados por ? e a linha cheia é o resultado do ajuste do modelo de Terra 1D aos 
dados (lado esquerdo). Do lado direito tem-se o modelo equivalente de Terra 1D que se 
ajusta aos dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.30 - Dados da SS02-IAG/Física ajustados ao modelo (lado esquerdo) e 
modelos equivalentes de camadas horizontais 1D (lado direito). O erro de 
ajuste é de 11,74%. 
 
A curva da sondagem também foi obtida para um modelo de 5 camadas 
correspondendo ao tipo HKQ (ρ1 > ρ2 < ρ3 > ρ4 > ρ5). A curva interpretada que termina 
com a seqüência que caracteriza o tipo Q, indica que o topo do embasamento rochoso 
não foi alcançado pela sondagem. 
 96
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A análise quantitativa foi realizada com base nos dados dos poços de 
investigação geológica executados em frente ao IAG/USP, sendo proposto um modelo 
geológico para o modelo geolétrico da SS02-IAG/Física (Figura 4.31). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.31 – Modelo Geológico-Geolétrico para os dados da SS02-IAG/Física. 
 
Analisando o modelo obtido, nota-se que a camada superior ( 1 ) que vai da 
profundidade de 0,00 à 1,5m possui uma resistividade aparente por volta de 636ohm.m, 
sendo a mesma caracterizada como uma camada de material argilo-arenoso (aterro), 
conforme observado em campo. 
A segunda camada ( 2 ) vai da profundidade de 1,5 à 7,1m possui uma 
resistividade por volta de 166ohm.m. Esta camada é caracterizada como uma camada de 
material argiloso. 
A camada ( 3 ) possui uma espessura de 2,7m e vai da profundidade de 7,1 à 
9,8m possui uma resistividade por volta de 596ohm.m sendo caracterizada, com base 
nos perfis dos poços, como uma camada de areia grossa (cascalho) com cimento de 
óxido de ferro. 
A quarta camada apresenta uma espessura de 28,9m. Esta camada é interpretada 
como sendo um pacote de areia saturada com intercalações de argila, devido ao valor da 
ρa estar por volta de 204ohm.m, e por observações nos perfis geológicos de poços. 
 97
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A última camada ( 5 ) detectada pela SEV, vai da profundidade de 38,7m em 
diante. Devido às características da curva, a camada 5 é considerada como sendo uma 
camada de argila siltosa. Esta SEV também não conseguiu atingir o topo do 
embasamento. 
Os resultados obtidos com a SS02-IAG/Física mostraram que a hipótese da 
existência de uma zona de falha paralela à Rua do Matão não é verdadeira. Desta forma, 
verificou-se que os sedimentos da Bacia de São Paulo são bastante condutores, não 
permitindo determinar o topo do embasamento da bacia. Para contornar esta situaçãodecidiu-se adquirir 3 sondagens elétricas verticais utilizando-se o arranjo dipolo-dipolo 
que, segundo a literatura (Orellana, 1972; Elis, 1998, 2000; Strobino, 2001), permite 
alcançar maiores profundidades de penetração. 
 
 
SDD01-IAG 
 
po
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fi
 
A Figura 4.32 mostra a SDD01 – IAG. Os dados de campo são representados 
r ? e a linha cheia é o resultado do ajuste do modelo de Terra 1D aos dados. 
gura 4.32 - Dados da SDD01-IAG ajustados ao modelo (lado esquerdo) e modelos 
equivalentes de camadas horizontais 1D (lado direito). O erro de ajuste é 
de 12,1%. 
 
98
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A curva de sondagem foi obtida para um modelo de 6 camadas correspondendo 
ao tipo HKQH (ρ1 > ρ2 < ρ3 > ρ4 > ρ5 < ρ6). A curva do tipo H indica que a sondagem 
conseguiu atingir o topo do embasamento da Bacia de São Paulo. 
A análise quantitativa foi realizada com base em dados de poços de investigação 
geológica executados em frente ao IAG/USP, sendo proposto um modelo geológico 
para o modelo geolétrico da SDD01-IAG (Figura 4.33). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.33 – Modelo Geológico-Geolétrico para os dados da SDD01-IAG. 
 
Analisando o modelo, nota-se que a camada superior (1) que vai da 
profundidade de 0,00 à 1,9m possui uma resistividade aparente por volta de 379ohm.m, 
sendo a mesma caracterizada como uma camada de material areno-argiloso (aterro), 
conforme observado em campo. 
A segunda camada (2) vai da profundidade de 1,90 à 8,1m possui uma 
resistividade por volta de 172ohm.m. Esta camada é caracterizada como uma camada de 
material argiloso. 
A camada (3) possui uma espessura de 1,5m e vai da profundidade de 8,1 à 9,6m 
possui uma resistividade por volta de 2272ohm.m, sendo caracterizada como uma 
camada de areia grossa (cascalho) com cimento de óxido de ferro. 
 99
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A quarta camada vai da profundidade de 9,6 à 31,0m possui uma resistividade 
por volta de 332ohm.m. Esta camada é caracterizada como um pacote de areia fina com 
intercalações de argila siltosa. 
A camada (5) possui uma resistividade aparente por volta de 24ohm.m e 
apresenta uma espessura de 25,4m. Esta camada é definida como uma camada de argila 
muito condutora, conforme dados dos poços de investigação geológica. 
A última camada detectada pela sondagem vai da profundidade de 56,4m em 
diante. Devido às características da curva, esta camada é interpretada como o topo do 
embasamento granito-gnaíssico. 
 
 
SDD02-IAG 
 
A Figura 4.34 mostra a SDD02 – IAG. Os dados de campo são representados 
por ? e a linha cheia é o resultado do ajuste do modelo de Terra 1D aos dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.34 - Dados da SDD02-IAG ajustados ao modelo (lado esquerdo) e modelos 
equivalentes de camadas horizontais 1D (lado direito). O erro de ajuste é 
de 13,7%. 
 
A curva de sondagem foi obtida para um modelo de 6 camadas correspondendo 
ao tipo HKQH (ρ1 > ρ2 < ρ3 > ρ4 > ρ5 < ρ6). A curva do tipo H indica que a sondagem 
conseguiu atingir o topo do embasamento. 
 100
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A análise quantitativa foi realizada com base em dados de poços de investigação 
geológica executados em frente ao IAG/USP, sendo proposto um modelo geológico 
para o modelo geolétrico da SDD01-IAG (Figura 4.35). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.35 – Modelo Geológico-Geolétrico para os dados da SDD02-IAG. 
 
Analisando o modelo, nota-se que a camada superior (1) que vai da 
profundidade de 0,0 à 3,7m possui uma resistividade aparente por volta de 424ohm.m, 
sendo a mesma caracterizada como uma camada de material areno-argiloso (aterro), 
conforme observado em campo. 
A segunda camada (2) vai da profundidade de 3,7 à 11,7m possui uma 
resistividade por volta de 81ohm.m. Esta camada é caracterizada como uma camada de 
material argiloso com areia fina. 
A camada (3) possui uma espessura de 3,8m e vai da profundidade de 11,7 à 
15,5m possui uma resistividade por volta de 975ohm.m sendo caracterizada como uma 
camada de areia grossa (cascalho) com cimento de óxido de ferro. 
A quarta camada vai da profundidade de 15,5 à 29,6m possui uma resistividade 
por volta de 173ohm.m. Esta camada é caracterizada como um pacote de areia fina com 
intercalações de argila siltosa. 
 101
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A camada (5) possui uma resistividade aparente por volta de 13ohm.m e 
apresenta uma espessura de 10,2metros. Esta camada é definida como uma camada de 
argila condutora, conforme dados dos poços de investigação geológica. 
A última camada detectada pela sondagem vai da profundidade de 40,8m em 
diante. Devido às características da curva (resistividade aparente por volta de 
2186ohm.m) esta camada é interpretada como o topo do embasamento granito-
gnaíssico. 
 
 
SDD03-IAG 
 
A Figura 4.36 mostra a SDD03 – IAG. Os dados de campo são representados 
por ? e a linha cheia é o resultado do ajuste do modelo de Terra 1D aos dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.36 - Dados da SDD03-IAG ajustados ao modelo (lado esquerdo) e modelos 
equivalentes de camadas horizontais 1D (lado direito). O erro de ajuste é 
de 26,7%. 
 
A curva de sondagem foi obtida para um modelo de 6 camadas correspondendo 
ao tipo HKQH (ρ1 > ρ2 < ρ3 > ρ4 > ρ5 < ρ6). A curva do tipo H indica que a sondagem 
conseguiu atingir o topo do embasamento. 
A análise quantitativa foi realizada com base em dados de poços de investigação 
geológica executados em frente ao IAG/USP, sendo proposto um modelo geológico 
para o modelo geolétrico da SD03-IAG (Figura 4.37). 
 102
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.37 – Modelo Geológico-Geolétrico para os dados da SDD03-IAG. 
 
Analisando o modelo, nota-se que a camada superior (1) que vai da 
profundidade de 0,00 à 3,5m possui uma resistividade aparente por volta de 
1055ohm.m, sendo a mesma caracterizada como uma camada de material areno-argiloso 
(aterro), conforme observado em campo. 
A segunda camada (2) vai da profundidade de 3,5 à 11,1m possui uma 
resistividade por volta de 110ohm.m. Esta camada é caracterizada como uma camada de 
material argiloso com areia fina. 
A camada (3) possui uma espessura de 1,90m e vai da profundidade de 11,1 à 
13,0m possui uma resistividade por volta de 2649ohm.m sendo caracterizada como uma 
camada de areia grossa (cascalho) com cimento de óxido de ferro. 
A quarta camada vai da profundidade de 13,0 à 28,0m possui uma resistividade 
por volta de 399ohm.m. Esta camada é caracterizada como um pacote de areia fina com 
intercalações de argila siltosa. 
A quinta camada possui uma resistividade aparente por volta de 17ohm.m e 
apresenta uma espessura de 15,0m. Esta camada é definida como uma camada de argila 
condutora. 
 103
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A última camada detectada pela SDD vai da profundidade de 43,0m em diante. 
A resistividade aparente é de aproximadamente 2505ohm.m, indicando que esta camada 
trata-se do topo do embasamento granito-gnaíssico. 
 
 
CAMINHAMENTO ELÉTRICO 
 
A análise dos perfis de caminhamento elétrico foi realizada com base na 
interpretação qualitativa. Esse tipo de interpretação consiste em elaborar uma pseudo-
seção de resistividade aparente em função dos níveis de medida para diferentes arranjos 
de eletrodos. 
Uma interpretação quantitativa,que consiste em obter um modelo geolétrico 2D 
que melhor se ajusta aos resultados obtidos, está em andamento, como parte do 
desenvolvimento do Projeto FAPESP (99/12215-2) (Porsani, 2002). Deste modo os 
perfis de caminhamento elétrico serão plotados com relação a nível de investigação, e 
não em profundidade. 
 
 
CE – 10 
 
A Figura 4.38 mostra a pseudo-seção de resistividade aparente do perfil de 
caminhamento elétrico com dipolos de 10m. Observa-se a presença de duas regiões 
resistivas anômalas: entre 15 e 40m, e entre 100 e 120m. Uma outra região anômala 
sub-horizontal ocorre entre as posições 110 e 200m, estando em torno do segundo nível 
de investigação (N=2). 
A primeira região resistiva anômala apresenta uma ρa por volta de 550ohm.m e 
encontra-se aproximadamente no primeiro nível de investigação (N=1). Este resistor é 
relacionado a interferência superficial de uma passarela de concreto que liga a rua do 
Matão ao Instituto de Física. 
A segunda região resistiva anômala (100 – 120m) possui um valor de 
resistividade aparente máxima por volta de 370ohm.m. Este resistor, conforme 
observado em campo, é devido a um “bueiro” (galeria de captação de águas pluviais). 
 104
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
A região anômala sub-horizontal observada no CE-10 possui ρa máxima de 
aproximadamente 370ohm.m e encontra-se no terceiro nível de investigação (N=3). Este 
resistor é interpretado, com base nos dados dos poços de investigação geológica, como 
sendo uma camada de areia grossa (cascalho) com cimento de óxido de ferro. 
Nota-se também a presença de duas regiões anômalas condutoras: entre 40-
100m e entre 120-180m, sendo interpretadas como camadas de argila e/ou areia 
saturada. 
 
 
CE – 20 
 
A Figura 4.39 mostra a pseudo-seção de resistividade aparente do perfil CE com 
dipolos de 20m. Observa-se a presença de duas regiões resistivas anômalas horizontais. 
A primeira localizada entre 35 a 70m, e a segunda localizada entre 110 e 190m no perfil 
CE-20. 
A primeira região resistiva anômala horizontal apresenta uma ρa por volta de 
310ohm.m, e está localizada no primeiro nível de investigação (N=1). 
A segunda região resistiva anômala horizontal observada no CE-20 encontra-se 
também no primeiro nível de investigação (N=1), apresentando uma resistividade 
aparente média de 350ohm.m. 
Com base no perfil geológico do poço P1, as duas regiões resistivas anômalas 
horizontais observadas no CE-20 são caracterizadas como uma camada de areia grossa 
(cascalho) com cimento de óxido de ferro. 
Ao longo de todo o perfil, observa-se uma zona condutora anômala entre 70 e 
110m de distância, estando relacionada com a presença de níveis de argila e areia 
saturada. É provável que esta zona anômala seja devido às variações faciológicas (areia 
– argila) nos sedimentos da Bacia de São Paulo. 
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a)
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
Os dados de eletrorresistividade foram agrupados, dando origem a uma seção 
geolétrica (Figura 4.40). A interpretação geológica foi realizada através da correlação 
com dados de poços de investigação geofísica. 
Na seção geolétrica foram identificadas as camadas: 
1) Aterro, com resistividade oscilando de 379 a 1055 ohm.m; 
2) Argila siltosa com intercalações de areias finas, resistividade variando de 81 
a 172 ohm.m; 
3) Areia Grossa, resistividade entre 598 a 2649 ohm.m; 
4) Areias Finas e Argilas, resistividade de 13 a 76 ohm.m; e 
5) Granito-Gnaisse, resistividade oscilando entre 1398 a 2585 ohm.m. 
 
As SEV’s com arranjo dipolo-dipolo (SDD) permitiram identificar o 
embasamento cristalino em torno de 50m de profundidade e as SEV’s com arranjo 
Schlumberger (SS) conseguiram definir com clareza variações litológicas superficiais. 
O fato das SEV’s com arranjo Schlumberger não identificarem o embasamento na área, 
deve-se, provavelmente, ao fato da presença de uma expressiva camada de argila 
condutora sobre o mesmo. Conforme verificado com a perfilagem elétrica realizada no 
poço P1 (Porsani, 2001) as camadas de argila que sobrepõem o embasamento 
apresentam uma resistividade aparente variando de 10 a 20ohm.m, confirmando a 
elevada condutividade destascamadas. 
 
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Figura 4.40 - Seção geológica-geolétrica elaborada a partir dos dados de Sondagens Elétricas
Verticais com arranjo Schlumberger (SS) e Dipolo-Dipolo (SDD) realizadas em
em frente ao IAG/Física.
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
4.2.2 IPEN 
 
SS01-HU/IPEN 
 
A Figura 4.41 mostra a SS01–HU/IPEN. Os dados de campo são representados 
por ? e a linha cheia é o resultado do ajuste do modelo de Terra 1D aos dados. 
 
SS01 - HU/IPEN 
Figura 4.41 - Dados da SS01 – HU/IPEN ajustados ao modelo (lado esquerdo) e 
modelos equivalentes de camadas horizontais 1D (lado direito). O erro 
de ajuste é de 5,65%. 
 
A curva de sondagem foi obtida para um modelo de 5 camadas correspondendo 
ao tipo HAK (ρ1 > ρ2 < ρ3 < ρ4 > ρ5). A curva do tipo K indica que a sondagem não 
conseguiu atingir o topo do embasamento. 
Foi proposto um modelo geológico para o modelo geolétrico da SS01-HU/IPEN 
(Figura 4.42). 
 
 110
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4.42 – Modelo Geológico-Geolétrico para os dados da SS01-HU/IPEN. 
 
Analisando o modelo, nota-se que a camada superior (1) que vai da 
profundidade de 0,00 à 0,90m possui uma resistividade aparente por volta de 50ohm.m, 
sendo a mesma caracterizada como uma camada de material argilo-arenoso (aterro), 
conforme observado em campo. 
A segunda camada (2) vai da profundidade de 0,90 à 1,90m possui uma 
resistividade por volta de 16ohm.m. Com base nos dados dos furos de sondagem a trado 
esta camada é caracterizada como uma camada de material argiloso. 
A camada (3) possui uma espessura de 1,20m e vai da profundidade de 1,90 à 
3,10m possui uma resistividade por volta de 546ohm.m sendo caracterizada como uma 
camada de areia fina com intercalações de argila siltosa. 
A quarta camada vai da profundidade de 3,10 à 23,0m possui uma resistividade 
por volta de 1118ohm.m. Esta camada é caracterizada como uma camada de areia muito 
grossa (cascalho) saturada. 
A última camada detectada na sondagem vai da profundidade de 23,0m em 
diante, possui uma resistividade por volta de 105ohm.m. Esta camada é interpretada 
como uma camada argilosa condutora e/ou o corpo granito-gnaíssico muito alterado 
e/ou fraturado. 
O resultado obtido com a SS01-HU/IPEN mostra que o embasamento não foi 
identificado. Devido a enorme quantidade de matacões de rochas granito-gnaíssicas e 
 111
CAPÍTULO 4 – Análise e Interpretação dos Dados 
 
inúmeros clastos de dimensões decimétricas (conforme observado em campo), acredita-
se que a anisotropia do meio tenha influenciado nos dados coletados, provocando um 
erro de ajuste no modelo geolétrico. 
 112
	4.2 DADOS DE ELETRORRESISTIVIDADE
	SS01-IAG/Física
	SS02-IAG/Física
	SDD01-IAG
	SDD02-IAG
	SDD03-IAG
	CE – 10
	SS01-HU/IPEN

Outros materiais