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LÓGICA APLICADA AO DIREITO EXERCÍCIO PDF

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Todos os cavalos raros são caros.
Os cavalos baratos são raros.
Então, os cavalos baratos são caros!
É lógico que cavalos baratos são caros! Você concorda com isso?
Espere… Será que é lógico mesmo? Claro que não! Um cavalo barato não pode ser caro. É lógico que os cavalos raros custam caro, e é lógico que é muito raro encontrar um cavalo barato. O que faz então, concluir uma coisa sem lógica, á partir de duas afirmações lógicas?
Essa estrutura de pensamento, formada por proposições e argumentos, tem origem com o filósofo Aristóteles (385-322 a.C.), e sua proposta de organizar o pensamento de forma lógica, para que seja correto. A lógica tem origem na palavra grega logiké, que está relacionada com a palavra logos, de razão, raciocínio. Para Aristóteles, o pensamento deve ser correto, portanto, o objetivo da lógica é o silogismo.
Mas o que é silogismo?
O silogismo também tem origem grega, e significa a relação lógica entre as ideias e um tipo especial de argumento dedutivo. Aristóteles sistematizou os aspectos do pensamento lógico, e para que o silogismo seja alcançado, propôs uma série de regras, que vamos ver mais adiante.
Essa é a explicação para a falta de lógica na conclusão das proposições que iniciaram esse texto: elas seguem uma estrutura lógica, mas não seguem as regras aristotélicas do silogismo, e por isso, tem uma conclusão mentirosa, falsa.
O que é sofisma?
Aristóteles chamou essa característica de falácia ou sofisma, que é a utilização de argumentos aparentemente verdadeiros, para induzir a uma conclusão falsa.
Quais são as regras aristotélicas para o silogismo?
Primeiro vamos aprender quais são os elementos que compõe a lógica silogística.
Um silogismo tem um tipo de configuração específico. Assim como no exemplo abaixo:
Todos os humanos são mortais.
Todos os filósofos são humanos.
Então todos os filósofos são mortais.
O silogismo deve possuir duas premissas ou proposições, uma maior e outra menor, e uma conclusão.
Todos os paulistas são brasileiros. > Premissa maior
José é paulista. > Premissa menor
Logo José é brasileiro. > Conclusão
Cada termo do silogismo ocupa um papel. Os termos são chamados de termo maior, termo médio e termo menor.
Termo médio – ocorre nas duas premissas e somente nelas, e deve ser o mesmo nas duas;
Termo maior – é o predicado (o que se fala do sujeito) na conclusão, aparece somente em uma das premissas, e deve ser diferente do termo menor;
Termo menor – é o sujeito da conclusão e se repete em apenas uma das premissas.
Á partir das definições, é possível identificar os termos no exemplo acima?
Vejamos:
Qual é o termo que que se repete somente nas premissas?
Qual é o predicado do sujeito e que se repete na primeira premissa?
Quem é o sujeito da conclusão e que aparece também na segunda premissa?
Assim fica fácil:
Temos paulista como termo médio, brasileiro como o termo maior e José é o termo menor.
A ordem das premissas é irrelevante para uma conclusão lógica, mas é muito comum colocar a premissa maior em primeiro lugar, mesmo que isso possa prejudicar a validação do silogismo. Veja se no mesmo exemplo utilizado, não fica muito mais fácil verificar a a validade do silogismo:
José é paulista.
Todos os paulistas são brasileiros.
Logo, José é brasileiro.
Viu? Por isso a ordem das premissas não altera o silogismo e sua validade, desde que tenham todos os termos necessários e estejam corretamente colocados.
Importante!
Outra característica importante dos silogismos são as quantidades de termos. Eles devem ter apenas os três termos já citados anteriormente (maior, médio e menor), mas alguns termos podem carregar sentidos diferentes, e por isso, tornam o silogismo inválido.
Você lembra das primeiras frases desse texto? Vamos recapitular:
Todos os cavalos raros são caros.
Os cavalos baratos são raros.
Então, os cavalos baratos são caros!
Perceba que a palavra raros, que aparece como termo médio apenas nas duas premissas, possui um sentido diferente para cada uma delas. Na primeira, um “cavalo raro” se refere a uma raça particular do animal, enquanto na segunda, raro indica a dificuldade de encontrar.
Podemos afirmar, então, que as palavras “raros” são diferentes, somando dois termos médios, e não apenas um termo repetido. Portanto, se torna uma “falácia dos quatro termos“, já que não segue as regras do silogismo.
Agora, imagine um queijo suíço, daqueles cheios de buracos.
Cada buraco ocupa o lugar de onde haveria queijo.
Quanto maior o queijo, mais buracos.
Se quanto mais queijo, mais buracos.
E quanto mais buracos, menos queijo.
Então quanto mais queijo, menos queijo.
Se penso, logo existo.
Cadeiras não pensam!
Logo, cadeiras não existem.
Um homem sem uma mulher é ninguém.
Ninguém é perfeito.
Logo, um homem sem uma mulher é perfeito.
Estes também são exemplos de falácias, que passam uma ideia aparentemente verdadeira, mas não passam de mentiras. Elas não possuem os termos de um silogismo, ou possuem mais de três termos.
Com isso, levantamos a seguinte questão: como podemos diferenciar os silogismos válidos dos inválidos?
Algumas regras devem ser seguidas para a construção de um silogismo.
A primeira regra, já apresentada, é a necessidade de haver três termos, nenhum a mais.
A segunda diz respeito ao termo médio, também já explicada anteriormente, ele não deve aparecer na conclusão.
Outras regras de validade do silogismo:
Exemplos de Silogismos
Via @hqqisso?
Regras de Distribuição
Primeira: o termo médio deve aparecer, pelo menos uma vez, de forma universal, ou seja, deve estar distribuído, fazendo ligação entre os termos maior e menor. Veja o exemplo:
Todos os paulistas são brasileiros.
José é paulista.
Logo, José é brasileiro.
Nesse caso, o termo médio paulista está distribuído na primeira premissa, pois estamos falando de todos os paulistas. Um termo está distribuído quando abrange todos os membros da classe que se aplica.
Veja como fica se alteramos a distribuição:
Alguns brasileiros são paulistas.
José é brasileiro.
Logo, José é paulista.
Isso é um silogismo inválido, pois o termo médio passa a ser brasileiro/s, e não está distribuído, pois fala somente de parte dos membros de sua classe: os paulistas.
Segunda: se um termo está distribuído na conclusão, ele também deve estar distribuído na premissa. Observe:
Todos os paulistas são brasileiros.
José não é paulista.
Logo, José não é brasileiro.
Na conclusão, o termo brasileiro abrange todos os membros: os brasileiros (está distribuído), mas na premissa maior, este termo está restrito a uma parte da sua classe: os paulistas (não está distribuído), logo, esse silogismo se torna inválido.
Regra das premissas negativas
Essa é muito simples, de duas premissas negativas, não se pode concluir nada.
Nenhum ser humano é vegetal.
Nenhum animal é vegetal.
A qual conclusão podemos chegar? Nenhuma! Por isso, o silogismo deve ter pelo menos uma premissa afirmativa.
Regra das premissas afirmativas
Outra fácil, duas premissas afirmativas não podem levar a uma conclusão negativa.
Todos os brasileiros são corajosos.
Algumas pessoas são brasileiras.
Logo, nenhuma pessoa é corajosa.
Regra das premissas sem distribuição
De duas premissas em que o termo médio não esteja distribuído, não podemos concluir nada.
Alguns paulistas são trabalhadores
Alguns trabalhadores são felizes
O termo médio trabalhadores não está distribuído em nenhuma premissa. Na primeira, ele diz respeito somente à parte de trabalhadores que são paulistas, e na segunda, fala somente da parte de trabalhadores que são felizes. Não podemos concluir que alguns paulistas são felizes.
Assim, você vai conseguir identificar a validade dos silogismos em suas diferentes formas.
Caso tenha ficado alguma dúvida quanto ao que é silogismo ou aos exemplos utilizados, basta deixar um comentário logo abaixo.
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