Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PAULA MARTINS HAAS DISTRIBUIÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA DE EFICIÊNCIA EMPRESARIAL EM PEQUENAS EMPRESAS LEOPOLDINA FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE LEOPOLDINA – MG 2016 PAULA MARTINS HAAS DISTRIBUIÇÃO FÍSICA COMO ESTRATÉGIA DE EFICIÊNCIA EMPRESARIAL EM PEQUENAS EMPRESAS Monografia apresentada ao Curso de Administração das Faculdades Unificadas Doctum de Leopoldina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Administração. Área de Concentração: Administração de Materiais Logística Orientador: Leonardo Garcia LEOPOLDINA FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE LEOPOLDINA – MG 2016 Dedico este trabalho aos meus pais que me acompanharam e apoiaram nesta caminhada. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por guiar e abençoar meus passos nesta caminhada. Aos meus pais, Fernanda e Roberto, por serem meu ponto de equilíbrio e tranquilidade nos momentos difíceis. Ao meu entrevistado agradeço pela ajuda excepcional sem a qual eu não conseguiria finalizar este estudo. Ao querido mestre Newton Barreto pela paciência e sabedoria transmitidas, por sempre estar disposto a ajudar e pelo incentivo constante a mim e toda a minha turma. Ao professor e orientador Leonardo Garcia por acreditar em mim e na conclusão deste estudo, contribuindo com seus ensinamentos e conhecimento, agregando para a construção do meu aprendizado. O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período mais difícil da vida de alguém. Dalai Lama RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de eficiência empresarial utilizadas por pequenas empresas para o desenvolvimento da sua logística de distribuição física. Devido a grande competitividade do mercado tanto as empresas quanto os clientes buscam agilidade em seus processos, e é através de um planejamento logístico eficiente que as organizações conquistam seu espaço diante dos concorrentes. Portanto, as pequenas e médias empresas, tem a oportunidade de utilizar o profissional de logística para encontrar soluções inovadoras para seus negócios, podendo focar na otimização dos processos de solicitação de matérias primas e no transporte dos produtos já acabados. O diagnóstico foi realizado através de um estudo de caso em uma marmoraria, e o referencial teórico proporcionou analisar os fatores que influenciam na formação de um planejamento logístico eficiente. A pesquisa realizada na empresa permitiu identificar como são realizados os processos logísticos e quais são as dificuldades enfrentadas para garantir a funcionalidade do mesmo, também se pode avaliar a eficiência do sistema de transportes garantindo a integridade da carga e a entrega no prazo combinado, o que proporciona a confiabilidade e fidelização dos clientes. Palavras-Chave: Distribuição; Eficiência; Transportes. LISTA DE QUADROS Quadro 1- Classificação de atividades logísticas............................................................12 Quadro 2- Estratégias de distribuição física....................................................................14 Quadro 3- Parâmetros para definir os canais de distribuição..........................................17 Quadro 4- Tipos de canais de distribuição......................................................................18 Quadro 5- Trajetos de roteirização, exemplos de paradas boas e ruins...........................22 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...............................................................................................................8 1. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................10 1.1 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA....................................................................................10 1.1.1 Conceito e características.....................................................................................10 1.1.2 A importância da distribuição física....................................................................12 1.1.3 A distribuição física e outras áreas funcionais.....................................................13 1.1.4 Processos de distribuição.....................................................................................14 1.1.5 Os canais de distribuição.....................................................................................15 1.2 O TRANSPORTE................................................................................................18 1.2.1 Características do transporte rodoviário..............................................................18 1.2.2 A importância do sistema de frotas......................................................................19 1.2.3 Roteirização e Otimização das Rotas...................................................................20 1.2.4 Indicador de desempenho....................................................................................22 2. METODOLOGIA..............................................................................................24 2.1 Tipo de pesquisa..................................................................................................24 2.2 Local de estudo....................................................................................................24 2.3 Universo da pesquisa...........................................................................................25 2.4 Coleta de dados....................................................................................................25 2.5 Tratamento de dados............................................................................................25 3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS.................................27 3.1 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO.......................................................................27 CONCLUSÃO................................................................................................................29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................30 ANEXO(S)......................................................................................................................32 8 INTRODUÇÃO A logística apresenta-se como importante fator que distingue competitivamente as empresas no mercado, haja vista que abrange integralmente as funções de movimentação dos produtos e a transmissão de informações, que vão desde a aquisição de matéria prima até a distribuição do produto acabado. De acordo com Bertaglia 2003, Produtos e materiais são movimentados ao longo da cadeia de abastecimento. A matéria-prima é transportada para as fábricas para se transformar em produto final; em seguida, flui dos fornecedores para os centros de distribuição e daí para os clientes, dependendo do modelo estabelecido pela empresa. O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações uma vez que os custos neles existentes podem ser elevados e as oportunidades são muitas. Novos conceitos de distribuiçãoestão sendo discutidos a fim de obter vantagens competitivas visando colocar os produtos, principalmente bens de consumo, ao alcance dos clientes 1 . Portanto, o responsável pela logística da empresa deve atentar-se a toda movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma, garantindo que os produtos demandados pelos consumidores estejam a eles disponíveis. O estudo justifica-se através da importância da logística no setor de distribuição física em pequenas empresas, buscando através do mesmoidentificar as oportunidades de melhoria existentes. Este trabalho tem como objetivo geral analisar a importância do gerenciamento de distribuição física no segmento logístico de pequenas empresas. E como objetivos específicos:analisar o processo de distribuição e avaliar sua eficiência. Esta pesquisa busca responder as seguintes questões: quais são os principais problemas enfrentados pela logística na empresa? O que a organização tem feito para melhorar sua logística e torná-la mais eficiente? Como hipótese, acredita-se que um planejamento logístico eficiente influencia tanto na qualidade da entrega quanto na satisfação do cliente. 1 BERTAGLIA, 2003. 9 Metodologicamente, este trabalho esta estruturado em três capítulos. O primeiro diz respeito ao referencial teórico, que se subdivide em duas partes principais, a primeira parte refere-se à distribuição física, apresentando os conceitos e modelos de distribuição; a segunda parte cita as características e tipos de transporte, bem como a importância de um sistema de frotas eficiente. O segundo capítulo baseia-se na metodologia, que explica a tipologia da pesquisa e a forma de desenvolvimento do estudo de caso. O terceiro capítulo será constituído pela apresentação e a análise de dados, que consiste no diagnóstico dos resultados da pesquisa. 10 1. REFERENCIAL TEÓRICO 1.1 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 1.1.1 Conceitos e Características A concepção do termo logística é de origem francesa e significa loger ou alojar. Inicialmente, esta definição caracterizava as operações militares ocorridas na Segunda Guerra Mundial, onde utilizavam o termo para definir a guarda, transporte e abastecimento dos recursos, desde munições até alimentos que fossem necessários. Segundo Carvalho, 2002, p.31 Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. 2 A logística é, portanto, a área de gestão responsável por gerenciar desde a compra e entrada e materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando as informações. A distribuição física é um estágio da logística, e está relacionada aos bens acabados e semiacabados. É responsável, portanto, pela estocagem, movimentação e processamento de pedidos de produtos finais. Segundo Novaes, 1994, A distribuição física de produtos ou distribuição física são os processos operacionais e de controle que permitem transferir os produtos desde o ponto de fabricação, até o ponto em que a mercadoria é finalmente entregue ao consumidor. 3 Logo que a produção é finalizada até a venda e distribuição efetiva do produto ocorre um movimento das mercadorias e, neste sentido a logística deve trabalhar com o 2 CARVALHO, 2002, p.31. 3 NOVAES, 1994. 11 propósito de garantir a disponibilidade dos produtos demandados pelos clientes ao menor custo possível. Para Novaes 2001, as atividades de distribuição o física estão classificadas como: atividades específicas da distribuição física, atividades da distribuição física junto ao cliente do fornecedor e atividades da distribuição física junto ao consumidor, conforme mostra o quadro 1. 4 Quadro 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES LOGÍSTICAS. ATIVIDADES ESPECÍFICAS DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ATIVIDADES DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA JUNTO AO CLIENTE DO FORNECEDOR ATIVIDADES DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA JUNTO AO CONSUMIDOR Recebimento de produto; Desconsolidação; Conferência física, quantitativa e documental; Nacionalização de produtos importados; Armazenagem; Controle de estoques; Embalagem; Unitização; Separação; Montagem de kits comerciais; Identificação de volumes; Roteirização; Controle de documentos; Expedição de produtos; Distribuição direta da fábrica, de CDs e transferência entre CDs; Rastreamento de veículos; Controle e pagamento de fretes; Gestão de informações logísticas. Entrega de produtos secos ou refrigerados; Abastecimento das gôndolas; Retirada de pallets vazios; Coleta de mercadorias devolvidas; Gestão de informações logísticas; Prestação de contas; Medidas de desempenho. Entrega direta do fornecedor ao consumidor; Serviços de atendimento ao consumidor; Gestão de informações logísticas; Prestação de contas; Medidas de desempenho (performance). FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MOVIMENTAÇÃO E LOGÍSTICA – Novaes, 2001, p. 326. Podemos destacar dois tipos de alternativas básicas de distribuição, que geralmente são direcionadas há dois perfis de mercado distintos. A primeira alternativa 4 NOVAES, 2001, p. 326. 12 é composta por usuários finais, que adquirem pequenas quantidades e é composto por grande número de clientes deixando a distribuição pulverizada. Este tipo de distribuição é caracterizado por compras contínuas. O segundo perfil é formado por intermediários, que não consomem o produto, mas o oferecem para revenda. Neste caso, o que difere as categorias é o volume das compras. Portanto, as organizações precisam sistematizar estratégias diferentes de distribuição, que sejam adequadas a: natureza do produto movimentado, a demanda, os custos relativos às várias opções de distribuição física bem como as exigências dos níveis de serviço. 1.1.2 A importância da distribuição física Acredita-se que a distribuição física é a etapa da logística empresarial em que a organização alcança o maior nível de economia. Para tanto é necessário que as empresas invistam em condições mais eficazes relacionadas à localização, a estocagem e o embarque de seus bens, a fim de minimizar os custos de fornecer o nível ideal de serviço ao cliente. Segundo Novais e Alvarenga 2000, A distribuição física de produtos passou a ocupar um papel de destaque nos problemas logísticos das empresas. Isso se deve, de um lado, ao custo crescente do dinheiro (custo financeiro), que força as empresas a reduzir os estoques e a agilizar o manuseio, transporte e distribuição de seus produtos. 5 Portanto, diz-se que o objetivo principal da gestão de logística de distribuição é atender a demanda dos clientes com a quantidade certa de mercadorias, no tempo e no lugar certo. Neste sentido, é preciso otimizar as operações que envolvem este processo e fazê-las rentáveis a organização. Deste modo, é necessário um planejamento detalhado e bem estruturado, integrando a cadeia de abastecimento como forma dediferencial no mercado, garantindo o máximo de retorno sobre o investimento mínimo e a satisfação do consumidor. Para atingir este objetivo é preciso conhecer a natureza do produto 5 NOVAIS E ALVARENGA, 2000. 13 movimentado, o padrão de sua demanda, o nível de serviço exigido e os custos que dispõem a distribuição física. Deste modo o profissional de logística consegue estabelecer uma estratégia de distribuição física adequada, levando em conta os pontos destacados abaixo, no quadro 2. Quadro 2 – ESTRATÉGIAS DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA. Fonte: PUC-Rio - Certificação Digital nº 0311064/CC 1.1.3 A distribuição física e outras áreas funcionais A distribuição física é uma das etapas da logística que se relaciona com outras áreas da organização, como o marketing e a produção. Nesta primeira, a relação se estabelece na medida em que a distribuição proporciona o ganho de lucro para a empresa bem como o atendimento da demanda, agregando valor de lugar e tempo. Já a produção liga-se a distribuição quando as atividades de produção e de movimentação de bens se sobrepõem. Segundo Ballou, 1993, p. 51 14 Esta ligação é necessária, pois o desempenho da gerência de cada uma delas é afetado pelos níveis das atividades de distribuição. Quando isto é devidamente compreendido, pode-se notar que não é tão importante definir se a distribuição física faz parte da produção ou do marketing ou se é função gerencial separada e com o mesmo status das outras. 6 Fica claro, portanto, que as atividades de distribuição física devem estar interligadas estrategicamente às funções de marketing, com as vendas de produto, e de produção, com o ressuprimento dos estoques dos armazéns, por exemplo. Desta forma efetivando a compensação de quaisquer custos existentes. 1.1.4 Processos de distribuição O processo de distribuição associa-se à movimentação física de materiais. Tal processo envolve atividades internas e externas na organização, que são compostas por atividades primárias e atividades de suporte, conforme Arbache et al, 2001 destacam em sua obra: As atividades primárias estão ligadas ao fluxo de produtos até o cliente, incluindo o recebimento, armazenagem, operações processamento de pedidos, e a distribuição física propriamente dita. As atividades de suporte são as que apóiam as atividades primárias, como o suprimento e a provisão da infraestrutura do centro de distribuição. 7 As atividades primárias permitem atingir um nível logístico de serviço eficiente além de contribuírem para diminuir os custos totais da logística. Em suma, a função de recebimento se inicia quando é liberado o descarregamento de um produto ou material que está destinado ao armazém ou centro de distribuição. Nesta etapa ocorre a inspeção do produto, onde se realiza a comparação com o documento de transporte bem como análise de sua qualidade. Logo após o recebimento, os itens são armazenados em locais específicos, seja no armazém ou no centro de distribuição. Este acondicionamento pode ser feito em prateleiras, estantes, estrados ou até mesmo no solo, variando conforme a natureza do produto. Por fim, a expedição corresponde ao processo de separação dos itens armazenados, movimentando-os para outro local, com o objetivo de atender a uma demanda específica. 6 BALLOU, 1993, p. 51. 7 ABRACHE et al, 2001. 15 Segundo Bertaglia, 2003, p.179 Distribuir é uma função dinâmica e bastante diversa, variando de produto para produto, de empresa para empresa. Desta forma, a distribuição precisa ser extremamente flexível para enfrentar as diversas demandas e restrições que lhe são impostas, sejam elas físicas ou legais. A vantagem competitiva de uma empresa pode estar na forma de distribuir, na maneira com que faz o produto chegar rapidamente à gôndola, na qualidade de seu transporte e na eficiência de entrega de um material a um fabricante. 8 Os processos de distribuição, portanto, correspondem ao desenvolvimento de ações que servem para orientar os recursos da distribuição em relação às necessidades especificadas pela demanda existente. Uma vez identificadas estas necessidades, devem ser estabelecidas suas prioridades e assim avaliar todos os recursos requeridos para suportar a realização de todo o processo, considerando aqueles que agregam mais valor a atividade. Consiste, portanto, em equilibrar as necessidades de entrega estabelecidas pela demanda com os recursos que deverão ser providos para a sua efetivação. 1.1.5 Os canais de distribuição Os canais de distribuição são caracterizados pelo método pelo qual o produto é distribuído. Devido à natureza do produto a empresa tende a encontrar vários tipos de clientes dentro de um só mercado, e estas variações constituem grupos que necessitam de diferentes estratégias de distribuição para atender demanda de serviço. Arbacheet al, 2001 definem um canal de distribuição como a estrutura de unidades organizacionais dentro da empresa, e agentes e firmas comerciais fora dela, atacadistas e varejistas, por meio dos quais uma mercadoria, um produto ou um serviço são comercializados. 9 O composto de distribuição deve estar preparado para atender as necessidades dos determinados tipos de clientes e ser flexível o suficiente para constituir estratégias que realizem a distribuição de maneira eficiente. Entretanto, para determinar o canal de distribuição ideal para a empresa é necessário analisar os seguintes parâmetros: características do cliente, características do produto, características dos intermediários, 8 BERTAGLIA, 2003, p. 179. 9 ARBACHE et al, 2001. 16 características do concorrente, características da empresa e por fim, características do meio ambiente, conforme mostra o quadro 3. Quadro 3 – PARÂMETROS PARA DEFINIR OS CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO. CARACTERÍSTICAS DOS CLIENTES: Número de clientes; Dispersão desses clientes no mercado; Padrões de compras dos clientes; Reação a diferentes métodos de venda. CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO: Tipo do produto; Mercado consumidor do produto; Tipos de clientes dentro deste mercado; Volume consumido; Valor unitário. CARACTERÍSTICAS DOS INTERMEDIÁRIOS: Atacadista; Representante; Vendedor próprio. CARACTERÍSTICAS DOS CONRORRENTES: Tipos de canais utilizados; Características destes canais. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA: Tamanho da empresa; Posição financeira; Composto de produto; Políticas da empresa. CARACTERÍSTICAS DO MEIO AMBIENTE: Condições econômicas; Regulamentos e restrições. FONTE: Administração de Materiais – Uma abordagem Logística, Dias. Outro fator importante a ser analisado são as alternativas de canal a serem utilizadas, baseando-se em três variáveis: tipos de intermediários, números de intermediários e responsabilidade dos intermediários. A administração logística nesta etapa deve, portanto, buscar meios para melhor combinar os canais de distribuição a fim de obter os melhores resultados em termos de custos, lucro, destaque no mercado, estabilidade das vendas, entre outros. Segundo Novaes 2001, os canais de distribuição podem ser verticais, híbridos e múltiplos, conforme apontado no quadro 4 abaixo: 17 Quadro 4 – TIPOS DE CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO Canais Verticais- o varejista é, geralmente, o último de uma cadeia onde a responsabilidade do produto é repassada de um intermediário para outro, sendo o varejista o últimocontato estabelecido com o consumidor final. Os canais verticais trabalham com o chamado estoque empurrado, onde para cada intermediário é gerado um estoque. Este processo garante um bom nível de serviço, porém seu custo é elevado. Canais Híbridos- neste canal ocorre o relacionamento direto entre a empresa e o consumidor, sendo a distribuição do produto um processo terceirizado, podendo ser realizado por mais de um parceiro. Destaca-se a fragmentação entre a venda e a distribuição. Canais Múltiplos- mediante a visão de ampliação de atuação no mercado, algumas empresas possuem mais de um canal de distribuição, formando assim os canais múltiplos. Esta diversidade proporciona atingir um maior número de consumidores, personalizar o atendimento e adquirir novos consumidores. Fonte: Novaes, 2001, Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição: estratégia, operação e avaliação. Assim, a organização tem a possibilidade de adequar sua estratégia ao melhor canal de distribuição possível, garantindo seu papel de destaque em relação ao mercado concorrente, através da flexibilidade e disponibilidade dos seus produtos diante do consumidor. 18 1.2 O TRANSPORTE 1.2.1 Características do transporte rodoviário O sistema de distribuição física de produtos em uma organização tem o transporte como parte considerável de sua eficiência. Entretanto, o transporte é o elemento que desencadeia maior custo de toda a atividade industrial e comercial, e deste modo deve ser examinado com prioridade pelos profissionais da logística. De acordo com Bowersox 1996, O transporte é um ramo da logística, com maior peso nos custos logísticos, representa cerca de 60% das despesas. Dependendo da organização pode significar três vezes o lucro obtido. São cinco modais de transportes: ferroviário, rodoviário, aquaviário, dutoviário e aéreo. A escolha do modo de transporte está relacionada, ao custo do transporte de um produto. 10 O transporte rodoviário é o mais utilizado e que tem a capacidade de atingir maior parte do território brasileiro. Seu processo de inicia desde a armazenagem da carga até seu transporte de forma segura. Este tipo de modal tem como finalidade manter os custos de transportes em seu menor nível, mantendo a competitividade da organização e buscando otimizar esta atividade de forma a satisfazer os clientes nos locais em que estiverem. O modo rodoviário é o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, e atinge praticamente todos os pontos do território nacional. Com a implantação da indústria automobilística na década de 50, com a pavimentação das principais rodovias, o modo rodoviário se expandiu de tal forma que hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no país. 11 (ALVARENGA; NOVAES, 2000, p. 82) O transporte rodoviário oferece flexibilidade e versatilidade em sua cobertura, sendo o mais compatível com as necessidades de serviço ao cliente do que outros tipos modais e seus custos estão relacionados à execução efetiva do serviço. As vantagens inerentes a este tipo de modal se caracterizam pelo: serviço de venda na condição de entrega porta a porta, onde não há o carregamento ou 10 BOWERSOX, 1996. 11 ALVARENGA E NOVAES, 2000, p. 82. 19 descarregamento entre a origem e o destino; menor manuseio da carga, ocasionando maior segurança, haja vista que ocorre o fechamento da carga no local de carregamento e sua abertura é realizada somente no local da entrega. Outros pontos como: rapidez na entrega em curtas distâncias, à possibilidade de utilizar embalagens mais simples e de menor custo, além de oferecer maior competitividade ao mercado em relação às pequenas cargas, já que no transporte rodoviário é necessário apenas de um veiculo para realizar a entrega da carga, enquanto no ferroviário, por exemplo, necessita-se lotar um trem para iniciar o processo de distribuição. Entretanto, algumas desvantagens deste tipo de transporte estão relacionadas à baixa capacidade de carga entre os demais modais, o custo elevado de sua infraestrutura, além de ser considerado um modal com alto índice poluidor ao meio ambiente. 1.2.2 A importância do sistema de frotas O transporte é o componente mais importante do sistema logístico, pois além de absorver dois terços de seu gasto é necessário que o profissional desta área tenha bastante conhecimento do tema, para que consiga maximizar a eficiência do sistema de frotas permitindo que os serviços de transportes fiquem mais baratos e aumentem a competição da organização no mercado. Segundo Ballou, 1993, p. 114 Quando não existe um bom sistema de transporte, a extensão do mercado fica limitada as cercanias do local de produção. A menos que os custos de produção sejam muito menores que num segundo ponto de produção, a ponto de a diferença desses custos contrabalançar os custos de transporte para servir o segundo mercado, não há grande margem para a competição de mercado ocorrer. 12 Isto significa que com um bom sistema de transporte, os custos de produtos colocados à disposição no mercado tendem a ser mais competitivos perante aos produtos de outros produtores que vendem no mesmo mercado. Este procedimento incentiva de forma indireta a competição entre os concorrentes, pois torna disponíveis ao mercado bens que normalmente não existiriam. 12 BALLOU, 1993, p. 114. 20 Ainda segundo Ballou, 1993, p.115 Transporte barato também contribui para reduzir o preço dos produtos. Isto acontece porque, além de sua influência no aumento da competição no mercado, o transporte é um dos componentes de custo que, juntamente com os custos de produção, vendas e outros, compõe o custo agregado ao produto. 13 Um bom exemplo deste processo é a venda de frutas e vegetais, quando a produção destas mercadorias se encontra na entressafra em determinado local carregamentos vindos de outras regiões podem atender a demanda deste mercado, proporcionando a entrada de novos fornecedores naquela localização, além de causar efeito estabilizador nos preços destas mercadorias. 1.2.3 Roteirização e Otimização das Rotas A roteirização é um processo pelo qual os profissionais logísticos planejam, previamente, as entregas a serem realizadas, ordenando de forma lógica a rota do veículo de transporte. Este processo leva em consideração a capacidade do veículo e a distância entre o percurso e o tempo de entrega de cada produto. Segundo Ballou 2006, O tempo que as mercadorias passam em trânsito tem reflexo no número de fretes, horários e veículos. Assim, a redução de custos de transporte, o nível de serviço ao cliente e as definições dos melhores roteiros, constituem problemas muito frequentes de tomada de decisão dessa área, a fim de minimizar os tempos e as distâncias. 14 Desta forma é preciso enxergar o processo de roteirização como uma atividade de grande importância na organização, pois obriga a ponderar sobre possibilidades, tais como: tempo e distância total a ser percorrida, capacidade de carga do veículo, número de entrega por veículo e tempo médio de cada entrega, entre outros fatores, que em conjunto tornam o processo mais eficiente e menos custoso. 13 BALLOU, 1993, p. 115. 14 BALLOU, 2006. 21 Conforme Novaes 2007, como objetivos principais, o processo de roteirização visa propiciar um serviço de alto nível aos clientes, mantendo os custos operacionaise de capitais tão baixos quanto possível. 15 Para determinar os roteiros é preciso estabelecer caminhos que evitem o cruzamento das rotas, evitando assim a passagem por um mesmo local duas vezes, como mostra o exemplo no quadro 5 abaixo, descrito por Ballou, 2001: Quadro 5 – TRAJETOS DE ROTEIRIZAÇÃO, EXEMPLOS DE PARADAS BOAS E RUINS. FONTE: Balou, 2001. Estas variáveis demandam a utilização de sistemas informatizados e softwares específicos, dentre eles: base de dados atualizada e sistemas modernos, baseados normalmente em Sistemas de Informações Geográficas, além da necessidade de obter os recursos humanos treinados para alimentar o sistema de maneira adequada. Segundo Ballou, 2001, p.165 Os princípios para uma programação e roteirização adequada são: carregar os caminhões com volumes de paradas que estejam próximas entre si; as paradas em dias diferentes devem ser combinadas para produzir agrupamentos densos; a construção de rotas deve começar com a parada mais distante do depósito; a seqüência das paradas em uma rota rodoviária tem de formar um padrão de gota d’água; as rotas mais eficientes são construídas usando os maiores veículos 15 NOVAES, 2007, p. 303. 22 disponíveis; as coletas devem ser combinadas com as rotas de entrega; em vez de serem deixadas para o final das rotas; uma parada removível de um agrupamento de rota é uma boa candidata para um meio alternativo de entrega; as limitações das janelas de tempo estreitas devem ser evitadas. 16 A eficiência e bom desempenho das rotas precisam ser analisados e planejados previamente ao processo de transporte, e alguns são os fatores que influenciam nesta avaliação: Definição de programação e roteiro; Leitores de códigos de barra; Comunicação; Incentivos; Melhor uso dos ativos. De modo que tais fatores sejam examinados, a organização garante por minimizar os problemas de roteirização enfrentados, e deste modo atingir a qualidade no processo de entrega. Além destes aspectos, deve-se considerar o tempo de serviço do condutor, a coleta de produto em vários pontos, a combinação de produtos diferentes a serem recolhidos, diferentes pesos, quantidade de produto a ser entregue, além de outras características. Ainda, com programas de computadores adequados que auxiliarão na determinação das rotas, a organização poderá elaborar gráficos que facilitem visualizar o desempenho e as possíveis variações que podem ocorrer, proporcionando ações corretivas a evitar problemas maiores, como o aumento de custos, por exemplo. 1.2.4 Indicador de desempenho O indicador de desempenho consiste em uma medida quantitativa utilizada para mostrar e comunicar um conjunto de dados de maneira simples, abrangendo tendências e evoluções que ocorreram em determinado período. Branco 1998 diz que, 16 BALLOU, 2001, p. 165. 23 Em termos de planejamento, os indicadores possibilitam a fixação de metas físicas e monetárias, globais e setoriais, que permeiam toda a organização. No caso do acompanhamento, os indicadores fornecem elementos fundamentais para análise crítica e retro análise do desempenho, comparativamente às metas planejadas. Com relação ao controle, os indicadores constituem valiosas ferramentas para o replanejamento de atividades e reprogramação de metas. 17 Utilizar os indicadores, portanto, é fundamental ao planejamento e controle dos processos da organização quanto à distribuição física de seus produtos, pois permitem estabelecer metas e realizar uma análise crítica do desempenho das atividades, tendo em vista tomar decisões corretivas ou de replanejamento. Francischini 1998, p.22 e 24 Alerta para a importância de índices quantitativos no processo administrativo, pois lembra que o suporte às decisões tomadas deve, na medida do possível, evitar análises qualitativas. Análises qualitativas são geralmente precedidas por um “eu acho que”. No caso da gestão de frota, os indicadores utilizados são, na sua totalidade, baseados em dados quantitativos. 18 Entretanto, para medir indicadores de desempenho em um sistema de frotas é preciso que a organização invista na utilização de softwares para auxiliar esta atividade, visto que este recurso tem como objetivo facilitar a visualização dos processos utilizados e organizá-los de modo que os profissionais da logística consigam estabelecer se foram eficientes ou não, e, portanto, melhorá-los se for preciso. 17 BRANCO, 1998. 18 FRANCISCHINI, 1998, p. 22 e 24. 24 2. METODOLOGIA A pesquisa está dividida nos seguintes tópicos: Tipo de pesquisa, localde estudo, universo da pesquisa, coleta dos dados e tratamento dos dados. Segundo Gil, 1994, “a metodologia é a descrição detalhada dos métodos, técnicas e processos seguidos na pesquisa, explicando as hipóteses ou pressupostos, população ou amostra, os instrumentos e a coleta de dados”. 2.1 Tipo de pesquisa O estudo iniciou-se através de pesquisas bibliográficas sobre o tema: logística de distribuição física. Segundo Fonseca, 2002, p. 32, “a pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”. O método de pesquisa utilizado foi o estudo de caso. De acordo com Fonseca, 2002, p. 33, Um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. Visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos aspectos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico. Foi realizado um estudo de natureza qualitativa, onde se fez uso de questionário a fim de alcançar o objetivo desta pesquisa. Creswell, 2010, p. 43, “define a abordagem qualitativa como sendo “um meio para explorar e para entender o significado que os indivíduos ou os grupos atribuem a um problema social ou humano””. 2.2 Local de estudo Esta pesquisa foi realizada na empresa MM Mármores Ltda, situada no município de Leopoldina – Minas Gerais. A MM Mármores é uma empresa de pequeno porte, que está ativa no mercado desde 2012, tendo como principal atividade atuar no ramo estéticodos ambientes internos e externos em geral. 25 Sua área de distribuição atende tanto pequenas localidades da região como: Cataguases, Laranjal, Juiz de fora, Muriaé, Bicas, entre outras, e também áreas mais distantes como Rio de Janeiro. Além de se preocupar com valores como: ética, respeito e comprometimento com os clientes, a empresa norteia suas atividades através da seguinte missão: “Atender as necessidades do mercado e de seus clientes, garantindo o mais alto padrão de qualidade e atendimento”. 2.3 Universo da pesquisa A pesquisa é constituída por entrevista com odono da empresa.Foram trabalhados 100% do universo da população que, segundo Vergara 2010, “entenda-se aqui por população não o número de habitantes de um local, como é largamente conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas, produtos, pessoas, por exemplo) que possuem as características que serão objeto do estudo”. 2.4 Coleta de dados Segundo Gil 1996, “a coleta de dados em um estudo de caso é baseada em diversas fontes de evidências”. Para a elaboração desta pesquisa, foi utilizadoo método da observação através de questionário aplicado ao dono da empresa objeto do estudo, contendo 13 perguntas abertas (Anexo 1).No questionário foram elaboradas perguntas que permitiriam identificar fatores da estratégia empresarial utilizada na distribuição física dos produtos e eficiência deste método. 2.5 Tratamento de dados A técnica de análise utilizada para tratar os dados obtidos com a entrevista foi análise do discurso, que segundo Vergara 2010, A análise do discurso é um método que visa não só apreender como uma mensagem é transmitida, mas sim como explorar o seu sentido. Tal análise do discurso implica em considerar que tanto o emissor 26 como também o receptor de uma mensagem, bem como o contexto em que esse discurso está inserido. 19 Os dados da pesquisa foram relatados como forma de texto no Word, finalizando com a discussão e análise dos resultados. 19 VERGARA, 2010. 27 3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 Análise e Interpretação dos Dados Através do questionário aplicado ao proprietário da empresa do setor de mármores existente no município de Leopoldina, buscou-se identificar como é realizado o processo logístico na empresa avaliando quais estratégias de eficiência foram utilizadas bem como quais eram as barreiras enfrentadas pelo setor de transporte. Dentre os questionamentos mencionados na entrevista foi analisada a realização do processamento de pedidos que identificou a relação direta com o cliente como etapa fundamental deste processo, haja vista que este contato permite obter informações importantes como: medidas, preferências pessoais, disponibilidade no estoque, melhores condições de pagamento, entre outras. Após o processamento dos pedidos é efetuada a preparação das informações, que são transmitidas ao setor de produção. Estas informações são informatizadas através de um software, o CypeCAD, que permite informar a produção as medidas e o formato de corte pedido pelo cliente. Em seguida é feito o acabamento da peça, com a limpeza e o polimento, por exemplo. A distribuição física do produto pronto é feita de forma pré agendada junto ao cliente, dando maior conforto na efetivação na entrega. A empresa conta com somente sua matriz como centro de distribuição atuando no mercado do município e também em localidades próximas como: Cataguases, Juiz de Fora, Muriaé, Bicas. Seu raio de distribuição atinge também áreas mais distantes como o estado do Rio de Janeiro, entretanto esta distribuição é mais voltada a pedidos excepcionais e pré-agendados. Outro fator observado foi à localização da empresa, que fica próxima a BR 116, e esta condição facilita tanto na aquisição da matéria prima quanto na movimentação de distribuição física dos produtos. Também foram avaliados os entraves existentes no processo de distribuição e segundo o proprietário esta dificuldade está relacionada ao cuidado com a carga, pela fragilidade das peças. É necessário um acomodamento especial das peças de forma atenta para que não ocorra nenhum dano. 28 Quanto às frotas que compõe o processo de transportes da empresa foi detectado que é composta por um caminhão e duas caminhonetes, que atendem bem a demanda existente. Entretanto observou-se que há dificuldades em estabelecer rotas na região, devido à constância de pequenos pedidos e a diversificação de clientes. De acordo com o proprietário a frota pequena é administrada de acordo com a demanda, não havendo a utilização de nenhum software específico que auxilie neste processo. Também se constatou que não há uma medição de desempenho formal das frotas da empresa. No que diz respeito ao ganho de eficiência da empresa em relação à distribuição física de seus produtos ela se torna eficiente à medida que consegue realizar suas entregas no prazo combinado com o cliente e mantendo a carga em perfeito estado até seu destino final. As estratégias identificadas para tal são o comprometimento e a transferência da carga com zelo, o que consequentemente fideliza os clientes e torna suas atividades mais eficientes. 29 CONCLUSÃO Conclui-se que, com as informações obtidas através de entrevista com o proprietário da empresa e da pesquisa bibliográfica efetuada, que a logística de distribuição física é uma estratégia de eficiência empresarial de grande importância para as atividades de um negócio e consequentemente para seu sucesso. Conforme foi estabelecido pelo objetivo geral deste estudo, foi possível analisar a importância do gerenciamento de distribuição física no segmento logístico de pequenas empresas. Embora se trate de uma empresa de pequeno porte foi possível constatar que mesmo em menor proporção o gerenciamento deste processo é essencial para o funcionamento de suas atividades. Também fora verificado que os objetivos específicos estabelecidos pelo estudo foram atendidos, proporcionando analisar de forma generalizada como é realizado o processo de distribuição e sua eficiência além de permitir entender que a logística desenvolvida pela empresa se estabelece através de um planejamento que mesmo sendo mais simplificado em relação aos utilizados por grandes empresas atende de forma satisfatória a demanda existente. A hipótese de que um planejamento logístico eficiente influencia tanto na qualidade da entrega quanto na satisfação do cliente foi confirmada. Pois o planejamento de uma logística eficiente pode influenciar diretamente na redução de custos tanto na aquisição de matérias primas quanto na entrega final do produto, e estes fatores podem garantir a pequena empresa a oportunidade de melhoria contínua e destaque no mercado. Como estudo futuro relacionado ao tema, recomenda-se uma análise mais aprofundada nos custos logísticos dos transportes. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVARENGA, Antônio Novaes, NOVAES, Antônio Galvão. Logística Aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Editora Edgard Biucher, 2000. ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A. G. N. Logística Aplicada - Suprimento e Distribuição Física. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1994. BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, R. H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2001. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial. 5ªedição. Porto Alegre: Bookman, 2006. BERTAGLIA, Paulo Roberto, Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. Ed. Saraiva, 2003. BRANCO, J. E. S. Indicadores da qualidade e desempenho de ferrovias (Carga e Passageiro). Rio de Janeiro: ANTF, 1998. CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª edição. Lisboa: Edições Sílabo, 2002. DIAS, Marco Aurélio. Administração de Materiais - Uma abordagem logística.São Paulo: Atlas, 2010. FRANCISCHINI, P. G. Indicadores de produtividade. AOTS/SP Magazine, São Paulo: v.1, n.1, p. 22-24, abr./maio 1998. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4º edição. São Paulo: Editora Atlas, 2002. MARTINS, Petrônio Garcia, ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2009. NOVAES, A. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição, estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001, 409 p. 31 NOVAES, Antonio Galvão. Logística e gerenciamentoda cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. 3ª. edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 14º edição. São Paulo: Editora Atlas, 2013. 32 ANEXO(S) Anexo 1 – Questionário de Logística Data ____/____/____ 1. Há quanto tempo à empresa atua no mercado? 2. Como são realizadas as etapas dos processamentos de pedidos da empresa? 3. Após o processamento de pedidos como é realizada a distribuição física dos produtos? 4. Qual o raio de distribuição da empresa? 5. Existem centros de distribuição fora da matriz? 6. A estratégia de distribuição utilizada pela empresa levou em consideração as variáveis como: localização, transporte e estoque? 7. Quais são os entraves existentes no processo de distribuição física da empresa? 8. A frota da empresa é própria ou terceirizada? Por que a empresa optou por este tipo de distribuição? 9. De que forma é realizada a roteirização das frotas? 10. Quais as dificuldades encontradas pela empresa em estabelecer rotas na região? 11. Como a empresa mede o desempenho de suas frotas? 12. Como a empresa enxerga a otimização das rotas através da utilização de softwares? 13. Qual o ganho em eficiência da empresa relacionado às estratégias de distribuição física?
Compartilhar