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TCC II 09 12 PAULA HAAS

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Prévia do material em texto

PAULA MARTINS HAAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA DE EFICIÊNCIA 
EMPRESARIAL EM PEQUENAS EMPRESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEOPOLDINA 
FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE LEOPOLDINA – MG 
2016 
 
 
PAULA MARTINS HAAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA DE EFICIÊNCIA 
EMPRESARIAL EM PEQUENAS EMPRESAS 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Administração das Faculdades 
Unificadas Doctum de Leopoldina, como 
requisito parcial à obtenção do título de 
Bacharel em Administração. 
Área de Concentração: Administração de 
Materiais Logística 
Orientador: Leonardo Garcia 
 
 
 
 
 
 
 
LEOPOLDINA 
FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE LEOPOLDINA – MG 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais que me acompanharam e 
apoiaram nesta caminhada. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiramente a Deus, por guiar e abençoar meus passos nesta caminhada. 
Aos meus pais, Fernanda e Roberto, por serem meu ponto de equilíbrio e tranquilidade 
nos momentos difíceis. 
Ao meu entrevistado agradeço pela ajuda excepcional sem a qual eu não conseguiria 
finalizar este estudo. 
Ao querido mestre Newton Barreto pela paciência e sabedoria transmitidas, por sempre 
estar disposto a ajudar e pelo incentivo constante a mim e toda a minha turma. 
Ao professor e orientador Leonardo Garcia por acreditar em mim e na conclusão deste 
estudo, contribuindo com seus ensinamentos e conhecimento, agregando para a 
construção do meu aprendizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o 
período mais difícil da vida de alguém. 
Dalai Lama 
 
 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de eficiência empresarial 
utilizadas por pequenas empresas para o desenvolvimento da sua logística de 
distribuição física. Devido a grande competitividade do mercado tanto as empresas 
quanto os clientes buscam agilidade em seus processos, e é através de um planejamento 
logístico eficiente que as organizações conquistam seu espaço diante dos concorrentes. 
Portanto, as pequenas e médias empresas, tem a oportunidade de utilizar o profissional 
de logística para encontrar soluções inovadoras para seus negócios, podendo focar na 
otimização dos processos de solicitação de matérias primas e no transporte dos produtos 
já acabados. O diagnóstico foi realizado através de um estudo de caso em uma 
marmoraria, e o referencial teórico proporcionou analisar os fatores que influenciam na 
formação de um planejamento logístico eficiente. A pesquisa realizada na empresa 
permitiu identificar como são realizados os processos logísticos e quais são as 
dificuldades enfrentadas para garantir a funcionalidade do mesmo, também se pode 
avaliar a eficiência do sistema de transportes garantindo a integridade da carga e a 
entrega no prazo combinado, o que proporciona a confiabilidade e fidelização dos 
clientes. 
Palavras-Chave: Distribuição; Eficiência; Transportes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1- Classificação de atividades logísticas............................................................12 
Quadro 2- Estratégias de distribuição física....................................................................14 
Quadro 3- Parâmetros para definir os canais de distribuição..........................................17 
Quadro 4- Tipos de canais de distribuição......................................................................18 
Quadro 5- Trajetos de roteirização, exemplos de paradas boas e ruins...........................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO...............................................................................................................8 
1. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................10 
1.1 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA....................................................................................10 
1.1.1 Conceito e características.....................................................................................10 
1.1.2 A importância da distribuição física....................................................................12 
1.1.3 A distribuição física e outras áreas funcionais.....................................................13 
1.1.4 Processos de distribuição.....................................................................................14 
1.1.5 Os canais de distribuição.....................................................................................15 
1.2 O TRANSPORTE................................................................................................18 
1.2.1 Características do transporte rodoviário..............................................................18 
1.2.2 A importância do sistema de frotas......................................................................19 
1.2.3 Roteirização e Otimização das Rotas...................................................................20 
1.2.4 Indicador de desempenho....................................................................................22 
2. METODOLOGIA..............................................................................................24 
2.1 Tipo de pesquisa..................................................................................................24 
2.2 Local de estudo....................................................................................................24 
2.3 Universo da pesquisa...........................................................................................25 
2.4 Coleta de dados....................................................................................................25 
2.5 Tratamento de dados............................................................................................25 
3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS.................................27 
3.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO.......................................................................27 
CONCLUSÃO................................................................................................................29 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................30 
ANEXO(S)......................................................................................................................32
8 
 
INTRODUÇÃO 
A logística apresenta-se como importante fator que distingue competitivamente 
as empresas no mercado, haja vista que abrange integralmente as funções de 
movimentação dos produtos e a transmissão de informações, que vão desde a aquisição 
de matéria prima até a distribuição do produto acabado. 
De acordo com Bertaglia 2003, 
Produtos e materiais são movimentados ao longo da cadeia de 
abastecimento. A matéria-prima é transportada para as fábricas para se 
transformar em produto final; em seguida, flui dos fornecedores para 
os centros de distribuição e daí para os clientes, dependendo do 
modelo estabelecido pela empresa. O processo de distribuição tem 
sido foco permanente das organizações uma vez que os custos neles 
existentes podem ser elevados e as oportunidades são muitas. Novos 
conceitos de distribuiçãoestão sendo discutidos a fim de obter 
vantagens competitivas visando colocar os produtos, principalmente 
bens de consumo, ao alcance dos clientes
1
. 
Portanto, o responsável pela logística da empresa deve atentar-se a toda 
movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma, 
garantindo que os produtos demandados pelos consumidores estejam a eles disponíveis. 
O estudo justifica-se através da importância da logística no setor de distribuição 
física em pequenas empresas, buscando através do mesmoidentificar as oportunidades 
de melhoria existentes. 
Este trabalho tem como objetivo geral analisar a importância do gerenciamento 
de distribuição física no segmento logístico de pequenas empresas. E como objetivos 
específicos:analisar o processo de distribuição e avaliar sua eficiência. 
Esta pesquisa busca responder as seguintes questões: quais são os principais 
problemas enfrentados pela logística na empresa? O que a organização tem feito para 
melhorar sua logística e torná-la mais eficiente? 
Como hipótese, acredita-se que um planejamento logístico eficiente influencia 
tanto na qualidade da entrega quanto na satisfação do cliente. 
 
1
 BERTAGLIA, 2003. 
9 
 
Metodologicamente, este trabalho esta estruturado em três capítulos. O primeiro 
diz respeito ao referencial teórico, que se subdivide em duas partes principais, a 
primeira parte refere-se à distribuição física, apresentando os conceitos e modelos de 
distribuição; a segunda parte cita as características e tipos de transporte, bem como a 
importância de um sistema de frotas eficiente. O segundo capítulo baseia-se na 
metodologia, que explica a tipologia da pesquisa e a forma de desenvolvimento do 
estudo de caso. O terceiro capítulo será constituído pela apresentação e a análise de 
dados, que consiste no diagnóstico dos resultados da pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. REFERENCIAL TEÓRICO 
1.1 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
1.1.1 Conceitos e Características 
A concepção do termo logística é de origem francesa e significa loger ou alojar. 
Inicialmente, esta definição caracterizava as operações militares ocorridas na Segunda 
Guerra Mundial, onde utilizavam o termo para definir a guarda, transporte e 
abastecimento dos recursos, desde munições até alimentos que fossem necessários. 
Segundo Carvalho, 2002, p.31 
Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que 
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e 
econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos 
acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de 
origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às 
exigências dos clientes.
2
 
A logística é, portanto, a área de gestão responsável por gerenciar desde a 
compra e entrada e materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o 
transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando as 
informações. 
A distribuição física é um estágio da logística, e está relacionada aos bens 
acabados e semiacabados. É responsável, portanto, pela estocagem, movimentação e 
processamento de pedidos de produtos finais. 
Segundo Novaes, 1994, 
A distribuição física de produtos ou distribuição física são os 
processos operacionais e de controle que permitem transferir os 
produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a 
mercadoria é finalmente entregue ao consumidor.
3
 
Logo que a produção é finalizada até a venda e distribuição efetiva do produto 
ocorre um movimento das mercadorias e, neste sentido a logística deve trabalhar com o 
 
2
 CARVALHO, 2002, p.31. 
3
 NOVAES, 1994. 
11 
 
propósito de garantir a disponibilidade dos produtos demandados pelos clientes ao 
menor custo possível. 
Para Novaes 2001, as atividades de distribuição o física estão classificadas 
como: atividades específicas da distribuição física, atividades da distribuição física 
junto ao cliente do fornecedor e atividades da distribuição física junto ao consumidor, 
conforme mostra o quadro 1. 
4
 
Quadro 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS. 
ATIVIDADES ESPECÍFICAS 
DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
ATIVIDADES DA 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
JUNTO AO CLIENTE DO 
FORNECEDOR 
ATIVIDADES DA 
DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 
JUNTO AO CONSUMIDOR 
 Recebimento de 
produto; 
 Desconsolidação; 
 Conferência física, 
quantitativa e 
documental; 
 Nacionalização de 
produtos importados; 
 Armazenagem; 
 Controle de estoques; 
 Embalagem; 
 Unitização; 
 Separação; 
 Montagem de kits 
comerciais; 
 Identificação de 
volumes; 
 Roteirização; 
 Controle de 
documentos; 
 Expedição de produtos; 
 Distribuição direta da 
fábrica, de CDs e 
transferência entre CDs; 
 Rastreamento de 
veículos; 
 Controle e pagamento 
de fretes; 
 Gestão de informações 
logísticas. 
 Entrega de produtos 
secos ou refrigerados; 
 Abastecimento das 
gôndolas; 
 Retirada de pallets 
vazios; 
 Coleta de mercadorias 
devolvidas; 
 Gestão de informações 
logísticas; 
 Prestação de contas; 
 Medidas de 
desempenho. 
 Entrega direta do 
fornecedor ao 
consumidor; 
 Serviços de 
atendimento ao 
consumidor; 
 Gestão de informações 
logísticas; 
 Prestação de contas; 
 Medidas de 
desempenho 
(performance). 
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MOVIMENTAÇÃO E LOGÍSTICA – 
Novaes, 2001, p. 326. 
Podemos destacar dois tipos de alternativas básicas de distribuição, que 
geralmente são direcionadas há dois perfis de mercado distintos. A primeira alternativa 
 
4
 NOVAES, 2001, p. 326. 
12 
 
é composta por usuários finais, que adquirem pequenas quantidades e é composto por 
grande número de clientes deixando a distribuição pulverizada. Este tipo de distribuição 
é caracterizado por compras contínuas. O segundo perfil é formado por intermediários, 
que não consomem o produto, mas o oferecem para revenda. Neste caso, o que difere as 
categorias é o volume das compras. 
Portanto, as organizações precisam sistematizar estratégias diferentes de 
distribuição, que sejam adequadas a: natureza do produto movimentado, a demanda, os 
custos relativos às várias opções de distribuição física bem como as exigências dos 
níveis de serviço. 
1.1.2 A importância da distribuição física 
Acredita-se que a distribuição física é a etapa da logística empresarial em que a 
organização alcança o maior nível de economia. Para tanto é necessário que as empresas 
invistam em condições mais eficazes relacionadas à localização, a estocagem e o 
embarque de seus bens, a fim de minimizar os custos de fornecer o nível ideal de 
serviço ao cliente. 
Segundo Novais e Alvarenga 2000, 
A distribuição física de produtos passou a ocupar um papel de 
destaque nos problemas logísticos das empresas. Isso se deve, de um 
lado, ao custo crescente do dinheiro (custo financeiro), que força as 
empresas a reduzir os estoques e a agilizar o manuseio, transporte e 
distribuição de seus produtos.
5
 
Portanto, diz-se que o objetivo principal da gestão de logística de distribuição é 
atender a demanda dos clientes com a quantidade certa de mercadorias, no tempo e no 
lugar certo. Neste sentido, é preciso otimizar as operações que envolvem este processo e 
fazê-las rentáveis a organização. 
Deste modo, é necessário um planejamento detalhado e bem estruturado, 
integrando a cadeia de abastecimento como forma dediferencial no mercado, 
garantindo o máximo de retorno sobre o investimento mínimo e a satisfação do 
consumidor. Para atingir este objetivo é preciso conhecer a natureza do produto 
 
5
 NOVAIS E ALVARENGA, 2000. 
13 
 
movimentado, o padrão de sua demanda, o nível de serviço exigido e os custos que 
dispõem a distribuição física. 
Deste modo o profissional de logística consegue estabelecer uma estratégia de 
distribuição física adequada, levando em conta os pontos destacados abaixo, no quadro 
2. 
Quadro 2 – ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA. 
 
Fonte: PUC-Rio - Certificação Digital nº 0311064/CC 
 
1.1.3 A distribuição física e outras áreas funcionais 
A distribuição física é uma das etapas da logística que se relaciona com outras 
áreas da organização, como o marketing e a produção. Nesta primeira, a relação se 
estabelece na medida em que a distribuição proporciona o ganho de lucro para a 
empresa bem como o atendimento da demanda, agregando valor de lugar e tempo. Já a 
produção liga-se a distribuição quando as atividades de produção e de movimentação de 
bens se sobrepõem. 
Segundo Ballou, 1993, p. 51 
14 
 
Esta ligação é necessária, pois o desempenho da gerência de cada uma 
delas é afetado pelos níveis das atividades de distribuição. Quando 
isto é devidamente compreendido, pode-se notar que não é tão 
importante definir se a distribuição física faz parte da produção ou do 
marketing ou se é função gerencial separada e com o mesmo status 
das outras.
6
 
Fica claro, portanto, que as atividades de distribuição física devem estar 
interligadas estrategicamente às funções de marketing, com as vendas de produto, e de 
produção, com o ressuprimento dos estoques dos armazéns, por exemplo. Desta forma 
efetivando a compensação de quaisquer custos existentes. 
1.1.4 Processos de distribuição 
O processo de distribuição associa-se à movimentação física de materiais. Tal 
processo envolve atividades internas e externas na organização, que são compostas por 
atividades primárias e atividades de suporte, conforme Arbache et al, 2001 destacam em 
sua obra: 
As atividades primárias estão ligadas ao fluxo de produtos até o 
cliente, incluindo o recebimento, armazenagem, operações 
processamento de pedidos, e a distribuição física propriamente dita. 
As atividades de suporte são as que apóiam as atividades primárias, 
como o suprimento e a provisão da infraestrutura do centro de 
distribuição.
7
 
As atividades primárias permitem atingir um nível logístico de serviço eficiente 
além de contribuírem para diminuir os custos totais da logística. Em suma, a função de 
recebimento se inicia quando é liberado o descarregamento de um produto ou material 
que está destinado ao armazém ou centro de distribuição. Nesta etapa ocorre a inspeção 
do produto, onde se realiza a comparação com o documento de transporte bem como 
análise de sua qualidade. Logo após o recebimento, os itens são armazenados em locais 
específicos, seja no armazém ou no centro de distribuição. Este acondicionamento pode 
ser feito em prateleiras, estantes, estrados ou até mesmo no solo, variando conforme a 
natureza do produto. Por fim, a expedição corresponde ao processo de separação dos 
itens armazenados, movimentando-os para outro local, com o objetivo de atender a uma 
demanda específica. 
 
6
 BALLOU, 1993, p. 51. 
7
ABRACHE et al, 2001. 
15 
 
Segundo Bertaglia, 2003, p.179 
Distribuir é uma função dinâmica e bastante diversa, variando de 
produto para produto, de empresa para empresa. Desta forma, a 
distribuição precisa ser extremamente flexível para enfrentar as 
diversas demandas e restrições que lhe são impostas, sejam elas físicas 
ou legais. A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na 
forma de distribuir, na maneira com que faz o produto chegar 
rapidamente à gôndola, na qualidade de seu transporte e na eficiência 
de entrega de um material a um fabricante.
8
 
Os processos de distribuição, portanto, correspondem ao desenvolvimento de 
ações que servem para orientar os recursos da distribuição em relação às necessidades 
especificadas pela demanda existente. Uma vez identificadas estas necessidades, devem 
ser estabelecidas suas prioridades e assim avaliar todos os recursos requeridos para 
suportar a realização de todo o processo, considerando aqueles que agregam mais valor 
a atividade. Consiste, portanto, em equilibrar as necessidades de entrega estabelecidas 
pela demanda com os recursos que deverão ser providos para a sua efetivação. 
1.1.5 Os canais de distribuição 
Os canais de distribuição são caracterizados pelo método pelo qual o produto é 
distribuído. Devido à natureza do produto a empresa tende a encontrar vários tipos de 
clientes dentro de um só mercado, e estas variações constituem grupos que necessitam 
de diferentes estratégias de distribuição para atender demanda de serviço. 
Arbacheet al, 2001 definem um canal de distribuição como a estrutura de 
unidades organizacionais dentro da empresa, e agentes e firmas comerciais fora dela, 
atacadistas e varejistas, por meio dos quais uma mercadoria, um produto ou um serviço 
são comercializados.
9
 
O composto de distribuição deve estar preparado para atender as necessidades 
dos determinados tipos de clientes e ser flexível o suficiente para constituir estratégias 
que realizem a distribuição de maneira eficiente. Entretanto, para determinar o canal de 
distribuição ideal para a empresa é necessário analisar os seguintes parâmetros: 
características do cliente, características do produto, características dos intermediários, 
 
8
 BERTAGLIA, 2003, p. 179. 
9
 ARBACHE et al, 2001. 
16 
 
características do concorrente, características da empresa e por fim, características do 
meio ambiente, conforme mostra o quadro 3. 
Quadro 3 – PARÂMETROS PARA DEFINIR OS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO. 
CARACTERÍSTICAS DOS CLIENTES:  Número de clientes; 
 Dispersão desses clientes no mercado; 
 Padrões de compras dos clientes; 
 Reação a diferentes métodos de venda. 
CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO:  Tipo do produto; 
 Mercado consumidor do produto; 
 Tipos de clientes dentro deste mercado; 
 Volume consumido; 
 Valor unitário. 
CARACTERÍSTICAS DOS INTERMEDIÁRIOS:  Atacadista; 
 Representante; 
 Vendedor próprio. 
CARACTERÍSTICAS DOS CONRORRENTES:  Tipos de canais utilizados; 
 Características destes canais. 
CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA:  Tamanho da empresa; 
 Posição financeira; 
 Composto de produto; 
 Políticas da empresa. 
CARACTERÍSTICAS DO MEIO AMBIENTE:  Condições econômicas; 
 Regulamentos e restrições. 
FONTE: Administração de Materiais – Uma abordagem Logística, Dias. 
Outro fator importante a ser analisado são as alternativas de canal a serem 
utilizadas, baseando-se em três variáveis: tipos de intermediários, números de 
intermediários e responsabilidade dos intermediários. A administração logística nesta 
etapa deve, portanto, buscar meios para melhor combinar os canais de distribuição a fim 
de obter os melhores resultados em termos de custos, lucro, destaque no mercado, 
estabilidade das vendas, entre outros. 
Segundo Novaes 2001, os canais de distribuição podem ser verticais, híbridos e 
múltiplos, conforme apontado no quadro 4 abaixo: 
 
17 
 
Quadro 4 – TIPOS DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
Canais Verticais- o varejista é, geralmente, o último de uma cadeia onde a responsabilidade do 
produto é repassada de um intermediário para outro, sendo o varejista o últimocontato estabelecido 
com o consumidor final. Os canais verticais trabalham com o chamado estoque empurrado, onde 
para cada intermediário é gerado um estoque. Este processo garante um bom nível de serviço, porém 
seu custo é elevado. 
Canais Híbridos- neste canal ocorre o relacionamento direto entre a empresa e o consumidor, sendo 
a distribuição do produto um processo terceirizado, podendo ser realizado por mais de um parceiro. 
Destaca-se a fragmentação entre a venda e a distribuição. 
Canais Múltiplos- mediante a visão de ampliação de atuação no mercado, algumas empresas 
possuem mais de um canal de distribuição, formando assim os canais múltiplos. Esta diversidade 
proporciona atingir um maior número de consumidores, personalizar o atendimento e adquirir novos 
consumidores. 
Fonte: Novaes, 2001, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: estratégia, 
operação e avaliação. 
Assim, a organização tem a possibilidade de adequar sua estratégia ao melhor 
canal de distribuição possível, garantindo seu papel de destaque em relação ao mercado 
concorrente, através da flexibilidade e disponibilidade dos seus produtos diante do 
consumidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
1.2 O TRANSPORTE 
1.2.1 Características do transporte rodoviário 
O sistema de distribuição física de produtos em uma organização tem o 
transporte como parte considerável de sua eficiência. Entretanto, o transporte é o 
elemento que desencadeia maior custo de toda a atividade industrial e comercial, e deste 
modo deve ser examinado com prioridade pelos profissionais da logística. 
De acordo com Bowersox 1996, 
O transporte é um ramo da logística, com maior peso nos custos 
logísticos, representa cerca de 60% das despesas. Dependendo da 
organização pode significar três vezes o lucro obtido. São cinco 
modais de transportes: ferroviário, rodoviário, aquaviário, dutoviário e 
aéreo. A escolha do modo de transporte está relacionada, ao custo do 
transporte de um produto.
10
 
O transporte rodoviário é o mais utilizado e que tem a capacidade de atingir 
maior parte do território brasileiro. Seu processo de inicia desde a armazenagem da 
carga até seu transporte de forma segura. Este tipo de modal tem como finalidade 
manter os custos de transportes em seu menor nível, mantendo a competitividade da 
organização e buscando otimizar esta atividade de forma a satisfazer os clientes nos 
locais em que estiverem. 
O modo rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no 
Brasil, e atinge praticamente todos os pontos do território nacional. 
Com a implantação da indústria automobilística na década de 50, com 
a pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se 
expandiu de tal forma que hoje domina amplamente o transporte de 
mercadorias no país.
11
 (ALVARENGA; NOVAES, 2000, p. 82) 
 
O transporte rodoviário oferece flexibilidade e versatilidade em sua cobertura, 
sendo o mais compatível com as necessidades de serviço ao cliente do que outros tipos 
modais e seus custos estão relacionados à execução efetiva do serviço. 
As vantagens inerentes a este tipo de modal se caracterizam pelo: serviço de 
venda na condição de entrega porta a porta, onde não há o carregamento ou 
 
10
 BOWERSOX, 1996. 
11
 ALVARENGA E NOVAES, 2000, p. 82. 
19 
 
descarregamento entre a origem e o destino; menor manuseio da carga, ocasionando 
maior segurança, haja vista que ocorre o fechamento da carga no local de carregamento 
e sua abertura é realizada somente no local da entrega. Outros pontos como: rapidez na 
entrega em curtas distâncias, à possibilidade de utilizar embalagens mais simples e de 
menor custo, além de oferecer maior competitividade ao mercado em relação às 
pequenas cargas, já que no transporte rodoviário é necessário apenas de um veiculo para 
realizar a entrega da carga, enquanto no ferroviário, por exemplo, necessita-se lotar um 
trem para iniciar o processo de distribuição. 
Entretanto, algumas desvantagens deste tipo de transporte estão relacionadas à 
baixa capacidade de carga entre os demais modais, o custo elevado de sua 
infraestrutura, além de ser considerado um modal com alto índice poluidor ao meio 
ambiente. 
1.2.2 A importância do sistema de frotas 
O transporte é o componente mais importante do sistema logístico, pois além de 
absorver dois terços de seu gasto é necessário que o profissional desta área tenha 
bastante conhecimento do tema, para que consiga maximizar a eficiência do sistema de 
frotas permitindo que os serviços de transportes fiquem mais baratos e aumentem a 
competição da organização no mercado. 
Segundo Ballou, 1993, p. 114 
Quando não existe um bom sistema de transporte, a extensão do 
mercado fica limitada as cercanias do local de produção. A menos que 
os custos de produção sejam muito menores que num segundo ponto 
de produção, a ponto de a diferença desses custos contrabalançar os 
custos de transporte para servir o segundo mercado, não há grande 
margem para a competição de mercado ocorrer.
12
 
Isto significa que com um bom sistema de transporte, os custos de produtos 
colocados à disposição no mercado tendem a ser mais competitivos perante aos 
produtos de outros produtores que vendem no mesmo mercado. Este procedimento 
incentiva de forma indireta a competição entre os concorrentes, pois torna disponíveis 
ao mercado bens que normalmente não existiriam. 
 
12
 BALLOU, 1993, p. 114. 
20 
 
Ainda segundo Ballou, 1993, p.115 
Transporte barato também contribui para reduzir o preço dos produtos. 
Isto acontece porque, além de sua influência no aumento da 
competição no mercado, o transporte é um dos componentes de custo 
que, juntamente com os custos de produção, vendas e outros, compõe 
o custo agregado ao produto. 
13
 
Um bom exemplo deste processo é a venda de frutas e vegetais, quando a 
produção destas mercadorias se encontra na entressafra em determinado local 
carregamentos vindos de outras regiões podem atender a demanda deste mercado, 
proporcionando a entrada de novos fornecedores naquela localização, além de causar 
efeito estabilizador nos preços destas mercadorias. 
1.2.3 Roteirização e Otimização das Rotas 
A roteirização é um processo pelo qual os profissionais logísticos planejam, 
previamente, as entregas a serem realizadas, ordenando de forma lógica a rota do 
veículo de transporte. Este processo leva em consideração a capacidade do veículo e a 
distância entre o percurso e o tempo de entrega de cada produto. 
Segundo Ballou 2006, 
O tempo que as mercadorias passam em trânsito tem reflexo no 
número de fretes, horários e veículos. Assim, a redução de custos de 
transporte, o nível de serviço ao cliente e as definições dos melhores 
roteiros, constituem problemas muito frequentes de tomada de decisão 
dessa área, a fim de minimizar os tempos e as distâncias.
14
 
 
 Desta forma é preciso enxergar o processo de roteirização como uma atividade 
de grande importância na organização, pois obriga a ponderar sobre possibilidades, tais 
como: tempo e distância total a ser percorrida, capacidade de carga do veículo, número 
de entrega por veículo e tempo médio de cada entrega, entre outros fatores, que em 
conjunto tornam o processo mais eficiente e menos custoso. 
 
13
 BALLOU, 1993, p. 115. 
14
 BALLOU, 2006. 
21 
 
Conforme Novaes 2007, como objetivos principais, o processo de roteirização 
visa propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mantendo os custos operacionaise 
de capitais tão baixos quanto possível.
15
 
 Para determinar os roteiros é preciso estabelecer caminhos que evitem o 
cruzamento das rotas, evitando assim a passagem por um mesmo local duas vezes, 
como mostra o exemplo no quadro 5 abaixo, descrito por Ballou, 2001: 
Quadro 5 – TRAJETOS DE ROTEIRIZAÇÃO, EXEMPLOS DE PARADAS BOAS E 
RUINS. 
 
FONTE: Balou, 2001. 
 
 Estas variáveis demandam a utilização de sistemas informatizados e softwares 
específicos, dentre eles: base de dados atualizada e sistemas modernos, baseados 
normalmente em Sistemas de Informações Geográficas, além da necessidade de obter os 
recursos humanos treinados para alimentar o sistema de maneira adequada. 
Segundo Ballou, 2001, p.165 
Os princípios para uma programação e roteirização adequada são: 
carregar os caminhões com volumes de paradas que estejam próximas 
entre si; as paradas em dias diferentes devem ser combinadas para 
produzir agrupamentos densos; a construção de rotas deve começar 
com a parada mais distante do depósito; a seqüência das paradas em 
uma rota rodoviária tem de formar um padrão de gota d’água; as rotas 
mais eficientes são construídas usando os maiores veículos 
 
15
 NOVAES, 2007, p. 303. 
22 
 
disponíveis; as coletas devem ser combinadas com as rotas de entrega; 
em vez de serem deixadas para o final das rotas; uma parada 
removível de um agrupamento de rota é uma boa candidata para um 
meio alternativo de entrega; as limitações das janelas de tempo 
estreitas devem ser evitadas.
16
 
A eficiência e bom desempenho das rotas precisam ser analisados e planejados 
previamente ao processo de transporte, e alguns são os fatores que influenciam nesta 
avaliação: 
 Definição de programação e roteiro; 
 Leitores de códigos de barra; 
 Comunicação; 
 Incentivos; 
 Melhor uso dos ativos. 
De modo que tais fatores sejam examinados, a organização garante por 
minimizar os problemas de roteirização enfrentados, e deste modo atingir a qualidade 
no processo de entrega. Além destes aspectos, deve-se considerar o tempo de serviço do 
condutor, a coleta de produto em vários pontos, a combinação de produtos diferentes a 
serem recolhidos, diferentes pesos, quantidade de produto a ser entregue, além de outras 
características. 
Ainda, com programas de computadores adequados que auxiliarão na 
determinação das rotas, a organização poderá elaborar gráficos que facilitem visualizar 
o desempenho e as possíveis variações que podem ocorrer, proporcionando ações 
corretivas a evitar problemas maiores, como o aumento de custos, por exemplo. 
1.2.4 Indicador de desempenho 
O indicador de desempenho consiste em uma medida quantitativa utilizada para 
mostrar e comunicar um conjunto de dados de maneira simples, abrangendo tendências 
e evoluções que ocorreram em determinado período. 
Branco 1998 diz que, 
 
16
 BALLOU, 2001, p. 165. 
23 
 
Em termos de planejamento, os indicadores possibilitam a fixação de 
metas físicas e monetárias, globais e setoriais, que permeiam toda a 
organização. No caso do acompanhamento, os indicadores fornecem 
elementos fundamentais para análise crítica e retro análise do 
desempenho, comparativamente às metas planejadas. Com relação ao 
controle, os indicadores constituem valiosas ferramentas para o 
replanejamento de atividades e reprogramação de metas. 
17
 
 Utilizar os indicadores, portanto, é fundamental ao planejamento e controle dos 
processos da organização quanto à distribuição física de seus produtos, pois permitem 
estabelecer metas e realizar uma análise crítica do desempenho das atividades, tendo em 
vista tomar decisões corretivas ou de replanejamento. 
Francischini 1998, p.22 e 24 
Alerta para a importância de índices quantitativos no processo 
administrativo, pois lembra que o suporte às decisões tomadas deve, 
na medida do possível, evitar análises qualitativas. Análises 
qualitativas são geralmente precedidas por um “eu acho que”. No caso 
da gestão de frota, os indicadores utilizados são, na sua totalidade, 
baseados em dados quantitativos.
18
 
Entretanto, para medir indicadores de desempenho em um sistema de frotas é 
preciso que a organização invista na utilização de softwares para auxiliar esta atividade, 
visto que este recurso tem como objetivo facilitar a visualização dos processos 
utilizados e organizá-los de modo que os profissionais da logística consigam estabelecer 
se foram eficientes ou não, e, portanto, melhorá-los se for preciso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17
 BRANCO, 1998. 
18
 FRANCISCHINI, 1998, p. 22 e 24. 
24 
 
2. METODOLOGIA 
A pesquisa está dividida nos seguintes tópicos: Tipo de pesquisa, localde estudo, 
universo da pesquisa, coleta dos dados e tratamento dos dados. 
Segundo Gil, 1994, “a metodologia é a descrição detalhada dos métodos, técnicas e 
processos seguidos na pesquisa, explicando as hipóteses ou pressupostos, população ou 
amostra, os instrumentos e a coleta de dados”. 
2.1 Tipo de pesquisa 
O estudo iniciou-se através de pesquisas bibliográficas sobre o tema: logística de 
distribuição física. Segundo Fonseca, 2002, p. 32, “a pesquisa bibliográfica é feita a 
partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios 
escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”. 
O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso. De acordo com Fonseca, 
2002, p. 33, 
Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma 
entidade bem definida como um programa, uma instituição, um 
sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer 
em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que 
se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há 
nela de mais essencial e característico. 
Foi realizado um estudo de natureza qualitativa, onde se fez uso de questionário 
a fim de alcançar o objetivo desta pesquisa. Creswell, 2010, p. 43, “define a abordagem 
qualitativa como sendo “um meio para explorar e para entender o significado que os 
indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou humano””. 
2.2 Local de estudo 
Esta pesquisa foi realizada na empresa MM Mármores Ltda, situada no 
município de Leopoldina – Minas Gerais. 
A MM Mármores é uma empresa de pequeno porte, que está ativa no mercado 
desde 2012, tendo como principal atividade atuar no ramo estéticodos ambientes 
internos e externos em geral. 
25 
 
Sua área de distribuição atende tanto pequenas localidades da região como: 
Cataguases, Laranjal, Juiz de fora, Muriaé, Bicas, entre outras, e também áreas mais 
distantes como Rio de Janeiro. 
Além de se preocupar com valores como: ética, respeito e comprometimento 
com os clientes, a empresa norteia suas atividades através da seguinte missão: “Atender 
as necessidades do mercado e de seus clientes, garantindo o mais alto padrão de 
qualidade e atendimento”. 
2.3 Universo da pesquisa 
A pesquisa é constituída por entrevista com odono da empresa.Foram 
trabalhados 100% do universo da população que, segundo Vergara 2010, “entenda-se 
aqui por população não o número de habitantes de um local, como é largamente 
conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por 
exemplo) que possuem as características que serão objeto do estudo”. 
2.4 Coleta de dados 
Segundo Gil 1996, “a coleta de dados em um estudo de caso é baseada em 
diversas fontes de evidências”. 
Para a elaboração desta pesquisa, foi utilizadoo método da observação através 
de questionário aplicado ao dono da empresa objeto do estudo, contendo 13 perguntas 
abertas (Anexo 1).No questionário foram elaboradas perguntas que permitiriam 
identificar fatores da estratégia empresarial utilizada na distribuição física dos produtos 
e eficiência deste método. 
2.5 Tratamento de dados 
A técnica de análise utilizada para tratar os dados obtidos com a entrevista foi 
análise do discurso, que segundo Vergara 2010, 
A análise do discurso é um método que visa não só apreender como 
uma mensagem é transmitida, mas sim como explorar o seu sentido. 
Tal análise do discurso implica em considerar que tanto o emissor 
26 
 
como também o receptor de uma mensagem, bem como o contexto em 
que esse discurso está inserido.
19
 
Os dados da pesquisa foram relatados como forma de texto no Word, finalizando 
com a discussão e análise dos resultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19
 VERGARA, 2010. 
27 
 
3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 
3.1 Análise e Interpretação dos Dados 
Através do questionário aplicado ao proprietário da empresa do setor de 
mármores existente no município de Leopoldina, buscou-se identificar como é realizado 
o processo logístico na empresa avaliando quais estratégias de eficiência foram 
utilizadas bem como quais eram as barreiras enfrentadas pelo setor de transporte. 
Dentre os questionamentos mencionados na entrevista foi analisada a realização 
do processamento de pedidos que identificou a relação direta com o cliente como etapa 
fundamental deste processo, haja vista que este contato permite obter informações 
importantes como: medidas, preferências pessoais, disponibilidade no estoque, melhores 
condições de pagamento, entre outras. 
Após o processamento dos pedidos é efetuada a preparação das informações, que 
são transmitidas ao setor de produção. Estas informações são informatizadas através de 
um software, o CypeCAD, que permite informar a produção as medidas e o formato de 
corte pedido pelo cliente. Em seguida é feito o acabamento da peça, com a limpeza e o 
polimento, por exemplo. A distribuição física do produto pronto é feita de forma pré 
agendada junto ao cliente, dando maior conforto na efetivação na entrega. 
A empresa conta com somente sua matriz como centro de distribuição atuando 
no mercado do município e também em localidades próximas como: Cataguases, Juiz de 
Fora, Muriaé, Bicas. Seu raio de distribuição atinge também áreas mais distantes como 
o estado do Rio de Janeiro, entretanto esta distribuição é mais voltada a pedidos 
excepcionais e pré-agendados. 
Outro fator observado foi à localização da empresa, que fica próxima a BR 116, 
e esta condição facilita tanto na aquisição da matéria prima quanto na movimentação de 
distribuição física dos produtos. 
Também foram avaliados os entraves existentes no processo de distribuição e 
segundo o proprietário esta dificuldade está relacionada ao cuidado com a carga, pela 
fragilidade das peças. É necessário um acomodamento especial das peças de forma 
atenta para que não ocorra nenhum dano. 
28 
 
Quanto às frotas que compõe o processo de transportes da empresa foi detectado 
que é composta por um caminhão e duas caminhonetes, que atendem bem a demanda 
existente. Entretanto observou-se que há dificuldades em estabelecer rotas na região, 
devido à constância de pequenos pedidos e a diversificação de clientes. 
De acordo com o proprietário a frota pequena é administrada de acordo com a 
demanda, não havendo a utilização de nenhum software específico que auxilie neste 
processo. Também se constatou que não há uma medição de desempenho formal das 
frotas da empresa. 
No que diz respeito ao ganho de eficiência da empresa em relação à distribuição 
física de seus produtos ela se torna eficiente à medida que consegue realizar suas 
entregas no prazo combinado com o cliente e mantendo a carga em perfeito estado até 
seu destino final. As estratégias identificadas para tal são o comprometimento e a 
transferência da carga com zelo, o que consequentemente fideliza os clientes e torna 
suas atividades mais eficientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
CONCLUSÃO 
Conclui-se que, com as informações obtidas através de entrevista com o 
proprietário da empresa e da pesquisa bibliográfica efetuada, que a logística de 
distribuição física é uma estratégia de eficiência empresarial de grande importância para 
as atividades de um negócio e consequentemente para seu sucesso. 
Conforme foi estabelecido pelo objetivo geral deste estudo, foi possível analisar 
a importância do gerenciamento de distribuição física no segmento logístico de 
pequenas empresas. Embora se trate de uma empresa de pequeno porte foi possível 
constatar que mesmo em menor proporção o gerenciamento deste processo é essencial 
para o funcionamento de suas atividades. 
Também fora verificado que os objetivos específicos estabelecidos pelo estudo 
foram atendidos, proporcionando analisar de forma generalizada como é realizado o 
processo de distribuição e sua eficiência além de permitir entender que a logística 
desenvolvida pela empresa se estabelece através de um planejamento que mesmo sendo 
mais simplificado em relação aos utilizados por grandes empresas atende de forma 
satisfatória a demanda existente. 
A hipótese de que um planejamento logístico eficiente influencia tanto na 
qualidade da entrega quanto na satisfação do cliente foi confirmada. Pois o 
planejamento de uma logística eficiente pode influenciar diretamente na redução de 
custos tanto na aquisição de matérias primas quanto na entrega final do produto, e estes 
fatores podem garantir a pequena empresa a oportunidade de melhoria contínua e 
destaque no mercado. 
Como estudo futuro relacionado ao tema, recomenda-se uma análise mais 
aprofundada nos custos logísticos dos transportes. 
 
 
 
 
 
30 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALVARENGA, Antônio Novaes, NOVAES, Antônio Galvão. Logística Aplicada: 
suprimento e distribuição física. São Paulo: Editora Edgard Biucher, 2000. 
ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A. G. N. Logística Aplicada - Suprimento e 
Distribuição Física. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1994. 
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e 
distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. 
BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4ª edição. Porto Alegre: 
Bookman, 2001. 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística 
empresarial. 5ªedição. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
BERTAGLIA, Paulo Roberto, Logística e gerenciamento da cadeia de 
abastecimento. Ed. Saraiva, 2003. 
BRANCO, J. E. S. Indicadores da qualidade e desempenho de ferrovias (Carga e 
Passageiro). Rio de Janeiro: ANTF, 1998. 
CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª edição. Lisboa: Edições Sílabo, 
2002. 
DIAS, Marco Aurélio. Administração de Materiais - Uma abordagem logística.São 
Paulo: Atlas, 2010. 
FRANCISCHINI, P. G. Indicadores de produtividade. AOTS/SP Magazine, São 
Paulo: v.1, n.1, p. 22-24, abr./maio 1998. 
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4º edição. São Paulo: 
Editora Atlas, 2002. 
MARTINS, Petrônio Garcia, ALT, Paulo Renato Campos. Administração de 
materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009. 
NOVAES, A. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição, estratégia, 
operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001, 409 p. 
31 
 
NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamentoda cadeia de distribuição: 
estratégia, operação e avaliação. 3ª. edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 
14º edição. São Paulo: Editora Atlas, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
ANEXO(S) 
Anexo 1 – Questionário de Logística 
Data ____/____/____ 
1. Há quanto tempo à empresa atua no mercado? 
2. Como são realizadas as etapas dos processamentos de pedidos da empresa? 
3. Após o processamento de pedidos como é realizada a distribuição física dos 
produtos? 
4. Qual o raio de distribuição da empresa? 
5. Existem centros de distribuição fora da matriz? 
6. A estratégia de distribuição utilizada pela empresa levou em consideração as 
variáveis como: localização, transporte e estoque? 
7. Quais são os entraves existentes no processo de distribuição física da empresa? 
8. A frota da empresa é própria ou terceirizada? Por que a empresa optou por este 
tipo de distribuição? 
9. De que forma é realizada a roteirização das frotas? 
10. Quais as dificuldades encontradas pela empresa em estabelecer rotas na região? 
11. Como a empresa mede o desempenho de suas frotas? 
12. Como a empresa enxerga a otimização das rotas através da utilização de 
softwares? 
13. Qual o ganho em eficiência da empresa relacionado às estratégias de distribuição 
física?

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